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há 4 meses
Vamos analisar cada uma das afirmações uma a uma: I. Na primeira e na segunda estrofe, o eu lírico opõe duas variedades linguísticas: a oral, quando afirma “A linguagem na ponta da língua”, e a escrita, ao expressar “Na superfície estrelada de letras”. É verdadeira (V). O eu lírico realmente faz essa oposição entre a linguagem oral e a escrita. II. Na terceira estrofe do poema “Aula de português”, Drummond atribui às figuras de linguagem o adjetivo “esquipáticas”, o qual, levando-se em conta o pensar do poeta, permite ao leitor apreendê-la como uma derivação da fusão das palavras “esquisitas” e “antipáticas”. É verdadeira (V). O termo "esquipáticas" é uma criação que reflete a visão crítica do eu lírico sobre as figuras de linguagem. III. O eu lírico, após definir os dois níveis de linguagem: a escrita e a oral, considerou a linguagem escrita (mais formal) superior à oral, visto que afirma que o domínio das regras da língua portuguesa que o professor Carlos Góis possui é capaz de colocá-lo em um patamar de conhecimento acima da ignorância do eu lírico, o que se comprova na terceira estrofe: “Professor Carlos Góis, ele é que sabe / e vai desmatando / o Amazonas de minha ignorância.” É falsa (F). O eu lírico não necessariamente considera a linguagem escrita superior, mas sim reconhece a autoridade do professor em relação ao seu próprio conhecimento. IV. O eu lírico, na quarta estrofe do poema “Aula de português”, demonstra não haver compreendido uma das linguagens que compõe a língua portuguesa, ao afirmar: “Já esqueci a língua em que comia, / em que pedia para ir lá fora,/ em que levava e dava pontapé”, visto que esta língua “em que dava pontapé” refere-se à gramática normativa, a qual ele critica e considera um mistério. É verdadeira (V). O eu lírico expressa uma crítica à gramática normativa e à sua complexidade. Portanto, a sequência correta é: V, V, F, V. A alternativa que apresenta essa sequência é a c) V, V, F, V.
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