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Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. (...).

Nesse ponto as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? (...). Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.

CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 3ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995.

Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que Antonio Candido defende que o acesso a bens como a literatura e a música
A) é privilégio de minorias, pois são bens que exigem reflexão.
B) deve ser reivindicado como um direito, e não como um privilégio.
C) vitimiza as pessoas que não têm acesso a bens fundamentais para viver.
D) humaniza as minorias privilegiadas, incentivando-as a compartilhar seu conhecimento.
E) é indispensável para quem luta pelos direitos humanos.
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Enviado por extraindoquestoes_dev_tst+673682 há 4 semanas

Respostas

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Ed Inteligência Artificial do Passei Direto Verified user icon

há 4 semanas

Vamos analisar as alternativas com base no texto de Antonio Candido. A) é privilégio de minorias, pois são bens que exigem reflexão. - O texto menciona que muitas pessoas consideram que certos bens, como literatura e música, são privilégios, mas não necessariamente que isso seja uma defesa de Candido. B) deve ser reivindicado como um direito, e não como um privilégio. - O texto sugere que o acesso a bens culturais deve ser considerado um direito, alinhando-se com a ideia de que o que é indispensável para nós deve ser também para os outros. C) vitimiza as pessoas que não têm acesso a bens fundamentais para viver. - O texto não aborda diretamente a vitimização, mas sim a inclusão de todos no acesso a bens. D) humaniza as minorias privilegiadas, incentivando-as a compartilhar seu conhecimento. - O texto não fala sobre humanização das minorias privilegiadas, mas sim sobre a inclusão de todos. E) é indispensável para quem luta pelos direitos humanos. - Embora o texto mencione a importância do acesso a bens culturais, não afirma que isso é indispensável apenas para quem luta pelos direitos humanos. A alternativa que melhor reflete a ideia central do texto, que é a defesa do acesso a bens culturais como um direito e não um privilégio, é: B) deve ser reivindicado como um direito, e não como um privilégio.

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Relacionando os dados trazidos pela PNAD/IBGE e o conceito de raça do sociólogo Antônio Sergio Alfredo Guimarães, é correto afirmar:

(A) A hipótese de que a autopercepção racial de parte dos brasileiros mudou está em conflito com a tese de que raça é um construto social. Isso porque, como os traços fenotípicos da população brasileira mantiveram-se os mesmos de 2012 a 2022, não haveria motivos para o aumento dos autodeclarados pretos e pardos.
(B) A tese de que raças são construtos sociais ganha força diante das mudanças na autopercepção de parte dos brasileiros sobre sua condição racial. Alterações culturais e ideológicas da inserção social de negros e pardos teriam permitido o crescimento dos assim autodeclarados.
(C) As alterações na autopercepção racial captadas pelas pesquisas do IBGE não guardam relação com a ideia de que raça é um construto social. Na verdade, reafirmam que as raças são realidades biológicas e que mais indivíduos estariam se dando conta do seu verdadeiro pertencimento racial.
(D) Os dados colhidos pelo IBGE sobre o aumento da autodeclaração racial dos respondentes como pretos e pardos indicam que houve um aumento dessa população no Brasil, o que contraria a tese de que raça é um construto social, e não uma realidade biológica.
(E) A existência do racismo no Brasil indica que a tese de raça como construto social está errada. Se raça fosse um construto social, e não uma realidade biológica, os indivíduos prefeririam se declarar como brancos para evitar serem vítimas de racismo.
A
B
C
D
E

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