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Resumo de Introdução ao Estudo do Direito ÉTICA, MORAL E JUSTIÇA. MORAL- é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, tradição cultural, etc... Também pode ser definido como a aquisição do modo de ser conseguido pela apropriação ou por níveis de apropriação, onde se encontram o caráter, os sentimentos e os costumes. ÉTICA- é o julgamento das validades das morais, a ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. É tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma morada saudável; materialmente sustentável psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda. Suas principais características são: Principal regulador do desenvolvimento histórico - cultural da humanidade. Sem ética, ou seja, sem a referencia a princípios humanitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões etc., a humanidade já teria se fragmentado completamente. Exemplos concretos de comportamento ético: - Comportamento profissional e relações humanas: moral de atitudes e não de atos morais. a)Relação entre alunos, professores, funcionários. b)coerência entre teoria e prática: o que faz não pode ser diferente do que se vive- ação mecânica versus liberdade. - Preservação da natureza: uso de descartáveis, energia elétrica, reciclagem de lixo, campanhas ambientais. JUSTIÇA- é o princípio básico de um acordo, baseados em regras igualitárias, que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal, por meio das leis , ou na sua aplicação a casos específicos, ou seja, litígio. Segundo Aristóteles, o termo justiça detona, ao mesmo tempo, legalidade e igualidade. Assim justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido escrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal). A justiça também implica na alteridade. Conclui-se: que ética, moral e justiça se complementam e se completam , para ter plenamente qualquer uma das três é necessário o exercício das outras duas. .................................................................................................................... DIREITO NATURAL Direito independente da vontade humana, existe antes mesmo do homem e acima das leis dele. É algo natural, os valores do ser humano e busca sempre um ideal de justiça. É universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza à todos aqueles que se encontram em estado de natureza. Leis superiores Direito como produto de ideias ; metafísico Pressuposto: valores Existência de leis naturais JUSNATURALISMO Naceu na Grécia no século V-A.C. É uma corrente do pensamento jurídico, que defende a existência do direito natural. Esse direito natural seria uma consequência pré – existente na mente do ser humano, que lhe permite discernir o correto do incorreto, o bem do mal, o justo do injusto. O jusnaturalismo envolve a hipótese de existência de um direito superior às leis escritas e humanas. É constituído por princípios e não por regras. Jusnaturalismo concepção teórica, define-se como justiça, é a visão ética do bom e do justo. É esse direito natural que deve prevalecer em caso de conflito e que dá embasamento ético ao direito posto pelo Estado. O direito natural é superior, inspirado e influenciador do Direito Positivo. O jusnaturalismo teve3 fases: clássico, medieval e moderno. JUSNATURALISMO CLÁSSICO Razão Filosófica Sócrates- obedecer as leis (justas) sociedade feliz(equilibrada e pacífica). Platão-mundo das ideias, repúblicas, idealismo lógico, abstrato e idealista, espírito racional. Aristóteles- conduta prática dos indivíduos (vida concreta. Conclui que nós os homens (animal político vive na polis, estado, cidade). A justiça esta no meio termo. Ideia de justiça, identifica como proporcionalidade, igualdade, alteridade. Cada caso é cada caso! JUSNATURALISMO MEDIEVAL Teológico Religioso Surge o Cristianismo, a Lei Mozaica (Moisés), a palavra de Jesus é o verbo= JUSTIÇA. A Igreja esta acima do Estado, ordenando e orientando. É uma lei natural, fundada em Deus (LEX NATURALIS), autor da natureza, universal e imutável onde constitui a VIRTUDE DA JUSTIÇA. Patrística: inicio do séc. III até o séc. VIII, visão de mundo dos padres, onde viviam em Mosteiros (Santo Agostinho) maior referência. Não é mais a razão humana e sim o evangelho fundamento Místico e Dogmático. Santo Agostinho: “civitas dei”, cidade celeste-tratado de direito. Preparar a salvação da alma imortal, negar o mundo pagão. Neste período o fundamento se matem na fé, crer e não questionar! Escolástica: critica racionalista e não mais dogmática, reabilitando a razão humana. Foi perdendo importância “o pecado original”, século XII, viveu i maior representante da escolástica: São Tomas de Aquino com seus pensamentos de ética e justiça. Quanto mais a razão, maior se entendimento do evangelho. A razão da sabedoria divina como diretora de todos os movimentos e ações no universo ( lei eterna). São Tomas de Aquino em sua “suma teológica”- fala sobre o o pensamento Aristotélico Tomista; o que é Lei, Estado e Direito. A igreja se deu conta que ao estudar Aristóteles, notou que ele era inteligente (humanismo): a justiça esta em Deus, enriquecida com a filosofia de Aristóteles, com base nisso gera novas leis- Lex Humanas- DIREITO POSITIVO. São Tomas de Aquino continua acreditando na igreja, porém acredita no HUMANISMO. JUSNATURALISMO MODERNO Razão Humana (homem) Neste período a Igreja perde sua submissão sobre o homem, a razão, a ciência , é a sua perspectiva. Ele rompe com o Medieval (Deus) passando para o Moderno (homem). Um dos seus maiores representantes foi Descartes, com sua célebre frase: Penso logo existo. Um homem da matemática, da visão lógica, mundo do capitalismo. Este período é compreendido por algumas mudanças: - A guerra da Reforma: Lutero rompe com Roma - Renascimento. NORMA JURÍDICA São regras de conduta social, abstratas e imperativas, adaptadas e impostas de forma coercitiva pelo Estado, através de órgãos ou autoridades competentes. Impondo aos que infrinjam as penalidades previstas, e isso se dá em prol da busca do bem maior do Direito, que é a justiça. Miguel Reale defini “NORMA” como sendo como sendo proposição enunciativa de uma forma de organização ou de conduta que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória. Há autores sob a influência de Kelsen, afirmam que toda norma jurídica se reduz a um juízo hipotético, ou uma proposição hipotética, na qual se prevê um fato (A) ao qual se liga a uma consequência (B). Se for A – deve ser B PROPOSIÇÕES HIPOTÉTICAS Endonorma: proposição hipotética que enuncia um dever. Se for A – deve ser B Perinorma: é a sanção Penal aplicável na eventualidade do descumprimento. Se não B – deve ser SP 3.2. Características da norma jurídica A partir da própria definição acabada de apresentar, podem extrair-se as características mais marcantes da norma jurídica, que são: a) Generalidade: Todos os cidadãos são iguais perante a lei, razão por que a norma jurídica se aplica a todas as pessoas em geral. As normas jurídicas são válidas para todos e a todos obrigam de igual forma; b) Abstração: As normas jurídicas aplicam-se a um número abstrato de situações, a situações hipotéticas em que poderão enquadrar-se as condutas sociais e não a um indivíduo ou facto concreto da vida social; c) Imperatividade: As normas jurídicas são de cumprimento obrigatório; d) Coercibilidade: As normas jurídicas podem impor-se mediante o emprego de meios coercivos (ou da força) pelos órgãos estaduais competentes, em caso de não cumprimento voluntário. A norma jurídica, ao revestir as características de imperatividade e coercibilidade, limita a liberdade do indivíduo, impelindo-o a conter os impulsos pessoais e a eleger as condutas a seguir de modo a não pôr em causa a liberdade dos outros e as bases de convivência social. Assim, para que a norma jurídica possa ser observada efetivamente, a par da sua justiça intrínseca, joga um papel importante à responsabilidade do indivíduo, que pode levá-lo a ter uma conduta conforme ao direito. O acatamento voluntário ou natural dos deveres jurídicos afasta a necessidade de coerção na aplicação da norma jurídica. Bilateralidade: é uma característica que possui relação com a própria estrutura da norma, pois normalmente a norma é dirigida a duas partes: - DEVER JURÍDICO - DIREITO SUBJETIVO 3.3. Estrutura da norma jurídica A norma jurídica tem uma estrutura interna constituída, amiúde, por três elementos, a saber: Previsão: a norma jurídica regula situações ou casos hipotéticos da vida que se espera venham a acontecer (previsíveis), isto é, contém em si mesma, a representação da situação futura; Estatuição: a norma jurídica impõe uma conduta a adoptar quando se verifique, no caso concreto, a previsão da norma: Sanção: a norma jurídica dispõe os meios de coação que fazem parte do sistema jurídico para impor o cumprimento dos seus comandos. Perfeitas/ Mais que perfeitas/ Menos do que perfeitas/ Imperfeitas.