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* * * FIS 133 - Física IV – Turma 64 Aula 02 – 17/08/2010 Profa. Andrea G. Campos Bianchi * * * Ondas Eletromagnéticas Uma onda eletromagnética consiste de campos elétrico ( ) e magnético ( ) que oscilam em direções perpendiculares um ao outro e que a direção de propagação desta onda é perpendicular aos campos e , por isto estas ondas são denominadas transversais. * * * Ondas Eletromagnéticas Planas Ondas Planas: Em qualquer instante os campos são uniformes sobre qualquer plano perpendicular a direção de propagação. - aquelas que se propagam numa direção fixa. * * * * * * Ondas Eletromagnéticas Senoidas Uma vez que o campo elétrico e magnético são descritos pela equação de onda, as soluções de ONDAS PROGRESSIVAS podem descrever os campos, logo : onde k = 2p /l e w = 2p f. k é referido como número de onda; - comprimento da onda eletromagnética; f - freqüência e w é a freqüência angular. * * * Velocidade de uma Onda Eletromagnética Derivando as equações de onda . Como, k = 2p /l e w = 2p n , temos também que, . . A todo instante a razão entre E e B é constante. * * * Propriedades da Onda Eletromagnética * * * ENERGIA Densidade de energia no campo elétrico e magnético ?? * * * ENERGIA Campo elétrico: Sabemos que a energia UC, em um capacitor pode ser escrita em função da capacitância C e da diferença de potencial entre as placas. Isto é, No caso de capacitores de placas paralelas, cujas dimensões sejam muito maiores que sua separação, temos que o campo elétrico no seu interior é uniforme e está relacionado com a diferença de potencial entre as placas por V = Ed sendo d a distância entre a placas. * * * ENERGIA Por outro lado, temos que a capacitância pode ser expressa em função das características geométricas do capacitor, isto é, C = ÎoA/d Substituindo estes resultados na equação para a energia temos que, . * * * ENERGIA Sabendo Ad - volume do capacitor; Podemos calcular a densidade de energia por unidade de volume (uE), no interior do capacitor dividindo ambos lados da equação acima pelo volume Ad * * * ENERGIA Campo Magnético: Procedendo de forma semelhante, podemos calcular a energia magnética armazenada em um indutor em função do campo magnético associado. Logo a energia magnética em um capacitor tem a forma: Temos ainda que a indutância pode ser expressas em termos das propriedades geométricas do indutor L = (moN2A)/d No caso solenóide, o campo magnético em seu interior é igual a, B = moNi/d. . * * * ENERGIA Substituindo estes dados na equação para a energia magnética temos: . Consequentemente, a energia magnética por unidade de volume pode ser calculada dividindo ambos os lados da equação acima pelo volume do indutor (Ad). . . * * * ENERGIA Podemos generalizar os resultados acima e dizer que as energias, por unidades de volume, armazenadas em campos elétricos e magnéticos são proporcionais ao quadrado das amplitudes dos campos E e B: * * * ENERGIA Então para qualquer volume dado a energia total armazenada em forma de campo elétrico e magnético é igual a integral das densidades de energias em todo volume, * * * Vetor de Poynting As ondas eletromagnéticas se propagam e, a medida que avançam, transportam a densidade de energia. Logo, podemos analisar o fluxo de energia eletromagnética, transportado através de um volume qualquer, definido por uma superfície gaussiana fechada. Ou em termos da potência por unidade de área. * * * Vetor de Poynting * * * Vetor de Poynting Vimos que a criação de campos elétricos e /ou magnéticos no espaço implicam no surgimento de energias armazenadas em forma de E e B. Como as ondas eletromagnéticas carregam energia, conforme elas se propagam pelo espaço elas podem transferir energia aos objetos colocados no seu caminho. Como e E e B são vetores, podemos reescrever o produto EB em sua forma vetorial, Este vetor é exatamente o vetor de Poynting. - A direção de S é a direção de propagação da onda eletromagnética, - O módulo de S é proporcional a energia transportada pela onda. [S]=W/m2 * * * Energia da Onda Eletromagnética Vetor de Poynting Na magnitude de S para uma Onda Eletromagnética Plana os vetores campo elétrico e magnético são perpendiculares, logo o produto vetorial resulta em: Estas equações para S são aplicadas em qualquer instante de tempo e representa a taxa instantânea de energia que passa através de uma unidade de área. * * * Energia da Onda Eletromagnética Vetor de Poynting Assumindo que os campos elétricos e magnéticos têm a forma; podemos calcular o valor médio do vetor de Poynting ou da energia média transportada (Intensidade) por: . I= * * * * * * * * * Exercício Radiação Solar : A radiação eletromagnética do sol que atinge a superfície terrestre é da ordem de 1350 J/m2seg. Calcule as amplitudes dos campos elétrico e magnético transportado por esta onda eletromagnética. Este problema deve ser calculado usando o valor médio do vetor de Poynting . Assim o valor da amplitude do campo Eo é igual a, Calculamos agora a amplitude para o campo magnético, usando a relação Bo = Eo/c, * * * Exercício * * * Exercício * * * Pressão de Radiação Além de energia, as ondas eletromagnéticas também possuem momento linear. Isso significa que podemos exercer uma pressão sobre um objeto, simplesmente iluminando o objeto. Suponha um objeto sujeito a um feixe de radiação eletromagnética durante um intervalo de tempo t. Suponha que o objeto está livre para se mover e que a radiação é totalmente absorvida pelo corpo. Logo o corpo recebe uma energia U da radiação, e recebe também momento linear. * * * Pressão de Radiação Absorção Total Pressão de Radiação força por unidade de área Suponha uma superfície plana de área A perpendicular a direção de radiação. A energia interceptada pela região durante um certo intervalo de tempo é dada por: * * * Pressão de Radiação - Radiômetro * * * Pressão de Radiação * * * Polarização * * * Produção de uma Onda Eletromagnética por uma Antena Cargas e correntes estacionárias não são capazes de produzir ondas eletromagnéticas. Se a corrente varia com o tempo em um fio então ela emite radiação eletromagnética. O mecanismo fundamental para a emissão de radiação é a aceleração da partícula carregada, quando ela acelera ela emite radiação. * * * Antena Emissora * * * Antena Emissora e Receptora * * * Polarização de Onda Eletromagnética Polarização: de uma onda eletromagnética diz respeito ao comportamento da direção dos campos elétricos e magnéticos quando analisado num plano perpendicular ao sentido de propagação da onda. As ondas eletromagnéticas pode ser polarizadas de duas formas distintas. No caso de uma onda plano polarizada, o campo elétrico oscila sempre num plano. O mesmo ocorrerá, naturalmente, com o campo magnético. Ele oscilará nesse caso num outro plano perpendicular ao plano de oscilações do campo elétrico. Esses dois planos contém as possíveis direções do campo elétrico (e do campo magnético) e da direção de propagação da onda. só deixam passar a parte da onda que oscila num determinado plano. * * * Polarização * * * Polarização de Onda Eletromagnética Luz não-polarizada Onda Plano Polarizada * * * Polarização * * * Polarização A figura animada ilustra uma onda com polarização linear vertical, mostrando apenas o vetor do campo elétrico (o magnético está sempre presente e a 90 graus físicos). * * * Polarização A figura animada ilustra uma ilustra uma onda com polarização linear horizontal, mostrando apenas o vetor do campo elétrico (o magnético está sempre presente e a 90 graus físicos). * * * Exemplo: Polaróide O "Polaróide", inventado por Land em 1938, comporta-se, para a luz visível, como a grade de antenas no caso das ondas de rádio. De forma simplificada, o processo de fabricação consiste no seguinte: uma folha de plástico contém longas moléculas de um certo hidrocarboneto inicialmente sem nenhum orientação preferencial. O plástico é fortemente esticado em uma direção, alinhando as moléculas parcialmente, sendo então mergulhado em uma solução que contém iodo. Os átomos de iodo se ligam às moléculas orientadas, tornando-as eletricamente condutoras. O conjunto é deixado secar e a folha plástica pode ser relaxada pois as moléculas continuarão alinhadas. Desse modo, as moléculas longas serão as "antenas" que captarão e absorverão a onda elétrica que tenha polarização na direção preferencial de esticamento mas deixarão passar as ondas polarizadas na direção perpendicular. * * * Polarização de Onda Eletromagnética * * * Exemplo de Polarização * * * Polarização * * * Polarização - Luz não polarizada; - Luz polarizada * * * Polarização A combinação de duas ondas linearmente polarizadas, uma vertical e outra horizontal, de mesma amplitude e eletricamente defasadas de 90 graus, resulta em uma onda circularmente polarizada, como pode ser visto nas figuras animadas seguintes. * * * Polarização A combinação de duas ondas linearmente polarizadas, uma vertical e outra horizontal, e eletricamente em fase, resulta em uma onda linearmente polarizada inclinada, como pode ser visto nas figuras animadas seguintes * * * Natureza e Propagação da Luz * * * Natureza e Propagação da Luz Isaac Newton (1730) que a luz era constituída de minúsculas partículas; Início do século XIX surgiram evidências da natureza ondulatória da luz; 1873 James Maxwell previu as ondas eletromagnéticas e calculou a sua velocidade; Em 1887 Hertz mostrou que a luz era uma onda eletromagnética; 1930: Natureza ondulatória e corpuscular. * * * Onda Eletromagnética: LUZ Natureza Corpuscular: a energia transportada pela onda luminosa é concentrada em pacotes discretos conhecidos como fótons ou quanta. Refração; Reflexão. Natureza Ondulatória: a radiação luminosa possui comportamento ondulatório Interferência; Difração; Espalhamento. * * * Óptica Ramos da Óptica Óptica Geométrica Descrição dos fenómenos ópticos que ocorrem em sistemas com componentes de dimensões superiores aos comprimentos de onda da radiação; Óptica Física Em sistemas com dimensões menores ou iguais ao comprimento de onda da radiação não podemos ignorar a natureza ondulatória da luz; Óptica Não-linear Ocorre em situações de elevada irradiância, nomeadamente com lasers, que originam uma resposta não linear do meio ao campo electromagnético; * * * Óptica Ramos da Óptica Óptica Geométrica Descrição dos fenómenos ópticos que ocorrem em sistemas com componentes de dimensões superiores aos comprimentos de onda da radiação Óptica Física Em sistemas com dimensões menores ou iguais ao comprimento de onda da radiação não podemos ignorar a natureza ondulatória da luz Óptica Não-linear Ocorre em situações de elevada irradiância, nomeadamente com lasers, que originam uma resposta não linear do meio ao campo electromagnético deixando de se verificar do princípio da sobreposição * * * Óptica Geométrica Ramos da Óptica Óptica Geométrica Descrição dos fenómenos ópticos que ocorrem em sistemas com componentes de dimensões superiores aos comprimentos de onda da radiação Espelhos, lentes, aberturas, etc Raio Óptico – Linha reta ao longo da qual se considera que a energia luminosa é transmitida de um ponto para outro num meio. Num meio homogéneo e isotrópico, os raios são linhas retas * * * Óptica Geométrica Raio Óptico – Linha reta ao longo da qual se considera que a energia luminosa é transmitida de um ponto para outro num meio. A velocidade de propagação de uma onda depende do meio. Quando uma onda incide num dióptro (interface entre dois meios diferentes) ocorre uma variação da velocidade de propagação que dá origem a fenómenos de reflexão e de refracção. Num meio homogéneo e isotrópico, os raios são linhas retas * * * Óptica Geométrica Natureza Corpuscular Refração; Reflexão. * * * Óptica Geométrica Princípio do tempo mínimo de Fermat A luz propaga-se de um ponto para outro seguindo um trajeto que minimiza o tempo do percurso, mesmo que para tal ela tenha de desviar-se da reta que passa por esses pontos. * * * Óptica Geométrica Reflexão: a reflexão ocorre quando a luz incide sobre a superfície de separação Entre dois meios com propriedades distintas. A reflexibilidade é a tendência dos raios de voltarem para o mesmo meio de onde vieram. * * * Óptica Geométrica Índice de Refração (n): é definido como a razão entre a velocidade da luz no vácuo (c) no vácuo e a velocidade da luz no material (v). A luz sempre se propaga mais lentamente através de um material do que no vácuo. O valor de n em qualquer meio material é maior que 1. * * * Óptica Geométrica Reflexão Primeira lei O plano de incidência coincide com o plano de reflexão. Dito de outra forma essa lei estabelece que "O raio de incidência a reta normal e o raio refletido estão emitidos no mesmo plano." Segunda lei O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. Na verdade essas duas leis, essencialmente empíricas, podem ser entendidas a partir da natureza corpuscular da luz. De fato, podemos pensar na reflexão como resultado de colisão dos fótons com a superfície de separação entre dois meios. É algo parecido com a colisão de uma bola de tênis (ou outra bola) com uma parede. O fenômeno da colisão da bola com a parede obedece as mesmas leis da reflexão da luz (e vice-versa). Θi= Θr * * * Óptica Geométrica Reflexão mas, num meio homogéneo 1ª Lei da Reflexão l-x x d * * * Óptica Geométrica Reflexão 1ª Lei da Reflexão 2ª Lei da Reflexão – o raio incidente, o raio reflectido e a normal à superfície no ponto de incidência situam-se num mesmo plano (plano de incidência). * * * Óptica Geométrica Refração: uma mudança da direção das ondas, devido a entrada em outro meio. A velocidade da onda varia, e o comprimento de onda também varia, mas a frequência permanece sempre igual, pois é característica da fonte emissora. Índice de Refração: É uma das grandezas físicas que caracterizam o meio (a densidade, por exemplo, é uma outra grandeza física que caracteriza um meio). c=nv n=c/v * * * Óptica Geométrica Refração Primeira Lei A primeira lei de refração estabelece que o raio incidente, o raio refratado e a normal pertencem a um mesmo plano. Segunda Lei Numa refração, o produto do índice de refração do meio no qual ele se propaga pelo seno do ângulo que o raio luminoso faz com a normal é constante. . * * * Óptica Geométrica Refração d’ Lei de Snell para a refracção Também aqui os raios incidente, refratado e a normal se situam num mesmo plano d * * * Óptica Geométrica Refração índice de refracção do meio 1 em relação ao meio 2 Lei de Snell para a refracção Também aqui os raios incidente, refractado e a normal se situam num mesmo plano * * * Óptica Geométrica . Se a incidência for oblíqua então o raio luminoso se aproximaria mais da normal naquele meio que for mais refringente (isto é, aquele meio que tiver o maior índice de refração). O meio com menor índice de refração é, por outro lado, aquele no qual a luz se propaga mais rápido. * * * Óptica Geométrica Reflexão se: existe sempre feixe refractado * * * Óptica Geométrica Reflexão Interna Total Logo, n1 /n2 >1 então o raio se afasta da normal * * * Óptica Geométrica Reflexão Interna Total Deve existir algum valor de 1 menor do que 90º para o qual a Lei de Snell forneça Não existe feixe refratado Reflexão Interna Total * * * Aplicação: Fibra Óptica Uma barra transparente cujo índice de refração é maior do que o índice de refração do material em seu exterior. * * * Aplicação * * * Óptica Geométrica Princípio da Reversibilidade Num sistema óptico arbitrário , um raio de luz percorre a mesma trajetória quando o seu sentido de propagação é invertido Deriva diretamente do princípio do tempo mínimo de Fermat * * * Exercício Um feixe de luz monocromático com λ= 700 nm incide no dióptro, representado na figura ao lado, com um ângulo de incidência θi= 20º. Os indíces de refração dos dois meios são, respectivamente, n1=1.10 e n2=1.50. Determine: A velocidade de propagação do feixe de luz em cada um dos meios. O período e o número de onda da radiação incidente. O ângulo do feixe reflectido, θr, e do feixe refractado, θt. Nesta situação, o ângulo crítico de incidência para que ocorra reflexão total. * * * Exercício A velocidade de propagação do feixe de luz em cada um dos meios. * * * Exercício O período e o número de onda da radiação incidente. * * * Exercício O ângulo do feixe reflectido, θr, e do feixe refractado, θt. 1ª Lei da Reflexão Lei de Snell para a refracção * * * Exercício Nesta situação, o ângulo crítico de incidência para que ocorra reflexão total. Nunca ocorre Reflexão Interna Total * * * Exercício * * * Exercício * * * Exercício * * * Exercício * * * Pensar ....