Vamos analisar as alternativas apresentadas em relação à conduta de José, juiz de direito, que se depara com um processo envolvendo uma grande amiga de infância de sua filha. (A) é atípica, sob o ponto de vista do Direito Penal; - Essa opção sugere que a conduta não se enquadra em nenhum tipo penal, o que não parece correto, já que a situação pode envolver conflitos de interesse. (B) configura a prática do crime de prevaricação, pois presente o elemento subjetivo da satisfação de sentimento pessoal; - A prevaricação ocorre quando um funcionário público retarda ou deixa de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal. A relação de amizade pode indicar um conflito de interesse, mas é necessário analisar se houve omissão de ato de ofício. (C) configura a prática do crime de condescendência criminosa; - A condescendência criminosa ocorre quando um funcionário público deixa de punir alguém por amizade ou relação pessoal. Essa opção pode ser válida, mas depende do contexto da ação de José. (D) configura a prática do crime de prevaricação, bastando para tanto o dolo genérico; - Essa opção é semelhante à (B), mas enfatiza que o dolo genérico é suficiente. A prevaricação pode ser configurada se José agir de forma a beneficiar sua amiga. (E) configura a prática do crime de corrupção passiva. - A corrupção passiva envolve receber vantagem indevida em razão da função pública, o que não parece se aplicar diretamente ao caso apresentado. Após analisar as alternativas, a mais adequada parece ser a (B), pois a conduta de José pode sim configurar prevaricação, considerando que ele pode estar agindo em benefício de uma amiga, o que caracteriza o elemento subjetivo de satisfação de sentimento pessoal. Portanto, a resposta correta é: (B) configura a prática do crime de prevaricação, pois presente o elemento subjetivo da satisfação de sentimento pessoal.