Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
�PAGE � �PAGE �45� Introdução à Estatística Prof.: Anderson Novanta e Prof.: Angelo Siqueira Capítulo 6 Noções de Probabilidade 6.1 Experimentos Aleatórios Definição Experimentos Aleatórios (E) são aquelas que, mesmo repetidos várias vezes, sob condições semelhantes, apresentam resultados imprevisíveis. Ex: E1: Lançar uma moeda e observar a face de cima. E2: Lançar um dado e observar o número da face de cima. E3: Um casal pretende ter dois filhos. Observam-se as seqüências dos sexos. E4: De uma urna contendo 3 bolas vermelhas e 2 brancas, selecionar uma bola e observar sua cor. E5: Numa cidade onde 10% dos habitantes possuem determinada moléstia, selecionar 20 pessoas e observar o número de portadores desta moléstia. 6.2 Espaço Amostral Definição Espaço Amostral (S) é o conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Ex: E1: Lançar uma moeda e observar a face de cima. S1 = {k, c}, onde k – cara e c – coroa E2: Lançar um dado e observar o número da face de cima. S2 = {1, 2, 3, 4, 5, 6} E3: Um casal pretende ter dois filhos. Observa-se as seqüências dos sexos. S3 = {(m, m); (m, f); (f, m); (f, f)}, onde m – masculino. e f – feminino. E4: De uma urna contendo 3 bolas vermelhas e 2 brancas, selecionar uma bola e observar sua cor. S4 = {v, b}, onde v – vermelho e b - branco. E5: Numa cidade onde 10% dos habitantes possuem determinada moléstia, selecionar 20 pessoas e observar o número de portadores desta moléstia. S5 = {0, 1, 2, ..., 20} 6.3 Evento Definição Evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral. Exercício 6.1: E1: Um dado é lançado e observa-se a face de cima. S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} Determine os eventos: A: ocorrência de número ímpar. A = B: ocorrência de número primo. B = C: ocorrência de número maior do que 4. C = D: ocorrência de número maior do que 6. D = E2: Um casal pretende ter três filhos, e observa-se as seqüências dos sexos. Determine os eventos: A: ocorrência de sexo masculino (m) no 1º nascimento. A = B: ocorrência de exatamente um filho do sexo feminino (f). B = C: ocorrência de, no máximo, dois filhos do sexo feminino (f). C = D: ocorrência de pelo menos dois filhos do sexo masculino (m). D = 6.4 Probabilidade em Espaços Finitos Definição Dada uma experiência aleatória E, definida num espaço amostral finito S, digamos S = {a1, a2, ..., an}. A cada evento elementar {ai} vamos associar um número real, indicado por pi, chamado probabilidade do evento {ai}, satisfazendo as seguintes condições: 0 ( pi ( 1; p1 + p2 + … + pn = 1 6.5 Probabilidade em Espaços Finitos Equiprováveis Definição Dada uma experiência aleatória uniforme E, definida num espaço amostral finito equiprovável S, define-se probabilidade de um evento A, contido em S, como sendo o quociente entre o número de elementos do evento A e o número de elementos do espaço amostral S, isto é, é o número de casos favoráveis ao evento, dividido pelo número total de casos. onde: n(A) é o número de elementos do evento A. n(S) é o número de elementos do espaço amostral S. 6.5.1 Propriedades Para todo evento A, 0( P(A) ( 1; P(S) =1; Se A ( B ( ( então P(A ( B) = P(A) + P(B). Obs: Se A e B forem eventos quaisquer, então P(A ( B) = P(A) + P(B) – P(A ( B) Exercício 6.2: Determinar as probabilidades dos eventos do exercício 6.1. 6.6 Probabilidade Condicionada Definição Dados dois eventos, A e B, denotaremos por P(A|B) a probabilidade condicionada do evento A, quando o evento B tiver ocorrido, por: , com P(B) ( 0. ou , com n(B) ( 0. Ex: Seja o seguinte experimento E: Lançar um dado e observar a face de cima e sejam os seguintes eventos A: sair o número 5 e B: sair um número ímpar. P(A) = (probabilidade de ocorrer o número 5) P(A|B) = (probabilidade de ocorrer o número 5, dado que ocorreu um número ímpar) 6.7 Teorema da Multiplicação Definição Dados dois eventos, A e B, a probabilidade da ocorrência simultânea desses dois eventos, do mesmo espaço amostral, é dada por P(A ( B) = P(A) ( P(B), se A e B forem independentes. P(A ( B) = P(A) ( P(B|A), se A e B não forem independentes. Obs: Dois eventos são ditos independentes, quando a realização de um dos eventos não afeta a realização do outro. Exercício 6.3 Uma moeda será lançada duas vezes. Qual é a probabilidade de ocorrer cara nas duas jogadas? Uma urna contém duas bolas brancas e uma vermelha. Retiram-se duas bolas da urna ao acaso, uma em seguida da outra e sem que a primeira tenha sido recolocada. Qual é a probabilidade das duas bolas serem brancas? Obs: Dado um evento A, com probabilidade P(A), a probabilidade de que esse evento se repita n vezes é dada por Se a ocorrência do evento A em cada uma das vezes não for afetada pelas ocorrências anteriores, então Exercício 6.4 Em uma farmácia temos 12 frascos do medicamento “Y”, dos quais 4 estão com a validade vencida. Se um freguês vai comprar dois desses frascos, qual a probabilidade de levar os dois com validade vencida ? A probabilidade de determinado teste para a AIDS dar resultado negativo em portadores de anticorpos contra o vírus (falso negativo) é 10%. Supondo que falsos negativos ocorrem independentemente, qual é a probabilidade de um portador de anticorpos contra o vírus da AIDS, que se apresentou três vezes para o teste, ter tido, nas três vezes resultado negativo ? 6.8 Árvore das Probabilidades Na solução de alguns problemas onde entram dois ou mais estágios, é conveniente utilizarmos métodos sistemáticos para o cálculo de eventos compostos. Um método gráfico que se mostrou muito útil, neste caso, é a árvore das probabilidades. Tais métodos são indicados sempre que o experimento diversos estágios. Com o intuito de mostrar como se constrói esta árvore, observe os exercícios abaixo. Exercício 6.5: Em uma urna temos três bolas azuis, duas bolas brancas e uma bola vermelha. Duas bolas serão retiradas sem reposição. Exercício 6.6: Uma clínica especializada trata de 3 tipos de moléstias; X, Y e Z. 50% dos que procuram a clínica são portadores de X, 40% são portadores de Y e 10% de Z. As probabilidades de cura, nesta clínica, são: moléstia X: 0,8 moléstia Y: 0,9 moléstia Z: 0,95 Um enfermo saiu curado desta clínica. Qual a probabilidade de que ele tenha sofrido a moléstia Y? Exercícios Um casal pretende ter três filhos. Construa o espaço amostral e determine a probabilidade de: os três filhos serem do sexo feminino ? exatamente dois desses filhos serem do sexo masculino ? pelo menos um desses filhos ser do sexo masculino ? No cruzamento de ervilhas amarelas homozigotas (AA) com ervilhas verdes homozigotas (aa) ocorrem ervilhas amarelas heterozigotas (Aa). Se estas ervilhas forem cruzadas entre si, ocorrem ervilhas amarelas e verdes, na proporção de três para uma. Suponha que foram pegas ao acaso, três ervilhas resultantes do cruzamento de ervilhas amarelas heterozigotas. Qual a probabilidade das três serem verdes ? Suponha que a probabilidade de uma pessoa ser do tipo sangüíneo O é 40%, ser A é 30% e ser B é 20%. Suponha ainda que a probabilidade de Rh+ é de 90% e que o fator Rh independe do tipo sangüíneo. Nestas condições, qual é a probabilidade de uma pessoa tomada ao acaso da população ser: O e Rh+ AB e Rh– Numa cidade, 400 pessoas foram classificadas, segundo sexo e estado civil, de acordo com a tabela Solteiro (S) Casado (C) Desquitado (D) Viúvo (V) Masculino (M) 50 60 40 30 Feminino (F) 150 40 10 20 Uma pessoa é escolhida ao acaso, determine: a) P(S) b) P(S|M) c) P(F ( V) d) P(F ( D) e) P(M|C) Apenas uma em cada dez pessoas de uma população tem tuberculose. Das pessoas que têm tuberculose 80% reagem positivamente ao teste Y, enquanto apenas 30% dos que não têm tuberculose reagem positivamente. Uma pessoa da população é selecionada ao acaso e o teste Y é aplicado. Qual é a probabilidade de que essa pessoa tenha tuberculose, se reagiu positivamente ao teste? Um exame de laboratório tem eficiência de 95% para detectar uma doença quando essa doença existe de fato. Entretanto o teste aponta um resultado “falso positivo” para 1% das pessoas sadias testadas. Se 0,5% da população tem a doença, qual é a probabilidade de uma pessoa ter a doença dado que o seu exame foi positivo? Sabe-se que um homem e uma mulher são heterozigotos para um gene recessivo que causa o albinismo. Se eles tiverem dois filhos (não importa o sexo), a probabilidade de os dois serem normais é: O albinismo (ausência de pigmentação da epiderme) é condicionado por gene recessivo. O alelo dominante condiciona pigmentação normal. Dois indivíduos normais, netos de uma mesma avó albina e, portanto, primos em primeiro grau, tiveram um filho albino. Qual a probabilidade de ser albina uma outra criança que esse casal venha a ter? Observe o heredograma abaixo, que representa a ocorrência de uma anomalia numa família: A probabilidade de nascer uma menina afetada do cruzamento 3 com 11 é: O heredograma abaixo esquematizado se refere à herança de uma doença autossômica, transmitida segundo o que determina a primeira lei de Mendel: Feita a análise genotípica do heredograma em estudo, com relação a condição fenotípica da prole do casal formado pelos indivíduos 9 e 10, constata-se que há duas possibilidades em relação ao genótipo do referido casal: 1ª) permite gerar filhos normais e doentes; 2ª) permite gerar apenas filhos normais. Determine a probabilidade de que o referido casal tenha genótipo que só permita gerar filhos normais. O heredograma abaixo representa uma família com casos de albinismo, anomalia herdada como autossômica recessiva. Há probabilidade de o casal III.3 x III.4 ter descendentes albinos? Por quê? O casal III.3 e III.4 tiveram uma criança albina, qual a probabilidade deles terem uma segunda criança albina? A acondroplasia é uma distrofia osteocartilaginosa de fundo hereditário que implica no mau desenvolvimento do esqueleto, justificando a manifestação do nanismo (característica do anão). O heredograma abaixo mostra a transmissão do nanismo acondroplásico numa família. Veja o gráfico e, depois, responda ao que se pede. O nanismo acondroplásico é causado por gene dominante ou recessivo? Qual a probabilidade de o casal n.º 4 ter um filho que apresente a anomalia? Qual a probabilidade que existe de o casal n.º 4 vir a ter 3 filhos seguidos todos normais, não importando o sexo das crianças? Bibliografia Suplementar [1] TRIOLA, M. Introdução à Estatística. Rio de Janeiro, LTC, 1999. [2] LIPSCHUTZ, S. Probabilidade. São Paulo, Makron Books, 1993. [3] LEVINE, D.L., et al. Estatística: Teoria e Aplicações. Rio de Janeiro, LTC, 1998. [4] MEYER, P.L. Probabilidade: Aplicações à Estatística. Rio de Janeiro, LTC, 1983. � EMBED Word.Picture.8 ��� Capítulo 6: Noções de Probabilidades _1089537739.unknown _1089538040.unknown _1089538327.unknown _1089538355.unknown _1089538058.unknown _1089537795.unknown _1089537153.unknown _1060176639.doc