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“HIV/AIDS” Luciana Arruda Depto de Virologia IMPPG, UFRJ • 1981: Homossexuais → → → → Infecções oportunistas →→→→ Nova doença • 1983: Isolamento de um novo Retrovírus � Montagnier - (LAV – vírus associado a linfoadenopatia) � Gallo - (HTLV-III – vírus linfotrópico de célula T humana III) • 1986: Comitê de Taxonomia (ICTV) - HIV-1 • 1986: Isolamento do HIV-2 AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida HISTÓRICO Doença infecciosa crônica e progressiva que leva a destruição do sistema imunológico. Caracterizada por alta carga viral e diminuição do número de linfócitos T CD4+ Luciana B. de Arruda, UFRJ Relações filogenéticas entre os diferentes tipos de SIV e HIV AIDS = Zoonose Luciana B. de Arruda, UFRJ Relações Evolutivas entre o SIVcpz e o HIV-1 Luciana B. de Arruda, UFRJ HIV-1 e HIV-2 • HIV-1 – Epidemia Global – 3 grupos geneticamente distintos • Grupo M (Majoritário) • Group O � Camarões, Gabão, Guine Equatorial • Group N � Camarões • HIV-2 – Menos patogênico? – Taxa de transmissão mais baixa Luciana B. de Arruda, UFRJ Dados da OMS relatando a extensão da infecção por HIV Western Europe 850 000 North Africa & Middle East 310 000 Sub-Saharan Africa 22.4 million Eastern Europe & Central Asia 1.5 million South & South-East Asia 3.8 million Australia & New Zealand 59 000 North America 1.4 million Caribbean 240 000 Latin America 2 million East Asia & Pacific 850 000 Indivíduos com HIV/AIDS Novas infecções no ano de 2009 Mortes causadas por HIV/AIDS em 2009 33 milhões 3 milhões 2 milhões Luciana B. de Arruda, UFRJ Desafios para o século XXI: Tratamento, Prevenção e Controle Since the start of the epidemic, HIV has infected more than 60 million men, women and children and AIDS has cost the lives of nearly 20 million adults and children. Despite the intense international response to the HIV/AIDS pandemic, HIV continues to spread, causing more than 14,000 new infections every day, 95% of these are in the developing world. Today AIDS is the leading cause of death in Africa, and the fourth worldwide. As it is the case with other infectious diseases, a safe, effective and available vaccine is ultimately required to complement and enhance the effectiveness of existing prevention strategies to control the HIV/AIDS pandemic, especially in developing countries. WHO, 2009 Luciana B. de Arruda, UFRJ O Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV Família: Retroviridae (presença da enzima transcriptase reversa) Gênero: Lentivirus (envelopado, capsídeo em forma de cone) Luciana B. de Arruda, UFRJ Estrutura do HIV � Lentivirus, família Retroviridae � Tamanho: 100 nm � Envelope Glicoproteolipídico esférico � Core cilíndrico � Genoma: 2 RNA (+), fita simples 3,5 a 9 Kb � DNA-pol-RNA-dependente � Replicação por DNA intermediário � Integra ao acaso no hospedeiro Luciana B. de Arruda, UFRJ Genoma viral e proteínas formadas Elementos regulatórios Proteínas do core Transcriptase reversa Protease endonuclease Necessária para produção de vírus Regulação da expressão viral anti-repressão Trans-ativação Glicoproteínas do envelope Downregulação da expressão viral revrevvpr tatVif tatgag LTR LTR envpol vpu nef p55 p17 p24 p15 p150 p66 p53 p31 gp160 gp120 gp41 p27p14p23 Elementos regulatórios ↑ Liberação viral Transporte nuclear do CPI p15 p19 Luciana B. de Arruda, UFRJ A infecção por HIV: células alvo e receptores envolvidos Luciana B. de Arruda, UFRJ Biossíntese Viral Luciana B. de Arruda, UFRJ Luciana B. de Arruda, UFRJ Luciana B. de Arruda, UFRJ •••• Ausência de atividade revisora •••• Taxa de mutação da RT: ~ 2,5 x 10-4 mut / nt / ciclo replicativo •••• Geração de partículas: 109 a 1010 virus/dia. Diversidade Genética do HIV: •Atividade da rt → mutações •Recombinação (saltos da rt) → inserções e deleções •Rna polimerase II e Dna polimerase celular A enzima Transcriptase Reversa - RT Luciana B. de Arruda, UFRJ Garber,DA. 2004. Lancet infect Dis., 4: 397–413 Diversidade Genética do HIV Luciana B. de Arruda, UFRJ Células Alvo da Infecção pelo HIV Linfócitos T CD4 Monócitos/macrófagos Células dendríticas Luciana B. de Arruda, UFRJ Infecção Morte celular Luciana B. de Arruda, UFRJ Adaptado de Rohr, O., et al., 2003. J. Leuk. Biol.,74:736. Regulação da expressão gênica Interação com fatores de transcrição celulares Ação indireta em LTR Ação direta em LTR Ativação celular X Infecção Disponibillidade de ribonucleotideos, deoxiribonucleotideos, trifosfatos e ATP Regulação por fatores de transcrição celulares Luciana B. de Arruda, UFRJ Efeitos do vírus sobre a célula hospedeira in vitro Efeito Citopático Formação de sincícios in vivo poucas evidências de CPE Diferentes mecanismos de morte celular CÉLULAS ATIVADAS - produzem vírus imediatamente e morrem em 1-2 dias. Essa produção é responsável pela grande maioria dos vírus presentes no plasma. CÉLULAS EM REPOUSO só produzem vírus após estimulação; essas células têm uma meia-vida de pelo menos 5-6 meses. Essas populações representam o principal desafio para terapia anti-retroviral Luciana B. de Arruda, UFRJ Adaptado de Stebbing, J. 2004. N Engl J Med., 350:1872; e Kooyki, Y. 2003. Nature Rev. Immunol., 3:697. Células dendríticas: infecção, transferência e ativação de linfócitos T Transmissão para células T Infecção de DC Transmissão para células T Apresentação de Ag Luciana B. de Arruda, UFRJ Etapas iniciais da infecção: Importância das células dendríticas Células Dendríticas Captura na porta de entrada Carreamento para órgãos linfóides Transmissão e ativação de T CD4+ Luciana B. de Arruda, UFRJ Subversão do Sistema Imune Órgãos Linfóides Células ativadas Citocinas pró-inflamatórias Células com infecção latente ↑↑↑↑ Pool de células susceptíveis Células em repouso ↑↑↑↑ Pool de células c/ infecção produtiva Luciana B. de Arruda, UFRJ Hiperplasia de linfonodo Involução de linfonodo Dissolução da rede de FDC Estágio da infecção Agudo Inicial Intermediário Tardio Viremia Linfonodo (10 x) Linfonodo (100 x) Disseminação viral Alteração da arquitetura de órgãos linfóides Luciana B. de Arruda, UFRJ Adaptado de Cohen O, et al. 1997. Springer Semin Immunopathol.,18:305 Disseminação viral Alteração da arquitetura de órgãos linfóides Hiperplasia Folicular Involução Folicular HIV nos GC Ausência de HIV nos GC Luciana B. de Arruda, UFRJ Subversão do Sistema Imune Alteração da arquitetura linfóide aumento da susceptibilidade a infecções oportunistas Involução folicular; fibrose, depleção de linfócitos, infiltração de tecido adiposo perda funcional do tecido linfóide imunodeficiência Luciana B. de Arruda, UFRJ Patogênese Reservatórios cérebro Sangue periférico Células Gastro- IntestinaisMedula óssea Sistema RetículoEndotelial Nódulos Linfáticos pele Luciana B. de Arruda, UFRJ Dano ao trato GI mediado pelo HIV Luciana B. de Arruda, UFRJ Dano ao trato GI mediado pelo HIV Luciana B. de Arruda, UFRJ Subversão do Sistema Imune � Lise celular direta de células do SI � Alteração da função de células e tecidos linfóides Luciana B. de Arruda, UFRJ � Morte celular induzida por ativação FASE I II III IV Infecção, “eliminação” dos vírus pelo sistema imune Poucos sintomas Perda parcial da imunidade Perda total da imunidade Concentração de HIV Contagem de linfócitos T Patogenia – Dinâmica da Infecção Luciana B. de Arruda, UFRJ Infecção inicial • Assintomática - maioria • Síndromes auto-limitantes: síndrome gripal, MI (febre, calafrio, artralgia, mialgia, mal-estar, anorexia, náusea, diarréia, faringite, eritema) • Pode se estender por 2 a 3 semanas Latência • variável →→→→ cofatores (2 - 10 anos) Período de doença • Linfadenopatia e febre crônica, sudorese noturna, diarréia, emagrecimento e mal-estar • Infecções oportunistas • Neoplasias (Sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin) • Debilitação • Demência relacionada à AIDS Síndromes Clínicas Luciana B. de Arruda, UFRJ Infecções Oportunistas Protozoários: toxoplasmose, criptosporidose Fungos: Pneumocystis carinii, candidíase, cryptococose, histoplasmosis, coccidiodomicose Bactérias: Mycobacterium avium Micobacteria atípica Septicemia por Salmonela Infecção múltipla ou recorrente por bactéria Vírus: CMV, HSV, VZV HIV - Manifestações clínicas Luciana B. de Arruda, UFRJ HIV - Manifestações clínicas • Sarcoma de Kaposi, associado a HHV-8: mais frequente, é observado em 20% dos pacientes com AIDS • Linfomas Malignos também são frequentes • Algumas manifestações que não são explicadas por infecções ou tumores • A desordem neurológica mais frequente é a encefalopatia, observado em 2/3 dos casos. • Erupções cutâneas e diarréia persistentes. Outras Manifestações Tumores Oportunistas Luciana B. de Arruda, UFRJ Luciana B. de Arruda, UFRJ PROGRESSÃO DA INFECÇÃO PELO HIV • Perda progressiva de linfócitos CD4+ • A maior parte dos pacientes evolui de forma assintomática durante vários anos • Alguns pacientes permanecem com contagens estáveis de CD4+ por vários anos • 5% evolui para AIDS em 1 ou 2 anos após a infecção primária MARCADORES DE PROGRESSÃO DA INFECÇÃO PELO HIV • Número de células CD4+ • Quantificação do RNA (HIV-1) plasmático • Progressores rápidos: AIDS em 2 ou 3 anos (10%) • Progressores típicos: AIDS em 10 anos (80-85%) • Não progressores: clínica e imunologicamente estáveis, 7 a 10 anos após a infecção primária (5-10%) Luciana B. de Arruda, UFRJ • Contato com Sangue Contaminado (transfusão de sangue/hemoderivados, compartilhamento de agulhas contaminadas, inoculação acidental por objetos perfuro-cortantes contaminados). � controle dos bancos de sangue e órgãos, não compartilhamento de agulhas, uso de material estéril • Contato sexual (vírus presente no sêmem e secreções vaginais; exposição mucosas retais, genitais e orais). � Uso de preservativo • Transmissão Vertical (materno-fetal: transplacentária ou durante o parto. e por amamentação) � Exame pré-natal, uso de antiretrovirais em caso de soropositividade, controle do parto e amamentação • Ocupacional (inoculação acidental por profissionais de saúde) � normas de biossegurança Prevenção e Controle x Vias de Transmissão Luciana B. de Arruda, UFRJ CONSIDERAÇÕES NA TERAPÊUTICA ANTI- RETROVIRAL HIV Objetivos clínicos • Melhorar a sobrevida • Reduzir o impacto da doença pelo HIV • Melhorar a qualidade de vida • Aumentar o peso corporal Objetivos laboratoriais • Reduzir a carga viral (RNA viral, antígeno p24) • Melhorar a função imunológica (número de células CD4) Luciana B. de Arruda, UFRJ ALVOS DE DROGAS ANTIRETROVIRAIS INIBIDORES DE FUSÃO (enfuvirtide(T20)) INIBIDORES INTEGRASE (raltegravir) ANTAGONISTA CCR5 (maraviroc) INIBIDORES NNRT DE RT (nevirapina, efavirenz) INIBIDORES DE PROTEASE (indinavir, ritonavir) INIBIDORES NRT DE RT (AZT, ddC, ddI) Luciana B. de Arruda, UFRJ Adaptado de Gougeon, Nature Rev. Immunol., 2003, 3:392-404 Efeito do Tratamento com drogas anti- retrovirais sobre a Resposta Imune Luciana B. de Arruda, UFRJ Efeito do Tratamento com drogas anti- retrovirais Luciana B. de Arruda, UFRJ Complicações do Tratamento com drogas anti-retrovirais • Efeitos colaterais • Adesão do paciente • Surgimento de resistência • Alto custo � Falência terapêutica Luciana B. de Arruda, UFRJ Imunidade Esterelizante •Proteção completa contra a infecção •Ausência de HIV •Ausência de transmissão Infecção transiente •Ocorre infecção, mas o SI é capaz de detectar e eliminar as células infectadas •SI controla a infecção e o processo de doença não avança •HIV indetectável em períodos tardios (6- 12 meses após infecção) •Soroconversão (HIV+) pode ocorrer ou não •Transmissão pode ocorrer num período de tempo, ou pode ser completamente controlada Controle Prolongado da Infecção •Carga viral indetectável ou extremamente baixa por toda a vida •Sem queda de CD4 •Sem AIDS •Espécie de soroconversão •Prevenção ou grande diminuição de transmissão Vacina Altruistica •Pouco benefício para os indivíduos vacinados; mas há prevenção da transmissão •Carga viral em secreções de mucosa se mantém baixa, e o indivíduo pode se manter saudável por períodos mais prolongados Desenvolvimento de Vacinas Objetivos Luciana B. de Arruda, UFRJ Ativação do Sistema Imunitário • Resposta celular • Resposta humoral • Resposta de mucosa Principais dificuldades • Variabilidade de cepas e isolados • Alta taxa de mutação Modelo animal • SIV e SHIV - AIDS espécies de macacos asiáticos Desenvolvimento de Vacinas Considerações Luciana B. de Arruda, UFRJ