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CCJ0008-WL-AMRP-10-Participação Popular e controle da Admistração e da Justiça

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Enviado por Waldeck Lemos de Arruda Junior em

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SOCIOLOGIA JURÍDICA 
 
Definição 
A sociologia jurídica examina a influência dos fatores sociais sobre o direito e 
as incidências deste último na sociedade, ou seja, os elementos de 
interdependência entre o social e o jurídico, realizando uma leitura extrema do 
sistema jurídico. Em outras palavras, a sociologia jurídica examina as causas 
(sociais) e os efeitos (sociais) das normas jurídicas. 
 
EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS E SEUS EFEITOS SOCIAIS 
Efeitos da norma 
São todos e quaisquer resultados produzidos pela norma, decorrentes até 
mesmo de sua própria existência. Toda e qualquer conseqüência, modificação 
ou alteração que a norma produza no mundo social. Toda norma produz 
efeitos, pois sua própria existência já é um efeito. Os efeitos podem ser 
positivos ou negativos. Conclui-se que os efeitos envolvem um conceito amplo, 
genérico, abrangente, por isso que neles estão incluídos todos os resultados 
produzidos pela norma. 
Eficácia da lei 
Lei eficaz é aquela que tem força para realizar os efeitos sociais para os quais 
foi elaborada. Uma lei, entretanto, só tem essa força quando está adequada às 
realidades sociais, ajustada às necessidades do grupo. Só aí ela penetra no 
mundo dos fatos e consegue dominá-los. 
Eficácia é a adequação entre a norma e as suas finalidades sociais. Em outras 
palavras, é eficaz a norma que atinge os seus objetivos, que realiza as suas 
finalidades, que atinge o alvo por que está ajustada ao fato. 
Causas da ineficácia 
A eficácia da norma depende de reconhecimento, aceitação ou adesão da 
sociedade a essa norma. Esse reconhecimento ou recusa, que gera eficácia ou 
ineficácia da norma, pode depender da legitimidade da autoridade que a 
estabeleceu, do conteúdo da mesma, ou de outros fatores. 
Misoneísmo é aversão sistemática às inovações ou transformações que 
constitui na realidade uma forte causa da ineficácia da lei. Velhos hábitos, 
costumes emperrados, privilégios de grupos, impedem que a lei seja aplicada 
ou mesmo elaborada. Ás vezes porque há grandes interesses políticos, 
econômicos ou religiosos em jogo; outras vezes por mero comodismo da 
autoridade que não levou a sério a aplicação da lei. 
A antecipação da lei à realidade social existente é a terceira causa de sua 
ineficácia. O legislador vê algo que funciona muito bem em certo país mais 
adiantado e quer implantar no nosso. Não consegue porque não há suporte 
social, correspondência com a realidade, razão pela qual a lei cai no vazio. 
Cada legislador tem que elaborar a lei com base na realidade de sua 
sociedade. 
Efeitos positivos da lei 
Efeitos são todos e quaisquer resultados produzidos pela norma. Porém, 
podem ser positivos ou negativos; efeitos positivos são resultados compatíveis 
com os interesses sociais e negativos. São os resultados contrários aos 
interesses da sociedade. 
A norma, quando eficaz, produz normalmente efeitos positivos. Podemos até 
dizer qua a eficácia é o principal efeito positivo da norma. 
A função de Controle Social 
Suas principais finalidades são prevenir e compor conflitos; destas, a função 
preventiva é a mais importante 
A função Educativa da Norma 
A lei, antes de se tornar obrigatória, tem que ser divulgada, publicada, e assim, 
à medida que vai sendo conhecida pelo grupo, vai também educando e 
esclarecendo a opinião pública. Exemplo disso encontramos no Direito 
Trabalhista. Qualquer trabalhador dos nossos dias, mesmo o ignorante ou 
analfabeto, conhece os seus direitos. 
A função Conservadora da Norma 
As normas jurídicas tutelam determinados bens da vida social, que se 
transformam em jurídicos quando recebem a proteção do direito. A função 
conservadora do direito liga-se ao caráter que ele representa ao garantir a 
manutenção da ordem social existente. Nos países em desenvolvimento e 
transformações profundas, o erro dessa posição é patente. Reduzir o direito a 
uma força conservadora é perpetuar o subdesenvolvimento e o atraso. Daí a 
importância do direito como instrumento de transformações sociais. 
A Função Transformadora da Norma 
Em razão de necessidades sentidas, a norma estabelece novas diretrizes a 
serem seguidas, fixa novos princípios a serem observados em determinadas 
questões, determina a realização de certas modificações. A sociedade então, 
para dar cumprimento à lei, tem que se estruturar, equipar-se, aparelhar-se, e 
assim, paulatinamente, vai operando sensíveis transformações em seu meio. 
Eis aí a função transformadora da lei.

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