penal
Paulo Oliveira
12 years ago
Somente pode ser cometido por funcionários públicos. Ressalvas sobre o assunto,
Embora o crime de tortura (definido pela Lei 9.455/1997) possa ser praticado por particular, o legislador preocupou-se com a tortura cometida por funcionário público. Se a violência arbitrária consistir em tortura, o funcionário público responderá por crime de tortura, na forma agravada, que absorve o crime previsto no art. 322.
A violência cometida no exercício da função encontra-se abrangida na Lei 9.455/1997 como previsão de causa de aumento de pena (art. 1º, § 4º, I).
A pena do funcionário condenado por crime de tortura é a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro da pena aplicada (art. 1º, § 5º), além das restrições previstas para os autores de crimes hediondos (art. 5º, XLIII, CF/1988). A Lei 9.455/1997 derrogou o art. 2º, § 1º, da Lei dos crimes hediondos, quanto à proibição de progressão de regime.
O artigo 233 da Lei nº 8.069, de 13-7-90, que previa o crime de tortura praticado contra criança ou adolescente foi revogado pela Lei nº 9.455 (art. 4º), que passou a prever a circunstância como causa de aumento de pena, nos termos do art. 1º, §4º, II, que foi modificado pela Lei nº 10.741, de 1º-10-2003 (Estatuto do Idoso), para inclusão da circunstância de ser o crime cometido contra maior de 60 anos.
http://amigonerd.net/humanas/direito/violencia-arbitraria-e-abuso-de-autoridade-crimes-contra-a-administracao
Celso Faria
12 years ago
Resposta: A questão versa sobre violência arbitrária que contempla o instituto Penal dos crimes contra a Adminsitração Pública que consiste na prática da violência , no exercicio das funções , bem como, a pretexto de exercê-la tendo sua previsõa legal no artigo 322, do CP. Muito embora ao analisarmos o aludido código nos remetemos para a lei 4.898, de 9 de Dezembro de 1965, que na sua apresentação formal basicamente nos responde ao nosso questionamento de acordo com sua apresentação que contempla: Regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal nos casos de abuso de autoridade, bem como, nos elucida no seu art. 4 da mesma mencionada, nos seus incisos a até j, e arts. 5º, 6º. Portanto cabe esclarecimento entende-se por abuso de autoridade para efeitos legais desta lei, quem exerce cargo, emprego, ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Logo a violência arbitrária além do funcionário público pode ser entendida por todos que que venham prática-las também por natureza civil ou militar que também entram para o rol dos ofensores.
Janderson Vieira
12 years ago
“Há uma objetividade jurídica mediata, que é ligada ao regular funcionamento da administração. Como referiu Damásio de Jesus, é o interesse concernente a normal funcionamento da administração pública em sentido amplo, no que se refere à conveniência de garantia do exercício da função pública sem abuso de autoridade.”
Esses crimes só são punidos na forma dolosa. Não existe abuso de autoridade culposo. O dolo tem que abranger também a consciência por parte da autoridade de que está cometendo o abuso. Portanto, além do dolo é exigida a finalidade específica de abusar, de agir com arbitrariedade. Desse modo, se a autoridade, na justa intenção de cumprir seu dever e proteger o interesse público acaba cometendo algum excesso (que seria um excesso culposo), o ato é ilegal, mas não há crime de abuso de autoridade.