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RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 01 - INTRODUÇÃO Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos,a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades- estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados". Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade. Idéia: Tese Antitese. (Síntese – Consenso). FILOSOFIA (Hegel) primeiro momento do processo dialético, ao qual se contrapõe uma antítese, gerando-se um conflito que se resolve numa síntese. RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS AULA – 02 – CULTURA E SOCIEDADE Introdução – Cristina Costa Tópicos: O conhecimento como característica da humanidade. Tornar-se humano. As culturas humanas como processos. A ciência como ramo do conhecimento. O milagre grego – o espírito especulativo. A razão a serviço do indivíduo e da sociedade. A sociologia: um conhecimento de todos. O uso da sociologia nos diversos campos da atividade humana. Desafios da sociologia hoje. Cultura (Capítulo I) – Por Jacob Portela Tópicos: Cultura. Cultura, etnocentrismo e relativismo. Ciências sociais - Do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade. Essa definição geral pode sofrer mudanças de acordo com a perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão. De acordo com Ralph Linton, “como termo geral, cultura significa a herança social e total da Humanidade; como termo específico, uma cultura singifica determinada variante da herança social. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande número de culturas, cada uma das quais é característica de um certo grupo de indivíduos” Enquanto a definição de Tylor é muito genérica, podendo causar confusão quando se propõe uma reflexão mais aprofundada do que é cultura, outras definições são mais restritivas. Os autores debatem se o termo se refere mais corretamente a ideias (Boas, Malinowski, Linton), comportamentos (Kroeber) ou simbolização de comportamento, incluindo a cultura material (L. White). Vale lembrar que, em algumas concepções de cultura, o comportamento é apenas biológico, sendo a cultura a forma como esse conjunto de fatores biológicos se apresentam nas sociedades humanas. Em outras concepções (como onde cultura é entendida como conjunto de ideias), cultura exclui os registros materiais dos homens como tais da classificação (ex. um sofá ou uma mesa não seriam “cultura”) – posição fortemente criticada por White. RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 03 – A EMERGÊNCIA DO PENSAMENTO SOCIAL EM BASES CIENTÍFICAS A Emergência do Pensamento Social em Bases Científicas (Capítulo IV) – Cristina Costa Tópicos: Introdução. O darwinismo social. Uma visão crítica do darwinismo social – ontem e hoje. Duas formas de avaliar as mudanças sociais. Organicismo. Evolucionismo e história da humanidade. Da filosofia social à sociologia. O Texto se refere a Conceitos Científicos. 1-Teoria da Evolução (Charles Darwin) => Defende a Adaptação. Australopithecus => Homo Erectus => Homo Habilis => Homo Sapiens. 2-Darwinismo Social => Raças. O Darwinismo Social deturpa a idéia de Darwin e cria o Conceito de Raças: Branco > Asiático (Amarelo) > Indígena (Vermelho) > Negros > Mestiços (Degenerados). Craniometria e Eugenia (Eugenismo). O Eugenismo leva ao Determinismo Biológico. Darwinismo social - é a tentativa de se aplicar o darwinismo nas sociedades humanas. O termo foi popularizado em 1944 pelo historiador americano Richard Hofstadter e, geralmente, tem sido usado mais por críticos do que por defensores do que o termo supostamente representa. Origens O darwinismo social tem origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, que explica a diversidade de espécies de seres vivos através do processo evolução. O sucesso da teoria da evolução motivou o surgimento de correntes nas ciências sociais baseadas na tese da sobrevivência do mais adaptado, da importância de um controle sobre a demografia humana. Eugenia - é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido".Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente. Em outras palavras, melhoramento genético. O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza racial, a qual culminou no Holocausto. Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existem questionamentos éticos quanto a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana. RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 04 – A SOCIOLOGIA DE DURKHEIM A Sociologia de Durkheim (Capítulo V) – Cristina Costa Tópicos: O que é fato social. A objetividade do fato social. Suicídio. Sociedade: um organismo em adaptação. A consciência coletiva. Morfologia social: as espécies sociais. Durkheim e a sociologia científica. AULA DE TIAGO MARANHÃO Contexto de Durkheim (1858/1917): Fundador da Escola Francesa de Sociologia. ***Modo de Pensar*** (Positivista). Legado: Combinar a pesquisa Empírica e Teórica. Desenvolvimento Metodológico da Sociologia. Análise Final: (Empirismo = Agricultor) ≠ (Teoria = Agrônomo). Para compreendermos a sociologia durkheimiana, ajuda conhecermos sua concepção sobre o que é uma sociedade: • (Em As Formas elementares de vida religiosa, e em As Regras do Método Sociológico) Citação-01: • “A própria maneira pela qual se formam umas e outras completa a diferença. As representações coletivas são o produto de uma imensa cooperação que se estende não apenas no espaço, mas no tempo; para produzi-las, uma multidão de espíritos diversos se associaram, misturaram, combinaram suas idéias e seus sentimentos; longa série de gerações acumularam aí a sua experiência e o seu saber. Uma intelectualidade muito particular, infinitamente muito mais rica e mais complexa que a do indivíduo aí está como que concentrada.” Citação-02: • “(...) O homem é duplo. Há nele dois seres: um ser individual que tem sua base no organismo e cujo circulo de ação encontra-se, por isso mesmo, estreitamente limitado, e um ser social que representa em nós a mais alta realidade, na ordem intelectual e moral, que possamos conhecer pela observação, ou seja, a sociedade.” Citação-03: • “Não se pode deduzir a sociedade do indivíduo, o todo da parte, o complexo do simples. A sociedade é uma realidade sui generis; tem suas características próprias que não são encontradas, ou que não são encontradas sob a mesmo forma, no resto do universo. As representações que a exprimem têm, portanto, um conteúdo completamente diferente das representações puramente individuais, e podemos estar seguros, de antemão, que as primeiras acrescentam alguma coisa às segundas.” A Sociologia de Durkheim • A concepção da sociologia de Durkheim se baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo é demonstrar que pode e deve existir uma sociologia objetiva e científica, conforme o modelo das outras ciências, tendo por objeto o fato social. Ele desejava que a sociologia tivesse um objeto específico que a distinguisse das outras ciências, que pudesse ser observado e explicado assim como o objeto das outras ciências. Introdução: o que é fato social • Características: – Coerção Característica relacionada com a força dos padrões culturais do grupo que os indivíduos integram. Estes padrões culturais são fortes de tal maneira que obrigam os indivíduos a cumpri-los. • - Exteriores aos indivíduos Esta característica transmite o fato desses padrões de cultura serem "exteriores aos indivíduos", ou seja ao fato de virem do exterior e de serem independentes das suas consciências. • - Generalidade Os fatos sociais existem não para um indivíduo específico, mas para a coletividade. Podemos perceber a generalidade pela propagação das tendências dos grupos pela sociedade, por exemplo. Embora Comte seja considerado o pai da sociologia e tenha-lhe dado esse nome, Durkheim é apontado como um de seus primeiros grandes teóricos. Ele e seus colaboradores se esforçaram por emancipar a sociologia das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina rigorosamente científica. Em livros e cursos, sua preocupação foi definir com precisão o objeto, o método e as aplicações dessa nova ciência. Em uma de suas obras fundamentais. As regras do método sociológico, publicada em 1895, Durkheim definiu com clareza o objeto da sociologia — os fatos sociais. Comte deu o nome de sociologia a essa ciência, mas Durkheim foi um dos seus grandes teóricos. São três as características básicas que distingue os fatos sociais: A primeira delas é a coerção social, ou seja, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo adota um determinado idioma, quando se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a determinado código de leis. O grau de coerção dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou espontâneas. Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subseqüente. Espontâneas seriam as que aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence. Diz Durkheim, exemplificando este último tipo de sanção: “Se sou industrial, nada me proíbe de trabalhar utilizando processos e técnicas do século passado; mas, se o fizer, terei a ruína como resultado inevitável". Do mesmo modo, uma ofensa num grupo social pode não ter penalidade prevista por lei, mas o grupo pode espontaneamente reagir penalizando o agressor. A reação negativa a certa forma de comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora do que a lei. Jogar lixo no chão ou fumar em espaços particulares — mesmo quando não proibidos por lei nem reprimidos por penalidade explícita — são comportamentos inibidos pela reação espontânea dos grupos que a isso se opuserem. A educação — entendida de forma geral, ou seja, a educação formal e a informal — desempenha, segundo Durkheim, uma importante tarefa nessa conformação dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas e transformadas em hábitos. O uso de uma determinada língua ou o predomínio no uso da mão direita são internalizados no indivíduo que passa a agir assim sem sequer pensar a respeito. A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, ou seja, são exteriores aos indivíduos. As regras sociais, os costumes, as leis, já existem antes do nascimento das pessoas, são a elas impostos por mecanismos de coerção social, como a educação. Portanto, os fatos sociais são ao mesmo tempo coercitivos e dotados de existência exterior às consciências individuais. A terceira característica apontada por Durkheim é a generalidade. É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles. Por essa generalidade, os fatos sociais manifestam sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, como as formas de habitação Suicídio O suicídio, amplamente estudado por Durkheim, constituía-se, nesse sentido, em fato social por corresponder a todas essas características: é geral, existindo em todas as sociedades; e, embora sendo fortuito e resultando - razões particulares, apresenta em todas elas certa regularidade, recrudesce ou diminui de intensidade em certas condições históricas, expressando assim sua natureza social. O Método Durkheimiano • Regras do método sociológico: – Estudar o fato social como “coisa” – A questão da neutralidade científica. • Morfologia social: – Método comparativo • Classificação das diferentes formas de sociedade. – Flerta com alguns modelos da biologia » “organismo social” » “anomia” (ausência de norma ou conduta) A tradição durkheimiana • É da tradição durkheimiana que surgem as formulações funcionalistas, como as idéias de “função” e “totalidade” (interconexão entre o todo e as partes, as partes e o todo), que depois deram origem às abordagens sistêmicas. • Até certo ponto toda sociologia que dá mais ênfase ao organismo social (à sociedade) do que à ação social dos indivíduos tem algum nível de relação com a tradição durkheimiana. RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 05 – A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER A Sociologia Alemã: A contribuição de Max Weber (Capítulo VI) – Cristina Costa Tópicos: Introdução. A sociedade sob uma perspectiva histórica. A ação social: uma ação com sentido. A tarefa do cientista. O tipo ideal. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Análise histórica e método compreensivo. França e Inglaterra desenvolveram o pensamento social sob a influência do desenvolvimento industrial e urbano, que tornou esses países potências emergentes nos séculos XVII e XVIII e sedes do pensamento burguês da Europa. NOTA: Uma das diferenças existentes entre positivismo o idealismo é a importância que o segundo dá à historia. Max Weber, figura dominante na sociologia alemã, com formação histórica consistente, se oporá a essa concepção. Para ele, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades. Essa pesquisa, baseada na coleta de documentos e no esforço interpretativo das fontes, permite o entendimento das diferenças sociais, que seriam, para Weber, de gênese e formação, e não de estágios de evolução. Portanto, segundo a perspectiva de Weber, o caráter particular e específico de cada formação social e histórica deve ser respeitado. O conhecimento histórico, entendido como a busca de evidências, torna-se um poderoso instrumento para o cientista social. Weber consegue combinar duas perspectivas: a histórica, que respeita as particularidades de cada sociedade, e a sociológica, que ressalta os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico. Weber rejeita a maioria das proposições positivistas: o evolucionismo, a exterioridade do cientista social em relação ao objeto de estudo e a recusa em aceitar a importância dos indivíduos e dos diferentes momentos históricos na análise da sociedade. Para esse sociólogo, o cientista, como todo indivíduo em ação, também age guiado por seus motivos, sua cultura e suas tradições, sendo impossível descartar-se de suas prenoções como propunha Durkheim. AULA DE TIAGO MARANHÃO O imperativo da racionalidade Vida e Obra de Max Weber: Maximillian Carl Emil Weber (1864 - 1920): • Erfurt/Alemanha. • Origem burguesa, origem protestante e religiosa, família de comerciantes de linho e industriais têxteis. • “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, 1904. Busca estabelecer os efeitos da religião sobre a conduta humana. • Ambiente intelectualmente estimulante. • Formado em direito, atuou também como professor, jornalista, filósofo, historiador, economista e sociólogo. • Um dos fundadores da Sociologia. (Karl Marx, Vilfredo Pareto e Emile Durkheim). Max Weber (Contexto): • 1830: Alemanha - país mais atrasado da Europa. • 1880: Alemanha - país europeu de maior poder econômico. • Aliança da grande burguesia, detentora de forte poder econômico, apoiada na burocracia e no exército prussiano de Bismarck. • Interesse no estudo da política, do papel do Estado e das estruturas de Poder, Dominação e Obediência. Estado e Dominação em Weber: • Estado: “Comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física, dentro de um determinado território” (Weber, 1971). • O Estado só existe, se a autoridade for obedecida pela consideração de sua legitimidade. “Na base de todo domínio público existe a relação fundamental do mando e da obediência”. • Administração racionalmente orientada, cujo exercício de funções depende da autoridade central. • Regulamentos Explícitos (burocracia: expressão da racionalidade formal). • Weber aponta o desenvolvimento de um Estado moderno como uma "entidade política, com uma “constituição” racionalmente redigida, um Direito racionalmente ordenado, e uma administração orientada por regras racionais, as leis, e administrado por funcionários especializados; Max Weber (Poder x Dominação x Obediência): • Poder: Probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, ainda que sob resistências. • Dominação: Probabilidade de encontrar obediência a uma ordem entre pessoas específicas. • Obediência: Relação entre dominadores e dominados. Por que se obedece? Interesses, razão (reconhecimento da legitimidade ordem). Reconhecimento formal da necessidade da ordem (legitimidade), independente de opinião própria sobre o valor da ordem. “Nenhum domínio se contenta com a obediência que não passa de submissão exterior pela razão, por oportunidade ou respeito; procura também despertar nos membros a fé em sua legitimidade, ou seja, transformar a disciplina em adesão à verdade que ele representa” (Freund, 1980). Max Weber (Tipos de Dominação Legítima): • Carismática • Tradicional • Legal Tipos que nunca, ou raramente se encontram em estado puro, pois um domínio não é inteiramente desprovido do outro. Dominação Carismática: • Legitimada pela fé nas qualidades “sobrenaturais” e de liderança do chefe/líder. • Entrega total a pessoa do chefe, que se acredita predestinado a uma missão. • Confiança cega e fanática, desprovida de controle crítico. • Fundamento emocional e não racional. • Não reconhece instituições, regulamentos, precedentes ou costumes. • Poder instável, arbitrário e pode tomar a forma de poderio revolucionário. -Problema: Sucessão (tende a voltar ao regime tradicional ou legal). Dominação Tradicional: • Legitimada pela crença “santa” na tradição. • Conformismo, reconhecimento antigo, habitual. • O líder é chamado ao poder em virtude de um costume (ex: primogenitura, o mas antigo de uma família, etc.). • O líder reina a título pessoal, orienta-se segundo regras habituais de equidade e justiça, ou oportunidade pessoal. • Não é exercida com a preocupação de eficiência. Não há a busca pelos meios mais eficientes para atingir os fins visados. Dominação Legal (Racional – Burocrática): • Fé na validade dos regulamentos/leis estabelecidos racionalmente. • Todas as decisões, decretos e ordens de serviço são escritos. • Legitimidade dos chefes designados por sua competência funcional. • Formação especializada. • Organização racional e legal das funções (burocracia: mais típica forma do domínio legal) • Hierarquia racional. • Fundamento Racional e não Emocional. Obs: Ao contrário das outras formas, a legal não permite que interesses pessoais e subjetivos, assim como as emoções interfiram nas decisões, favorecendo grupos ou indivíduos. Max Weber (Burocracia) • Em 1904, viaja para os EUA, impressiona-se com as proporções do desperdício do capitalismo americano, e interessa-se por problemas da administração pública. Ponto fundamental desta experiência: apreciação do papel da burocracia numa democracia (conceito central da sua Sociologia). • Origem: Antiguidade - Império do Novo Egito (1580-712 a.C.). • A Burocracia que conhecemos surge com o desenvolvimento industrial, desenvolvimento da racionalização técnica (Fins da Idade Média - Capitalismo). Modificação do Sistema Social Predominante Família, tribo, clã, feudo, pequena empresa familiar x Orgs (empresas). Pequenos sistemas sociais desorganizados x Orgs. bem estruturadas. • Princípio fundamental que rege a vida das Organizações e do Estado Moderno: Eficiência – Produtividade (Esforço versus + Resultado) • Concorrência: Sistema onde apenas os eficientes sobrevivem. • Forma mais eficiente de Administração – É a mais racional • “A razão decisiva que explica o desenvolvimento da organização burocrática foi sempre sua superioridade técnica sobre qualquer outra organização” (Weber) Burocracia (Características): • Busca racional dos interesses coletivos. • Normas legais estabelecidas por acordo ou imposição. • Atos Administrativos formulados e registrados em documentos. – Serviços e funções nitidamente definidos e divididos. – O funcionário sempre sabe como agir, baseando-se nas diretrizes. • As normas racionais devem ser constantemente modificadas, adaptando-se aos novos fatores ambientais, pois visa o alcance dos objetivos da forma mais econômica e eficiente possível. • Obediência a lei. • Efetividade da autoridade legal. • Hierarquia de funções (áreas específicas de competência determinadas por leis) - gera uma administração mais rápida, com diretrizes constantes, livres das variações de opinião. • Especialização técnica para ocupação do cargo (recrutamento por exames). • Profissionalismo (aptidões, capacidade). • Promoção por critérios objetivos. • Imparcialidade e Objetividade: Ausência de fatores de ordem emocional. • Impessoalidade do cargo (separação completa entre a função e o homem que a ocupa, nenhum funcionário possui o cargo ou os meios da administração). Burocracia (Vantagens): • Precisão: Cada membro sabe exatamente suas funções, o que lhe cabe ou não fazer, os objetivos de sua atividade e os objetivos da organização como um todo. • Rapidez: A tramitação das ordens segue canais previamente conhecidos e definidos. • Univocidade: Cada subordinado presta contas a apenas um chefe, não há conflito de ordens. • Caráter oficial: A autoridade é revestida formal e oficialmente, as comunicações internas são geralmente escritas e assinadas, ganhando cunho oficial. • Continuidade: Dada sua impessoalidade, a organização não depende de pessoas para funcionar, há substituições e o sistema volta a funcionar normalmente. • Discrição: O segredo profissional faz parte da ética do administrador, informações confidenciais tramitam apenas entre os que devem tomar conhecimento. • Uniformidade: Espera-se um comportamento uniforme dos funcionários, dada a precisão com que seus encargos são definidos. • Redução de fricções: As áreas de autoridade e responsabilidade são definidas com clareza. • Redução de Custos materiais e pessoais: Conseqüência de todas as vantagens apontadas – Demonstra a maior eficiência da organização. O tipo ideal Para atingir a explicação dos fatos sociais, Weber propôs um instrumento de análise que chamou de "tipo ideal". Assim, por exemplo, em As causas sociais do declínio da cultura antiga, ele procura entender o que teria sido o patrício romano no auge do império, o aristocrata dono de terras que constituía a elite política e econômica de Roma: O tipo ideal O tipo ideal de Max Weber corresponde ao que Florestan Fernandes definiu como conceitos sociológicos construídos interpretativamente enquanto instrumentos de ordenação da realidade. O conceito, ou tipo ideal, é previamente construído e testado, depois aplicado a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido. À medida que o fenômeno se aproxima ou se afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode identificar e selecionar aspectos que tenham interesse à explicação, como, por exemplo, os fenômenos típicos "capitalismo" e "feudalismo". RESUMO FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS AULA – 06 – Karl Marx AULA DE TIAGO MARANHÃO KARL MARX (1818-1883): Influência de Hegel (1770-1831): • Visão da história como um processo dialético. • Alienação. Alienação: Conceito hegeliano de alienação: tratar como estranho algo com o qual nos devíamos identificar. Hegel considerava que os indivíduos, todos manifestações de um único Espírito, se viam uns aos outros como rivais hostis e não como elementos de uma unidade. «A alienação é o estado no qual as pessoas vêem como exterior algo que, na verdade, é um elemento intrínseco do seu próprio ser.». Alienação, segundo Marx: • Marx analisa a alienação (transferência do domínio de algo) dos trabalhadores industriais em Manuscritos Econômicos e Filosóficos (1848). A propriedade privada e o controle da produção por uma elite são causas do trabalho alienado. O trabalho alienado retira a humanidade (species being) das pessoas. Para Marx, a alienação residia, sobretudo, no dinheiro. «O dinheiro é o valor universal e autoconstituído de todas as coisas. Despojou, assim, o mundo inteiro, tanto o mundo humano como a natureza, do seu próprio valor. O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da vida do homem, e esta essência alienígena domina-o enquanto ele a idolatrar.». Marxismo: principais características: • Concepção dialética e materialista da realidade (materialismo dialético). • Interpretação da História a partir das relações sociais de produção (materialismo histórico). • Luta de classes. • Cultura como superestrutura derivada da infraestrutura econômico-social. • Teoria da praxis como modelo da atuação humana. • Valor supremo do trabalho. • Triunfo final do proletariado e advento de uma sociedade sem classes. • Ditadura do proletariado. • Fim das alienações humanas. • Propriedade coletiva dos meios de produção. • Revolução para alcançar o comunismo universal. INFLUÊNCIAS: pedagogia marxista: • Atribuição da força educativa aos princípios ambientais e metodológicos. • Educação no seio do grupo e no meio do grupo. • Prioridade da formação prática do aluno, sobre a sua formação teórica. • Sistema educativo baseado na «escola do trabalho». • Integração do trabalho produtivo no currículo escolar. • Formação polivalente do indivíduo, capacitando-o para diversas atividades profissionais. • Especial atenção à educação física e à educação estética dos alunos. • Inculcação sistemática e indiscutida da ideologia marxista e educação para a defesa e expansão do comunismo. • Educação dogmática e autoritária. • Papel relevante do Estado (comunista) na educação. A família pode e deve educar somente por delegação do Estado e sob o seu controle. • Sistema de escola única e igual para todos, sujeita a critérios “sociais” de seletividade. • Sistema de coeducação absoluta. • Educação com um fim social. (socialização do indivíduo realizada a partir das instituições sociais e tendo em pouca consideração a subjetividade pessoal). INFLUÊNCIAS: objetivos da educação marxista • Promover a mudança por meio do estabelecimento de uma consciência socialista. • Construir uma sociedade socialista. Papel do Professor: • O professor e o ambiente onde se aprende são fundamentais. • Professores ideais – obra na sua área + fidelidade política (entendimento dos aspectos políticos das suas disciplinas). • Não se permitia a introdução de materiais não aprovados pelo PC nem novas ideias na sala de aula. • Não se promovia a inovação. • Os professores deveriam limitar-se a seguir a política educacional superiormente estabelecida. Crítica ao marxismo na educação: • Doutrinação de pensamento único. • Em muitos países, a experiência marxista-leninista conduziu a uma educação rígida, inflexível e burocrática (caso da URSS). • Grande desconsideração pela liberdade intelectual. • Desprezo pela Filosofia.