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Quanto ao diagnóstico laboratorial da criptococose, assinale a alternativa correta.
a) A cultura de cepas de Cryptococcus neoformans, Cryptococcus gatti e Cryptococcus laurentii demonstra colônias brancas cerebriformes que se desenvolvem rapidamente em ágar Saboraud dextrose (< 24 horas) e mais lentamente (> 72 horas) em ágar contendo ciclo-hexemida. A diferenciação entre estes e as leveduras do tipo Candida se dá por meio do crescimento de Candida spp. na presença de canavanina (meio CGB).
b) A detecção do antígeno polissacarídeo capsular de Cryptococcus em sangue, líquor e urina por meio de aglutinação de partículas de látex e imunocromatografia tem sensibilidade e especificidade superiores a $90 \%$, porém resultados falso-negativos dos testes podem ocorrer em razão da presença de altos títulos de antígeno e efeito pró-zona.
c) O antígeno polissacarídeo criptocócico pode ser detectado no sangue, na urina e no líquor de pacientes com doença extraneural e, por esta razão, sua determinação no soro ou na urina caracteriza criptococose sistêmica, mas sua presença nos três materiais biológicos não confirma o diagnóstico específico de doença meníngea.
d) O isolamento do fungo em cultivo tem importante papel no estudo epidemiológico da doença. Cryptococcus neoformans (sorotipo A e D) e Cryptococcus gatti (sorotipos B e C) são responsáveis pela maioria dos casos de criptococose no Brasil, onde a segunda variedade acomete principalmente pacientes extremamente imunossuprimidos (CD4 < 50 células $/ \mathrm{mm}^{3}$ ).
e) O líquor de pacientes com criptococose em sistema nervoso central se caracteriza por pleocitose polimorfonuclear intensa, hiperproteinorraquia e hipoglicorraquia. Nas infecções em pacientes imunocompetentes, o número de leveduras não capsuladas observadas pelo método de tinta da China no líquor centrifugado tem se mostrado significativamente maior que nos pacientes com aids.
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Enviado por extraindoquestoes_dev_tst+673500 há 3 dias

Respostas

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há 3 dias

Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta sobre o diagnóstico laboratorial da criptococose: a) A descrição sobre a cultura de cepas de Cryptococcus é parcialmente correta, mas a informação sobre o crescimento em ágar Saboraud dextrose em menos de 24 horas não é precisa, pois geralmente leva mais tempo. b) A detecção do antígeno polissacarídeo capsular é uma técnica válida e a sensibilidade e especificidade mencionadas são geralmente aceitas, mas a parte sobre resultados falso-negativos devido a altos títulos de antígeno e efeito pró-zona é uma informação importante e correta. c) A afirmação sobre a detecção do antígeno no sangue, urina e líquor é verdadeira, mas a conclusão de que a presença nos três materiais não confirma a doença meníngea é um pouco confusa, pois a presença no líquor é um indicativo forte de criptococose meníngea. d) O isolamento do fungo em cultivo é realmente importante para o estudo epidemiológico, e a informação sobre os sorotipos é correta. Essa alternativa parece bem fundamentada. e) A descrição do líquor em pacientes com criptococose está incorreta, pois a pleocitose é tipicamente linfocitária e não polimorfonuclear, especialmente em pacientes com AIDS. Após essa análise, a alternativa que apresenta informações corretas e relevantes sobre o diagnóstico laboratorial da criptococose é a d).

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Sobre a rotina microbiológica recomendada e justificada para prevenção dessa doença, assinale a alternativa correta.
a) Avaliar a susceptibilidade dos isolados de Streptococcus agalactiae para penicilina G, ciprofloxacin e azitromicina por meio do teste de disco difusão em Muller Hinton ágar. O aumento significativo da resistência do micro-organismo justifica o uso de drogas não betalactâmicas na profilaxia antimicrobiana intraparto.
b) Inocular as amostras obtidas em meio de cultivo caldo, como Todd-Hewitt, suplementado com agentes seletivantes, como colistina, clindamicina e ciprofloxacina, ou ainda em caldo contendo cromógenos. Esses procedimentos permitem a seleção e identificação rápida da colonização por estreptococos do grupo B nas gestantes, sem a necessidade de testes confirmatórios adicionais.
c) Obter duas amostras de material cervical e periuretral utilizando swab estéril a ser inoculado em meio de transporte Amies ou Stuart. Realizar o procedimento entre a $30^{\underline{a}}$ e $31^{\underline{a}}$ semana de gestação para avaliar a presença de colonização por Streptococcus agalactiae.
d) Reportar a presença de estreptococo do grupo B em cultivo de urina em contagem inferior a 10.000 UFC/mL contribui para a prevenção da doença perinatal, uma vez que a bacteriúria está relacionada à maciça colonização genital de mulheres de qualquer idade gestacional.
e) Realizar CAMP teste frente a isolados clínicos hemolíticos de Staphylococcus aureus como prova de identificação presuntiva de estreptococo beta-hemolítico do grupo B. Isolados de Streptococcus agalactiae não hemolíticos estão relacionados aos quadros mais graves de sepse neonatal e são adequadamente identificados como tal por meio de testes moleculares.

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