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Escola Bom Jesus
João de Deus levanta-se indignado. Vai até a janela e fica olhando para fora. Ali na frente está a Panificadora Italiana, de Gamba & Filho. Ontem era uma casinhola de porta e janela, com um letreiro torto e errado: "Padaria Nápole". Hoje é uma fábrica... João de Deus olha e recorda... Quando Vittorio Gamba chegou da Itália com uma trouxa de roupa, a mulher e um filho pequeno, os Albuquerques eram donos de quase todas as casas do quarteirão. [...] O tempo passou. Os negócios pioraram. A herança não era o que se esperava. Com o correr dos anos os herdeiros foram hipotecando as casas. Ven-ciam-se as hipotecas, não havia dinheiro para resgatá-las: as propriedades, então, iam passando para as mãos dos Gambas, que prosperavam.
(VERÍSSIMO, É. Música ao longe. Porto Alegre: Globo, 1974 - adaptado)

O texto foi escrito no início da década de 1930 e revela, por meio das recordações do personagem, características sócio-históricas desse período, as quais remetem:
A) à ascensão de uma burguesia de origem italiana.
B) ao início da imigração italiana e alemã, no Brasil, a partir da segunda metade do século.
C) ao modo como os imigrantes italianos impuseram, no Brasil, seus costumes e hábitos.
D) à luta dos imigrantes italianos pela posse da terra e pela busca de interação com o povo brasileiro.
E) às condições socioeconômicas favoráveis encontradas pelos imigrantes italianos no início do século.
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Enviado por estudandocomquestoes há 3 semanas

Respostas

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há 3 semanas

Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o contexto do texto e as características sócio-históricas mencionadas. A) à ascensão de uma burguesia de origem italiana. - O texto menciona a prosperidade dos Gambas, que são de origem italiana, o que sugere uma ascensão econômica. Essa alternativa parece adequada. B) ao início da imigração italiana e alemã, no Brasil, a partir da segunda metade do século. - O texto não aborda o início da imigração, mas sim a situação de imigrantes já estabelecidos, portanto, essa alternativa não é a mais correta. C) ao modo como os imigrantes italianos impuseram, no Brasil, seus costumes e hábitos. - O texto não foca na imposição de costumes, mas sim na situação econômica e social, então essa alternativa não se encaixa. D) à luta dos imigrantes italianos pela posse da terra e pela busca de interação com o povo brasileiro. - Embora haja uma referência à posse de propriedades, o texto não enfatiza uma luta ou interação, mas sim a ascensão econômica dos Gambas. Portanto, essa alternativa não é a mais adequada. E) às condições socioeconômicas favoráveis encontradas pelos imigrantes italianos no início do século. - O texto menciona a prosperidade dos Gambas, mas também fala sobre a hipoteca das propriedades dos Albuquerques, o que sugere que as condições não eram tão favoráveis para todos. Assim, essa alternativa não é a mais correta. Após essa análise, a alternativa que melhor se encaixa no contexto do texto é: A) à ascensão de uma burguesia de origem italiana.

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As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.


Retrato de D. João VI, 1817, óleo s/tela, 060 × 042 cm. Acervo do Museo de Belas Artes/IPHAN/MINC. Rio de Janeiro


Imagem I
Jean batiste Debret. Retrato de D. João VI, 1817, óleo s/tela, 060 × 042 cm. Acervo do Museo de Belas Artes/IPHAN/MINC. Rio de Janeiro


Retrato do Imperador em trajes majestáticos. Gravura sobre metal feita por Urbain Massard, 064 m × 0,44 m. Acervo do Museo Imperial


Imagem II
Henrique José da Silva. Retrato do Imperador em trajes majestáticos. Gravura sobre metal feita por Urbain Massard, 064 m × 0,44 m. Acervo do Museo Imperial

A comparação das imagens permite concluir que;
A) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder.
B) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século XIX.
C) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa, nem ocupam o trono.
D) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret.
E) o fato de pai e filho aparecerem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio.

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A Revolução Cubana veio demonstrar que os negros estão muito mais preparados do que se pode supor para ascender socialmente. Com efeito, alguns anos de escolaridade francamente aberta e de estímulo à autossuperação aumentaram, rapidamente, o contingente de negros que alçaram aos postos mais altos do governo, da sociedade e da cultura cubana. Simultaneamente, toda a parcela negra da população, liberada da discriminação e do racismo, confraternizou com os outros componentes da sociedade, aprofundando o grau de solidariedade.

Tudo isso demonstra, claramente, que a democracia racial é possível, mas só é praticável conjuntamente com a democracia social. Ou bem há democracia para todos, ou não há democracia para ninguém, porque à opressão do negro condenado à dignidade de lutador da liberdade corresponde o opróbrio do branco posto no papel de opressor dentro de sua própria sociedade.
(RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido. São Paulo: companhia das Letras, 1999)

Segundo Darcy Ribeiro, a ascensão social dos negros cubanos, resultado de uma educação inclusiva, com estímulos à autossuperação, demonstra que:
A) a democracia racial está desvinculada da democracia social.
B) o acesso ao ensino pode ser entendido como um fator de pouca importância na estruturação de uma sociedade.
C) a questão racial mostra-se irrelevante no caso das políticas educacionais do governo cubano.
D) as políticas educacionais da Revolução Cubana adotaram uma perspectiva racial antidiscriminatória.
E) os quadros governamentais em Cuba estiveram fechados aos processos de inclusão social da população negra.

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A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.
(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 - adaptado)

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,
A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política.
C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro.
D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro.
E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono.

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