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Título 2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema Gênero e tipologia textuais nas peças processuais. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer as peças processuais como “gênero textual” distinto; - IdenƟficar os Ɵpos textuais narraƟvo, descrito, dissertaƟvo argumentaƟvo e injunƟvo nas peças processuais; - Compreender a interdependência desses Ɵpos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais. Estrutura do Conteúdo 1. Gênero textual 2. Tipologia textual 2.1. Texto narrativo 2.2. Texto descritivo 2.3. Texto argumentativo 2.4. Texto injuntivo 3. Peças processuais e uƟlização dos diversos Ɵpos textuais Aplicação Prática Teórica No Direito, é de grande relevância o que se denomina Ɵpologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua uƟlização na produção de peças processuais como a peƟção inicial, que apresenta diferentes Ɵpos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da peƟção inicial e perceba como essa peça pertence a um Ɵpo textual híbrido do discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. INSERIR AQUI O ANEXO 1 Questão 1 IdenƟfique a Ɵpologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e jusƟfique sua resposta com elementos do próprio texto. Fragmento 1 O apelado moveu Ação de Execução por QuanƟa Certa em face dos ora apelantes, fundando-se na existência de um contrato de locação firmado com Antônio Claudio (autos em apenso). Em tal ação, consta uma planilha de débitos em que se encontram discriminados os valores supostamente devidos pelos apelantes, planilha essa que será adiante questionada. Existem relevantes pontos que não podem ser deixados à margem da apreciação deste D. Juízo: O apelado é possuidor do contrato de locação acima aludido. Tal contrato, que teve à época de sua assinatura os apelantes como garanƟdores, foi celebrado por prazo determinado, iniciado em 11/01/2007 e findo e 11/01/2008. Durante o prazo de vigência do referido contrato, os aluguéis e demais encargos da locação vinham sendo quitados pontualmente pelo locatário, sempre sob a vigilância de perto dos fiadores, ora apelantes, que sempre foram diligentes em acompanhar o cumprimento de uma obrigação pela qual respondiam solidariamente. (Disponível em: hƩp://www.uj.com.br/publicacoes/pecas/1427/APELACAO. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 2 O "rol familiar" constante da Lex Fundamentalis brasileira não é exausƟvo. O legislador se limitou a citar expressamente as hipóteses mais usuais, como a família monoparental e a união estável entre homem e mulher. Todavia, a tônica da proteção não se encontra mais no matrimônio, mas sim na família. O afeto terminou por ser inserido no âmbito de proteção jurídica. Como afirma Zeno Veloso, "num único disposiƟvo o consƟtuinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito". Dessa forma, mais uma vez, deve -se dizer que o panorama consƟtucional não deve ser Ɵdo como taxaƟvo, mas sim exemplificaƟvo. Assim, o caput do art. 226 da Carta Magna brasileira deve ser vislumbrado como cláusula geral de inclusão, devendo-se impedir a exclusão de qualquer enƟdade que ateste os pressupostos de ostensibilidade, estabilidade e afetividade. Para além disso, o Direito das Famílias possui o escopo primordial de proteger toda e qualquer família. As uniões homoafeƟvas, para além de não serem proibidas no ordenamento brasileiro, estão consagradas dentro do conceito de enƟdade familiar, por lei infraconsƟtucional. (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/17988/a-guarda-compartilhada-e -as -familias-homoafetivas). Acesso em: 10 de dezembro de 2010. Fragmento 3 Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista. (Disponível em: hƩp://forum.jus.uol.com.br/42825/acidente-de -moto -urgente/. Acesso em: 10 de dezembro de 2010). Fragmento 4 "De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a víƟma. Deliberaram atear-lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de combusơvel em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a víƟma, os demais atearam fogo, evadindo-se a seguir. Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o moƟvo torpe porque os denunciados teriam agido para se diverƟr com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da víƟma, que foi atacada enquanto dormia. A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1ª Delegacia Policial. Do caderno informaƟvo constam, de relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boleƟns de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combusơvel de fls. 186/191, o termo de resƟtuição de fls. 247 e a conƟnuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509. O Ministério Público requereu a prisão prevenƟva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...] (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do -indio -pataxo -queimado -em -brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 5 O Assédio moral, ou seja, a exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias no trabalho, atenta contra a sua dignidade e integridade psíquica ou física. De modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral, além de permitir a resolução do contrato ("rescisão indireta"), o afastamento por doença de trabalho e, por fim, quando relacionado à demissão ou dispensa do obreiro, a sua reintegração no emprego por nulidade absoluta do ato jurídico. (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/14748/assedio-moral-e -seus - efeitos -juridicos. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 6 Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra "assédio" significa "insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém". [...] Segundo a médica Margarida Barreto, médica do trabalho e ginecologista, assédio moral no trabalho é "a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego". (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/7767/idenƟficando-o-assedio - moral-no-trabalho. Acesso em: 10 de dezembro de 2010). Questão 2 Acesse o site do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação e outro em que a descrição está a serviço da narração. Plano de Aula: 2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA Estácio de Sá Página 1 / 2 Título 2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema Gênero e tipologia textuais nas peças processuais. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer as peças processuais como “gênero textual” distinto; - IdenƟficar os Ɵpos textuais narraƟvo, descrito, dissertaƟvo argumentaƟvo e injunƟvo nas peças processuais; - Compreender a interdependência desses Ɵpos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais. Estrutura do Conteúdo 1. Gênero textual 2. Tipologia textual 2.1. Texto narrativo 2.2. Texto descritivo 2.3. Texto argumentativo 2.4. Texto injuntivo 3. Peças processuais e uƟlização dos diversos Ɵpos textuais Aplicação Prática Teórica No Direito, é de grande relevância o que se denomina Ɵpologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua uƟlização na produção de peças processuais como a peƟção inicial, que apresenta diferentes Ɵpos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da peƟção inicial e perceba como essa peça pertence a um Ɵpo textual híbrido do discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. INSERIR AQUI O ANEXO 1 Questão 1 IdenƟfique a Ɵpologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e jusƟfique sua resposta com elementos do próprio texto. Fragmento 1 O apelado moveu Ação de Execução por QuanƟa Certa em face dos ora apelantes, fundando-se na existência de um contrato de locação firmado com Antônio Claudio (autos em apenso). Em tal ação, consta uma planilha de débitos em que se encontram discriminados os valores supostamente devidos pelos apelantes, planilha essa que será adiante questionada. Existem relevantes pontos que não podem ser deixados à margem da apreciação deste D. Juízo: O apelado é possuidor do contrato de locação acima aludido. Tal contrato, que teve à época de sua assinatura os apelantes como garanƟdores, foi celebrado por prazo determinado, iniciado em 11/01/2007 e findo e 11/01/2008. Durante o prazo de vigência do referido contrato, os aluguéis e demais encargos da locação vinham sendo quitados pontualmente pelo locatário, sempre sob a vigilância de perto dos fiadores, ora apelantes, que sempre foram diligentes em acompanhar o cumprimento de uma obrigação pela qual respondiam solidariamente. (Disponível em: hƩp://www.uj.com.br/publicacoes/pecas/1427/APELACAO. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 2 O "rol familiar" constante da Lex Fundamentalis brasileira não é exausƟvo. O legislador se limitou a citar expressamente as hipóteses mais usuais, como a família monoparental e a união estável entre homem e mulher. Todavia, a tônica da proteção não se encontra mais no matrimônio, mas sim na família. O afeto terminou por ser inserido no âmbito de proteção jurídica. Como afirma Zeno Veloso, "num único disposiƟvo o consƟtuinte espancou séculos de hipocrisia e preconceito". Dessa forma, mais uma vez, deve -se dizer que o panorama consƟtucional não deve ser Ɵdo como taxaƟvo, mas sim exemplificaƟvo. Assim, o caput do art. 226 da Carta Magna brasileira deve ser vislumbrado como cláusula geral de inclusão, devendo-se impedir a exclusão de qualquer enƟdade que ateste os pressupostos de ostensibilidade, estabilidade e afetividade. Para além disso, o Direito das Famílias possui o escopo primordial de proteger toda e qualquer família. As uniões homoafeƟvas, para além de não serem proibidas no ordenamento brasileiro, estão consagradas dentro do conceito de enƟdade familiar, por lei infraconsƟtucional. (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/17988/a-guarda-compartilhada-e -as -familias-homoafetivas). Acesso em: 10 de dezembro de 2010. Fragmento 3 Uma pessoa trafegava com sua moto em alta velocidade por uma avenida, a mais ou menos 100 km/h. Essa avenida fica dentro de um bairro movimentado e cheio de sinais. O condutor estava drogado e totalmente alcoolizado, sem qualquer condição de discernir e reagir a eventos que ocorressem na pista. (Disponível em: hƩp://forum.jus.uol.com.br/42825/acidente-de -moto -urgente/. Acesso em: 10 de dezembro de 2010). Fragmento 4 "De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a víƟma. Deliberaram atear-lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de combusơvel em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a víƟma, os demais atearam fogo, evadindo-se a seguir. Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o moƟvo torpe porque os denunciados teriam agido para se diverƟr com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da víƟma, que foi atacada enquanto dormia. A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1ª Delegacia Policial. Do caderno informaƟvo constam, de relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boleƟns de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combusơvel de fls. 186/191, o termo de resƟtuição de fls. 247 e a conƟnuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509. O Ministério Público requereu a prisão prevenƟva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...] (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do -indio -pataxo -queimado -em -brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 5 O Assédio moral, ou seja, a exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações humilhantes e vexatórias no trabalho, atenta contra a sua dignidade e integridade psíquica ou física. De modo que é indenizável, no plano patrimonial e moral, além de permitir a resolução do contrato ("rescisão indireta"), o afastamento por doença de trabalho e, por fim, quando relacionado à demissão ou dispensa do obreiro, a sua reintegração no emprego por nulidade absoluta do ato jurídico. (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/14748/assedio-moral-e -seus - efeitos -juridicos. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) Fragmento 6 Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra "assédio" significa "insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém". [...] Segundo a médica Margarida Barreto, médica do trabalho e ginecologista, assédio moral no trabalho é "a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego". (Disponível em: hƩp://jus.uol.com.br/revista/texto/7767/idenƟficando-o-assedio - moral-no-trabalho. Acesso em: 10 de dezembro de 2010). Questão 2 Acesse o site do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação e outro em que a descrição está a serviço da narração. Plano de Aula: 2 - Teoria e Prática da Narrativa Jurídica TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA Estácio de Sá Página 2 / 2