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TEMÁTICA: O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NAS INSTITUIÇÕES
Texto de Apoio 03
  LEGISLAÇÃO E CODIGO DE ETICA ORIENTAÇAO EDUCACIONAL
 A legislação concernente à orientação Educacional data do inicio dos anos 40. Conforme Crispnun (2001), pela reforma Capanema, a Lei orgânica do ensino Industrial (1942) criou o serviço de Orientação Educacional, visando à correção e encaminhamento dos alunos-problemas e a elevação das qualidades morais.
 De acordo com a Lei 4.073/42, art. 50, Inciso XII, instituir-se-à, em cada escola industrial ou técnica, a Orientação Educacional mediante a aplicação de processos adequados, pelos quais se obtenham a conveniente adaptação profissional e social e se habilitem os alunos para a solução dos próprios problemas.
 A Lei 5.692/ 71, em seu art. 10, declara que será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional em cooperação com os professores, a família e a comunidade. Com isso, pretendia-se preparar trabalhadores para atender os interesses e as necessidades empresariais, justificando o desenvolvimento econômico.
 Pelo Decreto-Lei 72.846/73, art. 1, constitui o objeto de Orientação Educacional a assistência ao educando. Portanto o orientador educacional deveria prestar assistência ao aluno a partir do planejamento estabelecido no Decreto, em consonância com os interesses do Estado, sendo que o individuo teria que se conformar com sua situação perante a sociedade dominante, a qual destinava o ensino profissionalizante aos menos favorecidos, para que pudessem adentrar no mercado de trabalho.A Orientação Educacional passou por vários períodos, que podem ser assim sintetizados:
 Período Implementar: compreende o período de 1920 a 1941 e está associada à Orientação Profissional, preponderando à seleção e escolha profissional.
 
Período Institucional: de 1942 a 1961 caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação dos orientadores educacionais; nesse período há uma divisão funcional e institucional; surge à escola publica.
 
Período Transformador: de 1961 a 1970 pela lei 4.024/61, a Orientação Educacional é caracterizada como educativa, ressaltando a formação do orientador e fixando Diretrizes e Bases da educação Nacional.
 
Período Disciplinador: de 1971 a 1980 conforme a Lei 5.692/71, a Orientação Educacional é obrigatória nas escolas, incluindo aconselhamento educacional. O Decreto 72.846/73, regulamentando a Lei 5.564/68, sobre o exercício da profissão de Orientador educacional, disciplina os passos a serem seguidos.
 
Período Questionador: de 1980 a 1990 o Orientador discute suas praticas, seus valores, a questão do aluno trabalhador, enfim sua realidade no meio social, a pratica da orientação volta-se para a concepção da educação como ato político.
 
Período Orientador: a partir de 1990 a orientação volta-se para a “construção” do cidadão comprometido com seu tempo e sua gente, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através de dialogo.
 Com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN 9.394/96, não há uma referencia especifica a Orientação Educacional. Contudo, não deixa de ser mencionada em vários artigos, principalmente no art.39, segundo o qual a educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
 CÓDIGO DE ÉTICA
 Em março de 1979, e elaborado um código de ética onde se configuram diretrizes normativas para a profissão do orientador educacional, seus deveres, impedimentos, suas relações profissionais.
 Seus deveres fundamentais norteiam sua prática, de forma competente e responsável, pontuando aspectos inerentes a sua conduta como profissional envolvido com a educação e todo seu funcionamento respeitando os direitos da pessoa humana em todos os seus aspectos, sociais cognitivos.
 Alijando-se de interesses próprios prevalecendo o bem comum da sociedade dentro das tarefas as quais está capacitado, lutando pela expansão da orientação profissional, note-se que em seu próprio código de ética o profissional alem de suas atribuições e competências deve lutar para que a profissão tenha primazia nas instituições onde desenvolve suas atividades e se expanda, essa competência deveria-se configurar como dever do Estado, e direito de todos os alunos da rede publica obrigatoriamente, tendo em vista a necessidade e importância da pratica do orientador educacional no âmbito escolar, assim como fora dele.
 Seus impedimentos são especificados no artigo 2, condutas profissionais antiéticas, em desacordo com condutas de probidades, enfatizando a proibição do uso de suas atribuições para fins lucrativos. Mas uma vez o Estado age de forma implicitamente descomprometedora dos princípios fundamentais do cidadão é dedado ao orientador “aceitar remuneração incompatível com a dignidade da profissão”, ou seja, seu salário deve ser no mínimo compatível com sua pratica e responsabilidade, é contraditório uma vez que a realidade da educação nacional a respeito de remuneração fica muito a desejar.
 O sigilo profissional, como o profissional abrange aspectos inerentes a vida do seu aluno como um todo abrangendo enfoques privativos psicológicos, entre outros do aluno e sua família, e plausível que haja sigilo em seu trabalho, tendo em vista que a privacidade é direito fundamental segundo a constituição federal, exeto quando se tratar de perigo eminente para o aluno orientando ou para terceiros.
 Através de autorização dos responsáveis no caso de menor e do próprio orientando as informações e observações sobre o orientando só poderão ser repassadas a outros profissionais, tendo em vista que em muitos casos precisa-se de um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo outras áreas de atendimento.
Depois de esclarecido sobre os objetivos da orientação educacional o orientando, ou pais tem o direito de aceitar ou não a assistência do profissional.
 O orientador educacional deve tratar seus pares com atitudes que provoquem um estado de harmonia entre eles, respeitando suas praticas interferindo apenas se for solicitado, a interferência salvo neste caso, só deverá ocorrer se o orientador colega não estiver agindo com condutas adequadas a profissão.
 O orientador deve manter um bom relacionamento, com os outros profissionais, que podem auxiliar-lhe em sua pratica. Quanto à instituição empregadora deve respeitar também suas posições filosóficas.
 A comunidade enfoque substancial no acompanhamento de suas atividades evidencia-se como ferramenta essencial no bom desempenho de suas observações e pesquisas, pois dela provem o orientando que faz parte da instituição onde o profissional atende, devendo, pois o orientador facilitar o bom relacionamento entre as duas.
 Respeitar os direitos da família na educação do orientando, principualmente configura-se como aceitar as diferenças de culturas dos alunos, assim como seus valores que muitas vezes divergem de valores pessoais ou aceitos explicitamente pela sociedade, que quase sempre marginaliza o diferente e valoriza o igual.
 Estar presente também em órgãos que representem sua classe, zelando por seus direitos, mantendo contado com os profissionais interessados em expandir a profissão e mantê-la idônea, assim como divulgar o código de ética, portanto qualquer exercício ou conduta que seja ilegal deve ser comunicada ao órgão de classe, pois a sua conivência configura como omissão e consequentemente como crime.
Compete às instituições escolares transmitir os preceitos o código de ética, cumprindo e fiscalizando sua aplicação, ficando a cargo dos conselhos Federais e Regionais de orientação educacional a penalidades a infratores do código de ética.
 Através de pesquisas e observações, seus achados devem ser divulgados para que auxiliem a novas pesquisas, como é obrigatório o sigilo, o profissional deve omitir o nome do seu orientando.
 É um código publicado
e institucionalizado há vinte e oito anos, portanto, mais de suas gerações de alunos, já passaram por carteiras escolares com suas dificuldades e necessidades, alguns conseguiram obter auxilio, outros não, devido à demanda de alunos ser maior do que o numero de orientadores, a procura e maior que a oferta, contudo a ética na aplicação da pratica envolve aspectos inerentes a valores éticos e de vivencia, o profissional tem um norte para sua pratica e acima de tudo para a oficialização de seus direitos assim como seus deveres.
Disciplina: Orientação Educacional – Professora Ms Rosa Maria Gomes Matias

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