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*28/04/2011
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DIDÁTICA
PEDAGOGIA – DALTA MOTTA
REVISÃO AV1
Rio de Janeiro, 19 de maio de 2011 
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REVISÃO AV1
Educação - processo formativo que implica no desenvolvimento global da personalidade e ocorre no meio social. Visa a formação de qualidades humanas.
Segundo Haidt (2006, p.11), “(...) a educação é uma manifestação da cultura e depende do contexto histórico e social em que está inserida.”
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Instrução – domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados. Não pode ser confundido com educação.
Ensino – é uma ação deliberada e organizada, onde são utilizados métodos adequados buscando orientar a aprendizagem do aluno. 
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PEDAGOGIA => É a ciência que investiga a teoria e a prática educativa (educação, instrução e ensino).
Didática => É uma seção ou ramo da Pedagogia que se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios da construção do conhecimento.
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Evolução histórica da Didática
Sócrates (século V a. C.) – O saber, o conhecimento, é uma descoberta que a própria pessoa realiza.
Comenius (1592-1670) – pai da Didática Moderna, escreveu a Didáctica Magna, definida como “tratado da arte universal de ensinar tudo a todos”. 
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Comparava a arte de ensinar com o trabalho do jardineiro no cuidado das plantas – educadores devem semear na alma dos jovens boas lições e cuidar/regar para que floresçam, propunha um ensino do fácil para o mais difícil, das coisas às ideias, do particular para o geral, sem pressa.
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Pestalozzi (1746-1827) – naturalista. Para ele a transformação da sociedade iria se processar através da educação. Afirmou de forma clara e explícita que a educação deveria respeitar o desenvolvimento infantil.
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- começando por seus elementos mais simples e concretos, de forma a estimular a compreensão;
- utilizar o processo de observação ou percepção pelos sentidos, denominado por ele de intuição;
- fixar o conhecimento por uma série progressiva de exercícios graduados.
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Herbart (1776-1847) – para ele a educação moral é decorrente da educação intelectual (conhecimentos – ideias – caráter). Para ele o conhecimento e o ensino devem estar intimamente relacionados à ação, à vida prática, à experiência. Propõe uma abordagem científica para a educação e funda as bases teóricas da Didática na Filosofia e na Psicologia. 
Ele desenvolveu um método de cinco passos que o celebrizou: preparação, apresentação, associação, sistematização e aplicação.
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Dewey (1859 – 1952) – para ele o ensino deve adequar-se aos diferentes níveis de aprendizagem e interesse dos alunos. O professor deverá organizar os conteúdos e atividades em torno dos centros de interesses e criar situações problemas estimuladoras para provocar os sentidos e inteligência dos alunos.
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Em oposição a Herbart, ele propõe um método de cinco passos: experiência, problematização da experiência, coleta de dados, hipóteses, experimentação/verificação.
Essas proposições formaram as bases das concepções pedagógicas que hoje são conhecidas.
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O aluno é visto como um receptor passivo, que vai conhecer o mundo pelo repasse de informações. O professor é uma figura de autoridade, centro dos processos pedagógicos. Disciplina e controle são utilizados, o conhecimento seja alcançado independente do interesse do
aluno, através de aulas expositivas, atividades de repetição e memorização, exercícios, “lições de casa”, privilégio do verbal, escrito e oral.
 
Pedagogia Tradicional
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Pedagogia Renovada - Pedagogia Nova ou Escola Nova
O aluno é ativo, sujeito de seu processo de aprendizagem. O professor é um facilitador da aprendizagem do aluno - aprender experimentando, aprender a aprender (Pedagogia Ativa); conteúdos e atividades organizados em torno de projetos e adequados aos diferentes níveis de aprendizado, às necessidades e interesses dos alunos. 
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Dialógica e democrática – os alunos e professores são vistos como sujeitos socioculturais que criam cultura no ato de conhecer. A prática pedagógica é vista como práxis - prática política. Assim, o professor é engajado, faz a mediação crítica entre a realidade, o conhecimento e os alunos, partindo de temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio aluno; rodas de leitura, discussão/debate com vistas a desvelar contradições que engendram os processos de dominação. 
Pedagogia Crítica
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Dimensões que envolvem a situação didática:
Técnica – Atenção dirigida, primordialmente, para organização e operacionalização dos componentes do processo ensino aprendizagem;
Humana – O processo ensino aprendizagem se realiza através da interação das pessoas com seus sentimentos e ideias, provocando afetos e conflitos.
Político-cultural - A educação é vista como uma política social, estando a serviço da manutenção do “status quo” ou da transformação social.
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Didática – processo educativo - Ensino – conteúdos – alunos – recursos didáticos – metodologias, etc.
Outras dimensões:
- Contexto social;
- Espaço físico;
- Objetivos – principal.
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Os processos educacionais podem admitir diferentes formas:
1 – Intencionais ou não intencionais; 
2 – Formais ou informais;
3 – Pública ou privada;
4 – Diretas ou mediatizadas;
 5 – Participação de leigos ou profissionais.
Diferentes espaços sociais têm se especializado na gestão dos processos educacionais.
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Na prática educativa, mais especificamente, no trabalho docente, estão presentes interesses de toda ordem, sociais, políticos, econômicos, culturais.
Essa relação é dinâmica, podendo ser transformada pelos indivíduos que a integra.
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O campo específico de atuação profissional e política do professor é a escola, à qual cabe a tarefa de assegurar ao aluno um sólido domínio de conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensamento independente, crítico e criativo.
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É recorrente a discussão sobre os efeitos dos meios de comunicação no meio educacional, alguns autores têm dado grandes contribuições a esse debate com Marshal Mc Luhan (meio social e as novas tecnologias) e Pierri Levi (Internet e sociedade).
Perrenoud (1999), lembra que a profissão docente está a caminho de um novo ofício, cuja meta é antes fazer aprender do que ensinar. Ele organizou uma lista de dez (10) competências docentes, buscando orientar a formação atual dos professores, dentre elas “(...) criar ou utilizar outros meios de ensino.” (p. 53).
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As novas tecnologias educacionais provocam que o professor esteja atento aos seguintes aspectos:
- Domínio profundo de sua disciplina ou área de estudo;
- Domínio de métodos e técnicas didáticas, adequando-as ao perfil da turma;
- Trabalhar para desenvolver o pensamento criativo e independente do aluno.
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Confronto de diferenças – a complementaridade se constrói pelo respeito às diferenças – relações interculturais.
Estudos recentes provam que determinados grupos raciais, como indígenas ou negros, possuem menos possibilidade de ascensão social, contam com menor renda e permanecem por mais tempo na escola devido à necessidade de trabalho. 
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Movimentos populares início década de 60, década de 70 houve o fortalecimento.
Diferentes movimentos sociais 
Diversidade cultural no cotidiano escolar - “Parâmetros Curriculares Nacionais” - diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que orientam a educação no Brasil.
Temas Transversais - temas que devem ser tratados por todas as disciplinas – tais como sexualidade, ética, diversidade cultural, etc.
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Como incluir a diversidade cultural em nossos projetos?
- Entender os processos de formação de identidades;
- Conhecer e reconhecer as identidades culturais representadas no espaço educativo
- desenvolvendo atividades que contribuam para a valorização dessa diversidade.
- Iniciar um processo de desconstrução de visões estereotipadas.
- Incluir esses temas no programa disciplinar, incentivar o debate e a troca de ideias.
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Diferentes formas:
MONOCULTURALISMO – compartilhar uma cultura universal.
 MULTICULTURALISMO – cada grupo social tem uma cultura, o que permite pensar alternativas para as minorias e justificar a fragmentação que reproduzem desigualdades sociais.
INTERCULTURALISMO – reconhece a identidade de cada grupo social.
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A função do currículo e da programação didática será a de prever e preparar recursos capazes de ativar a elaboração e circulação de informação entre sujeitos a partir de seus contextos culturais.
Sujeitos: 
Professores – ensino, alunos – aprendizagem, coordenadores/orientadores – mediação, diretores – gerência, funcionários – tarefas de apoio e família – condições e apoio.
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Professores e alunos são figuras centrais no processo ensino aprendizagem.
Para Haidt (2006, p. 57) “No processo de construção do conhecimento, o valor pedagógico da interação humana é ainda mais evidente, pois é por intermédio da relação professor-aluno e da relação aluno-aluno que o conhecimento vai sendo construído coletivamente.”
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Alunos e professores são sujeitos do conhecimento, mas também “pessoas vivas e reais, existindo a partir de uma corporeidade e lugar social, a partir de sua condição de mulheres, homens, negros, brancos. Pertencem a diferentes raças e etnias. São crianças, jovens ou de mais idade; adeptos de variadas crenças e costumes. Têm desejos, projetos e atribuem variadas significações às suas experiências e ao mundo”. (TEIXEIRA, 2001).
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Para entendê-los, portanto, será preciso considerar não apenas seu lugar nos processos de ensino-aprendizagem, mas suas condições de existência.
Uma das marcas das condições de trabalho do professor, que tem grande impacto sobre sua vida, é a baixa remuneração e o regime de horas-aulas.
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As contradições inerentes às novas e maiores demandas sociais e suas condições de vida e trabalho têm gerado dúvidas, angústias, uma verdadeira crise de identidade no professor. Vários estudos têm mostrado a emergência de doenças funcionais relacionadas a essa crise como a culpa depressiva (mal estar docente, sentimento de impotência ou incapacidade de cuidar adequadamente de seus alunos) ou síndrome de burnout (comportamento mecânico descomprometido emocionalmente).
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Considerações de alguns pensadores sobre o processo ensino aprendizagem:
- Carl Roger – aplicou à educação os princípios da Psicologia.
Destacou três qualidades que considera fundamentais aos professores facilitadores: autenticidade, confiança e compreensão empática. 
José Carlos Libâneo – Filósofo e educador
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Destacou dois aspectos nessa interação:
- Aspectos cognoscitivo – diz respeito às formas de comunicação dos conteúdos escolares;
- Aspectos sócio-emocional – diz respeito às relações pessoais entre professores e alunos, e às normas disciplinares indispensáveis ao trabalho docente.
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Paulo Freire - um dos maiores Pedagogos da atualidade
Para ele a relação professor aluno tem que ser mais que afetuosa = compromisso.
- Postura problematizadora e dialógica, diferente do educador bancário.
 Educador problematizador – estabelece relação horizontalizada, democrática – o aluno é visto como sujeito sócio-cultural – mantém vivo no aluno o `gosto pela rebeldia`.
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Educador bancário – estabelece relação verticalizada, autoritária – vê o aluno esvaziado de conhecimento e desconsidera sua realidade. 
Para ele o diálogo supõe troca, os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. "(...) e educador já não é aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa (...)"
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