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* * * Laboratório de Neurotoxicidade e Psicofarmacologia www.ufsm.br/neurotoxicidade Anestésicos Carlos Fernando de Mello – cf.mello@smail.ufsm.br Departamento de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal de Santa Maria * * * Introdução História da anestesia: 1804 – Hanaoka Seishu Primeira formulação anestésica: tsusensan Trombeta de anjo (Datura metel) Aconitum (Aconitum japonicum): escopolamina, hiosciamina e atropina, which are still used as sedatives and muscle relaxants, aconitina, a powerful neurotoxin (bloqueador de canal de sódio). Analgesic and sedative effects he added angelica, Szechuan lovage (Ligusticum wallichii) – tetrametilpirazina - and the arum Arisaema serratum. * * * Introdução História da anestesia: 1845 – Horace Wells – óxido nitroso (1863). 1846 – William Thomas Green Morton (1809-68) “Inventor da inalação anestésica. Antes do qual, em todos os tempos, a cirurgia era agonia. Depois do qual a dor cirúrgica foi controlada e anulada. Desde o qual a ciência tem o controle da dor” 1929 – Ciclopropano 1935 – Tiopental (anestésico de campanha) * * * O que é anestesia? Objetivo: “Criar uma condição de conforto reversível, quiescência, e estabilidade fisiológica em um paciente ANTES, DURANTE E APÓS a realização de um procedimento que, de outra forma, seria doloroso e assustador”. - Minimizar os efeitos deletérios potenciais dos agentes e técnicas anestésicas: ritmo cardíaco, termorregulação, tônus vascular, etc... - Manter a homeostasia durante o procedimento: perda de sangue, isquemia, reperfusão do tecido etc... - Melhorar a recuperação pós-cirúrgica * * * Anestesia Estágios da Anestesia: I – Estágio de analgesia (NMDA) depois: + amnésia (GABA e NMDA) II – Estágio de excitação (agon. GABA) amnésia, respiração irregular, vômitos, incontinência III – Estágio de anestesia cirúrgica Respiração regular. 4 planos de estágio III baseado em reflexos. Amnésia, analgesia (opióides), inconsciência, quiescência, relaxamento muscular. IV - Estágio de depressão bulbar Depressão do centro vasomotor e respiratório: * * * Anestesia - Indução anestésica: Inconsciência: hipnóticos-sedativos Mecanismo? Compostos diferentes: Hidrocarbonetos halogenados*, éter, clorofórmio, N2O, Xenônio, álcoois, barbitúricos*, etomidato*, propofol*, quetamina* Relação de lipofilicidade?????? NÃO!!!!!!! * * * Anestesia RECEPTORES GABAA; halogenados, barbitúricos, Glutamato (NMDA – quetamina, N2O, AMPA –KA: barbitúricos); Glicina - Canais de Cl- (propofol), halogenados Nicotínicos (halogenados) NA, DA, Ach (muscarínicos) – ligados à canais de K+ * * * Barbitúricos Barbitúricos: Tiopental, tiamital, metohexital 1. Química e Formulação: Baixa solubilidade em pH ácido (precipita!)* Venoirritante: lidocaína 0,5-1 mg/kg (metohexital) 2. Farmacocinética: Volume de distribuição grande (acumula). Redistribuição determina o fim do efeito. 3. Uso Clínico: - Tiopental 3-5 mg/kg Indução: 10-30 s Duração: 5-8 min Ajuste de dose: BDZ, opióides, agonistas alfa2 Paciente pediátrico: uso retal dose 10 X maior * * * Barbitúricos Barbitúricos: 4. Mecanismo de ação: GABAA, AMPA/KA 5. Outros efeitos (além de crises de porfiria): SNC Diminui taxa de utilização de O2 pelo SNC (neuroprotetor?). Diminui pressão ocular e intracraniana. Anticonvulsivante. Pode causar excitação na indução e recuperação. ACV Diminui a PA (vasodilatação e cronotropismo - ) Diminui a sensibilidade dos barorreceptores AR - Depressão respiratória central (cuidado com opióides) - Diminui a FR e sensibilidade de quimioceptores (PO2 e PCO2) * * * Propofol Propofol*: 1. Química e Formulação: Suspensão em fosfolipídio e óleo de soja (contaminação!) Venoirritante: lidocaína 2. Farmacocinética: - Semelhante aos barbituricos, mas eliminação mais rápida** Volume de distribuição grande (acumula). Redistribuição determina o fim do efeito. 3. Uso Clínico: 1,5-2,5 mg/kg Indução: 10-30 s Duração: 4-8 min Manut.: 5 min ou 300 ug/kg/min *mais comum nos EUA **metabolismo hepático e extra-hepático * * * Propofol Propofol: 4. Mecanismo de ação: GABAA e glicina 5. Outros efeitos: AÇÃO ANTIEMÉTICA SNC Diminui taxa de utilização de O2 pelo SNC (neuroprotetor?). Diminui fluxo sangue no cérebro. NÂO é Anticonvulsivante. Diminui pressão intracraniana e ocular ACV Diminui a PA (vasodilatação e cronotropismo - ) Diminui a sensibilidade dos barorreceptores AR - Depressão respiratória central (cuidado com opióides) - Diminui a FR e sensibilidade de quimioceptores (PO2 e PCO2) * * * Etomidato Etomidato*: 1. Química e Formulação: D-isômero, insolúvel, mas não precipita, dor à injeção 2. Farmacocinética: Semelhante aos barbituricos, mas eliminação mais rápida** pouca lig às prot. Redsitribuição acaba com o efeito. 3. Uso Clínico: 0,2-0,4 mg/kg Indução: 10-30 s Duração: 4-8 min Manut.: 10 ug/kg/min 4. Mecanismo de ação: GABAA * * * Etomidato Etomidato: 5. Outros efeitos: AÇÃO EMÉTICA e suprime esteroidogênese SNC NÃO é neuroprotetor. NÂO é Anticonvulsivante. induz mioclonia CV? – dar opióides e BDZ ! ACV NÃO diminui a PA (vasodilatação e cronotropismo - ) Diminui o consumo de O2 do miocárdio AR - Não causa depressão respiratória (comparativamente...) USO CONTÍNUO PODE LEVAR AO ÓBITO * * * Quetamina Quetamina: 1. Química e Formulação: S-isômero, insolúvel, mas não precipita, dor à injeção 2. Farmacocinética: Redistribuição acaba com o efeito. Clearance rápido – pouca lig. A proteínas 3. Uso Clínico: 0,5-1,5 mg/kg Indução: 10-30 s Duração: 10-15 min Manut.: 25-100 ug/kg/min 4. Mecanismo de ação: antagonista NMDA * * * Quetamina Quetamina: 5. Outros efeitos: AÇÃO alucinógena – anestésico “dissociativo” SNC Analgesia e amnésia proeminentes. induz mov. Involuntários, nistagmo, dilatação pupilar*, salivação aumenta a pressão intracraniana e ocular aumenta o fluxo cerebral delírios na recuperação (delirium) ACV AUMENTA a PA* AUMENTA o consumo de O2 do miocárdio AR - BRONCODILATADOR *adrenérgico (diminui a recaptação)! * * * Resumo de indicações Tiopental: Bem conhecido Propofol: recuperação rápida e antiemético Etomidato: pacientes com risco de hipotensão e isquemia Quetamina: Crianças e asmáticos It took 20 years of experiment before Hanaoka found the right formula. He started by combining different herbs at different doses, testing his draughts on cats and dogs. The difficulties were all too evident: if the drug wasn't powerful enough, the animals still felt pain; if it was too strong they suffered nerve damage or died. When he thought he had arrived at a safe dose, he tried it on his wife. She went blind, transforming a story of wifely devotion into one of medical heroism. 1853 – Abertura do Japão.