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 Plano de Aula: 8 - O DIREITO NA ERA VARGAS: DO GOVERNO PROVISÓRIO AO ESTADO NOVO HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO TÃtulo 8 - O DIREITO NA ERA VARGAS: DO GOVERNO PROVISÓRIO AO ESTADO NOVO Número de Aulas por Semana 1 Número de Semana de Aula 8 Tema O DIREITO NA ERA VARGAS: DO GOVERNO PROVISÓRIO AO ESTADO NOVO Objetivos Ao final da semana 7, o aluno deverá ser capaz de: ·  Compreender o fenômeno da Revolução de 30 como superação ao modelo do Estado oligárquico; ·  Identificar, já no perÃodo do chamado Governo Provisório, um projeto autoritário de governo que se confirmará no Estado Novo; ·  Entender as caracterÃsticas sociais, econômicas e mentais que formam o quadro no qual  se aplicará o direito do perÃodo; ·  Perceber a importância e o caráter inovador do Código Eleitoral de 1932 para a vida polÃtica do paÃs; ·  Compreender a estrutura de organização do Estado brasileiro, bem como o sistema de participação polÃtica estabelecidos pela Carta de 1934; ·  Identificar os direitos fundamentais, principalmente aqueles qualificados como direitos fundamentais sociais, ou de segunda geração; ·  Entender o que significou o comunismo e o integralismo, no Brasil, correlacionando-os com o Fascismo, o Nazismo e o Comunismo no contexto europeu no perÃodo. Estrutura do Conteúdo A Revolução de 30 e a superação do Estado oligárquico Este ponto tem por propósito analisar a superação do Estado oligárquico por um modelo que se caracteriza não apenas pela centralização no exercÃcio do poder, mas também por incentivar uma atuação econômica com dois focos: a industrialização e a atuação social voltada para proteção aos trabalhadores. Neste sentido, a proposta é analisar o perÃodo, enfatizando a intenção getulista de promover o capitalismo nacional sob duas bases: o aparelho de Estado (principalmente o Exército) e a contraditória aliança entre a burguesia industrial e a classe trabalhadora urbana.   O Governo Provisório e sua face autoritária Nesse ponto é importante analisar as alianças estabelecidas por Vargas para sustentar a luta contra as oligarquias regionais ao mesmo tempo em que apresenta resistência a impor uma ordem constitucional ao paÃs. O governo mantido por vias não constitucionais, de caráter autoritário, acaba por alimentar crises com oligarquias regionais, sendo o ápice desse processo a chamada Revolução de 1932, capitaneada pelo Estado de São Paulo. Seus lÃderes, sob o pretexto de que a derrubada do Governo Provisório instalaria um retorno ao Estado de normalidade constitucional, tentavam reaver o poder perdido com a chamada Revolução de 30.  Apresentação das caracterÃsticas sociais, econômicas e mentais que formam o quadro onde se aplicará o direito do perÃodo O interesse neste ponto é enfocar, sinteticamente, fatores sociais, econômicos, polÃticos e mentais da sociedade brasileira no perÃodo. Nessa via, ajudam a traçar tal quadro temas como: inÃcio a um processo de industrialização mais consistente, surgimento de uma burguesia industrial, fortalecimento da classe trabalhadora urbana, sindicalismo de Estado, quadros ideológicos do perÃodo, entre outros, já assinalados anteriormente.  O Código Eleitoral de 1932 e suas repercussões democráticas no contexto polÃtico A proposta é que neste tópico possa se discutir a importância da instituição do voto secreto - como forma de combate ao “voto de cabrestoâ€�, arma das oligarquias regionais – e, também, da instituição do direito de voto à s mulheres (ainda que com muitas restrições), pela primeira vez no paÃs. Essas medidas são consideradas emblemáticas, por configurarem amplo avanço, ao menos no âmbito normativo, na luta da construção de uma democracia no paÃs.  A estrutura de organização do Estado brasileiro e o sistema de participação polÃtica estabelecida pela Carta de 1934  Este ponto do programa tem por propósito analisar o tipo de Estado que se constrói a partir da  breve Constituição de 1934, além de outros pontos relevantes desta Carta, a mais democrática até então. Neste sentido é importante analisar alguns aspectos já presentes no Código Eleitoral de 1932, que são constitucionalizados pela Carta de 1934, não apenas ratificando a participação feminina (inclusive com avanços em relação ao Código de 1932), mas, reconhecendo a obrigatoriedade de uso de voto secreto, o que acaba por contribuir, em tese, para o aperfeiçoamento do processo democrático.  Os direitos fundamentais: a incorporação dos direitos fundamentais sociais, de segunda geração. Esse é um ponto muito importante e curioso a ser tratado nesta aula. Isto porque, os direitos sociais, considerados de segunda geração, são implementados no Brasil mesmo antes que aqueles denominados como “direitos de liberdadeâ€�, de primeira geração, encontrassem sua real efetividade em um paÃs sem tradição no reconhecimento de tais direitos. Assim, educação e direitos trabalhistas começam a figurar no rol de direitos fundamentais, o que, a partir de então, configurará uma tradição no direito constitucional brasileiro.  O Comunismo e o Integralismo no Brasil no contexto dos movimentos nazista, fascista e comunista vivenciados na Europa do perÃodo. Ainda que de forma sintética, este ponto deve ser abordado, não apenas porque são movimentos de grande importância no Século XX, tanto para a história geral, mas também para a história do Brasil, como sua discussão permanece sendo de grande importância na contemporaneidade. Neste sentido, cabe ressaltar que não é possÃvel entender os debates polÃticos e ideológicos do perÃodo sem que haja, por base, a compreensão dos referidos movimentos.  Bibliografia Sugerida: ANGELOZZI, Gilberto. História do Direito no Brasil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,2009. CapÃtulo 7  Outras indicações (lembrar aos alunos que, eventualmente, as obras abaixo não estarão disponÃveis na biblioteca): CASTRO, Flávia Lages. História do Direito Geral e Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2008. CapÃtulo XVII. LOPES, José Reinaldo de Lima; QUEIROZ, Rafael Mafei Rabelo; ACCA, Thiago dos Santos. Curso de História do Direito. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. CapÃtulo XIX. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13.ed. São Paulo: EDUSP, 2008. CapÃtulo 7 Aplicação Prática Teórica Para cooperar no desenvolvimento das aulas, apresentamos os exercÃcios que contribuirão para o processo de construção e avaliação dos conhecimentos ministrados na semana.  Caso 1 Leia a notÃcia abaixo e depois responda a questão formulada:  “Mulheres lideram tanto o eleitorado analfabeto como o de ensino superior Maioria do eleitorado, as mulheres também estão à frente dos homens quando considerados os nÃveis de escolaridade dos eleitores por sexo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No Brasil, há mais eleitoras com nÃvel superior, com segundo grau e com primeiro grau completo do que eleitores. O único dado desfavorável é o fato de elas ainda serem maioria entre os analfabetos.(...)â€� A notÃcia acima extraÃda de http://conexaotocantins.com.br/noticia/mulheres-lideram-tanto-o-eleitorado-analfabeto-como-o-de-ensino-superior/1234 trata da questão do voto feminino, informando, inclusive, que as mulheres formam a maioria dos eleitores do paÃs. Nem sempre foi assim. Responda, então, à s questões abaixo formuladas. Que diploma jurÃdico autorizou pela primeira vez que mulheres exercessem o direito de voto no Brasil? Havia restrições de alguma ordem ao exercÃcio do voto feminino neste diploma jurÃdico?  Questão objetiva Um código eleitoral é o conjunto de normas legislativas que rege o processo de eleição para cargos polÃticos. As primeiras disposições eleitorais no Brasil datam da Constituição de 1824, a primeira do paÃs. Através dos tempos, diversas alterações, de maior ou menor relevância, foram sendo feitas na regulamentação das eleições brasileiras. Porém, um código eleitoral propriamente dito, que reunisse todas as disposições legislativas referentes ao processo eleitoral, só foi instituÃdo no Brasil pelo Decreto nº 21.076, de fevereiro de 1932.  Nesse sentido, o código eleitoral de 1932 significou um avanço importante em termos de exercÃcio da democracia no Brasil. Entre as medidas nele consagradas, estavam: a)  Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos; b)  Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres; c)  Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto para as mulheres; d)  Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto.