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Alunos: Ariele Ortiz de Barros, Enzo Didomenico, Diogo Miranda, Paulo Gustavo e Priscila Silveira GUERRA FRIA A Guerra Fria teve início quando a Segunda Guerra Mundial cessou, nos anos entre 1945 e 1989, logo após, os Estados Unidos assumiu o posto de ser o país mais rico do mundo. Entretanto, todo esse prestígio econômico foi disputado com o segundo país com mais poder financeiro do planeta, a União Soviética formado por, Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia, Uzbequistão, Cazaquistão, Geórgia, Azerbaijão, Lituânia, Moldávia, Letônia, Quirguistão, Tajiquistão, Armênia, Turcomenistão e Estônia. Enquanto os EUA utilizavam de um aspecto capitalista, e defendiam que o mundo deveria viver da mesma forma, se fundando na economia de mercado e na expansão de um sistema democrático, capitalista e de propriedade privada. A URSS era uma nação socialista, que se apoiava em uma economia planificada, governada pelo Partido Comunista e sem democracia. Ambos discordavam da forma como o mundo deveria se reedificar depois da segunda guerra mundial. Essa rivalidade gerou uma divergência cada vez maior, e ficou conhecida como Guerra Fria, também chamada de velha ordem. Não teve um embate militar declarado, apenas brigaram de forma ideológica para conseguir mais espaço. Vale mencionar que o arsenal de armas nucleares dos dois países era imensurável, e o um conflito armado direto significaria o fim, provavelmente, da vida na Terra. Um dos pilares da velha ordem foi a corrida armamentista, porque os dois países consideravam que quanto mais poder de fogo, mais armas, maior seria sua influência e consequentemente maior domínio da Terra. EUA e URSS realizaram grandes investimentos em bombas atômicas. No final da Segunda Guerra Mundial, a América do Norte lançou duas bombas no Japão, em Hiroshima e Nagasaki, para demonstrar ao mundo que possuíam armas nucleares. Esta ação foi utilizada como represália aos japoneses, uma demonstração da força militar para o bloco socialista. No ano de 1949, a URSS realizou com sucesso seus testes com armas nucleares, em um local de teste no Cazaquistão, para mostrar que também estavam prontos para participar de uma Guerra Mundial. A partir destes feitos as duas potências mundiais investiam cada vez mais em armamento. Este período também é chamado de a existência da Paz Armada, pois enquanto seus exércitos estivessem espalhados e armamentos em seus territórios e nos países aliados, tendo este equilíbrio bélico, a paz estaria garantida, por causa do medo do ataque inimigo. Em 1943 se formou duas alianças militares, a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, era um acordo em favor dos EUA com Canadá, França, Espanha, Portugal, Alemanha Ocidental, e Reino Unido. E também o Pacto de Varsóvia, que era a coalizão em favor a União Soviética com Bulgária, Romênia, Hungria, Cuba, China, Coréia do Norte, Alemanha Oriental, Iugoslávia, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. Em 1947 teve a criação da CIA (Agência Central de Inteligência), servia para espionagem do governo dos Estados Unidos. Em contrapartida foi criada a KGB, do Comitê de Segurança do Estado, a antiga agência de espionagem da União Soviética, criada em 1954. A KGB também fazia o papel de polícia política, ou seja, reprimia qualquer tentativa de oposição ao governo soviético (o mesmo papel que a Gestapo, a polícia política de Hitler fazia na Alemanha nazista). O currículo da CIA também é cheio de perfídia, participando de golpes de Estado em vários países da América Latina, como aconteceu na Guatemala, em 1954. No final da década de 1950 foi o período chamado Corrida Espacial, as duas superpotências começaram a financiar a produção de tecnologia para projetos espaciais. Criando a NASA dos EUA, e Lunik da URSS. Os pioneiros da corrida espacial foram os soviéticos, quando em 1957, colocaram em órbita da terra, o primeiro satélite artificial, e levou ao espaço o primeiro ser vivo, a cadela Laika, e o primeiro ser humano, Yuri Gargán, em 1961. No ano seguinte os EUA colocaram em órbita o astronauta John Glenn. Deu-se início a várias missões enviadas ao espaço, norte-americano e soviético. Apesar dos socialistas terem sidos os primeiros a pousarem naves-robô na lua, foram os EUA que, na década de 1960, o norte-americano Neil Armstrong, tornou-se o primeiro homem a pisar na lua. Na urgência de se mostrarem superiores aos rivais, Estados Unidos e União Soviética procuraram melhorar os seus arsenais militares durante a corrida espacial. Algumas tecnologias como o GPS (Sistema de Posicionamento Global), máquinas de tomografia e ressonância magnética, desenvolvimento da fotografia digital, criação do micro-ondas, criação de máquinas de exercício físico, os celulares sem fio só foram possíveis graças a essa época, melhores previsões meteorológicas após imagem em satélite, conhecimento do Buraco do Ozono, novas ligas metálicas, roupa que regula a temperatura corporal, computadores com menor massa, menor volume, menor peso, maior mobilidade, maior capacidade, maior rapidez de processamento, e um consumo mais eficaz foram desenvolvidos pela NASA para as missões Apollo. E muitas outras melhorias se desenvolveram com essa corrida espacial, os benefícios à humanidade são incalculáveis. Outra característica importante deste período, foi a caça às bruxas, que nada mais é que uma política de repreensão utilizada pelos EUA, onde liderou um forte combate ao comunismo tanto em seu território como no mundo. Usando os meios de comunicação de massa, para divulgar sua campanha valorizando o “american way of life” (o modo de vida americano). O senador Joseph McCarthy instituiu uma campanha de perseguição aos comunistas que ficou conhecida como Macartismo, muitos cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem ideias próximas a socialismo. Na URSS não foi diferente, o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aquele que não seguiam as diretrizes estabelecidas pelo governo. Uma célebre expressão feita pelo primeiro-ministro britânico na época, Winston Churchill, em 1946, foi considerado um marco a guerra fria com seu discurso: “De Estetino, no [mar] Báltico, até Trieste, no [mar] Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha estão todas as capitais dos antigos Estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sófia; todas essas cidades famosas e as populações em torno delas estão no que devo chamar de esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou de outra, não somente à influência soviética mas também a fortes, e em certos casos crescentes, medidas de controle emitidas de Moscou.” A expressão “cortina de ferro” fazia uma metáfora sobre a influência soviética na região e ressaltava o regime separatista na economia que existia entre o leste europeu e a economia capitalista. Além disso em 1947 foi criado o Plano Marshall, que era uma ajuda econômica dos EUA para as nações europeias arruinadas pela Segunda Guerra Mundial. Seus principais objetivos com este projeto eram, primeiro reerguer a economia europeia, assim os norte-americanos ampliariam os seus aliados comerciais. E em segundo aumentar a influência dos EUA em território Europeu, impedindo que os soviéticos aumentassem sua atuação neste continente. Em resposta a esse plano econômico americano, a União Soviética propôs a ajudar também seus países aliados, com a criação do COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua), foi proposto como maneira de impedir os países-satélites da União Soviética de demonstrar interesse no Plano Marshall, e não abandonarem a esfera de influência de Moscou. No início dos anos 70, a URSS passava por grande fragilidade, exposta na queda da produtividade dos trabalhadores e a queda da expectativa de vida. A alta nos preços do petróleo no período de 73-79 e a nova alta de 79-85, deram uma sobrevida temporária a um sistema econômico que já estava falido. A crise econômica mundial dos anos 80, a escassez de moedas fortes e a queda no preço das commodities exportadas pela URSS (petróleo e cereais), ajudaram a aprofundar a crise do sistema econômico planificado da União Soviética. Aconteceu outra particularidade na década de 1980, Mikhail Gorbatchev, chefe de governo da URSS, resolveu fazer algumas transformações políticas no país. Ele lançou a Perestroika que era uma abertura econômica, Gorbatchev acreditava que as economias dos países socialistas precisavam se reciclar, se modernizar, e esta ação atenderia esta demanda. O chefe de governo também criou a Glasnost que consistia numa abertura política, ele acreditava que era possível manter a estrutura socialista, porém com algumas mudanças. Contudo essas tentativas não foram sucedidas, pois a Perestroika não surtiu efeito rápido e nem necessário. E a Glasnost propiciou manifestações contrária ao próprio regime socialista. A crise econômica do país, os protestos, e a solução encontrada para economia era lenta, tudo isso influenciou o início da queda da União Soviética. Outro grande símbolo da Guerra fria, foi o Muro de Berlim, que passou a ser erguido em 1961. Construído em forma de cerco que delimitava a Alemanha Oriental da Ocidental. Este muro não apenas dividiu a cidade, como também se tornou ícone da divisão ideológica em dois blocos políticos capitalistas (Ocidental), e os socialistas (Oriental). Com o fracasso de Mikhail Gorbatchev, e a crise econômica do país, estimulou uma progressiva e rápida fragmentação da URSS, muitas nações aproveitaram tal ocasião para romper a união. E em 9 de novembro de 1989, cidadãos das duas partes de Berlim, puseram abaixo parte do longo muro, um gesto que clamava por liberdade e que enterrava simbolicamente a Guerra Fria. Após anos de batalha entre os dois sistemas econômicos, é possível destacar que o capitalismo impera desde o fim da guerra, em 1991. A maioria dos países adotou tal sistema político-econômico e as heranças deixadas por ele são visíveis nos dias de hoje. Atualmente, os países que continuaram com o sistema socialista que, na verdade, tendem mais para uma economia planificada cujos princípios são semelhantes; Cuba, Coreia do Norte e Mianmar. A Guerra Fria teve influência em vários países, no contexto geopolítico. Por exemplo, em 1949, o líder comunista Mao tsé-tung toma a China, alterando o equilíbrio no continente asiático e encorajando a Coréia do Norte a atacar a Coréia do Sul. A guerra perdurou por 3 anos, sob intervenção militar dos Estados Unidos. A Guerra Fria acabou envolvendo também uma das áreas mais interessantes e estratégicas: O Oriente médio. Interessante, pois do ponto de vista econômico é rica em petróleo. Já do ponto geopolítico, serve de passagem entre a Ásia e Europa. Os dois lados da guerra silenciosa, Estados Unidos e União Soviética, acreditavam no potencial de Israel se tornar um grande parceiro político. Então, nas décadas seguintes, cada conflito se tornava um jogo de alianças internacionais, evidenciando o interesse político das potências na região. Enquanto isso, na África, o interesse tinha um motivo um tanto quanto peculiar, as ditaduras miseráveis e conflitos internos tornaram-na uma compradora em potencial de armamentos. A África do Sul, com o fim do regime racista e ascensão do líder Nelson Mandela, cai no esquecimento, pois já não representava nenhum tipo de influência internacional. Se tratando de "terceiro mundo" o principal foco das superpotências era todo da América Latina. Esse interesse cresce quando Fidel Castro chega ao poder em Cuba. Não demorando muito para se preocuparem com o Brasil, o maior país da América Latina. Com medo de que a revolução cubana, e consequentemente o regime socialista se espalhasse pelas Américas, os Estados Unidos passa a patrocinar ditaduras por toda a América Latina. Então, em 1964 ocorre o golpe militar. Nos anos seguintes o regime militar torna-se mais forte e repressivo restringindo as liberdades democráticas e dando ao regime o poder de governar, prender, calar e torturar qualquer um que se opunha ao poder. Causando grande impacto cultural, durante duas décadas o regime repressivo calou e censurou a imprensa e as artes de um modo geral. Esses eventos assinalaram a vitória dos EUA, tornando a maior parte do mundo com um regime capitalista. A velha ordem não foi apenas uma batalha silenciosa entre dois países, as consequências dos atos dessas duas superpotências mudaram o rumo, a história e o destino do planeta. REFERÊNCIAS http://www.authorstream.com/Presentation/jrnogue-1342802-caracter-sticas-da-guerra-fria/ https://www.suapesquisa.com/guerrafria/ https://www.todamateria.com.br/urss/ https://geekiegames.geekie.com.br/blog/nova-e-velha-ordem-mundial-resumo/ https://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/ https://www.webestudante.com.br/guerra-fria/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/guerra-fria.htm https://www.estudopratico.com.br/guerra-fria-resumo-das-consequencias-e-suas-caracteristicas/ https://www.infoescola.com/historia/cortina-de-ferro/ https://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/queda-muro-berlim.htm http://infograficos.estadao.com.br/especiais/muro-de-berlim/ http://www.astropt.org/2009/08/11/vantagens-da-exploracao-espacial/