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IMPRESSO ^ G s t a c i o = Disciplina: GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos la . Edição/2002 Sunil Chopra e Peter Meindl Capítulos - Compreendendo a Cadeia de Suprimentos - Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimentos - Tecnologia da Informação em Uma Cadeia de Suprimento ri/<vhopra.jM' PEARSON Pearson Education http://www.pearson.com.br ISBN 9788587918246 abdr D’ 's! tcs R es erv ad os - Co py rE gh i Pe ars on Sd uc aim - 3 78 85 87 9L 82 4S CA P5 í Di re to s Re se rva do s - e os yr igh t Pe ars on Ed uc stl on - 9 78 85 87 9' 82 46 CA P0 1 Kre ttm ftm rv ac .-9 s ES T CIO - 2 D PA ST A; I 13 25 5 - 3 AT AA FR 0V .: 10 /6/ 23 18 17 :11 :39 - D AT A GE RA ,: 13 /3/ 20 12 0S ;45 :53 SS T CIO - E D- PA ST A; 1 19 25 5 - D AT AA PM V. : 10 /6/ 2C ÍS 17 jr. '.; ?S CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 1.1 O que é uma cadeia de suprimento? 1.2 Fases de decisão na cadeia de suprimento. 1.3 Visão do processo de uma cadeia de suprimento. 1.4 A importância dos fluxos da cadeia de suprimento. 1.5 Exemplos de cadeias de suprimento 1.6 Resumo dos objetivos de aprendizagem Questões para discussão Bibliografia Objetivos de aprendizagem Após a leitura deste capítulo, você conseguirá: 1. Descrever os conceitos push/pull e os ciclos de uma cadeia de suprimento. 2. Identificar as três fases decisivas de uma cadeia de suprimento e explicar o significado de cada uma. 3. Discutir o objetivo de uma cadeia de suprimento e explicar o impacto das decisões de uma cadeia de suprimento no sucesso da empresa. Neste capítulo, fornecemos uma compreensão conceituai do que seja uma cadeia de suprimento e exploramos as diversas questões a serem consideradas na elaboração de seu projeto, de seu planejamento ou de sua operação. Discutimos a importância das questões ligadas à cadeia de suprimento para o sucesso da empresa. Além disso, oferecemos diversos exemplos de cadeias de suprimento de diferentes empresas para enfatizar a varieda de de questões a serem consideradas nos níveis estratégico, de planejamento e operacional de uma cadeia de suprimento. 1.1 O Q U E É U M A C A D E IA DE S U P R IM E N TO ?__________________________ Uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimento não inclui apenas fa bricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. Dentro de cada organização, como por exemplo, de uma fábrica, a cadeia de supri mento inclui todas as funções envolvidas no pedido do cliente, como desenvolvimento de no vos produtos, marketing, operações, distribuição, finanças e o serviço de atendimento ao cliente, entre outras. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sumil Oiopra e Peter Mleíndl 'D ire ito s R es er va do s - G& py rfg fci Pe sr so n E du ca So s - 97 88 58 7S 18 24 SC A PD Í Di re ito s R es er va do s - C op yr ig ht Pe sr so r ^ sé v. cs tio n - 97 68 38 79 18 24 SC A JP 01 D ir slt os R es er va da s - C op y ES Tà C1 D - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA A PR O V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - ü TA G ER A. : 13 /3 /2 01 2 0® :4 3: 53 SS TA Q O - ID PA ST A = 11 92 55 - DA "A Âr RG ¥= : 1G /S /2 Ü1 Q 17 :1 1: 39 - DA TF 4 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento Considere, por exemplo, um cliente que entra em uma loja Wal-Mart para comprar de tergente. A cadeia de suprimento começa com o cliente e sua necessidade de obter o produto. O próximo estágio dessa cadeia de suprimento é a loja Wal-Mart que o cliente procura. A Wal- Mart abastece suas prateleiras usando um estoque que pode ter sido fornecido por um depósito de produtos acabados administrado pela própria Wal-Mart ou por um distribuidor que utiliza ca minhões fornecidos por um terceiro. O distribuidor, por sua vez, é abastecido pelo fabricante (por exemplo, a Procter & Gamble, P&G). A fábrica da P&G recebe a matéria-prima de diversos for necedores, que podem, por sua vez, ter sido abastecidos por outros fornecedores. Por exemplo: o material para embalagens pode vir da Tenneco, que pode receber matéria-prima de outros for necedores para fabricar as embalagens. Essa cadeia de suprimento está ilustrada na Figura 1.1. Uma cadeia de suprimento é dinâmica e envolve um fluxo constante dc informações, produ tos e dinheiro (fundos) entre os diferentes estágios. Cada estágio da cadeia de suprimento executa diferentes processos e interage com outros estágios da cadeia. A Wal-Mart fornece ao cliente o produto, bem como as informações sobre preço e disponibilidade. O cliente transfere fundos à Wal-Mart que, por sua vez, transmite dados sobre o ponto-de-venda e pedidos de reabastecimen to ao centro de distribuição (CD). O CD envia o pedido de reabastecimento à loja utilizando ca minhões. A Wal-Mart transfere fundos ao distribuidor após o reabastecimento. O distribuidor também fornece informações sobre preços e prazos de entrega à Wal-Mart. Fluxos semelhantes de informação, de material e monetário acontecem em toda a cadeia de suprimento. Em outro exemplo, quando um cliente adquire um produto da Dell Computer pela In ternet, a cadeia de suprimento inclui, entre outras coisas, o cliente, a página Web que registra o pedido do cliente, a linha de montagem da Dell e toda a sua rede de fornecedores. A pá gina Web oferece ao cliente informações relacionadas ao preço, à variedade e à disponibili dade de produtos. Após a escolha do produto, o cliente acessa informações sobre o pedido e paga pelo produto. O cliente pode acessar a página novamente mais tarde para acompanhar o andamento do pedido. Os estágios subseqüentes da cadeia de suprimento utilizam a infor mação do pedido do cliente para poder atendê-lo. Esse processo envolve um fluxo adicional de informações, de produtos e monetário entre os vários estágios da cadeia de suprimento. [ Figura i.l Estágios da cadeia <je suprimento de umrjto S B tiwa> _ - : .____ '■#' , ] Esses exemplos ilustram o fato de que o cliente é um componente essencial da cadeia de suprimento. O motivo principal para a existência de qualquer cadeia de suprimento é satisfa zer as necessidades do cliente, em um processo gerador de lucros. As atividades da cadeia de suprimento iniciam-se com o pedido de um cliente e terminam quando um cliente satisfeito paga pela compra. O termo cadeia de suprimento representa produtos ou suprimentos que se deslocam ao longo da seguinte cadeia: fornecedores, fabricantes, distribuidores, lojistas e clientes. É importante visualizar os fluxos de informações, monetário e de produtos em ambos Gereoiiciaonento da Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Pcstec Maisudl Di re ito s R es er va do s - Co py rig ht Pe ar so n Ed uc ad or . - 37 88 58 79 I8 24 5C A P0 1 D irt íto s R es er va do s - Co py rig ht Pe ar so n Bf uc aM on - 97 88 58 79 :8 24 SC  P0 i Di re ito sR es er va do s - Q op \ ES TA CI O - 13 PA ST A: 11 32 55 - DA TA A? RO ¥= \ I0 /S /2 01 O 17 :1 1: 39 - DA IA G ER A ,: 13 /3 /2 01 2 0S ;4 5; 53 ES TA CI O 1 - ID PA ST A; Í1 92 55 - DA TA AP RO V= ‘ 10 /S /2 01 3 l? il li 3S =• DA T *» A 8 T A D O PROFESSOR os sentidos dessa cadeia. O termo também infere que apenas um responsável é envolvido em cada estágio. Na realidade, um fabricante pode receber material de diversos fornecedores e depois abastecer diversos distribuidores. Portanto, a maioria das cadeias de suprimento é, na verdade, composta por redes. Seria mais correto utilizar um termo como rede de suprimento para descrever a estrutura da maioria das cadeias de suprimento. Uma cadeia de suprimento típica pode envolver vários estágios. Esses estágios são de monstrados na Figura 1.2 e incluem: • clientes; • varejistas; • atacadistas / distribuidores; • fabricantes; • fornecedores de peças ou de matéria-prima. Não é necessário que todos os estágios apresentados na Figura 1.2 façam parte da cadeia de suprimento. O projeto da cadeia de suprimento mais adequado dependerá tanto das ne cessidades do cliente quanto do papel de cada estágio para satisfazer tais necessidades. Em alguns casos, como no caso da Dell, um fabricante pode atender aos pedidos do cliente dire tamente. A Dell fabrica sob encomenda, o que significa que o pedido do cliente inicia o pro cesso de fabricação na empresa. A Dell não possui varejistas, atacadistas ou distribuidores em sua cadeia de suprimento. Em outros casos, como por exemplo o da L.L. Bean, empresa de pe dido por correio, os fabricantes não atendem diretamente aos pedidos de clientes. A L.L. Bean mantém um estoque de produtos com o qual atende aos pedidos dos clientes. Comparada com a cadeia de suprimento da Dell, a cadeia de suprimento da L.L. Bean possui um estágio a mais (o varejista, a própria L.L. Bean) entre o cliente e o fabricante. No caso de um varejista menor, a cadeia de suprimento pode ter ainda um atacadista ou distribuidor entre a loja e o fabricante. CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 5 [ Figura 1.2 6MÜB» da'cadeia de suprimento. ' ________ '7 1 Objetivo da cadeia de suprimento O objetivo de toda cadeia de suprimento é maximizar o valor global gerado. O valor ge rado por uma cadeia de suprimento é a diferença entre o valor do produto final para o cliente e o esforço realizado pela cadeia de suprimento para atender ao seu pedido. Para a maioria das cadeias de suprimento comerciais, o valor estará fortemente ligado à lucratividade da ca deia de suprimento, que é a diferença entre a receita gerada pelo cliente e o custo total no decorrer da cadeia de suprimento. Por exemplo, um cliente que adquire um computador da Dell paga US$ 2.000, o que representa a receita obtida pela cadeia de suprimento. A Dell e os outros estágios da cadeia de suprimento incorrem em custos para transmitir informações, produzir componentes, armazená-los, transportá-los, transferir fundos e assim por diante. A diferença entre os US$ 2.000 pagos pelo cliente e a soma de todos os custos incorridos pela cadeia de suprimento para produzir e distribuir o computador representa a lucratividade da cadeia de suprimento. A lucratividade da cadeia de suprimento é o lucro total a ser dividido pelos estágios da cadeia de suprimento. Quanto maior sua lucratividade, mais bem-sucedida será a cadeia de suprimento. O sucesso da cadeia de suprimento deve ser mensurado em ter- Gerendamento da Cadeias de Suprimentos Sumi! Chopra e 6\»ter Mteíndl OS rsI tos R es er va do s - C os yn gh i Pm rs on Sf l^ ca K sr : - 97 SS SS 79 18 24 Õ C AP Q I zi rt ífà s A m er ve do g - C o^ yn gh t Pe ar so n jã te cs lS on - 97 88 38 7S 18 24 SC  P0 1 BS rs ítc s R es er va do s es m ci o - ID PA ST A: I1 92 53 - DA TA AP RO V. s 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: 13 /3 /2 S1 2 03 :4 5: 53 SS TA CI O - ID ?A ST A- 11 32 55 - DA T à PR O V ,: 10 /S /2 0I 0 17 :1 1: 39 6 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento mos de lucratividade da cadeia inteira e não com base nos lucros de um estágio isolado. (De monstramos em capítulos subseqüentes que o foco na lucratividade em estágios isolados pode levar a uma redução nos lucros da cadeia de suprimento como um todo.) Definimos o sucesso de uma cadeia de suprimento com base na sua lucratividade. Logi camente, o próximo passo é procurar por fontes de receita e custos. Existe apenas uma fonte de receita para qualquer cadeia de suprimento: o cliente. Ele é o único representante real de fluxo de caixa positivo em uma cadeia de suprimento. No exemplo da Wal-Mart, o consumi dor que compra o detergente é o único a fornecer um fluxo de caixa positivo à cadeia de su primento. Todos os outros fluxos de caixa são meros intercâmbios de fundos presentes na cadeia de suprimento, uma vez que cada estágio é controlado por diferentes responsáveis. Ao pagar seu fornecedor, a Wal-Mart retira uma parte dos fundos fornecidos pelo cliente e trans fere ao fornecedor. Essa transferência de caixa aumenta os custos da cadeia de suprimento. Todos os fluxos de informação, produtos e fundos geram custos dentro da cadeia. Portanto, o gerenciamento adequado desses fluxos é a chave para o sucesso da cadeia de suprimento. O gerenciamento da cadeia de suprimento envolve o controle dos fluxos entre os estágios da cadeia para maximizar a lucratividade total. Na próxima seção, vamos classificar as fases de decisão na cadeia de suprimento com base em sua duração. 1.2 FASES DE D E C IS à O N A C A D E IA DE S U P R IM E N T O _________________ O gerenciamento da cadeia de suprimento bem-sucedido exige diversas decisões relacionadas ao fluxo de informações, de produtos e monetário. Essas decisões se encaixam em três categorias, ou fases, dependendo da freqüência de cada decisão e do período de execução de cada fase: 1. Estratégia ou projeto da cadeia de suprimento. Durante essa fase, a empresa decide como estruturar a cadeia de suprimento. Determina qual será a configuração da cadeia e que pro cessos cada estágio deverá desempenhar. As decisões tomadas durante essa fase são também conhecidas como decisões estratégicas para a cadeia de suprimento. Tais decisões são toma das pelas empresas e incluem: local, capacidade de produção e das instalações para armaze nagem, produtos a serem fabricados ou estocados em diversos locais, meios de transporte a serem disponibilizados de acordo com os diferentes turnos de expedição e o tipo de sistema de informação que vai ser adotado. A empresa deve garantir que a configuração de sua ca deia de suprimento possa apoiar seus objetivos estratégicos durante essa fase. As decisões da Dell a respeito dos locais e da capacidade de suas instalações para fabricação, depósito e fon tes de abastecimento são todas decisões de projeto ou de estratégia para a cadeia de supri mento. As decisões de projeto da cadeia de suprimento são normalmente tomadas pensando-se a longo prazo (questão de anos) e sua alteração repentina é muito cara. Conse qüentemente, quando as empresas tomam essas decisões, devem levar em consideração a in certeza por anteciparem as condições de mercado dos anos vindouros. 2. Planejamento da cadeia de suprimento. Comoresultado dessa fase de planejamento, as empresas definem um conjunto de políticas operacionais que lideram as operações de curto prazo. Para as decisões tomadas durante essa fase, a configuração da cadeia de suprimento, determinada na fase estratégica, é fixa. Essa configuração estabelece restrições dentro das quais cada planejamento deve ser realizado. As empresas iniciam a fase de planejamento com uma previsão de demanda para o ano seguinte (ou um período de execução semelhante) em diferentes mercados. O planejamento inclui decisões sobre quais mercados deverão ser supri dos e de que locais, sobre a construção dos estoques, a terceirização da fabricação, as políticas de reabastecimento e estocagem a serem seguidas, as políticas que serão desempenhadas em relação a locais de reserva, no caso de incapacidade de atender a um pedido, e a periodici dade e dimensão das campanhas de marketing. As decisões da Dell sobre os mercados que Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Cliopra e Petoiir Mtelndl * Sa lte s Re se rv ad os - Cs py ng hí Pe ar so n SS -c a& K - 57 SS sS 7S lS 24 SC A ?0 i D ^i ío s Ra sa rv ad os - C op yr ig ht Ps ar so n Ea uc at to n - 97 88 58 79 18 24 6C A P0 Í «r at os R es er va i ES fA CI O - ID Pã ST A; 11 52 55 - 2> Á7 â A PR O V ,: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA <G ER A= : 13 /3 /2 01 2 09 :4 5= S3 iS TA CI O ^- ID PA ST A; 11 92 55 - DA ”A A PR S¥ C= 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: i n P A S f A 0 O 5 “ PROFESSOR uma determinada instalação de produção vai abastecer e o foco nas quantidades de produção em diferentes locais são classificadas como decisões de planejamento. O planejamento esta belece parâmetros dentro dos quais a cadeia de suprimento funcionará durante um período de tempo especificado. Na fase de planejamento, as empresas devem incluir a incerteza na de manda, nas taxas de câmbio e na competição desse período de tempo vislumbrado em suas decisões. Devido a um período mais curto e a melhores previsões do que as da fase de pro jeto, as empresas na fase de planejamento-tentam incorporar qualquer flexibilidade que tenha sido criada na cadeia de suprimento na fase de projeto e explorá-la para otimizar o desem penho em um período mais curto. 3. Operação da cadeia de suprimento. O período de tempo considerado aqui é semanal ou diário e durante essa fase as empresas tomam decisões sobre pedidos individuais de clientes. Na fase operacional, a configuração da cadeia de suprimento é considerada fixa e as políticas de planejamento como já definidas. O objetivo das operações da cadeia de suprimento é im plementar as políticas operacionais da melhor maneira possível. Durante essa fase, as empre sas distribuem os pedidos individuais para estoque ou produção, determinam a data em que o pedido deverá ser atendido, geram inventários nos depósitos, adaptam o pedido a um meio de transporte ou expedição apropriados, organizam as entregas dos caminhões e encaminham os pedidos de reabastecimento. Uma vez que as decisões operacionais são tomadas a curto prazo (minutos, horas ou dias), muitas vezes há menos incerteza em relação à demanda. O objetivo durante a fase operacional é explorar a redução da incerteza e otimizar o desempe nho dentro das restrições estabelecidas pela configuração e pelas políticas de planejamento. O projeto, o planejamento e a operação da cadeia de suprimento exercem um grande im pacto na lucratividade e no sucesso como um todo. Considere a Dell Computer. Em 1993, a Dell teve um desempenho insatisfatório e o preço de suas ações caiu abruptamente. Isso fez com que seu gerenciamento passasse a se focalizar na melhoria do projeto, do planejamento e da operação da cadeia de suprimento, resultando em um desempenho significativamente melhor. Tanto a lucratividade quanto o preço das ações subiram graças a essa melhoria no de sempenho. Nos próximos capítulos, desenvolvemos conceitos e apresentamos metodologias que po dem ser aplicadas em cada uma das três fases de decisões descritas anteriormente. A maior parte de nossa discussão focaliza as fases de projeto e planejamento da cadeia de suprimento. CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 7 Ponto-chave As fases de decisão na cadeia de suprimento podem ser classificadas em projeto, planejamento ou operação, dependendo do período de execução no qual as decisões tomadas serão aplicadas. 1.3 V IS à O D O PR O C ESSO DE U M A C A D E IA DE S U P R IM E N T O ________ A cadeia de suprimento é uma seqüência de processos e fluxos que acontecem dentro e entre diferentes estágios da cadeia, e que se combinam para atender à necessidade de um cliente por um produto. Há duas maneiras de visualizar'os processos realizados na cadeia de suprimento: 1. Visão cíclica. Os processos em uma cadeia de suprimento são divididos em uma série de ciclos, cada um realizado na interface entre dois estágios sucessivos de uma cadeia de su primento. 2. Visão push/pull (empurrados/puxados). Os processos em uma cadeia de suprimento são divididos em duas categorias: acionados em resposta aos pedidos dos clientes (pult) ou em antecipação aos pedidos dos clientes (push). Gereaciarnento da Cadela cie Suprimentos Sunil Chopra e Petar Mamei! Df rs Jío s R es ar ve do s - Co py ríg rc Pe ar so n Ed^ cg ffi on - 57 88 36 73 IS 24 SC A P0 1 Dí re íio s fte se rv sd os - C& py ng ht P- m rs on w íu es tío n - «7 88 58 79 IS 24 6C A P0 I Df rs íto s R es er va do s - C op yi ES TA CI O - JD PA ST A: 11 92 55 - DA TA AP RO V. s 10 /S /2 01 0 17 :1 1: 33 - DA TA G iM ,; 13 /3 /2 01 2 09 i4 si 53 HS "A C1 Í0 ID ?A ST A: 11 92 35 - DA TA A PR ü¥ =; 10 /S /2 Q 10 17 :1 1: 39 - DA T PROFFSSGR 8 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento Visão cíclica dos processos da cadeia de suprimento Dados os cinco estágios de uma cadeia de suprimento ilustrados na Figura 1.2, todos os processos da cadeia podem ser desmembrados nos seguintes ciclos de processos, demonstra dos na Figura 1.3: • ciclo de pedido do cliente; • ciclo de reabastecimento; • ciclo de fabricação; • ciclo de suprimentos. Cada ciclo ocorre na interface entre dois estágios sucessivos da cadeia de suprimento. As sim, os cinco estágios da cadeia de suprimento resultam em quatro ciclos de processos da ca deia. Nem todas as cadeias de suprimento terão os quatro ciclos nitidamente separados. Por exemplo, a cadeia de suprimento de uma mercearia na qual o vendedor estoca produtos aca bados e emite pedidos de reabastecimento, tanto ao fabricante quanto ao distribuidor, prova velmente terá os quatro ciclos separados. A Dell, por sua vez, vende diretamente ao cliente desviando-se do vendedor e do distribuidor. A visão cíclica de uma cadeia de suprimento é muito útil ao considerarmos as decisões operacionais, porque ela especifica claramente os papéis e as responsabilidades de cada com ponente da cadeia de suprimento. A visão cíclica possibilita maior clareza, por exemplo, du rante a criação de sistemas de informação que apóiem as operações da cadeia de suprimento, enquanto as responsabilidades e os objetivos são claramentedefinidos. A seguir, vamos des crever os diversos ciclos da cadeia de suprimento com mais detalhes. Ciclos Estágios Ciclo de pedido do cliente Q O ciclo de pedido do cliente ocorre na interface entre o cliente e o varejista e inclui todos os processos diretamente envolvidos no recebimento e no atendimento ao pedido do cliente. Normalmente, o cliente inicia esse ciclo em um varejo. O principal objetivo desse ciclo é sa- Gereociamento da Cadeia de Suprimentos Sumil CSiepra e Peter Pteindl * D ei te s Re se rv ad os - C op ^i gh : Pe sr ss n Sa ^a tio - >• 37 88 58 79 18 24 5C A P0 I 3: r® iís s R es er va do s - C op yr ig ht Ps an oc t Ec ^c síI od - 97 88 5S 7S 1S 24 5G A P0 1 Di re ito s R es er va do s ES TA CO - ID Pà ST A; 11 52 55 - D A 7A A? ?.G V. : 2D /S /2 01 D 17 :1 1: 39 - 3A 7A <S R A .: 13 /3 /2 01 2 G S: 45 í5 3 ES TA CI O - ID ?A ST A; 11 92 55 - DA TA AP Rf lV .: 10 /S /2 01 Q 17 :1 1: 39 tisfazer a demanda do cliente. A interação do varejista com o cliente começa quando é feito o contato com o cliente e termina quando este recebe seu pedido. Os processos envolvidos no ciclo de pedido do cliente estão demonstrados na Figura 1.4 e incluem o seguinte: • chegada do cliente; • emissão do pedido do cliente; • atendimento ao pedido do cliente; • recebimento do pedido pelo cliente. Chegada do cliente. O termo ‘chegada do cliente’ refere-se ao momento em que o cliente chega ao local onde ele tem acesso às opções e decide o que vai comprar. O ponto de partida de qualquer cadeia de suprimento é a chegada do cliente que pode acontecer quando: • o cliente entra no supermercado para realizar a compra; • o cliente entra em contato com uma central de telemarketing para receber o pedido pelo correio; • o cliente usa a Internet ou algum link eletrônico e faz sua encomenda. Do ponto de vista da cadeia de suprimento, um objetivo-chave é facilitar o contato entre o cliente e o produto para que sua chegada resulte em um pedido. No caso do supermercado, esse objetivo pode envolver o gerenciamento de fluxos de clientes e dos produtos nas prate leiras. Para a central de telemarketing, isso pode ser feito garantindo uma espera tolerável pelo cliente ao telefone. A central pode também ter sistemas apropriados para que os repre sentantes de vendas possam responder às dúvidas dos clientes fazendo com que suas ligações resultem em pedidos. No site Web, uma característica importante pode ser a criação de me canismos de busca com ferramentas fáceis de serem manipuladas, que permitam aos clientes uma rápida localização e visualização dos produtos pelos quais se interessem. O objetivo do processo de chegada do cliente é maximizar a transformação das chegadas em pedidos. Emissão do pedido do cliente. O termo ‘emissão do pedido do cliente’ refere-se à comuni cação do cliente ao varejista sobre que produtos ele tem interesse em adquirir. Refere-se tam bém à distribuição dos produtos ao cliente feita pelo varejista. No supermercado, a emissão do pedido é caracterizada pelo cliente colocando todos os itens que pretende comprar dentro de seu carrinho de compras. No caso das encomendas pela central de telemarketing ou pela Internet, a emissão do pedido é caracterizada pelo cliente informando ao varejista quais os itens e quantidades selecionados. O varejista, por sua vez, adapta o produto ao pedido do cliente e estipula uma data de entrega. O objetivo do processo de emissão do pedido do clien te é garantir que a emissão do pedido seja ágil e precisa e que seja comunicada aos demais processos da cadeia de suprimento a ela ligados. CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 9 1 Figura 1.4 Ciclo de do cliente. Genendamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e IPeter Mieimdi Ol rsJ tG S R es er va do s - Co py ríg fti ?e er so n Sc uc aS on - S7 8S 3S 73 I8 24 S€ áP D l Di re ito s R es er ve do s - C o^ yn sh í P« $r so n St iu c« tS on - 97 88 58 79 I8 24 §C A F, 0í DS rs lto s R es er va do s - C op y ES TA CI O - 13 PA ST A = 11 S2 53 - DA TA AP RC ;¥ .: 10 /S /2 01 0 17 =l í= 3S - DA TA GE RÁ ,; 13 /3 /2 01 2 09 :4 5: 53 SS T CI O - ID ?A ST A; 11 92 55 - DA TA AP RO VA 10 /8 /2 01 0 17 :1 1: 39 - D ÍT P A S I A D O PROFESSO líl I 0 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento Atendimento ao pedido do cliente. Durante o processo de atendimento ao pedido do clien te, o pedido é atendido e enviado ao cliente. No supermercado, o cliente conduz esse proces so. Em uma empresa que recebe encomendas, esse processo normalmente abrange a retirada do pedido no estoque, a embalagem e o envio ao cliente. Todos os estoques deverão ser atua lizados, o que pode desencadear o início do ciclo de reabastecimento. No geral, o atendimen to ao pedido do cliente acontece no estoque do varejista. Porém, em um cenário de fabricação sob encomenda, o atendimento ao pedido se dá diretamente na linha de produção do fabricante. O objetivo do processo de atendimento ao pedido do cliente é enviar os pedidos completos e corretos aos clientes seguindo os prazos determinados, com o menor custo possível. Recebimento do pedido pelo cliente. Durante o processo de recebimento do pedido pelo cliente, o cliente recebe o pedido e tem posse sobre ele. Os registros desse recibo devem ser atualizados e o pagamento em dinheiro iniciado. No supermercado, o recebimento acontece no caixa. Na empresa que faz a entrega pelo correio, o recebimento acontece quando o pro duto é entregue ao cliente. Ciclo de reabastecimento o O ciclo de reabastecimento acontece na interface entre o varejista e o distribuidor e en globa todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista. Inicia-se quan do o varejista faz um pedido para reabastecer estoques que deverão atender a uma futura demanda. O ciclo de reabastecimento pode ser iniciado em um supermercado que esteja fi cando sem estoque de detergente ou em uma empresa que atenda a encomendas de produtos cujo estoque esteja limitado. Em alguns casos, o reabastecimento é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados. Em outros casos, o reabastecimento é feito di retamente pela linha de produção do fabricante. O ciclo de reabastecimento é semelhante ao ciclo de pedido do cliente com a diferença de que agora o cliente é o varejista. O objetivo do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques do varejista a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a disponibilidade de produto necessária ao cliente. Os processos envolvidos no ciclo de reabastecimento são de monstrados na Figura 1.5 e englobam o seguinte: • acionamento do pedido do varejista; • emissão do pedido do varejista; • atendimento ao pedido do varejista; • recebimento do pedido pelo varejista. 1.5 Ciclo de reabastecimento. Acionamento do pedido do varejista. Ao atender à demanda do cliente, o varejista tem seu estoque esgotado, devendo ser reabastecido para atender a solicitações futuras. Uma ativida de crucial realizada pelo varejista durante o ciclo de reabastecimento é o planejamento de C5erendam<emt:o cia Cadeia tíle SuprimentosSuníl Ciiopira a Petfir Meindl Di re ito s Pl ss ar vs do s - Co py rig ht Pe ar so n Ed e^a So ^ - S7 SS SS 7S 1S 24 SC A F0 I D írs its s R es er va do s - Ce pv rü gh t Ps & rs or : Sd uc stt on - 37 88 58 79 18 24 SC A P0 I DJ rr tto s R es sr va do s - ES fA Cl O - ID PA ST A; 11 32 Bs - DA “A A PR O V j 1= 3/ 5/ 23 10 17 ;Í U 2§ - Dã Tâ . G ER A= ; 13 /3 /2 01 2 09 ; 4 5; * 53 '2 ST AC I0 * - ID PA ST A; 11 92 5S - 3â ”A A ?R C ¥j iG /S /2 01 0 17 :1 1: 33 uma política de reabastecimento ou a emissão de pedidos que acionem um pedido a partir de um estágio anterior (possivelmente, o distribuidor ou o fabricante). O objetivo do aciona mento do pedido de reabastecimento é maximizar a lucratividade equilibrando disponibilida de de produto e custo. O resultado do processo de acionamento do pedido do varejista é a geração de um pedido de reabastecimento. Emissão do pedido do varejista. O processo de emissão do pedido do varejista é semelhan te ao de emissão de pedido do cliente ao varejista. A única distinção é que agora o varejista é o cliente, efetuando seus pedidos junto ao distribuidor ou ao fabricante. O objetivo do pro cesso de emissão do pedido do varejista é que o pedido seja emitido com precisão e transmi tido rapidamente a todos os processos da cadeia de suprimento a ele relacionados. Atendimento ao pedido do varejista. O processo de atendimento ao pedido do varejista é muito semelhante ao processo de atendimento ao pedido do cliente. A diferença é que esse processo pode ocorrer tanto no distribuidor quanto no fabricante. Uma distinção muito im portante é a dimensão de cada um. Os pedidos de clientes costumam ser muito menores que os pedidos de reabastecimento. O objetivo do atendimento ao pedido do varejista é reabas tecer seu estoque no prazo e minimizar os custos. Recebimento do pedido pelo varejista. Uma vez que o pedido de reabastecimento chega ao varejista, ele deve providenciar (entregar) o que foi pedido, atualizar todos os registros de estoques e quitar todas as contas a pagar. Esse processo envolve fluxo de produto do distri buidor para o varejista, bem como fluxo financeiro e de informações. O objetivo do processo de recebimento do pedido pelo varejista é atualizar os estoques e abastecer as prateleiras de maneira rápida e precisa, com o menor custo possível. Ciclo de fabricação ^ O ciclo de fabricação ocorre normalmente na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). O ciclo de fabricação é acionado pelos pedidos dos clientes (como no caso da Dell), pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou distribuidor (por exemplo, a Wal-Mart fazendo pedidos à P&G) ou pela previsão da demanda dos clientes e pela disponibili dade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados do fabricante. No geral, o fabricante produz diversos itens e supre a demanda a partir de várias fontes. Um extremo no ciclo de fabricação é uma siderúrgica integrada que reúne pedidos semelhantes em quantidade suficiente para que o fabricante mantenha uma produção em larga escala. Nesse caso, o ciclo de fabricação está reagindo à demanda dos clientes (processo anteriormente descrito neste capítulo como pull). Outro extremo envolve certos tipos de empresas de bens de consumo que precisam produzir em antecipação à demanda. Nesse caso, o ciclo de fabricação está antecipando a demanda dos clientes (processo anteriormente descrito como push). Os processos envolvidos no ciclo de fabricação estão demonstrados na Figura 1.6 e incluem o seguinte: • chegada do pedido do distribuidor, varejista ou cliente; • programação para a produção; • fabricação e transporte; • recebimento pelo distribuidor, pelo varejista ou pelo cliente. Chegada do pedido. Durante o processo de chegada do pedido, o distribuidor programa o acionamento do pedido de reabastecimento com base na previsão da futura demanda e nos estoques já existentes. O pedido resultante é então transmitido ao fabricante. Em alguns ca sos, o cliente ou o varejista podem fazer o pedido diretamente ao fabricante. Em outras oca siões, o fabricante produz para estocagem de um depósito de produtos acabados. Nessa situação, o pedido é acionado com base na disponibilidade do produto e na previsão de fu turas demandas. Esse processo é semelhante ao processo de acionamento do pedido do vare jista no ciclo de reabastecimento. CAPITULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento I I Gerenciamento da Cadeia cte Suprimentos Sunil Chepira c IPeter Meindl Xr elí os R es er vs do s - O jp yr ’gh í Pa sr so n Sd uc ai fo ii - 97 38 38 75 Í8 24 SC A P0 1 DS rs fte s R ss er ve sio s - Co & yr lgh t Pe sr so rs M uc st àz n - 97 88 38 79 1. S2 46 CA P0 I D ir a’t os R es er va do s - Co p< y\ Sm C lQ - ID PA ST A: 11 92 53 - Dã Tã AP &Ü Sf .i 10 /5 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RÀ =: 13 /3 /2 01 2 03 :4 5: 33 -S TA O© - 1 U S2 55 - DA TA AP RO V, : 10 /8 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T. I 2 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento íH m i i ^ ^ ' ^ ~ l i í r t i i j ã ' .1 Programação para produção. O processo de programação para produção é semelhante ao processo de emissão de pedido do ciclo de reabastecimento, no qual o estoque é adaptado ao pedido. Durante o processo de programação para produção, os pedidos são integrados ao pla nejamento ou à programação da produção. Dadas as quantidades de produção necessárias, o fabricante deve decidir qual será a seqüência exata de produção. Caso possua diversas linhas, o fabricante deve decidir também que produtos serão alocados em cada linha. O objetivo do processo de programação para produção é maximizar a quantidade de pedidos atendidos no prazo, mantendo os custos baixos. Fabricação e transporte. O processo de fabricação e transporte é equivalente ao processo de atendimento ao pedido, descrito no ciclo de reabastecimento. Durante o processo de fa bricação, o fabricante produz de acordo com a programação de produção, atendendo aos pa drões de qualidade. Durante a fase de transporte desse processo, o produto é transportado ao consumidor, ao varejista, ao distribuidor ou ao depósito de produtos acabados. O objetivo do processo de fabricação e transporte é entregar o produto na data prometida, atendendo aos padrões de qualidade e mantendo os custos baixos. Recebimento. No processo de recebimento, o produto é recebido pelo distribuidor, pelo depó sito de produtos acabados, pelo varejista ou pelo cliente e os registros de estoques são atualizados. Outros processos relacionados à estocagem e transferência de fundos também ocorrem. Ciclo de suprimentos ^ O ciclo de suprimentos ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui to dos os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorra sem atrasos. Durante o ciclo de suprimentos, o fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques. A relação é muito parecida com aquela entre o distribuidor e o fabricante,com uma diferença significativa: enquanto os pe didos entre varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente, os pedidos de componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fa bricante já decidiu qual será sua programação de produção. Os pedidos de componentes de pendem da programação de produção. Assim, é importante que os fornecedores estejam em contato com a programação de produção do fabricante. É claro que, se os lead times de um fornecedor são longos, este deve produzir a partir de uma previsão porque a programação de produção do fabricante pode não estar determinada com tanto tempo de antecedência. Na prática, existem diversos níveis de fornecedores. Cada um produz componentes para uma próxima fase. Um ciclo semelhante estabeleceria um fluxo de uma fase para a seguinte. Os processos do ciclo de suprimentos estão demonstrados na Figura 1.7. Gereíiielamento da Cadeíâ de Suprimentos Sunil Chopra e Peter Meindl D ’rs !to s Re se rv ad os - Co py rig ht Pe ar so * Ed ^c at Jo r. - 37 88 58 7S Í8 24 SC A PÜ 1 Sl rs fto s R es er va do s - Co py rig ht ?s ar so n Ei uc st -o r; - 3/ 8S 58 79 18 24 5C A P0 1 D- irs ífe » R ew rv at ío s - Co o^ ES TA CIO - I D Pf iS T t 11 32 55 - 3A T AP 30 V. : 1O /5 /2 -D 10 I7 ;l l: 33 - 2 &T AG SR Á, : 13 /3 /2 01 2 03 :4 5: ;5 3 55 TA CI Q - I D PA ST A; 11 92 55 - D AT A A? Rf iV .: IG /S /?~ !.3 17 :1 1: 33 ■ D Â: P A S T A D o PROFRSSOR CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento I 3 I H a » 1.7 Cido de suprimentos.___________ _________________ _______________________ Não detalhamos cada um dos processos aqui porque esse ciclo possui processos semelhan tes aos discutidos no contexto de outros ciclos. Ponto-chave Uma visão cíclica da cadeia de suprimento define claramente os processos envolvidos e os responsáveis por cada processo. Essa visão é muito útil ao considerarmos decisões operacionais, porque especifica os papéis e as responsabilidades de cada membro da cadeia de suprimento e o resultado esperado em cada processo. Visões pushlpull nos processos da cadeia de suprimento Todos os processos da cadeia de suprimento recaem em uma das duas categorias, depen dendo do tempo de sua execução compatível com a demanda do cliente. Nos processos pull, a execução é iniciada em resposta aos pedidos dos clientes. Os processos push são aqueles executados em antecipação aos pedidos dos clientes. No período de execução de um processo pull, a demanda é conhecida com certeza. No período de execução de um processo push, a demanda não é conhecida e deve ser prevista. Os processos pull também podem ser definidos como processos reativos porque reagem à demanda do cliente. Os processos push também po dem ser definidos como processos especulativos porque respondem a uma especulação (ou previsão) e não a uma demanda real. A fronteira push/pull em uma cadeia de suprimento se para os processos push dos processos pull. No caso da Dell, por exemplo, o início da montagem dos computadores pessoais (PC) representa a fronteira push/pull. Todos os processos ocorridos antes da montagem do PC são processos push e todos os processos ocorridos após e durante a montagem são iniciados em resposta ao pedido do cliente e, portanto, são processos pull. Uma visão push/pull da cadeia de suprimento é muito útil ao considerarmos decisões es tratégicas relacionadas ao projeto da cadeia de suprimento. Essa visão nos força a uma aná lise mais global dos processos da cadeia de suprimento ligados ao pedido do cliente. Tal visão pode, por exemplo, resultar na transferência de responsabilidades de determinados processos para um estágio diferente da cadeia, desde que essa transferência permita que um processo push se transforme em um processo pull. Vamos considerar duas cadeias de suprimento diferentes já citadas anteriormente e rela- cioná-las às visões push/pull e cíclica. Uma delas é de uma empresa que faz entregas pelo cor reio como a L.L. Bean, que recebe os pedidos dos clientes através de sua central de telemarketing ou através do site Web. A outra é de uma empresa fabricante de computadores sob encomenda como a Dell. A L.L. Bean executa todos os processos no ciclo de pedido do cliente após a chegada do cliente. Todos os processos integrantes do ciclo de pedido do cliente são, dessa maneira, pro cessos pull. O atendimento ao pedido é feito com um estoque de produtos organizado em an tecipação aos pedidos do cliente. O objetivo do ciclo de reabastecimento é garantir a disponibilidade do produto quando o pedido chega. Todos os processos do ciclo de reabaste cimento são realizados em antecipação à demanda, portanto, são processos push. O mesmo Gerenciamento cia Cadeia de Suprimentos Sunil Oiopra e Peter Meindl D lre fts s R es er va do s - Co py rig ht Fe sr so n Ed uc ad or ; - §7 38 58 79 I8 24 6C A P0 1 Di re ito s R ss er vs do s - Co py rig ht Ps sr so ni S sty cK io n - 97 88 58 79 18 24 SC A P0 I DS ra tto s R es er va do s - Co p* f ÊS Tà CI O - ID PA ST A, 11 S2 55 - DA TA AP *G V. ; 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA , G Ei A =: 13 /3 /2 01 2 03 :4 5: 53 ES TA CI O - ID PA ST A; 11 92 55 - DA TA AP RO ¥= : 10 /S /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T 14 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento é válido para os processos nos ciclos de fabricação e de suprimentos. Na realidade, matérias- primas como tecido, por exemplo, são muitas vezes adquiridas cerca de seis a nove meses an tes do previsto para a demanda do cliente. A fabricação em si começa de três a seis meses antes de chegar ao ponto-de-venda. Todos os processos nos ciclos de fabricação e suprimentos são, portanto, processos push. Os processos da cadeia de suprimento da L.L. Bean são des membrados em processos pull e push, como está ilustrado na Figura 1.8. Ciclo do pedido do cliente Ciclos de reabastecimento, fabricação e suprimentos H » » i-8 Processos ■ PROCESSOS PULL -Chegada do pedido do cliente PROCESSOS PUSH Ciclo do pedido | do cliente J Ciclo de reabastecimento e de fabricação Mira a cadeia de Cliente L.L. Bean Fabricante Fornecedor A situação é diferente para um fabricante de computadores sob encomenda como a Dell. A Dell não vende por intermédio de revendedores ou distribuidores, mas, sim, diretamente ao clien te. A demanda não é atendida por um estoque de produtos acabados, mas pela própria produção. A chegada do pedido do cliente aciona a produção em montagem final. O ciclo de fabricação é, portanto, uma parte do processo de atendimento ao pedido no ciclo de pedido do cliente. Efeti vamente, existem apenas dois ciclos na cadeia de suprimento da Dell: (1) o ciclo do pedido do cliente e de fabricação e (2) o ciclo de suprimentos, como se vê na Figura 1.9. Cliente Todos os processos nos ciclos do pedido do cliente e de fabricação da Dell são então clas sificados como processos pull porque são iniciados com a chegada do cliente. A Dell, porém, não faz seus pedidos de componentes de acordo com o pedido do cliente. O estoque é rea bastecido em antecipaçãoà demanda do cliente. Todos os processos no ciclo de suprimentos Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Cfiopira e Peter Meiocli * Di re ito s R es er va do s - Co py rig ht Ps ar so n 5& a£ on - S7 88 38 79 18 24 6G A P0 1 Dl reü fco s R es er va do s - Co py rig ht ?a ar ss - Et iix st io n - 97 88 58 79 18 24 5C A P0 Í Di re fte s R es er va do s - SS .-à CI O - 23 F ST Aj 11 22 55 -J AT A A PR O V .: 10 /S /2 01 0 17 :1 1: 3 9 - 9A TA G EB A .: 13 /3 /2 01 2 0S ;4 S; 53 ES TA CO -1 3 M ST  ; 11 92 55 - DA TA AP RÜ V. : 10 /S /2 21 : l/ :i i: 3 9 CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento I 5 da Dell são, portanto, push porque são respostas a uma previsão. Os processos da cadeia de su primento da Dell são divididos em processos pull e push, como demonstramos na Figura 1.10. Uma nítida distinção entre as duas cadeias de suprimento abordadas anteriormente é o fato de que a cadeia de suprimento da Dell tem menos estágios e mais processos pull que a cadeia de suprimento da L.L. Bean. Como vemos nos próximos capítulos esse dado exerce um impacto significativo no desempenho da cadeia de suprimento. Ponto-chave Uma visão push/pull da cadeia de suprimento distingue os processos inicia dos em resposta ao pedido do cliente (pull) dos realizados em antecipação ao pedido do cliente (push). Essa visão é muito útil ao considerarmos decisões estratégicas relacionadas ao projeto da cadeia de suprimento. Ciclo do pedido do cliente e de fabricação Ciclos de suprimentos PROCESSOS PULL Chegada do pedido do cliente PROCESSOS PUSH Processos na cadela de da Dell. 1.4 A IM P O R T A N C IA D O S F L U X O S D A C A D E IA DE S U P R IM E N T O Existe uma estreita ligação entre o projeto e o gerenciamento dos fluxos da cadeia de su primento (produtos, informação e caixa) e o sucesso de uma cadeia de suprimento. A Dell Computer é um exemplo de empresa que usou com sucesso boas práticas de cadeia de supri mento para apoiar sua estratégia competitiva. Por outro lado, a Quaker Oats é um exemplo em que a falta de habilidade para projetar e gerenciar os fluxos adequadamente na cadeia de suprimento a levou ao fracasso em sua aquisição da Snapple. A Dell foi fundada em 1984. Em 1998, já havia se tornado uma empresa de US$ 12 bi lhões. Desde 1993, vem registrando um crescimento em seus lucros de mais de 65% ao ano, o que significa que para os próximos cinco anos seu crescimento está estimado em mais de 30% ao ano. O preço de suas ações também cresceu significativamente desde 1993. A Dell atribuiu uma grande parte de seu sucesso ao modo como administra os fluxos — produtos, informações e caixa — dentro de sua cadeia de suprimento. O modelo básico de cadeia de suprimento da Dell é a venda direta aos clientes. Como não há necessidade de distribuidores e varejistas, a cadeia de suprimento da Dell possui ape nas três estágios — cliente, fabricante e fornecedores como é visto na Figura 1.11. Uma vez que a Dell estabelece um contato direto com seus clientes, ela é capaz de seg- mentá-los e analisar as necessidades e a lucratividade de cada segmento. A proximidade com Gereridarneotio da Cadeia de Suprimentos Suniil Chopra e Peter Mteiifidl mí*í P A S T A D O PROFESSOR t". * S I 6 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento 5 3 v-J ": f B %?■ g S m mr4 mT"Í ,i rri fg tz M ^ m m0 m rã £«. Sí £ 1 'W f.)jT^ i- • ÍÍ//J) 14, I S U , ; l 1 CMV J O« Si 5 v-1 1 1 4 ; Í3Í Í É - K. oO» rJi « 5í -d O ÍM < Kí< **xa ! I &fc iíi , 8, Os *4 seus clientes e o conhecimento de suas necessidades também permite que a Dell desenvolva melhores previsões. Para melhorar ainda mais a sincronia entre oferta e procura, a Dell faz um cons tante esforço para atender ao cliente em tempo real, seja pelo telefone ou pela Internet, através de configurações de PCs que podem ser construídas com os componentes que tem disponíveis. Na questão operacional, o giro de estoque é uma medida de desempenho muito impor tante, observada atentamente pela Dell. Cada chip de computador carrega um código de da tas para indicar a idade da peça. A Dell mantém um estoque válido apenas por cerca de dez dias. A concorrência, por sua vez, com suas vendas através de varejistas, o mantém por cerca de 80 a 100 dias. Se a Intel lança um novo chip, o estoque reduzido da Dell permite que ela lance um PC no mercado, equipado com esse chip, mais rápido que a concorrência. Se os pre ços caem repentinamente, como aconteceu no início de 1998, a Dell tem menos estoque a ser desvalorizado do que seus concorrentes. A Dell não mantém estoques para alguns produtos, como por exemplo, os monitores fabricados pela Sony. A empresa transportadora simples mente retira o número encomendado de computadores na fábrica da Dell, em Austin, e os monitores na fábrica da Sony, no México, organiza tudo de acordo com os pedidos e os en trega aos clientes. Esse procedimento permite à Dell uma economia de tempo e de dinheiro além de uma solução para o transporte de monitores. O sucesso da cadeia de suprimento da Dell é auxiliado por uma sofisticada troca de in formações. A Dell fornece dados a seus fornecedores em tempo real sobre a situação atual da demanda. Os fornecedores conseguem acessar os níveis de estoques de componentes nas fábricas e, ao mesmo tempo, atender às exigências de produção diária. gios da cadeia ríc suprimento da Dell A Dell criou páginas personalizadas na Web para que seus fornecedores principais pu dessem acessar as previsões de demanda e outras informações ligadas ao cliente, colaborando dessa maneira para que os fornecedores tenham uma melhor idéia sobre a demanda dos clien tes e para que possam sincronizar melhor sua programação de produção com a da Dell. A empresa tem sua produção concentrada em cinco pólos de fabricação: Austin (no Texas), Brasil, China, Irlanda e Malásia. Devido a demandas relativamente grandes e estáveis em cada local, os fornecedores conseguem reabastecer os estoques de componentes da Dell re gularmente, evitando que fiquem muito lotados. Em alguns casos, a Dell mantém seu estoque de componentes na fábrica por apenas algumas horas. Os estoques reduzidos da Dell também ajudam a garantir que eventuais defeitos não atin jam uma grande quantidade de produtos. Quando um novo modelo é lançado, os engenheiros ficam de plantão na própria fábrica. Se um cliente liga com alguma reclamação, a produção é suspensa e a falha é consertada em tempo real. Como não há estoque de produtos acaba dos, a quantidade de mercadorias produzidas com defeitos é minimizada. A Dell também terceiriza serviços e suporte a outros fornecedores. Para garantir um alto padrão de qualidade de serviços, a Dell coordena a entrega das peças exigidas pelo pedido do cliente com a chegada do prestador de serviços. Novamente, um fluxo coordenado de in formações e de materiais minimiza o custo necessário para oferecer um alto nível de serviços. a sP 1 I t | 1 s5 83 Gerenciamento da Cadela de Suprimentos Sumi! Cliopra e Peter MteiofJI £ < t 5* A S T A D O mm I sw O fc f'l 1 «f 5 - » o lg «n v " Í1 < <O •xT m r-4 mm <#■■■4 v * P> \ l\r- Mi 'ití Om ^ rr^ <:> tfi jNl G ü' ÊL <íC H oxt i - CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento I 7 A Dell também administra seu fluxo de caixa com muita eficiência. Rastreando e admi nistrando de pertoas contas a pagar e a receber, a Dell consegue receber o dinheiro de seus clientes, em média, cinco dias antes do dia previsto para o pagamento de seus fornecedores. Nitidamente, o projeto da cadeia de suprimento da Dell e o gerenciamento adequado de% O í3 í™ *0 seus fluxos de produtos, informações e caixa têm um papel crucial no sucesso da empresa. m j€ Essa abordagem proporcionou um ótimo posicionamento da Dell no mercado de PCs. Como gj ^ o desenvolvimento de bons produtos é comum na indústria de PCs, o campo de batalha da jg > concorrência está agora focado nos serviços e na eficiência da cadeia de suprimento. « I o A Quaker Oats, com sua aquisição da Snapple, é um exemplo de como as falhas no pro- r í g jelo e no gerenciamento dos fluxos da cadeia de suprimento levam ao fracasso financeiro. A T i-i Quaker é dona da Gatorade, a marca com maior índice de vendas no segmento de bebidas g < energéticas. Em dezembro de 1994, a Quaker comprou a Snapple pelo valor de US$ 1,7 mi- ^ ijj lhão. A Snapple vendia bebidas naturais. Naquela época, o consumo de Gatorade era muito 3 á alto no sul e no sudoeste dos Estados Unidos, enquanto o consumo de Snapple se concentra- uj S va mais no nordeste e na costa oeste. A Quaker pretendia explorar as sinergias entre os dois sistemas de distribuição para obter rendimentos, mas foi incapaz de solucionar diversos problemas que a distanciavam dessas si- e,„ , nergias. O Gatorade era produzido em fábricas da Quaker, enquanto o Snapple era produzi- j™ |0 d ° sob contrato com outras fábricas. Quantidades significativas de Gatorade eram vendidas •c m em supermercados e mercearias, enquanto o Snapple era vendido principalmente em restau- £ rantes e a varejistas independentes. Passados dois anos da aquisição da Snapple, a Quaker u não conseguiu obter a sinergia entre os dois sistemas de distribuição. Na tentativa de fundir o dois sistemas de distribuição distintos, a Quaker não ajudou nenhum dos dois e pode ainda -o í l tê-los lesado. Após exatos 28 meses, a Quaker vendeu a Snapple para a Triarc Companies ‘ ’ Ri por cerca de US$ 300 milhões, quase 20% do que havia pago. A incapacidade de obtenção Ç? de uma sinergia entre as duas cadeias de suprimento foi um motivo decisivo para o fracasso da Snapple na Quaker. f ‘l; Ponto-chave As decisões da cadeia de suprimento exercem uma influência crucial no S ü* sucesso ou no fracasso da empresa. 1.5 E X E M P LO S DE C A D E IA S DE S U P R IM E N T O __________________________ Nesta seção, analisamos diversas cadeias de suprimento e levantar questões que devem ser respondidas durante as fases de projeto, planejamento e operação dessas cadeias. Nos pró ximos capítulos, discutimos conceitos e metodologias que podem ajudar a responder essas questões. Exemplo I. I: Micron Electronics Inc. — vendas diretam ente ao cliente A Micron Electronics Inc. é uma fabricante de PCs que vende diretamente ao cliente. Seus clientes podem fazer seus pedidos por telefone ou pela Internet. A Micron possui uma linha de montagem localizada em Idaho. Possui também um subcontratante para produção dos modelos mais populares. Um típico pedido de cliente chega pela Internet ou por uma ligação gratuita. De pendendo do tipo (individual ou para empresa, de grande ou de pequeno volume), o pedido é § encaminhado para as instalações em Idaho ou para o subcontratante. Pedidos de grande porte ■ para empresas, por exemplo, são atendidos em Idaho. A Micron quase não mantém estoque de produtos acabados e produz os PCs em resposta aos pedidos dos clientes. Um pedido típico pode incluir, além do PC, um monitor e uma impressora. A Micron não fabrica periféricos como monitores e impressoras. Eles são armazenados em Mênfis em um depósito que a Federal Express (FedEx) opera para a Micron, tendo alguns periféricos man- 0 Gerenciamento da Cadela de Suprimentos t i Sumi Chopra e IPeter Mlelndl O íre lto s R es er va do s - Co py rig Sr i Pe ar so n ed ye sf fio rs - S7 88 5S 73 18 24 SC A P0 I D ire ito s R ss er vs do s ■■ Co py rig ht Pa srs om sd yc at lo ni - 97 88 58 75 I8 24 8C A P0 Í Di re ito s R es er va do s - C sp ^ ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA A PR O V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA SE Râ == 13 /3 /2 01 2 0S :4 5: 53 ES TA CI O - ID PA ST A; 11 32 55 - DA TA A PR OV ,: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T P A S T A D O PROFESSOR I 8 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento tidos também em Idaho. Dessa maneira, a pessoa que recebeu o pedido deve adequar o pro duto ao pedido de periféricos, com itens do depósito. No caso de pedidos individuais, a Fe deral Express transporta o PC montado (partindo de Idaho ou do subcontratante) para Mênfis, onde é colocado junto com os periféricos do depósito. Outra possibilidade é a FedEx montar o pedido em um posto próximo ao cliente. Por exemplo, um pedido de Chicago pode ser montado lá mesmo. O pedido completo é então entregue ao cliente. Para simplificar a montagem dos pedidos em trânsito, a Micron troca informações eletrônicas detalhadas com o depósito da Federal Express conforme os PCs são despachados de Idaho. Após fazerem os pedidos, os clientes podem rastrear seu andamento. Para grandes pedidos de empresas dentro dos Estados Unidos, a Micron não utiliza a FedEx. Opta por empresas que transportam cargas menores que as transportadas de caminhão (less- than-truckload, LTL) para entregar os produtos. Normalmente, esses pedidos são atendidos com periféricos estocados em Idaho. A Micron terceiriza tanto os componentes quanto os periféricos dos PCs no mundo todo. A empresa utiliza frete aéreo ou transporte marítimo para levar os produtos aos Estados Uni dos e depois mescla transporte por caminhões ou trens para levá-los até os depósitos. Essas decisões sobre projeto, planejamento e operação da cadeia de suprimento exercem uma forte influência no desempenho da cadeia de suprimento da Micron: 1. Por que a montagem de alguns PCs é terceirizada? O que caracteriza os PCs ou os pedi dos que foram terceirizados? 2. Por que a Micron possui apenas um local de fabricação? 3. Por que os pedidos individuais são transportados pela FedEx e os pedidos para empresas por LTL? 4. Por que os pedidos individuais são montados em trânsito e não no próprio local de mon tagem? 5. Qual a dimensão dos estoques de componentes e de produtos acabados? Que políticas de estoques são usadas para gerenciar o reabastecimento? 6. Por que alguns componentes são transportados por frete aéreo e outros por transporte marítimo? Em que se baseia a escolha do meio de transporte ideal para uma entrega? As respostas a essas perguntas determinam a adequação do projeto, do planejamento e da operação da cadeia de suprimento. Fabricantes que vendem diretamente ou através de re vendedores, como a Hewlett Packard e a Compaq, precisarão de um projeto de cadeia de su primento diferente para sustentar melhor sua estratégia. Como deveriam projetar e gerenciar sua cadeia de suprimento? Exemplo 1.2: 7-Eleven — uma loja de conveniência Com mais de 17 mil lojas em mais de 20 países, a 7-EIeven é uma das maiores cadeias de lojas de conveniência do mundo. Detém mais de 7 mil lojas no Japão e quase 5 mil nos Estados Unidos. Seu crescimento no Japão é fenomenal, tendo em vista que sua primeira loja nesse país foi aberta em 1974. A 7-Eleven japonesa é uma das empresas mais lucrativas registra das na bolsa de valores de Tóquio, tendoregistrado um crescimento gigantesco em vendas e lu cratividade enquanto reduzia seu estoque proporcionalmente às vendas. O sucesso da 7-Eleven no Japão se deve principalmente à capacidade de projetar e gerenciar sua cadeia de suprimento. Um dos principais motivos para seu sucesso é a preocupação em obter um alinhamento estratégico entre sua estratégia competitiva e sua estratégia de localização, transporte, esto que e informação na cadeia de suprimento. A 7-Eleven tem como meta oferecer aos clientes o que eles querem e quando querem. Do ponto de vista estratégico, um dos principais objetivos da empresa é encurtar o caminho entre oferta e procura através da localização, época e período do dia. A 7-Eleven projeta e gerencia a localização, o estoque, o transporte e a informação para apoiar tais objetivos. Gerenciamento da Cadela de Suprimentos Suníl Chopra e Peteir Meindl uí rs üt os R es sr va do s - C op yr !g hi Ps ar so n Ed ~e st !o n - 9, 3 ss S^ f1 82 4S C A P0 1 D ’~ s'í os R es er va do s - C os yn gh t Ps ar so r? E cu cs tlo n - 97 88 5S 7S 1S 24 SC A PG 1 D ire ito s R es er va do s - C op ’; ES TA GI O - 13 ? ST A; 11 92 55 - DA TA A P R Q V 10 /6 /2 r' " 1 :1 1: 39 - DA TA . S ER A =í 13 /3 /2 01 2 09 :4 5; 53 cS TA CI Q - ID PA ST A; 11 32 55 - PA IA AP R. Q V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA - P A S T A D O PROFESSOR A 7-Eleven segue uma estratégia de localização dominante e abre novas lojas em pontos importantes para estabelecer ou intensificar sua forte presença. No Japão, por exemplo, exis tem lojas da rede em menos da metade das circunscrições ou prefeituras (equivalentes aos municípios nos Estados Unidos). No entanto, a 7-Eleven possuí uma presença marcante, com diversas lojas em cada prefeitura em que se instalou. Até 1994, nos Estados Unidos, as lojas da 7-Eleven não estavam tão concentradas. Entre 1994 e 1997, o grupo fechou várias de suas lojas localizadas em regiões mais isoladas. Atualmente, a empresa instala novas lojas em lo cais em que já garantiu uma forte presença. Essa estratégia é compatível com a estratégia de localização no Japão. A estratégia de localização dominante proporciona à empresa os bene fícios da consolidação em armazenagem e transporte. No Japão, comidas frescas constituem uma porcentagem significativa nas vendas da 7-Ele- ven. A maioria das comidas frescas é preparada em outros locais e posteriormente entregue às lojas. No Japão, uma loja que faz um pedido às 10 da manhã, receberá o produto até o início da noite. Existem pelo menos três entregas de comidas frescas por dia para cada loja, de modo que os estoques mudam para café da manhã, almoço e jantar. Todas as lojas são conectadas em rede à matriz, aos centros de distribuição (CDs) e aos fornecedores. Todos os pedidos das lojas são enviados aos fornecedores que preparam os pedidos específicos para cada loja e os entregam ao CD. No CD, todos os pedidos de produtos semelhantes (agrupa dos de acordo com a temperatura em que são conservados) de diversos fornecedores são or ganizados e entregues às lojas. Cada caminhão faz entregas a mais de uma loja e tenta seguir seu percurso fora dos horários de pico. A 7-Eleven do Japão se esforça para não deixar que os fornecedores façam as entregas diretamente às lojas. Prefere que todas as entregas passem pelo CD, onde são organizadas e depois despachadas para as lojas. Observe que a estratégia de localização ajuda a simplificar a estratégia de suprimento. Nos Estados Unidos, a 7-Eleven está adotando uma abordagem semelhante à adotada no Ja pão. Comidas frescas estão se tomando uma nova opção em suas lojas. A 7-Eleven já havia to mado a decisão de evitar o preparo da comida no próprio local, contratando fornecedores que realizam essa tarefa por ela. Essa comida é, em um segundo momento, entregue às lojas dia riamente. Nos Estados Unidos, a 7-Eleven tentou experimentar o modelo japonês com CDs integrados onde os produtos são recebidos pelos fornecedores e depois entregues às lojas. O sucesso dessa estratégia é refletido pela melhoria de desempenho da 7-Eleven nos Estados Unidos. Tanto no Japão como nos Estados Unidos, a 7-Eleven investiu muito dinheiro e esforço em um sistema de informação eficaz. Dados importantes são coletados e analisados. A infor mação resultante é então disponibilizada às lojas para uso em pedidos, diversidade de produ tos e comercialização. A 7-Eleven usa esse sistema de informação para identificar itens de pouca saída e analisar a aceitação de novos produtos. O sistema de informação tem um papel fundamental na capacidade da 7-Eleven de encurtar o caminho entre oferta e procura. A 7-Eleven fez opções claras no projeto de sua cadeia de suprimento. Nem todas as ca deias de lojas de conveniência fariam as mesmas opções. Podemos levantar diversas questões, que listamos a seguir, relacionadas às opções da cadeia de suprimento da 7-Eleven e aos fa- tores-chave de seu sucesso. 1. Que fatores influenciam a decisão sobre abertura e fechamento de lojas? Por que a 7-Ele ven optou pela preponderância de suas lojas em determinados locais? 2. Por que a 7-Eleven preferiu que as refeições fossem preparadas em outros locais e depois entregues às lojas? 3. Por que a 7-Eleven desaprova a entrega feita diretamente dos fornecedores às lojas e transporia todos os produtos através de centros de distribuição integrados? 4. Onde se localizam os centros de distribuição e a quantas lojas cada centro atende? Como as lojas são distribuídas entre os CDs? 5. Por que a 7-Eleven agrupa as entregas de comidas frescas pela temperatura? CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento I 9 G erenciam ento da Cadeia- de Suprim entos Sunii Chopira e IKeter Mieimdl 5 9 s PO |fí 3 3[N m ri I 5a-* 1 1 'O Q ;! !MI > < v 3 v: 3 rÜL, í O ■ hi • *?- P A S T A DO ? PROFESSOR. dfa v -i.J ç-i &, 2 20 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento 6. Que dados sobre pontos-de-venda a 7-Eleven recolhe e que informações são disponibili zadas aos gerentes das lojas para ajudá-los em suas decisões sobre pedidos e comerciali zação? Como o sistema de informação deve ser estruturado? íj Exemplo 1.3: W .W . Grainger e McMaster-Carr — fornecedores de produtos para t4 «t manutenção, reparos e operações ' ge A W. W. Grainger e a McMaster-Carr vendem produtos para manutenção, reparos e ope- s rações (MRO). As duas empresas possuem catálogos, além de páginas Web, pelos quais os pedidos podem ser feitos. A Grainger também possui algumas centenas de lojas espalhadas pelos Estados Unidos. Os clientes podem entrar na loja ou fazer o pedido por telefone ou ain da pela Web. Os pedidos da Grainger podem ser entregues ao cliente ou retirados por ele ç em uma das lojas. A McMaster-Carr, por sua vez, entrega todos os pedidos. A Grainger tem í ' |í) diversos centros de distribuição que reabastecem as lojas e atendem aos pedidos dos clientes. a; Os centros de distribuição da McMaster-Carr atendem a todos os pedidos. Nenhuma das duas UM Q fabrica os produtos. Elas atuam como distribuidoras ou varejistas. Assim, o sucesso está es- ^ > treitamente ligado às respectivas capacidades de gerenciamento da cadeia de suprimento. R 1 1 Ambas as empresas colocam centenas de milhares de produtos à disposição de seus clien- “ j'k. tes. Cada uma estoca cerca de 200 mil produtos; o restante é garantido pelo fornecedor con forme a necessidade.Ambas lidam com as seguintes questões estratégicas e operacionais: JJ.J 1. Quantos centros de distribuição devem existir e onde devem estar localizados? p‘rt 2. Como a estocagem de produtos deveria ser gerenciada nos centros de distribuição? Todos eles devem ter todos os produtos? 3. Quais produtos devem ser mantidos em estoque e quais devem ser deixados a cargo do fornecedor? C2 4. Que produtos a Grainger deve manter na loja? 5. Como os mercados devem ser alocados com os centros de distribuição em termos de aten- ' f '--1 dimento a pedidos? O que deveria ser feito no caso de um pedido não poder ser comple- ,fí ^ tamente atendido pelo centro de distribuição? Seria recomendável manter locais J! I|fj específicos como backup? Como seriam selecionados? n EÍ- 6. Como o reabastecimento de estoques deve ser gerenciado em diversos locais de estocagem? 7. Como os pedidos pela Web devem ser manejados de maneira pertinente com a estrutura á já existente? Seria melhor integrar os negócios pela Web com os já existentes ou organi- ' zar distribuições separadas? m Pj 8. Que meios de transporte devem ser adotados para o atendimento do pedido e para o rea bastecimento do estoque? | “ ’ Exemplo 1.4: Toyota — fabricante mundial de automóveis *>■ 1 A Toyota Motor Corporation é a fabricante número um de automóveis no Japão e regis- r J1 trou um crescimento notável nas vendas mundiais durante as duas últimas décadas do século XX. Um fator crucial para a Toyota é a estratégia de sua produção mundial e sua rede de distribuição. Abrir fábricas nos locais em que possui os maiores mercados faz parte de sua ; estratégia, pois a empresa deve decidir qual será a capacidade de produção de cada fábrica uma vez que isso exerce um forte impacto no sistema de distribuição planejado. De um lado, todas as fábricas são equipadas apenas para a produção local. D e outro, todas as fábricas são f 11; capazes de suprir qualquer mercado. A Toyota manteve fábricas locais especializadas em cada mercado até 1996. Após a crise financeira na Ásia, entre 1996 e 1997, a companhia se con- e» , centrou no remodelamento de suas fábricas para que pudessem ser modificadas rapidamente a» e, assim, serem capazes de exportar para mercados que permaneceram fortes. A Toyota cha- >> ma essa estratégia de ‘complementação global’. M ^ Gerenciamento da Cadela de Suprime p Ia Sumii Chopra e Peter Meindl D ’rs ’ío s R ss ar va co s - Co py rig ht Pe ar so n £d «c st !o n - f7 SS s8 7S lS 24 SC A ?5 l 3: ’a !io s R es er va do s - Co py rig ht ps ar so n Eí ue et lo n - 97 38 58 79 13 24 SC  P0 1 D; 'rs ÈÊ os R es er va do s - C or ES TA CI O - ID PA ST A: 11 82 55 - D TA , A PR O V, : 1O /S /2 01 O 17 :1 1: 39 - DA TA G EB A, ; 13 /3 /2 01 2 09 :4 5: 53 ES ~& aC < - ZD PA ST A: 11 32 55 - D:A T& A ?R .0 ¥= : 1G /6 /2 S1 D 17 :1 1: 33 - D l f A *» I A D O PROFESSOR. Ser global ou local também faz parte das decisões das fábricas de peças da Toyota: as pe ças devem ser projetadas para consumo local ou deve haver fábricas de peças que possam su prir várias montadoras? Para qualquer fabricante mundial como a Toyota, surgem algumas questões relativas à configuração e à capacidade da cadeia de suprimento: 1. Onde as fábricas devem ser instaladas e qual o grau de flexibilidade permitido em cada uma? Qual seria a capacidade ideal de cada fábrica? 2. A produção das fábricas deve atender a todos os mercados ou apenas a mercados espe cíficos? 3. Como os mercados devem ser distribuídos pelas fábricas e com que freqüência essa dis tribuição deve ser revista? 4. Que tipo de flexibilidade deve ser criado dentro do sistema de distribuição? 5. Como esse investimento flexível deve ser calculado? 6. Que atitudes devem ser tomadas durante o projeto do produto para simplificar essa fle xibilidade? Exemplo 1.5: Amazon.com — um e-business A Amazon.com vende livros, música e outros itens pela Internet. É uma das maiores empre sas de e-commerce com uma capitalização de mercado de mais de US$ 20 bilhões. Esse número é extraordinariamente exorbitante, considerando-se que a empresa foi constituída em 1994. A empresa teve venda anual de US$ 1,6 bilhão em 1999, mas ainda não se tornou lucrativa. A Amazon.com é sediada em Seattle e começou atendendo, em resposta aos pedidos dos clientes, com livros adquiridos de um distribuidor. Essa prática difere da adotada por livrarias tradicionais que compram diretamente das editoras e estocam os livros em antecipação aos pedidos dos clientes. Atualmente, a Amazon.com possui sete depósitos onde mantém seu es toque. A Amazon.com estoca os livros mais vendidos, mas recebe outros títulos de seus dis tribuidores, utilizando os correios e outras empresas de transporte como a United Parcel Service (UPS) e a FedEx para enviar os livros aos clientes. Como a Amazon.com ainda não se tornou lucrativa, existem várias questões a serem respondidas sobre o uso do canal do e- commerce para varejo, no geral, e para a venda de livros, no particular. Livrarias tradicionais como a Borders ou a Barnes and Noble também começaram a usar a Internet como canal de vendas. A Barnes and Noble fundou a Barnes and Noble.com como uma empresa separada. As duas cadeias de suprimento, entretanto, dividem depósitos e meios de transportes comuns a ambas, uma mudança na estratégia de cadeia de suprimento original da Barnes and Noble existente antes da fundação da Barnes and Noble.com. Podemos levantar diversas questões sobre o modo como a Amazon.com foi estruturada e qual a reação das livrarias tradicionais: 1. Por que a Amazon.com está construindo mais depósitos conforme ela cresce? Quantos depósitos deveria ter e onde deveriam ser instalados? 2. Que vantagens a venda de livros pela Internet tem sobre as livrarias tradicionais? Existe alguma desvantagem nas vendas pela Internet? 3. Por que a Amazon.com estoca best sellers, mas compra outros títulos de seus distribuidores? 4. O canal de vendas pela Internet é mais vantajoso para uma livraria como a Borders com pontos-de-venda no varejo ou para um e-business como a Amazon.com? 5. Livrarias tradicionais como a Barnes and Nobles devem integrar o e-commerce à sua ca deia de suprimento existente ou gerenciá-lo separadamente da cadeia de suprimento? 6. Para que produtos o e-commerce proporciona mais vantagens? O que caracteriza esses produtos? CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 2 I íSeremdamsanto cia Cadete, de Suprimentos Sumii Chopra e IPeter Mlcindl 3í rs 'ío s R es er va do s - Co py rto h: Pe er so n Sc j^ cs Ko n - 97 88 58 7S I3 24 SC  PG 1 D ’rs íto s R es ar ve do s - C op yr ts ht Ps sr so n Eâ ^c sti on - 37 88 38 7§ i8 24 SC A F, 0i D irs ltc s R es er va do s - C op yi ES TA CI O - 13 P ST A; 11 92 55 - D X TA A P R C V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: 13 /3 /2 01 2 03 :4 5: 53 ES TA CI O - ID PA ST A; 11 92 55 - DA TA AP RO V. : Í0 /S /2 O 1O 17 :1 1: 39 - DA T. P A S I A » CS PIIOFESSOR 22 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento 1.6 R E S U M OD O S O B JETIV O S DE A P R E N D IZ A G E M _____________________ 1. Descrição das visões cíclica e push/pull de uma cadeia de suprimento. A visão cíclica de uma cadeia de suprimento divide processos em ciclos, sendo que cada um ocorre na interface entre dois estágios sucessivos de uma cadeia de suprimento. Cada ciclo começa com um pedido localizado em um estágio da cadeia de suprimento e termina quando o pedido é recebido do estágio fornecedor. A visão push/pull de uma ca deia de suprimento caracteriza processos baseados no tempo que terão para atender a um pedido. Os processos pull ocorrem em resposta a um pedido de um cliente e os processos push em antecipação aos pedidos. 2. Identificação das três fases decisivas na cadeia de suprimento e explicação do significado de cada uma. As decisões na cadeia de suprimento podem ser classificadas em estratégicas (proje to), de planejamento ou operacionais dependendo do período de tempo em que cada uma se aplica. As decisões estratégicas estão relacionadas à configuração da cadeia de supri mento. Tais decisões refletirão resultados a longo prazo, podendo durar alguns anos. As decisões de planejamento abrangem um período que varia de três meses a um ano e englo bam decisões como produção, planos, subcontratos e promoções durante aquele período. As decisões operacionais se estendem por alguns dias e incluem produção seqüenciada e atendi mento a pedidos específicos. As decisões estratégicas definem os limites para as decisões de planejamento que, por sua vez, determinam os limites para as decisões operacionais. 3. Discussão sobre o objetivo de uma cadeia de suprimento e explicação do impacto das de cisões da cadeia de suprimento sobre o sucesso da empresa. O objetivo da cadeia de suprimento seria maximizar sua lucratividade total. Lucrati vidade da cadeia de suprimento é a diferença entre a receita gerada por um cliente e o custo total embutido em todos os estágios da cadeia. As decisões da cadeia de suprimento exercem um forte impacto sobre o sucesso ou fracasso de uma empresa porque influenciam significativamente tanto a receita gerada quanto o custo embutido. Cadeias de suprimento bem-sucedidas gerenciam os fluxos de produtos, de informações e monetário para oferecer ao cliente um alto nível de disponibilidade de produtos, mantendo os custos baixos. Questões para discussão 1. Considere a compra de uma lata de refrigerante em uma loja de conveniência. Descreva os diversos estágios da cadeia de suprimento e os diferentes fluxos envolvidos. 2. Por que uma empresa como a Dell, ao tomar decisões, leva em conta a lucratividade total da cadeia de suprimento? 3. Exemplifique algumas decisões estratégicas, de planejamento e operacionais que devem ser tomadas por uma loja de roupas como a The Gap. 4. Considere a cadeia de suprimento aplicada quando um cliente compra um livro em uma livraria. Identifique os ciclos dessa cadeia de suprimentos e a localização da fronteira en tre os processos push e pull. 5. Considere a cadeia de suprimento aplicada quando um cliente faz um pedido de um livro na Borders.com. Identifique a fronteira entre as fases push e pull e descreva alguns pro cessos nelas inseridos. 6. De que maneira os fluxos da cadeia de suprimento afetam o sucesso ou o fracasso de uma empresa como a Amazon.com? Dê dois exemplos de decisões na cadeia de suprimento que exercem um impacto significativo na lucratividade da cadeia. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sumil Ciiopra e Petsr MleSndl Dl rsi ío s R es er va do s - Co py rig ht Ps ar so n ic fc ca íto n - 97 88 58 73 13 24 5C A P0 1 D í^ êí ss Rs se rv iic te s - C sp yr gh t Ps ar so n Et iu cs tfo ry - 97 88 58 79 18 24 SC ÃP Q 1 Dü ret tos R es er va do s •• C ® p\ ES TA CI O - ID PA ST A: 11 32 55 - Dà Tà  PR O V .: 10 /S /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA <3 ER Â= : 13 /3 /2 01 2 09 :4 3: 53 IS ”à CI Q; - ID PA ST A: 11 S2 55 - DA TA AP K. OV ,: ÍG /6 /2 01 0 17 :1 1: 33 - DA T P A S T A D O PROFESSOR CAPÍTULO I Compreendendo a Cadeia de Suprimento 2 3 Bibliografia___________________________________________________________________ CHOPRA, S. “Seven Eleven Japan case”. Kellogg Graduate School o f Management, 1995. FISCHER, Marshall L. “What is the right supply chain of your product?” Harvard Business Review, maio-junho de 1997. p. 83-93. FULLER, J.B.; Ü’CONNER, J.; RAWLINSON, R. “Tailored logistics: the next advantage.” Harvard Business Review, maio-junho de 1993, p. 87-98. MAGRETTA, Joan. “The power of virtual integration: An interview wilh Dell Computer’s Michael Dell.” Harvard Business Review, março-abril de 1998, p.72-84. QUINN, Francis J. “Reengineering the supply chain: an interview with Michael Hammer.” Supply Chain Management Review, 1999, p. 20-26. ROBESON, James F.; COPACINO, William C. (eds.). The logistics handbook. Nova York: The Free Press, 1994. SHAP1RO, Roy D. “Get leverage from logistics.” Harvard Business Review, maio-junho de 1984, p.l 19-127. Gerenciamento da Cadete de Suprimentos Sunil Chespra e IPeter íMieintilt di re ito s R es er va do s - Ca py rlg fâ Ps sr so n St íu ca lis rí - 97 8S 58 7S I8 24 SC à PÜ 3 Df re fto s R es er va do s - Co s> yr *g fct Pe er so n Ed yc at io n - 97 88 58 79 I8 24 6C  P0 3 Di re ito s R es er va do s - C op yi ES TA CI O - ID PA ST A; 11 92 55 - DA TA A PX O V ,: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: 13 /2 /2 01 2 09 :4 S; 02 HS TA CI O - ID PA ST A. 11 92 55 - DA TA AP RO Va 10 /5 /2 01 0 17 ;1 1; 39 - DA T P A S T A D O PROFESSOR CAPÍTULO 3__________ Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 3.1 Fatores-chave de desempenho da cadeia de suprimento 3.2 Uma estrutura para a organização dos fatores-chave 3.3 Estoque 3.4 Transporte 3.5 Instalações 3.6 Informação 3.7 Obstáculos para alcançar o alinhamento estratégico 3.8 Resumo dos objetivos de aprendizagem Questões para discussão Bibliografia Objetivos de aprendizagem Após a leitura deste capítulo, você conseguirá: 1. Identificar quais são os principais fatores-chave de desempenho da cadeia de suprimento. 2. Discutir o papel de cada fator-chave na criação ao alinhamento estratégico entre as estraté gias competitiva e da cadeia de suprimento. 3. Descrever os principais obstáculos que devem ser superados para gerenciar a cadeia de su primento com sucesso. Neste capítulo, apresentamos os quatro fatores-chave principais — estoque, transporte, instalações e informação — que determinam o desempenho de qualquer cadeia de suprimento. Discutimos como esses fatores-chave são utilizados no projeto, planejamen to e operação da cadeia de suprimento. Apresentamos também alguns obstáculos enfrentados pelos gerentes durante as fases de projeto, planejamento e operação de suas cadeias de su primento. 3.1 FA TO R E S -C H A V E DE D ESEM PEN H O D A C AD EIA JDE S U P R IM E N T O O alinhamento estratégico discutido no Capítulo 2 exige que uma empresa consiga esta belecer o equilíbrio entre responsividade e eficiência em sua cadeia de suprimento de maneira a melhor atender às necessidades de suaestratégia competitiva. Para entendermos como uma empresa pode melhorar o desempenho de sua cadeia de suprimento em termos de responsi vidade e eficiência, devemos examinar os quatro fatores-chave de desempenho da cadeia: es toque, transporte, instalações e informação. Esses fatores-chave não determinam apenas o Gerenciamento da Cadela de Suprimentos StJiiíl Ciiofira e Peier Melodl D írs ito s R es er va da s - C op yr Jg ht Ps sr so n -á uc sü on - 97 8S 58 7S 18 24 5C A P0 3 D ire ito s R es er va do s - C© :sy r:g hí Pe ar so n K uc ai to fi - S7 S8 5S 7S :S 24 SC A P0 3 M rs ito s R es er va do s ES TA CI O - ID PA ST A: 11 52 55 - Dà T A PR Q V .: 10 /5 /2 01 0 Í7 :i l: 39 - DA TA G ER A .: 13 /3 /2 Ü I2 09 :4 6: 02 ES TA CI O - ID PA ST A : 11 92 55 - DA TA A PÜ Q V ,: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 P A S 'V A D O 0 “ PROFESSOR 1 50 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento desempenho da cadeia de suprimento em termos de responsividade e eficiência, mas também determinam se o alinhamento estratégico é ou não alcançado em toda a cadeia de suprimento. Primeiramente vamos definir cada fator-chave e discutir seu impacto no desempenho da cadeia de suprimento: 1. O estoque é a matéria-prima, os produtos em processamento e os produtos acabados den tro de uma cadeia de suprimento. É um importante fator-chave da cadeia de suprimento por que as mudanças em suas políticas podem alterar drasticamente a eficiência e a responsividade da cadeia. Por exemplo, um varejista de roupas pode se tornar mais respon- sivo mantendo grandes quantidades de estoque. Com um estoque bem abastecido, há uma grande possibilidade de o varejista atender imediatamente à demanda do cliente com roupas de sua loja. Um grande estoque, no entanto, aumentará os custos do varejista, tornando-o, dessa maneira, menos eficiente. A redução de seu estoque fará com que o varejista seja mais eficiente, mas comprometerá sua responsividade. 2. Transporte significa movimento de estoque de um ponto a outro na cadeia de suprimen to. O transporte pode ser feito a partir de várias combinações de meios e rotas, cada uma com características particulares de desempenho. As escolhas sobre o transporte exercem um forte impacto na responsividade e na eficiência da cadeia de suprimento. Por exemplo, uma em presa que vende por catálogos e faz entregas pelo correio pode utilizar a Federal Express (FedEx) para despachar seus produtos, tornando assim sua cadeia de suprimento mais responsiva, mas menos eficiente devido aos altos custos acarretados pela empresa transportadora. A empresa pode optar também pelo transporte terrestre para enviar os produtos, tornando a cadeia de suprimento mais eficiente, mas limitando sua responsividade. 3. Instalações são os locais na rede da cadeia de suprimento onde o estoque é armazenado, montado ou fabricado. Os dois tipos de instalações principais são os locais de produção e os locais de armazenamento. Qualquer que seja a função da instalação, as decisões a respeito da localização, capacidade e flexibilidade das instalações influenciam significativamente o desem penho da cadeia de suprimento. Por exemplo, um distribuidor de peças automobilísticas, lu tando para manter sua responsividade, poderia ter diversas instalações para depósitos localizadas próximo aos clientes, mesmo que essa atitude reduzisse sua eficiência. Por outro lado, um distribuidor com alta eficiência manteria menos depósitos, apesar de estar, dessa ma neira, reduzindo sua responsividade. 4. Informação consiste em dados ou análises a respeito de estoque, transporte, instalações e clientes, que fazem parte da cadeia de suprimento. A informação é potencialmente o maior fator-chave de desempenho da cadeia de suprimento, pois afeta diretamente cada um dos de mais fatores-chave. A informação propicia ao gerenciamento a oportunidade de tornar as ca deias de suprimento mais responsivas e eficientes. Por exemplo, com informações sobre os padrões de demanda dos clientes, uma empresa farmacêutica é capaz de produzir e armazenar remédios em antecipação à demanda do cliente, o que caracteriza sua cadeia de suprimento como muito responsiva uma vez que seus clientes encontrarão os remédios de que precisam, na hora que precisam. Essa informação sobre demanda também pode tornar a cadeia de su primento mais eficiente porque a empresa farmacêutica poderá prever melhor sua demanda e produzir apenas a quantidade necessária. A informação pode ainda tornar essa cadeia de suprimento mais eficiente fornecendo aos gerentes a oportunidade de escolher o tipo de transporte mais barato, sem deixar de atender às exigências necessárias de serviços. Antes de nos aprofundarmos na discussão sobre cada fator-chave, expomos todos eles em uma estrutura que nos ajudará a compreender o papel de cada um na melhoria do desempe nho da cadeia de suprimento. Geremiarnanto dia Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Peter Meindl P A S I A P O PROFFBSOR fM CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 5 I B í ! 3.2 U M A E S T R U T U R A PA R A A O R G A N IZ A Ç Ã O D O S F A T O R E S -C H A V E J I? Vamos relembrar o Capítulo 2, no qual explicamos o objetivo da estratégia da cadeia de Çí & suprimento como sendo a conquista do equilíbrio entre responsividade e eficiência, que re- sulta no alinhamento estratégico com a estratégia competitiva. Para alcançar esse objetivo, a SI (1 empresa utiliza os quatro fatores-chave da cadeia de suprimento expostos anteriormente. Os Áft oi gerentes de cadeia de suprimento devem estabelecer o equilíbrio entre eficiência e responsividade s? ( em cada um dos fatores-chave individualmente. O impacto conjunto dos quatro fatores-chave vai, ®j iQ então, determinar a responsividade e a eficiência de toda a cadeia de suprimento. E> f] A Figura 3.1 demonstra a estrutura de tomada de decisões na cadeia de suprimento. A > ‘ * maioria das empresas começa com uma estratégia competitiva e depois decide qual será sua o estratégia de cadeia de suprimento. A estratégia de cadeia de suprimento determina qual será H seu desempenho em relação à eficiência e à responsividade. A cadeia de suprimento deve, a , í partir de então, utilizar seus fatores-chave para alcançar o nível de desempenho estabelecido pela estratégia a ela designada. Apesar de a estrutura ser normalmente lida de cima para bai- g P xo, em muitos casos, uma análise dos quatro fatores-chave pode indicar a necessidade de mu- w 0 dar a estratégia da cadeia de suprimento ou, até mesmo, a estratégia competitiva. ci | í Considere essa estrutura tendo a Wal-Mart como exemplo. A estratégia competitiva da -fc pi Wal-Mart é ter credibilidade e ser uma varejista que oferece uma grande variedade de bens ÍRl de consumo de massa a preços baixos. Essa estratégia estabelece que sua cadeia de suprimen- S *<i to ideal deve se concentrar na eficiência, sem ignorar o nível de responsividade necessário. A Wal-Mart utiliza os quatro fatores-chave para alcançar esse tipo de desempenho de sua cadeia de suprimento. Com o fator-chave estoque, a Wal-Mart sustenta uma cadeia de suprimento eficiente, mantendo níveis de armazenamento relativamente baixos. Por exemplo, os centros de distribuição da Wal-Mart foram os pioneiros do crossdocking, um sistema em que o esto que não é armazenado em um depósito, mas sim despachado pelo fabricante até as lojas. Os "f ” 1 produtos para entrega fazem paradas curtas nos centrosde distribuição, onde são carregados „8 em caminhões e entregues às lojas. Isso reduz significativamente o estoque uma vez que é ar- jS mazenado apenas em lojas e não em lojas e depósitos. Com relação ao estoque, a Wal-Mart r ’! privilegia a eficiência sobre a responsividade. Já no caso do transporte, a Wal-Mart gerencia KJ sua própria frota para manter a responsividade alta. Isso eleva custos e investimentos, mas no Üj caso da Wal-Mart, o retorno em termos de responsividade justifica esses gastos. Com relação y 1 às instalações, a Wal-Mart utiliza centros de distribuição (CDs) centralizados dentro do cir- m S cuito de sua rede de lojas para manter o número de instalações baixo e a eficiência alta. A Sí ;*j Wal-Mart constrói instalações apenas onde a demanda é suficiente para justificá-las, aumen- P f." tando dessa maneira a sua eficiência. Para a utilização das informações na cadeia de supri- [g mento, a Wal-Mart investiu muito mais que seus concorrentes para aproveitar os benefícios jP que elas podem proporcionar. Isso levou a Wal-Mart a se tom ar líder no uso do fator-chave ^ £?, informação para melhorar a responsividade. A Wal-Mart fornece informações sobre a deman da para toda a cadeia de suprimento até chegar aos fornecedores que, por sua vez, vão fabri- ^ ’ car apenas o que a demanda pedir. A capacidade da cadeia de suprimento em compartilhar ” , informações exigiu grandes investimentos, mas o resultado é uma cadeia com melhorias tanto uij V em responsividade quanto em eficiência. A Wal-Mart utiliza cada fator-chave da cadeia de su primento para alcançar o equilíbrio exato entre responsividade e eficiência a fim de harmo- »’ {1 nizar suas estratégias competitiva e da cadeia de suprimento. '» ^ Dedicamos as próximas quatro seções a um aprofundamento na discussão sobre cada um j* , dos fatores-chave e seu papel na cadeia de suprimento. Gerenciamento da Cadeía de Suprimentos S tiiii Chopra e Peter Meimdl X Pf re iío s R es er va do s - Co py rig ht Pã sr ss n Ec fc ca tio r: - 97 S8 58 79 I3 24 SC A P0 3 DE rsf tos R es er va do s - Co py rig ht Ps ar so n Ed ue itt on - 97 88 58 79 Í.8 24 6C AP 03 Di re ito s R es er va do s - G sp ^ ES TA CI O - IO ?A Sl A s 11 32 55 - DA TA AP RO V. : 10 /5 /2 01 0 -7 íi i“ 33 - DA TA G ER A. : 13 /3 /2 01 2 09 :4 S: 02 ES TA CI O - ID PA ST A? 11 92 55 - D A TA A PR O V .: Í0 /S /2 0Í 0 17 :1 1: 39 - DA ," P A *5 T A 0 O PROFESSOR 52 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento Y Fatores-chave Figura' 3. F|jf Estrutura de tomada dc decisões na cadeia :dc suprimento.' 3.3 E S T O Q U E _______________________________________________________________ Nesta seção abordamos o papel exercido pelo estoque na cadeia de suprimento e como os gerentes o utilizam para conduzir o desempenho da cadeia. Papel do estoque na cadeia de suprimento O estoque existe na cadeia de suprimento devido a uma inadequação entre suprimento e demanda. Essa inadequação é intencional em uma siderúrgica, onde é mais econômico fabri car grandes lotes que serão armazenados para vendas futuras. A inadequação é intencional também para um varejista que prefere manter seu estoque como antecipação à futura deman da. Um papel importante executado pelo estoque na cadeia de suprimento é o de aumentar a quantidade de demanda que pode ser atendida, pois ele permite que o produto esteja pron to e disponível para o momento que o cliente quiser. Outro papel significativo representado pelo estoque é o de reduzir custos explorando quaisquer economias de escala que possam vir a existir durante a produção e a distribuição. O estoque é espalhado por toda a cadeia de suprimento passando de matérias-primas para produtos em processamento e, finalmente, para produtos acabados mantidos por forne cedores, fabricantes, distribuidores e varejistas. O estoque é o principal fator gerador de cus tos em uma cadeia de suprimento e exerce um forte impacto na responsividade. Se pensarmos no espectro da responsividade, discutido no Capítulo 2, a localização e a quantidade de esto que podem mover a cadeia de suprimento de uma ponta à outra do espectro. Por exemplo, a cadeia de suprimento de uma loja de roupas, com altos níveis de estoques, possui um alto nível de responsividade, uma vez que seu cliente pode entrar na loja e, minutos depois, sair com a camisa que procurava. Por outro lado, a cadeia de suprimento de uma loja de roupas com baixos níveis de estoques não seria nem um pouco responsiva. O cliente interessado na camisa teria de fazer o pedido e esperar várias semanas ou até meses até o produto ser fa bricado, dependendo da quantidade de estoque existente na cadeia de suprimento. O estoque exerce também um grande impacto no tempo de fluxo do produto em uma ca deia de suprimento. O tempo de fluxo do produto é o tempo que transcorre entre o momento em que o material entra na cadeia de suprimento e o momento em que a deixa. Outro item importante em que o estoque exerce bastante influência é a taxa de saída (throughput), ou seja, a taxa em que ocorrem as vendas ao cliente final. Se o estoque for representado por /, íSerenciamento da Cadeia de Suprimentos SufiiS Chopra a Peter Meindl D ire ito s R es er va do s - Co py rig ht Pe ar so n Ed uc at ío r;! - S7 88 58 79 18 24 SC A P0 3 Di re ito s R es sr vs do s - C op yr ig ht Pe sr so rí Ed uc aiS or s - 97 88 58 73 18 24 5C A P0 3 Di re ito s R es er va do s - C op y ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA A PR O V .: 10 /S /2 01 0 Í7 :l l: 39 - DA TA G ER A, : 13 /3 /2 01 2 09 :4 6: 02 ES TA CI O - ID PA ST A: 11 32 55 - DA “A AP RO ¥= : 10 /(5 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T P A S T A DO PROFESSOR o tempo de fluxo por T e a taxa de saída por R, podemos relacionar os três utilizando a Lei de Little como vemos a seguir: 1= R T (3.1) CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 5 3 Por exemplo, se o tempo de fluxo de um processo de montagem de um carro é de dez horas e a taxa de saída é de 60 unidades por hora, a Lei de Little nos mostra que o estoque é de 60 x 10 = 600 unidades. Se conseguíssemos reduzir o estoque para 300 unidades man tendo a taxa de saída constante, reduziríamos nosso tempo de fluxo para cinco horas (300/60). Note que nessa relação, o estoque e a taxa de saída dizem respeito às mesmas unidades. A conclusão lógica é que estoque e tempo de fluxo são sinônimos em uma cadeia de su primento. Sabendo-se que um tempo de fluxo reduzido pode representar uma vantagem sig nificativa em uma cadeia de suprimento, os gerentes devem executar ações que reduzam a quantidade de estoque necessária, sem aumentar os custos ou comprometer a responsividade. Papel do estoque na estratégia competitiva O estoque tem uma participação crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da empresa. Se a estratégia competitiva da empresa exige um alto nível de responsividade, a empresa pode usar o estoque para alcançar essa responsivida de, disponibilizando grandes quantidades de estoques próximas ao cliente. Contrariamente, a empresatambém pode usar o estoque para se tornar mais eficiente, reduzindo-o com a utili zação de armazenagem centralizada. A segunda opção apoiaria uma estratégia competitiva que tem como meta ser um fabricante com custos baixos. A escolha implícita sobre o estoque está entre a responsividade, resultante da manutenção de maiores estoques, e a eficiência, re sultante de estoques menores. Exemplo 3.1: Nordstrom A estratégia competitiva da Nordstrom tem como alvo clientes de classe alta com exigência de alta responsividade. Esses clientes estão dispostos a pagar mais para adquirirem os produtos que anseiam na hora que lhes for conveniente. Para sustentar essa estratégia competitiva, a Nordstrom utiliza o estoque; a empresa armazena uma grande variedade e quantidade de produtos para garantir uma grande disponibilidade. De fato, a Nordstrom armazena uma quantidade de estoques nitidamente maior que a quantidade armazenada por outras lojas de departamento. A Nordstrom fica assim sujeita a custos altos devido à sua opção de armazenagem, mas obtém uma margem extra de seus clientes, dispostos a pagar pelo nível de serviço que os estoques da Nordstrom conseguem proporcionar. Componentes das decisões sobre estoque Vamos identificar agora as principais decisões relacionadas a estoques que devem ser to madas pelos gerentes para a criação de cadeias de suprimento mais responsivas e eficientes. Estoque cíclico O estoque cíclico é a quantidade média de estoque utilizada para satisfazer a demanda entre o recebimento das entregas vindas dos fornecedores. O tamanho do estoque cíclico é o resultado da produção ou da compra de material em grandes lotes. As empresas produzem ou compram em grandes lotes com a finalidade de explorar as economias de escala nos pro cessos de produção, transporte e compra. Entretanto, com o aumento do tamanho do lote, os custos de transporte também aumentam. Como exemplo de uma decisão para um estoque cí clico, vamos considerar um varejista de livros com vendas pela Internet. As vendas desse va rejista atingem uma média de dez caminhões de livros por mês. As decisões que esse varejista deve tomar em relação ao estoque cíclico envolvem a quantidade que deve ser pedida para reabastecimento e a freqüência com que esses pedidos devem ser feitos. O varejista poderia Gerenciamento da de Suprimentos Suoi! Chopra e Pef «II Lu rsS tos R es er va do s - Co py rig ht Ps ar so n Ed wc aii üo n - 37 88 58 79 I8 24 6C à P0 3 üí rs üt os R es er va ao s Co py rig ht Ps ar so r, iti uc sti O fi - 37 88 58 79 '8 24 SC A PG 3 Dü re lte s Rs síê rv aa os - Cc p'j ES TA CI O - ID Pà S7 A: 11 32 55 - 3à T AP P. OV .: 10 /5 /2 01 0 I7 ;i l: 39 - BA TA GS RA =: 13 /3 /2 01 2 05 :4 S? 02 iS T C E0 : - ID ?A ST A : 11 S2 55 - DA TA Â? R. GV =: 1 0/ 6/ 20 1D 17 = 1 1; 33 - DA ; 1» A 8 I A D O PROFFSSOR 54 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento pedir dez caminhões uma vez por mês, ou um caminhão a cada três dias. A escolha básica que os gerentes das cadeias de suprimento devem fazer é entre o custo pela manutenção de lotes maiores de estoque (quando o estoque cíclico é alto) e o custo da constante emissão de pedidos (quando o estoque cíclico é baixo). Estoque de segurança O estoque de segurança é o estoque mantido como precaução no caso de a demanda ex ceder as expectativas e serve para combater a incerteza. Se o mundo fosse perfeitamente pre visível, apenas os estoques cíclicos bastariam. No entanto, a demanda é incerta e pode exceder as expectativas e, por isso, as empresas mantêm o estoque de segurança visando a atender a uma demanda inesperada. Determinar a quantidade de estoque de segurança a ser mantido é uma decisão crucial para os gerentes. Por exemplo, um varejista de brinquedos como a Toys ‘R ’ Us deve calcular seu estoque de segurança para a época de compras de fim de ano. Se o estoque de segurança mantido for muito grande, os brinquedos não são vendidos e podem sofrer descontos após aquele período. Porém, se a empresa pedir um estoque de se gurança muito baixo, a Toys ‘R ’ Us perderá vendas e, conseqüentemente, a margem de lucro que essas vendas poderiam gerar. Portanto, a escolha do estoque de segurança envolve a op ção entre os custos pela manutenção de um estoque muito grande e os custos ocasionados pe las perdas das vendas causadas pela manutenção de um estoque de segurança insuficiente. Estoque sazonal O estoque sazonal é o estoque criado para combater a variabilidade previsível da deman da. As empresas que adotam o estoque sazonal o fazem em períodos de baixa demanda ar- mazenando-os para os períodos de alta demanda, quando não terão a capacidade de produzir tudo que é pedido. Os gerentes enfrentam grandes decisões para determinar se criarão um estoque sazonal e, se a decisão for positiva, qual deverá ser sua dimensão. Caso a empresa consiga mudar rapidamente a taxa de seu sistema de produção a um custo muito baixo, ela pode não precisar de um estoque sazonal uma vez que seu sistema de produção pode se ajus tar a um período de alta demanda sem arcar com custos altos. Contudo, se a mudança na taxa de produção for onerosa (por exemplo, quando é necessário contratar ou despedir funcioná rios), a empresa deve agir com sensatez, mantendo uma taxa de produção mais tímida e cons truindo seu estoque durante os períodos de baixa demanda. Portanto, a escolha básica que os gerentes devem tentar fazer na determinação sobre a quantidade de estoque sazonal a ser mantido é entre o custo de armazenamento de estoque sazonal adicional e o custo de ter uma taxa de produção mais flexível. A grande escolha: responsividade versus eficiência A escolha fundamental realizada pelos gerentes ao tomarem decisões relacionadas a es toque é entre responsividade e eficiência. O aumento dos estoques, no geral, tornará a cadeia de suprimento mais responsiva ao cliente. Essa escolha, porém, tem um preço, uma vez que o estoque adicional reduz a eficiência. Conseqüentemente, um gerente de cadeia de supri mento pode utilizar o estoque como um dos fatores-chave para atingir o nível de responsivi dade e de eficiência que a estratégia competitiva estabelecer como alvo. Genendamânto da Cadeia de Suprimentos Sunilíl Chopra e IPeíssr Mcindl D ire ito s R es er vt do s - C ap yr fg ftí Pe sr so n B an ca i'© n - 97 88 58 73 I8 24 SC A P0 3 D ire ito s R es er va do s - C o5 yr ’gh t Ps sr so n Sd uc at ío n - 97 88 5S 79 18 24 SC A P0 3 Bi rs ito s R es er va do s - C op y ES m CI O - ID PA ST A; 11 92 S3 - 3A TA A S- IC V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA G 5S  .: 13 /2 /2 01 2 ÜS l4 S = 0 2, 5S "A CI C - ED PA ST Ã: 11 92 55 - DA TA AP RQ V. : 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T P A S T A D O PIROFiSSOR axsíísiassssmísmuiiíatíc 3.4 T R A N S P O R T E __________________________________________________________ Nesta seção, discutimos o papel exercido pelo transporte na cadeia de suprimento, bem como as decisões cruciais que os gerentes devem tomar em relação a esse fator-chave. Papel do transporte na cadeia de suprimentoO transporte mobiliza o produto entre diferentes estágios na cadeia de suprimento. Assim como outros fatores-chave da cadeia de suprimento, o transporte exerce grande influência tanto na responsividade, quanto na eficiência. Um transporte mais rápido, utilizando diferen tes meios ou diferentes quantidades a serem transportadas, contribui para que a cadeia de su primento seja mais responsiva, mas acaba reduzindo sua eficiência. O tipo de transporte adotado por uma empresa também afeta os estoques e a localização das instalações na cadeia de suprimento. A Dell, por exemplo, envia seus componentes por via aérea partindo da Ásia porque, dessa maneira, pode baixar o nível de seus estoques. Nitidamente, tal atitude aumen ta a responsividade, mas reduz a eficiência do transporte porque o meio escolhido é mais one roso que o transporte de peças por navio. Papel do transporte na estratégia competitiva O papel do transporte na estratégia competitiva da empresa é representado proeminen temente quando a empresa está avaliando as necessidades-alvo de seus clientes. Se a estraté gia competitiva tem como alvo o cliente que demanda um nível muito alto de responsividade e esse cliente está disposto a pagar por essa responsividade, a empresa pode então utilizar o transporte como um fator-chave para tornar a cadeia de suprimento mais responsiva. O opos to também procede. Se a estratégia competitiva da empresa tem como alvo clientes que apre sentam o preço como principal critério de decisão de compra, a empresa pode então utilizar o transporte para baixar o custo do produto, sacrificando a responsividade. Como a empresa pode utilizar tanto o estoque como o transporte para aumentar a responsividade ou a eficiên cia, a solução mais favorável para a empresa é, muitas vezes, encontrar o equilíbrio exato en tre ambos. Exemplo 3.2: Laura Ashley A Laura Ashley vende roupas e artigos para casa através de um catá logo de vendas enviado pelo correio e utiliza o transporte como integrante de sua estratégia competiti va. Os clientes da Laura Ashley não se importam em pagar preços mais altos por um alto nível de responsividade. Para atender a esse nível de responsividade, a Laura Ashley instalou seu depósito prin cipal próximo à central da FedEx, em Mênfis, para aproveitar ainda mais o transporte responsivo por ela oferecido. Quando um pedido é emitido, os produtos podem, rápida e facilmente, ser transportados do depósito da Laura Ashley para a central da FedEx, onde são enviados ao cliente de um dia para o outro. Essa política de transporte permite que os clientes da Laura Ashley possam pedir os produtos mais tarde do que poderiam em outras empresas e, ainda assim, recebê-los no dia seguinte. Componentes das decisões sobre transporte Identificamos agora os componentes do transporte que devem ser analisados pelas em presas nos momentos de projeto e operação da cadeia de suprimento. Meio de transporte O meio de transporte é a maneira pela qual um produto é deslocado de um ponto a outro na rede da cadeia de suprimento. As empresas possuem seis opções básicas de meios de trans porte: • Via aérea: o meio mais caro, mas também o mais rápido. • Caminhão: meio relativamente rápido e barato, com altos níveis de flexibilidade. • Trem: meio barato utilizado para grandes quantidades. CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 5 5 Gerenciamento da Cadeia de Supri Sunil Chopra e Peter Meindl Di re ito s R es er va do s - Co py rig ht Ps sr so r: Ss ^c at to r. - S7 8S ã8 ?9 í3 24 SC A P0 3 D ::s “í© s R es er va do s - Co py rig ht P un o* E & cs tte r. - 37 88 58 79 18 24 5G ÂP S3 ffi rs ite s R es er va do s - C cp ' ES TA CI O -12 PA ST A: 11 32 55 - 3iA 7A A P3 3V .: ÍS /6 /2 31 8 17 :1 1: 33 - DA TA GE RA =: 13 /3 /2 01 2 C S: 4§ :§ 2 55 TA CK Í - ID Pà ST Â: 11 92 55 - DA TA A ?R 0:¥ =: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 3? - DA ' PKOFFSSOR 56 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento • Navio: o meio mais lento mas, muitas vezes, a única opção econômica para grandes transportes para o exterior. • Dutos: usados principalmente para transportar óleo e gás. • Transporte eletrônico: o mais novo meio que ‘transporta’ produtos como música, ele tronicamente pela Internet, após terem sido enviados por meios físicos. Cada meio de transporte possui características diferentes no que se refere a velocidade, dimensão das entregas (pacotes individuais a paletes, de caminhões carregados a navios), cus to da entrega e flexibilidade. Essas particularidades definem cada meio e ajudam a empresa a definir a melhor opção. Seleção de rota e rede Outra grande decisão que deve ser tomada pelos gerentes diz respeito à rota e à rede nas quais os produtos são despachados. A rota é o caminho pelo qual um produto é transportado e a rede é o grupo de locais e rotas pelos quais um produto pode ser transportado. Por exem plo, a empresa precisa decidir se vai despachar seus produtos diretamente aos clientes ou se vai utilizar uma série de distribuidores. As empresas tomam algumas decisões sobre rotas du rante o estágio de projeto da cadeia de suprimento e tomam outras decisões diariamente ou em períodos mais curtos de tempo. In house ou terceirização Tradicionalmente, a maior parte do transporte é realizada internamente (in house). En tretanto, atualmente, isso tem mudado e a maior parte do transporte (e até mesmo sistemas logísticos inteiros) está sendo terceirizada. A escolha entre manter o transporte realizado in ternamente ou por uma empresa terceirizada leva a outra dimensão de complexidade quando as empresas estão projetando seus sistemas de transporte. A grande escolha: responsividade versus eficiência A escolha fundamental para o transporte se dá entre o custo de transporte de um determi nado produto (eficiência) e a velocidade com que o produto é transportado (responsividade). 3.5 IN S T A L A Ç Õ E S Nesta seção, discutimos o papel que as instalações exercem na cadeia de suprimento, bem como as principais decisões que devem ser tomadas a seu respeito pelo gerente da cadeia de suprimento. Papel das instalações na cadeia de suprimento Se relacionarmos o estoque com o que está sendo passado pela cadeia de suprimento e o transporte com o modo como está sendo passado, então as instalações são o onde da cadeia de suprimento. São os locais para ou de onde o estoque é transportado. Dentro de uma ins talação, o estoque pode ser transformado em outro estado (fabricação) ou armazenado antes de ser despachado para o próximo estágio (armazenagem). Papel das instalações na estratégia competitiva As instalações e sua respectiva capacidade para desempenhar suas funções são um fator- chave de desempenho da cadeia de suprimento em termos de responsividade e eficiência. Por exemplo, as empresas podem obter economias de escala quando um produto é fabricado e ar mazenado em apenas um local; essa centralização aumenta a eficiência. Porém, a redução de custos sacrifica a responsividade, pois muitos dos clientes da empresa podem estar distantes da instalação fabril. O oposto também procede. A localização das instalações em locais pró- Gerendamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Peter Meindl I ■ . < P A $ T A D O ° PROFFSSOR thtn m «■* S C I« <ud K OM v‘-J m "õ o CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 57 b ximos aos clientes aumenta o número de instalações necessárias e,conseqüentemente, reduz a eficiência. No entanto, se o cliente exige responsividade e está disposto a pagar por esse re curso proporcionado por numerosas instalações, então essa decisão sobre as instalações cor- p ^ responde aos objetivos da estratégia competitiva da empresa. ^ Exemplo 3.3: Toyota e Honda A Toyota e a Honda tomam decisões sobre suas instalações com o ® [ j objetivo de oferecer mais responsividade a seus clientes. Essas empresas possuem o objetivo final de w O abrir unidades fabris em todos os principais mercados em que foram introduzidas. Apesar de existirem eo outros benefícios na abertura de instalações locais, como por exemplo, proteção contra flutuação carn es uj bial e contra as barreiras alfandegárias, o aumento da responsividade exerce uma grande influência nas r>. m decisões a serem aplicadas nos mercados em que a Toyota e a Honda atuam, i • 1 § < Componentes das decisões sobre instalações As decisões sobre as instalações são uma etapa crucial do projeto da cadeia de suprimen- to. Identificamos agora os componentes das decisões sobre as instalações que devem ser ana- J e V lisados pelas empresas. Cl I I 0 P*:, 6.. , £ 8 Localização A decisão sobre o local mais apropriado para as instalações da empresa constitui uma grande parte do projeto da cadeia de suprimento. A escolha básica, nesse caso, está entre cen-(N1 ò tralizar para ganhar economias de escala ou descentralizar para se tornar mais responsiva, mantendo-se mais próxima do cliente. As empresas também devem levar em conta outros p ® itens relacionados às diversas características da área específica em que a instalação pode estar § m situada. Isso inclui fatores macroeconômicos e estratégicos, qualidade e custo dos funcioná- la o rios, custo da instalação, disponibilidade de infra-estrutura, proximidade com o cliente e com a» o restante da rede e impostos. I ^ m Capacidade (flexibilidade versus eficiência) As empresas devem decidir também qual será a capacidade da instalação para desempenhar ™ sua função ou funções. Um grande excesso na capacidade permite que a instalação seja bastante flexível e responda a amplas oscilações de demandas. O excesso de capacidade, no entanto, custa dinheiro e, portanto, pode reduzir a eficiência. Uma instalação com pouco excesso de capacidade será provavelmente mais eficiente em cada unidade do produto fabricada do que uma instalação com muita capacidade ociosa. A instalação com alta utilização, porém, tem dificuldade para res ponder às oscilações de demanda. Portanto, a empresa deve fazer sua escolha para determinar a capacidade mais adequada a ser mantida em cada uma de suas instalações. g 1 •n v i pc» o Metodologia de fabricação K o As empresas devem tomar a importante decisão sobre a metodologia de fabricação a ser adotada pela instalação. Devem decidir se vão projetar uma instalação com foco no produto Jíj- ou na função. Uma fábrica focada no produto desempenha diversas funções diferentes (tais :y 7! como fabricação e montagem) na produção de um único tipo de produto. Uma fábrica focada p > na função desempenha poucas funções (tais como apenas fabricação ou apenas montagem) iS § para diferentes tipos de produtos. Um foco no produto normalmente resulta em uma maior especialização em um tipo particular de produto, sacrificando a especialização funcional ori ginada na metodologia de fabricação funcional. As empresas devem decidir que tipo de es pecialização poderá colaborar melhor para que possam atender aos anseios de seus clientes, .t; 1 Devem também tomar uma decisão sobre o nível relativo de capacidade flexível contra a ca- * |» pacidade dedicada em seus portfólios. A capacidade flexível pode ser usada para muitos tipos ' de produtos, mas é muitas vezes menos eficiente, enquanto a capacidade dedicada pode ser ' 1 usada apenas para um número limitado de produtos, mas é mais eficiente. A escolha, como ■«: nos casos vistos anteriormente, se dá entre eficiência e responsividade. P Gerefidamento da Cadeia de Suprimentos ® Sunil Cli&fira e Peter Meindl M na ito s R as ar vs do s - Co py rig h; Pe sr so r: 'B i^ cm on ■■ 37 88 58 7S 1S 24 SC A ÍP C/ 3 U ira ito s R es er va do s - C s; sy r‘g ht Pe ar so m E- aíj cE tio rs - S7 88 58 7S 18 24 SC A P0 3 D ire ito s R es er va do s - Co py i ES TA CI O - ID PA ST A; 11 32 55 ■■ D ^A A PR O V .; I0 /S /2 01 0 17 :1 1: 33 - DA TA G E R A : 13 /3 /2 01 2 05 =4 6= 02 SS Tà CI O - ID M ST A ; 11 52 55 - D T AP Rü ¥= i 10 /6 /2 01 0 17 :1 1^ 33 - DA T. p- A S T A D O PROFESSOR 58 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento Metodologia de armazenagem Assim como na fabricação, existe uma variedade de metodologias entre as quais a em presa pode optar ao projetar suas instalações para depósito, incluindo as seguintes: • Unidade de manutenção de estoque: um depósito tradicional que armazena conjunta mente tudo de um tipo de produto. É um método de armazenagem de produtos ra zoavelmente eficaz. • Armazenagem de lote de produção: metodologia na qual todos os diferentes tipos de produtos necessários para o desempenho de um trabalho específico ou para satisfazer um tipo particular de cliente são armazenados juntos. Isso normalmente exige mais es paço para armazenagem, mas pode criar um ambiente mais eficaz de separação e em balagem dos produtos. • Crossdocking. metodologia (lançada pela Wal-Mart) na qual os produtos não são na verdade armazenados em uma instalação. Em vez disso, caminhões de fornecedores, cada um transportando um tipo diferente de produto, entregam os produtos para uma instalação. Lá, o estoque é desmembrado em lotes menores e rapidamente carregado em caminhões de estocagem que transportam uma variedade de produtos, um pouco de cada um dos caminhões de fornecedores. A grande escolha: responsividade versus eficiência A escolha fundamental que deve ser feita pelos gerentes ao tomarem decisões sobre as instalações se dá entre o custo da quantidade, da localização e do tipo de instalações (eficiên cia) e o nível de responsividade que essas instalações oferecem aos clientes da empresa. 3.6 IN F O R M A Ç A O Nesta seção, discutimos o papel que a informação representa na cadeia de suprimento, bem como as decisões que os gerentes das cadeias de suprimento devem tomar a seu respeito. Papel da informação na cadeia de suprimento A informação pode ser ignorada como um dos principais condutores da cadeia de supri mento por não ser palpável. Entretanto, a informação afeta profundamente todas as etapas da cadeia de suprimento de diversas maneiras. Considere o seguinte: 1. A informação serve como uma conexão entre os diversos estágios da cadeia de suprimen to, permitindo que possam coordenar suas ações e colocar em prática muitos dos benefí cios de maximização da lucratividade total da cadeia. 2. A informação também é crucial para as operações diárias de cada estágio na cadeia de suprimento. Por exemplo, um sistema de programação para produção utiliza informações sobre a demanda para criar uma programação que permita que a fábrica produza os itens certos de maneira eficaz. Um sistema de gerenciamento de depósito utiliza a informação para dar visibilidade ao estoque do depósito. A empresa pode assim utilizar essa infor mação para determinar se os novos pedidos poderão ser atendidos. Papel da informação na estratégia competitiva A informação é um fator-chave cuja importânciacresceu conforme as empresas passaram a utilizá-la para se tornarem mais eficientes e mais responsivas. O crescimento vertiginoso da importância da tecnologia da informação é a prova do impacto por ela exercido nas melhorias das empresas. Porém, assim como os outros fatores-chave, a informação exige que as em pre sas, em um determinado momento, optem entre eficiência e responsividade. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Suniil Chopra e IPeter Mteindt W rs ?t t? s K ss sn /s w s - ce py H sn r FB sr to n ss ks :3 sr r - s >7 8» 5s r7 Si S2 «s C A P0 3 3; :e ííõ s R ss er vl to s - Ce ^y rlg fit Pi er so íT IE Sy ca iS oi rs - S7 8B 38 7S 1S 24 SC A P0 3 Dl ra tte s R es er va do s - C op yí ES TA CI O - JU PA ST A: 11 92 55 - D AT A PR O V, - 10 /6 /2 02 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE SA =: 13 /3 /2 01 2 09 :4 6: 02 ES TA CI O - ID PA ST A: 11 S2 55 - DA TA AP RO ¥= : Í0 /S /2 0Í 0 17 :1 1: 39 - DA T P A S T A D O m a r [ : r?M x Outra decisão fundamental é escolher qual informação é mais valiosa para a redução de custos e para a melhoria da responsividade dentro da cadeia de suprimento. Essa decisão va ria de acordo com a estrutura da cadeia de suprimento e com os segmentos de mercado aten didos. Algumas empresas, por exemplo, têm como alvo clientes que exigem produtos customizados que embutem um preço premium. Essas empresas devem perceber que os in vestimentos em informação permitem um atendimento mais ágil aos seus clientes. Os exem plos seguintes ilustram esse tipo de investimento. Exemplo 3.4: Andersen W indows A Andersen Windows, principal fabricante de janelas de madei ra residenciais localizada em Bayport, Minnesota, investiu em um sistema de informação que lhe per mite levar produtos customizados ao mercado rapidamente. Esse sistema chamado Window of Knowledge (janela do conhecimento), permite que os distribuidores e clientes projetem janelas que real mente atendam à suas necessidades particulares. Os usuários podem fazer suas opções a partir de uma biblioteca com mais de 50 mil componentes que podem ser combinados de todas as maneiras possíveis. O sistema fornece o orçamento ao cliente imediatamente e envia o pedido à fábrica automaticamente, caso o cliente decida realizar a compra. Esse investimento em informação não só oferece ao cliente uma variedade de produtos maior, mas também permite que a Andersen seja mais responsiva ao cliente, pois en via seu pedido à fábrica assim que é o mesmo emitido. Exemplo 3.5: Dell A Dell opera de maneira diferente da maioria dos fabricantes de computadores pessoais (PCs), pois investiu na construção de seu próprio canal — um canal direto com o cliente. A maioria dos fabricantes de PCs vende seu produto a um distribuidor, que então o venderá para um re vendedor ou empresa. A Dell recebe os pedidos diretamente do cliente pelo telefone ou pela Internet. Esse canal direto exigiu um investimento para ser construído, dadas as funções adicionais desempenha das pela empresa. Uma grande parte desse custo pode ser atribuída à informação. Entretanto, com o modelo de canal direto, a Dell é capaz de visualizar a verdadeira demanda do cliente muito antes que a maioria dos fabricantes de PCs e, portanto, consegue responder às mudanças nas necessidades dos clientes com mais rapidez. A Dell pode então modificar sua oferta de produtos para atender a esses an seios. Ela não é uma fornecedora barata. Porém, a empresa é a fornecedora mais responsiva e uma grande parte dessa capacidade se deve ao fluxo de informação entre a Dell e seus clientes e a Dell e seus fornecedores, que é possível graças ao investimento em informação. CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 5 9 Componentes das decisões sobre informação Vamos considerar agora os componentes principais de informação dentro da cadeia de suprimento que devem ser analisados pela empresa para aumentar a eficiência e aprimorar a responsividade dentro da cadeia. Push versus pull Ao projetarem os processos na cadeia de suprimento, os gerentes devem determinar se eles farão parte da fase push ou da fase pull na cadeia. Discutimos essa diferença no Capítulo l , mas retomamos aqui porque cada um dos sistemas exige diferentes tipos de informação. Os sistemas push normalmente exigem uma informação em forma de sistemas elaborados de pla nejamento de necessidades de materiais (material requirements planning, MRP) para acompa nhar ao máximo a programação da produção e reduzir seu custo, criando programações para fornecedores com tipos de peças, quantidades e prazos de entrega. Os sistemas pull exigem uma informação sobre a demanda real a ser transmitida com extrema agilidade por toda a ca deia de suprimento para que a produção e a distribuição de peças e produtos possam refletir a demanda real com precisão. Coordenação e compartilhamento de informações A coordenação da cadeia de suprimento ocorre quando todos os seus diferentes estágios trabalham com o objetivo de maximizar a lucratividade total em vez de cada estágio se dedi car à sua própria lucratividade. A falta de coordenação pode resultar em uma perda signifi cativa de lucro na cadeia de suprimento. Os gerentes devem decidir como criar essa Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Suoil CSiopra e Peter Melintli Di re St es R es er va do s - Co py rig ht Pe ar so r^ E tí- es sf c - 3/ SS 5S 7S 1S 24 SC A P0 3 Oi ?sE t© s R es er va do s - C oe yn gh t ®s an $o r. Ec ue Et & n - 3; '8 8s 87 3L 82 4S C  P0 3 di re ito s R es er va do s •-S TA CI O - O PA ST A: 11 92 55 - DA TA A ?3 0V .: 1Ú /6 /2 Ü1 Ü 17 ;l í; 39 - DA TA GE RA ,; 13 /3 /2 01 2 O S. *4 6;3 2 iS "S C :5 - ID : - AS -“ A; 11 92 55 - DA TA A PR ü¥ =: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1= 33 P A S T A D O PROFESSOR. 60 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento coordenação na cadeia de suprimento e que informações devem ser compartilhadas para que se atinja esse objetivo. A coordenação entre os diferentes estágios na cadeia de suprimento exige que eles compartilhem informações relevantes entre si. Por exemplo, se um fornecedor quer produzir as peças certas de maneira oportuna para um fabricante em um sistema pull, o fabricante deve compartilhar informações sobre demanda e produção com esse fornecedor. O compartilhamento de informações é, assim, crucial para o sucesso de uma cadeia de supri mento. Previsão e planejamento agregado A previsão é a arte e ciência de criar projeções sobre futuras necessidades e condições. A obtenção de informações para previsão, muitas vezes, pressupõe a utilização de técnicas so fisticadas para estimar a demanda futura ou as condições de mercado. Os gerentes devem de cidir como vão fazer suas previsões e até que ponto elas servirão como base para suas decisões. As empresas utilizam as previsões tanto no nível tático, para programar a produção, quanto no nível estratégico, para determinar se vão construir novas fábricas ou mesmo explo rar um novo mercado. Uma vez que a empresa cria uma previsão, ela precisa de um plano de ação sobre o que foi previsto. O planejamento agregado transforma as previsõesem planos de ação para satis fazer à demanda projetada. Uma decisão-chave que deve ser tomada pelos gerentes é a de como utilizar o planejamento agregado, tanto no estágio de gerência da cadeia de suprimento, como por toda a cadeia. O planejamento agregado torna-se uma informação crucial a ser compartilhada dentro da cadeia de suprimento e, em uma empresa, ele afeta significativamen te a demanda para seus fornecedores e o suprimento para seus clientes. Tecnologias disponíveis Existem muitas tecnologias que compartilham e analisam as informações na cadeia de su primento. Os gerentes devem decidir quais as tecnologias que eles vão adotar e como preten dem integrá-las em suas empresas e com seus parceiros. As conseqüências dessas decisões estão se tornando cada vez mais importantes conforme as capacidades dessas tecnologias se ampliam. Algumas dessas tecnologias incluem: 1. Intercâmbio eletrônico de dados (electronic data interchange, EDI) permite que as empre sas emitam pedidos de compras aos fornecedores instantaneamente e sem papelada. O ED I não é apenas eficiente, mas também reduz o tempo necessário para levar os produtos aos clientes, pois as transações ocorrem com mais rapidez e precisão do que quando feitas em pa pel. 2. A Internet possui vantagens fundamentais sobre o EDI no que se refere a compartilha mento de informações. A Internet pode ser acessada por todos e transmite muito mais infor mações e, portanto, oferece mais visibilidade que o EDI. Essa maior visibilidade capacita os estágios da cadeia de suprimento a tomarem melhores decisões. A comunicação via Internet entre os estágios da cadeia de suprimento é também mais fácil porque a infra-estrutura pa drão (a World Wide Web) já existe. Graças à Internet, o e-commerce tornou-se uma das prin cipais forças na cadeia de suprimento. 3. Os sistemas de planejamento dos recursos da empresa (enterprise resource planning, ERP) fornecem rastreamento e visibilidade global da informação de qualquer parte da em presa e de sua cadeia de suprimento, o que possibilita decisões inteligentes. Essa informação em tempo real ajuda a cadeia de suprimento a melhorar a qualidade de suas decisões opera cionais. Os sistemas ERP mantêm-se a par da informação, enquanto a Internet fornece um método com o qual é possível visualizar essa informação. SAP, Peoplesoft, Oracle, JD Ed- wards e Baan são alguns dos principais softwares de ERP que passaram por um crescimento extraordinário devido à sua eficácia. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Siiinii Chopra e IPeteir Mleíndl Io ! ;< P A S T A D O° IPROlFieSSOR !« fâ L Ò I O & l/í féJ i s i i I us 0 CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 6 1 1 <© o|ír, f> 4. O software de gerenciamento da cadeia de suprimento (supply chain management, SCM) ", A acrescenta um nível mais alto aos sistemas ERP. Esse software oferece suporte para decisões analíticas além de visibilidade de informações. Os sistemas ERP mostram à empresa o que está acontecendo, ao passo que os sistemas SCM ajudam a empresa a decidir o que deve ser feito. A líder nessa área é a i2 Technologies. p A grande escolha: responsividade versus eficiência Igualmente a toda a cadeia de suprimento, a escolha fundamental sobre o fator-chave in formação se dá entre responsividade e eficiência. Muitos sistemas de informação podem au- g! mentar tanto uma quanto a outra. Entretanto, os gerentes logo precisarão fazer a escolha entre o custo da informação (redução na eficiência) e a responsividade criados pela informa- ir ção dentro da cadeia de suprimento. fs! i s ..— ...— ---------------— -----------3.7 O B S T Á C U L O S PARA A L C A N Ç A R O A L IN H A M E N T O ES TR A TE G IC O A capacidade da empresa em encontrar o equilíbrio entre responsividade e eficiência ao longo do espectro de responsividade, que possa atender à sua demanda da melhor maneira | | | | possível, é a chave para atingir o alinhamento estratégico. As empresas enfrentam muitos obs- gj táculos no momento de decisão sobre o local onde esse equilíbrio deve se posicionar no es- fe' üj pectro de responsividade. l-- Nesta seção, mencionamos alguns dos obstáculos e oferecemos uma amostra do quanto ® o ambiente da cadeia de suprimento foi modificado com o passar dos anos. D e um lado, os jb TI obstáculos criaram muito mais dificuldades para as empresas atingirem o equilíbrio ideal e, m por outro lado, proporcionaram às empresas contínuas oportunidades de melhoria no geren- S2, ciamento da cadeia de suprimento. Os gerentes precisam adquirir um sólido conhecimento so- í ' 3 bre a influência desses obstáculos porque são fundamentais para a empresa obter o máximo | | 'Ji de lucratividade de sua cadeia de suprimento. m © K} << Aumento na variedade de produtos [2 g Atualmente, a proliferação de produtos é desenfreada. Com clientes exigindo cada vez 5 ( mais produtos customizados, a resposta dos fabricantes foi com visões de mercado de custo- i os mização em massa e até mesmo com atendimento a um segmento único (no qual as empresas » ■■■ enxergam cada cliente como um segmento de mercado independente). Os produtos que eram S vl bastante genéricos agora são feitos sob encomenda para um cliente específico. Por exemplo, » ti os PCs costumavam vir de fábrica com um conjunto padrão de configurações. Agora, o cliente ^ pode pedir um PC customizado, montado a partir de uma variedade de milhões de configu- jí p rações. Os segmentos de mercado foram se tornando progressivamente fragmentados com a í í demanda por produtos sendo customizada de acordo com os anseios do cliente. O aumento j na variedade de produtos complica a cadeia de suprimento, pois faz com que as previsões so bre demanda e o atendimento a essa demanda se tornem mais difíceis. O surgimento do e- commerce, que simplifica a oferta de mais variedade ao cliente, fortalece a tendência de customização. Por exemplo, a reflect.com vende produtos de beleza personalizados, customi zados ao gosto particular do cliente. A crescente variedade costuma aumentar a incerteza, que por sua vez, em muitos casos, resulta em aumento nos custos e redução da responsividade dentro da cadeia de suprimento. i iíí w> Redução dos ciclos de vida do produto v 1 Além do constante aumento na variedade de tipos de produtos, o ciclo de vida dos pro- [5 dutos vem encolhendo. Atualmente, existem produtos cujos ciclos de vida são medidos em meses, comparados com o antigo padrão de medida anual. E isso não vale apenas para pro- fà-, O | GieirenctementQ da Cadela de Suprimentos Sunil Cii&pra e peter Meindl Di re ito s R es er va do s - Cc py iig fr : Pa ar so ~ Ed uc sít en - S7 SS 5S /9 1S 24 SC A P0 3 D ire ito s R es er va do s ■■ C op yr jh í Pe ar so n Et iy ca tto rs - 97 88 S8 79 18 24 SC A P0 3 Di re ito s R es er va do s - C op yi cS TA CI O - ID PA ST A; iiS 25 5 - DA TA A PR C V .: 10 /S /2 0I 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: Í3 /3 /2 0I 2 G S: 4Ç ;G 2 ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA AP RG V. : 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 3S - D A T P A S T  D 0 PROFFSSOR 62 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento dutos de nicho. Os PCs, hoje em dia, possuem um ciclo de vida de alguns meses e, até mesmo alguns fabricantes de automóveis reduziram o ciclo de vida de seus produtos de mais de cinco anos para três. Essa redução nos ciclos de vida do produto dificulta a tarefa de alcançar o alinhamento estratégico pois, dessa maneira, a cadeia de suprimento é obrigada a estar em cons tante adaptação com a produção e entrega de novos produtos, além de enfrentar a incerteza de demanda desses produtos. Os ciclos de vida mais curtos aumentam a incerteza e, simulta neamente, reduzem o leque de oportunidades dentro do qual a cadeia de suprimento pode alcançar o alinhamento. O aumento da incerteza somado a um leque menor de oportunidades criou uma pressão a mais sobre as cadeias de suprimento para coordenarem e gerarem um bom equilíbrio entre oferta e demanda. Clientes cada vez mais exigentes As empresas podem claramente perceber como as exigências dos clientes aumentaram considerando-se lead times, custos e desempenho dos produtos. Muitas empresas costumavam aumentar os preços periodicamente — não devido a um aumento das exigências ou devido a outro fator, mas simplesmente porque aumentar os preços era o modo de se fazer negócios. Hoje em dia, escutam-se exaustivamente casos de empresas que não conseguem forçar um au mento de preço sequer sem, com isso, perder participação no mercado. Os clientes de hoje estão exigindo um atendimento mais rápido, melhor qualidade e produtos com melhor desem penho, pelo mesmo preço que pagavam anos atrás. Esse crescimento extraordinário nas exi gências (não necessariamente na demanda) dos clientes significa que a cadeia de suprimento deve oferecer mais para simplesmente manter seu negócio. Fragmentação da propriedade na cadeia de suprimento Durante as últimas décadas, a maioria das empresas se tornou menos integrada vertical mente. Como as empresas delegaram funções menos centrais, foram capazes de aproveitar as capacidades dos fornecedores e dos clientes que elas mesmas não possuíam. No entanto, essa nova estrutura de propriedade também dificultou o gerenciamento da cadeia de suprimento. A cadeia, agora desmembrada em diversos donos, cada um com suas próprias políticas e in teresses, é coordenada com mais dificuldade. Potencialmente, esse problema pode levar cada estágio da cadeia de suprimento a trabalhar apenas em prol de seus objetivos específicos em vez de atingir os objetivos de toda a cadeia, resultando na redução da lucratividade total da cadeia de suprimento. Globalização Nas últimas décadas, os governos do mundo todo amenizaram as restrições comerciais e o resultado disso foi um expressivo aumento do comércio internacional. Esse aumento, da glo balização teve dois grandes impactos sobre a cadeia de suprimento. O primeiro é que as ca deias de suprimento estão, mais do que nunca, mais propensas a se tornarem globais. Uma cadeia de suprimento global cria muitos benefícios, tais como a capacidade de receber pro dutos de fornecedores do mundo todo que podem oferecer produtos melhores e mais baratos que os disponíveis no país de origem da empresa. Porém, a globalização pode trazer proble mas à cadeia de suprimento uma vez que as instalações que a integram estão separadas, tor nando a coordenação muito mais difícil. O segundo impacto da globalização é um aumento da concorrência, pois as empresas na cionais anteriormente protegidas devem agora competir com as empresas estrangeiras. No passado, caso não existissem muitas empresas capazes de satisfazer às necessidades dos clien tes, empresas individuais reservariam mais tempo para atender a esses anseios. Entretanto, na maioria das indústrias, existem atualmente muitas empresas perseguindo agressivamente os negócios de seus concorrentes. Esse panorama competitivo faz com que o desempenho da ca- Gerendameof» cia Cadeia de Suprimentos Sumi! Chopra e Peter Meindl I l' I s k P A í ' O O PROFESSOR ■m5*3 ^ CAPÍTULO 3 Fatores-chave e Obstáculos da Cadeia de Suprimento 63 •*«*»o !*J uma vantagem competitiva sustentada por mais de vinte anos. Será que a Toyota possui uma bí 5? estratégia brilhante que ninguém mais consegue descobrir? Não é isso. Sua estratégia é bri lhante, mas foi captada por muitos. A dificuldade que as outras empresas tiveram foi em como executar aquela estratégia. São necessários funcionários com grande talento em todos os níveis da organização para que uma estratégia de cadeia de suprimento seja bem-sucedida. q Apesar de lidarmos neste livro principalmente com a formulação da estratégia, é importante lembrar que a execução competente da estratégia pode ser tão importante quanto a estratégia em si. frj Todos os obstáculos discutidos aqui estão dificultando a criação de um equilíbrio adequa- " 15 do entre responsividade e eficiência na cadeia de suprimento e, portanto, afastando as em- pu presas do alinhamento estratégico. Esses obstáculos representam também uma oportunidade extraordinária em termos de melhorias irrestritas dentro da cadeia de suprimento. O progres- Ç sivo impacto desses obstáculos levou o gerenciamento da cadeia de suprimento a se tornar o ■ principal fator no sucesso ou no fracasso da empresa. a. t: i Is (M O V"I 5 o *> iS 8 Oi g í ! «4 v--9 £ k C> deia de suprimento seja crucial para manter as vendas e fazê-las crescer, enquanto exige mais esforço das cadeias de suprimento, forçando-as a fazerem suas escolhas com mais precisão. Dificuldade para executar novas estratégias | ^ A criação de uma estratégia de cadeia de suprimento bem-sucedida não é fácil. No en tanto, uma vez formulada uma boa estratégia, sua execução pode ser ainda mais complicada. Por exemplo, o sistema de produção da Toyota, que é sua estratégia de cadeia de suprimento, Mj foi e é amplamente conhecida e compreendida. Essa estratégia forneceu ainda, para a Toyota, > § Ponto-chave Muitos obstáculos, tais como crescimento da variedade de produtos e gí redução dos ciclos de vida dos produtos, dificultaram progressivamente o alcance do § alinhamento estratégico pelas cadeias de suprimento. A superação desses obstáculos « oferece uma oportunidade extraordinária para as empresas utilizarem o gerenciamento da jj j í cadeia de suprimento para a obtenção de vantagem competitiva. S 3.8 R E S U M O D O S O B JETIV O S DE A P R E N D IZ A G E M 1. Identificação dos principais fatores-chave de desempenho da cadeia de suprimento. Os principais fatores-chave de desempenho da cadeia de suprimento são estoque, transporte, instalações e informações. 2. Discussão sobre o papel de cada fator-chave na criação do alinhamento estratégico entre o ^ as estratégias competitiva e de cadeia de suprimento. h Çf A empresa que alcançou o alinhamento estratégico encontrou o equilíbrio exato entre responsividade e eficiência. Cada fator-chave influencia esse equilíbrio. A manutenção de altos níveis de estoque aumenta a responsividade de uma cadeia de suprimento, ao passo que a manutenção de baixos níveis de estoques aumenta a eficiência da cadeia. A utili- p zação de meios de transporte mais rápidos aumenta a responsividade da cadeia, enquanto e 5|s a utilização de meios mais lentos geralmente aumenta a eficiência. A criação de mais ins- ! • < talações normalmente torna a cadeia mais responsiva, enquanto que menos instalações em f pontos mais centrais geram mais eficiência. O investimento em informação pode melhorar á V infinitamente o desempenho da cadeia de suprimento nas duas situações. Porém, em um 5J| determinado momento, os gerentes da cadeia de suprimento devem decidir até que ponto I" fjjj o aumento nos custos da informação está compensando a responsividade que proporciona | l à cadeia de suprimento. ' 4? 3. Descrição dos principais obstáculos que devem ser superados para gerenciar a cadeia de | suprimento com sucesso. í. riu I9 | pc Caerendasnente ida Cadela de Suprimentos f In 1 I j Ji ' j i j f lu! I i l i l i ! Di re ito s R es er va do s - C cp yr lsf ti Ps ar so r: H c^ ca io rt - 37 8858 7S 18 24 6C A PC -3 Dí re fto s R es er va do s - C ow rí gh t Ps ar so n M ^c sí io r; - 37 83 58 79 L3 24 SC A PÜ 3 Dü reü tos R es er va do s - Co py : ES TA CI O - ID PA ST A: 11 32 55 - DA TA ÃP P. 0V .: 1O /S /2 01 O 17 :1 1: 33 - DA TA G ER A .: L 3/ 3/ 2C 12 C S: 46 :0 2 ES TA CL O - ID -A ST A ; Ü 92 55 - BA TA AP RO V. : 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T P A S I A D O PROFESSOIR, 64 PARTE I Construindo uma Estrutura Estratégica para Análise de Cadeias de Suprimento O aumento na variedade de produtos, a redução dos ciclos de vida dos produtos, clientes mais exigentes e concorrência global dificultam a criação de estratégias para a ca deia de suprimento, pois esses fatores podem se tornar estorvos para o desempenho da cadeia. O aumento da globalização da cadeia de suprimento e a fragmentação da proprie dade na cadeia de suprimento também dificultaram a execução das estratégias da cadeia de suprimento. Questões para discussão 1. Como um varejista de uma mercearia pode utilizar o estoque para aumentar a responsi vidade da cadeia de suprimento da empresa? 2. Como um fabricante de automóveis pode utilizar o transporte para aumentar a eficiência de sua cadeia de suprimento? 3. Como um fabricante de bicicletas pode aumentar a responsividade por meio de suas ins talações? 4. Como um distribuidor de peças industriais pode utilizar a informação para aumentar sua responsividade? 5. Como a globalização fez o alinhamento estratégico se tornar ainda mais importante para o sucesso da empresa? 6. Cite algumas indústrias nas quais houve proliferação de produtos e seus ciclos de vida di minuíram. Como as cadeias de suprimento dessas indústrias se adaptaram? 7. Como o conjunto completo dos quatro fatores-chave pode ser usado para alcançar o ali nhamento estratégico por um fabricante de PCs com clientes-alvo com exigência de res ponsividade? Bibliografia MARIEN, Edward J. “The four supply chain enablers.” Supply Chain Management Review, março-abril de 2000, p.60-68. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Peísr Meindl :! í :o P A S T A I) 0 PIROFIFSSOIR CAPITULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 12.1 O papel da tecnologia da informação em uma cadeia de suprimento 12.2 A importância da informação em uma cadeia de suprimento 12.3 O uso da informação em uma cadeia de suprimento 12.4 Tecnologia da informação: sistemas logísticos de informações 12.5 Tecnologia da informação na cadeia de suprimento na prática 12.6 Resumo dos objetivos de aprendizagem Questões para discussão Bibliografia Objetivos de aprendizagem Após a leitura deste capítulo, você conseguirá: 1. Compreender a importância da informação e da tecnologia da informação em uma cadeia de suprimento. 2. Conhecer profundamente como cada etapa da cadeia de suprimento utiliza a informação. 3. Compreender as diferentes tecnologias da informação utilizadas em uma cadeia de supri mento e como foram modificadas ao longo do tempo. A informação é crucial para o desempenho de uma cadeia de suprimento porque é o alicerce sobre o qual os gerentes de cadeia de suprimento estruturam suas decisões. A tecnologia da informação consiste em ferramentas utilizadas para obter e ter acesso às informações e para analisá-las, de maneira a poder tomar as melhores decisões para a ca deia de suprimento. Neste capítulo, exploramos a importância da informação, suas aplicações e tecnologias que permitem aos gerentes da cadeia de suprimento chegarem às melhores de cisões. .'ífüí'; ■ 12.1 O PAPEL D A T E C N O L O G IA D A IN F O R M A Ç A O EM U M A C A D E IA DE S U P R IM E N T O _____________________________________________________ Todos as etapas da cadeia de suprimento mencionadas até agora lidam diretamente com o aspecto físico da cadeia. Os capítulos 7, 8 e 9 discutem como gerenciar os estoques de pro dutos, o Capítulo 10 trata do uso do transporte para transferir o produto por toda a rede da cadeia de suprimento e o Capítulo 11 diz respeito à localização de instalações e capacidade que os gerentes devem ter em mente ao projetarem uma rede de cadeia de suprimento. Este CSerencfamento da Cadeia de Suprimentos Suníl Cli&pra o Peter Mtemcíl D ir et os R as er va do s - Co py rig ht Pe an se n Sõ ue aü © ?? - 37 88 58 79 18 24 SC à P1 2 Di re ito s R es er va do s - Co '3 yr :g hí Ps ar so n Éd yc stí on ■■ S7 S8 58 79 18 24 6C A P1 2 W re lto s R es er va do s - C op yi ES TA CI O - 13 PA ST A: 11 92 53 - 3A TA AP & GV .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - D!ã TA . S ER A v: 13 /3 /2 01 2 0S :4 Ç :2 S ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - B A T A A PR Ü V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA T. }'« A S T A D O PROFFSSOR 342 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento capítulo, ao contrário, concentra-se tanto na informação sobre o produto quanto em toda a cadeia de suprimento envolvida na fabricação desse produto. A informação é o que direciona as decisões relativas à cadeia de suprimento e que serve como conectora, permitindo que as outras três trabalhem em conjunto para a criação de uma cadeia de suprimento integrada e coordenada. A informação é crucial para o desempenho da cadeia de suprimento porque disponibiliza os fatos de que os gerentes da cadeia'precisam para tomar suas decisões. Sem informação, o gerente não sabe o que os clientes querem, quanto estoque está armazenado e qual o mo mento de produzir ou embarcar mais produtos. Resumindo, sem informação, o gerente toma suas decisões no escuro. Portanto, a informação faz com que a cadeia de suprimento seja vi sível ao gerente. Com essa visibilidade, o gerente é capaz de tomar decisões para melhorar o desempenho da cadeia de suprimento. Sem informação, torna-se impossível para uma cadeia de suprimento fazer seus produtos chegarem aos clientes. Com informação, as empresas pos suem a visibilidade necessária para a tomada de decisões que melhorem o desempenho da empresa e da cadeia de suprimento como um todo. Nesse sentido, a informação é o aspecto mais importante da cadeia de suprimento sem a qual nenhum dos outros aspectos consegui riam prporcionar um alto nível de desempenho. Os gerentes devem compreender como a informação é agrupada e analisada, o que é fun damental para o sucesso da cadeia de suprimento. É então que a tecnologia da informação entra em cena. A tecnologia da informação (TI) consiste em hardware e software utilizados por toda a cadeia de suprimento para agrupar e analisar as informações. A TI é como os olhos e ouvidos da gerência de uma cadeia de suprimento, recebendo e enviando as informa ções necessárias para uma boa decisão. Por exemplo, um sistema de TI de um fabricante de computadores pessoais (PC) pode informar ao gerente quantos chips de Pentium III existem em estoque para uso em PCs recém-fabricados. A TI também é utilizada para analisar infor mações e recomendar uma ação. Nesse caso, o gerente da fábrica de PCs receberia o número de chips em estoque, checaria as previsões de demanda e determinaria se deve pedir mais chips para a Intel. O uso dos sistemas de TI parareceber e analisar informações pode exercer um impacto significativo no desempenho da empresa. Por exemplo, o principal fabricante de estações de trabalho e servidores descobriu que a maior parte das informações sobre demanda de clientes não estava sendo usada para determinar cronogramas de produção e níveis de estoque. A equipe de fabricação não possuía informações sobre a demanda e portanto, não tinha uma vi são da demanda, o que a forçava a tomar decisões sobre estoque e produção no escuro. Com a instalação de um sistema de TI na cadeia de suprimento, a empresa tornou-se capaz de con densar e analisar dados para aplicar os níveis de estoque recomendados. Com o sistema de TI, a empresa conseguiu reduzir seu estoque pela metade porque passou a tomar decisões ba seando-se nas informações obtidas em vez de nas adivinhações. Impactos fortes como esse ressaltam a importância da TI como um aspecto relevante no desempenho da cadeia de su primento. 12.2 A IM P O R T  N C IA D A IN F O R M A Ç Ã O EM U M A C A D E IA DE S U P R IM E N T O _________________________________________________________ A informação é a chave para o sucesso de uma cadeia de suprimento porque permite que a gerência tome decisões sobre um amplo escopo que abrange funções e empresas. Como vi mos no Capítulo 2, a estratégia da cadeia de suprimento é bem-sucedida quando a cadeia é vista como um todo e não como estágios individuais fragmentados. Com uma visão ampla da cadeia de suprimento, o gerente consegue traçar estratégias que levam em consideração todos os fatores que afetam a cadeia de suprimento em vez de restringir-se apenas aos fatores liga- Geremaamento da Cadeia cie Suprimentos Suniil Chopra © IPeter Meindl P A S T A 0 0 0 PROFESSOR.1 ? V 3 r* | j <g CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 343 m o € 3 N m fe: O dos a um determinado estágio ou função da cadeia. Considerar a cadeia de suprimento como um todo maximiza o lucro total da cadeia, o que leva a lucros mais altos para cada empresa j í individual integrante da cadeia de suprimento, pç § Como um gerente consegue esse escopo amplo? O escopo da cadeia de suprimento é for- í ‘: ^ mado inteiramente por informações e a amplitude dessas informações determina se o escopo N < é global ou local. Para obter um escopo global da cadeia de suprimento, o gerente precisa de t* informações precisas e periódicas sobre todas as funções e organizações da empresa na cadeia | 1 de suprimento. Por exemplo, não foi suficiente para o fabricante de estações de trabalho, §} H mencionado anteriormente, saber qual era a quantidade de estoque na empresa ao tentar de- Ç 85 terminar o nível ótimo de estoque. A empresa precisava também conhecer a demanda e até í ! mesmo os lead times e a variabilidade do fornecedor. Com esse escopo mais amplo, a empresa conseguiu estabelecer os níveis de estoque que maximizavam a lucratividade. Ü5 As informações necessárias para chegar ao escopo mais amplo podem ser divididas nos â seguintes itens básicos, que correspondem a diferentes estágios da cadeia de suprimento: s O m OSr* ps NI £•K C^Ji 3 iia N p. co h rs n m & ir » P mU,| Informações do fornecedor. Que produtos podem ser comprados, a que preço, com p o que lead time e onde podem ser entregues. As informações do fornecedor incluem ain- p U da a situação do pedido, as modificações e os modos de pagamento. ^ jg • Informações de fabricação. Que produtos podem ser fabricados, em que quantidade, | l em quais instalações, com qual lead time, fazendo quais trade-offs, a que custo e em JQ lotes de que tamanho. |í !© • Informações de distribuição e varejo. O que deve ser transportado de que lugar, em / m que quantidade, por qual meio, a que preço, quanto deve ser armazenado em cada lo calidade e qual o lead time. • Informações sobre demanda. Quem está comprando o que, a que preço, onde e em que quantidade. As informações sobre demanda incluem ainda informações sobre pre- ».• visão e distribuição de demanda. * ‘J 0 Os gerentes da cadeia de suprimento utilizam as informações para tomarem muitas deci- 5 sões importantes relacionadas a cada aspecto da cadeia de suprimento. Para determinar os ní- fj U veis de estoque são necessárias informações dos clientes sobre demanda, informações de < fornecedores sobre disponibilidade e informações sobre os níveis atuais de estoque, custos eáJ b ":‘ %. y. margens. A determinação das políticas de transporte requer informações sobre clientes, for- J , necedores, rotas, custos, tempos e quantidades a serem transportadas. As decisões sobre ins- pi talações exigem informações sobre fornecedores e demanda, assim como dados sobre ~ capacidades, receitas e custos da empresa. £ ri As informações devem ter as seguintes características para quem possam ser úteis nas to- | ví madas de decisões a respeito da cadeia de suprimento: é o 1. As informações devem ser precisas. Sem informações que ofereçam o verdadeiro quadro do estado da cadeia de suprimento, torna-se muito difícil tomar as decisões certas. Isso não significa que todas as informações devam estar 100% corretas, mas que os dados dis poníveis devem criar uma imagem da realidade que esteja no mínimo inclinada à precisão. 2. As informações devem estar acessíveis no tempo certo. Muitas vezes existem informações precisas, mas no momento em que se tornam acessíveis já estão defasadas ou, quando são atualizadas, não se encontram acessíveis. Para tomar boas decisões, o gerente precisa de informações atualizadas, de fácil acessibilidade.I; ! • f 3. As informações devem ser úteis. Os responsáveis pelas decisões precisam de informações que possam utilizar. Muitas vezes as empresas possuem enormes quantidades de dados que não colaboram para a tomada de decisões. As empresas devem analisar quais infor- | ò* mações devem ser registradas para que fontes valiosas não sejam desperdiçadas com dados insignificantes e para que os dados realmente importantes não passem despercebidos. CSereociamento da Cadeia de Suprimentos Stjni! Clhopra e P&ter Meindl a P A S T A D O PROFESSOR. 3 4 4 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento da in fo r no sucesso da cadeia de • Em resumo, quando os gerentes possuem boas informações, têm visibilidade da cadeia de suprimento, o que permite que cheguem a um escopo amplo. Com esse escopo, são capazes de tomar as melhores decisões para a cadeia de suprimento. Portanto, a informação é a chave para o sucesso da cadeia de suprimento, como vemos na demonstração da Figura 12.1. o í"i o 12.3 O U S O D A IN F O R M A Ç A O EM U M A C A D E IA DE S U P R IM E N T O A informação é um ingrediente fundamental, não apenas em cada estágio da cadeia de suprimento, mas também em cada fase de decisão da cadeia - da fase estratégica para a fase de planejamento até a fase operacional (ver Capítulo 1). Por exemplo, a informação e sua análise têm papel significativo durante a formulação da estratégia da cadeia de suprimento oferecendo o alicerce para decisões tais como a localização da fronteira push/pull na cadeia de suprimento. A informação também é importante do outro lado do espectro nas decisões operacionais, tais como que produtos serão fabricados durante a jornada de um determinado dia. Os gerentes precisam ser capazes de compreender como se faz a análise da informação para tomar as decisões certas. A maior parte deste livro expõe essa idéia: como identificar um problema na cadeia de suprimento que precisa ser solucionado, como conseguir informações, como analisá-las e então tomar uma boa decisão em resposta àquela informação. Por exemplo, a Wal-Mart foi pioneira não apenas na captação de informações, mas tam bém na compreensão de como analisá-las para chegar a boas decisões. A Wal-Martcoleta da dos em tempo real sobre quais produtos estão sendo comprados em cada uma de suas lojas e envia esses dados aos fabricantes. A Wal-Mart analisa essas informações sobre demanda para determinar a quantidade de estoque a ser armazenada em cada loja e decidir quando deve receber novas remessas do fabricante. O fabricante utiliza essa informação para estabe lecer seus cronogramas de produção a fim de fabricar os produtos em tempo para atender à demanda da Wal-Mart. Tanto a Wal-Mart como seus principais fornecedores não recebem simplesmente a informação. Eles analisam os dados e estruturam suas ações de acordo com essa análise. A informação é utilizada para decisões sobre estoques, transporte e instalações na cadeia de suprimento, como apresentamos aqui: 1. Estoque. A determinação de políticas ótimas de estoque requer informações que incluem padrões de demanda, custo de manutenção de estoque, custos de esgotamento de estoque e custos de pedido (ver capítulos 7, 8 e 9). A Wal-Mart, por exemplo, reúne informações detalhadas sobre demanda, custo, margem de lucro e fornecedor para tomar decisões so bre política de estoque. 2. Transporte. As decisões sobre redes de transporte, rotas, meios, remessas e fornecedores exigem informações sobre custos, localizações dos clientes e tamanhos dos carregamentos, para que sejam eficazes (ver Capítulo 10). A Wal-Mart utiliza informações para integrar suas operações com as de seus fornecedores. Tal integração permite que a Wal-Mart im plemente crossdocking em sua rede de transporte, economizando nos custos de estoque e de transporte. 3. Instalações. A determinação da localização, capacidade e cronogramas de uma instalação requer informações sobre os trade-offs entre eficiência e flexibilidade, demanda, taxas de câmbio, impostos e assim por diante (ver capítulos 5 e 11). Os fornecedores da Wal-Mart utilizam as informações sobre demanda vindas das lojas da Wal-Mart para estabelecer Crtírendamento cia Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Peisr Meindl ú « f ? r*r* O V-3 O C* a e s « F) Sc O tn m f-í m p , ^ IPI a s r a i> o flOFFiSSOR seus cronogramas de produção. A empresa atacadista utiliza as informações sobre deman da para determinar o local de suas novas lojas e as instalações para crossdocking. A necessidade de informações para tomada de decisões certas ligadas a essas áreas é ní tida. Conforme demonstrado no Capítulo 13, a informação tem o poder de agregar valor ao máximo melhorando a coordenação da cadeia de suprimento entre todos os seus aspectos. Ponto-chave A informação torna-se mais importante quando é utilizada para criar um escopo amplo com todos os estágios e áreas de uma cadeia de suprimento. Isso permite que as decisões sejam tomadas de maneira a maximizar a lucratividade total da cadeia de suprimento. CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 3 4 5 ÊL |5 Q* M G , O « U ' g v 3 O O £â t mr-i jS i s* oI ÍN! iiíi dfí r-j i O» vi ■- i Ü 1 9 ;; o Ig i 10 12.4 T E C N O L O G IA D A IN F O R M A Ç A O : S ISTEM A S L O G ÍS T IC O S DE IN F O R M A Ç Õ E S ______________________________ Os sistemas de tecnologia da informação (TI) são muito importantes em todo estágio da cadeia de suprimento, pois permitem que as empresas reúnam e analisem as informações. Os sistemas de TI podem ser segmentados de acordo com os estágios da cadeia de suprimento nos quais se concentram e com a fase de decisões da cadeia de suprimento para as quais serão utilizados. Essas duas segmentações podem ser usadas para criar uma matriz para que qual quer sistema de TI utilizado na cadeia de suprimento possa ser mapeado. Essa matriz1 está demonstrada na Figura 12.2, onde o eixo horizontal corresponde aos estágios na cadeia de su primento e o eixo vertical corresponde ao nível de funcionalidade que os sistemas desempe nham. O eixo horizontal define o escopo de um sistema de TI. Existem sistemas de TI distribuí dos pela cadeia de suprimento inteira, de fornecedores de matéria-prima até os clientes. Al guns concentram-se apenas em um estágio ou função dentro do estágio, ao passo que outros abrangem diversos estágios e oferecem um escopo mais amplo. Por exemplo, existem sistemas de TI com escopo limitado que fornecem níveis de estoque de produtos em um depósito par ticular ou cronogramas de fabricação para uma fábrica específica. Por outro lado, existem sis temas de TI que monitoram a demanda, os níveis de estoque e aos cronogramas de fábricas de toda a rede a fim de determinar o que deve ser programado para produção tendo como base as previsões de pedidos e estoques. 12.2 de TI da cadeia de (HBrimento. 1. Uma versão dessa matriz foi extraída de Berquist, Kahl e Kumar (1998). D Gerenciamento cia Cadeia de Suprimentos Sunil Chofsira o Peter Meiindl Dí rt íis s Rs se rv gd os - C op yr ig ht Pe ar so n êd uc sít an - 3 78 8s 87 S1 82 4< 5C A P1 2 Dl rsE ís- s R es er va do s ■■ C ss yr sM Ps ar sc ' stf ôn - 9 78 85 S7 91 S2 4S CA P1 2 Di re ito s Re se rv ad os - ES TA CI O - O PA ST A: H 32 55 - =■ r. 1C „ í/ T ,: : 1T ‘1 .1» 3S - DA TA GE RA ,; 13 /3 /2 01 2 CS =4 $? 2S IS m CE O : ST A= Í1 92 55 - DA^ A AP R& V, : 10 /6 /2 01 0 17 íl l; 3S « • X P A S 1 A D o u “ PROFESSOR 346 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento O eixo vertical define a fase de decisão da cadeia de suprimento para a qual é utilizado um sistema de TI. Tal sistema possui níveis diferentes de funcionalidade que podem receber e apresentar informações e analisá-las para solucionar problemas a curto ou a longo prazo. Os sistemas de TI podem ser usados para tomar decisões de estratégia, planejamento ou ope ração da cadeia de suprimento: • Estratégia. As decisões estratégicas dizem respeito a intervalos de tempo que chegam a muitos anos, sobre os quais os gerentes devem decidir que produtos fabricar, quantas fábricas ter, onde localizá-las e de que tipo devem ser, que tipo de sistema de distri buição adotar, que funções devem ser terceirizadas ou desenvolvidas internamente e que tipo de demanda ter como alvo. As exigências de informações em nível estratégico costumam ser bastante amplas e não detalhadas. Os sistemas de TI utilizados nesse ní vel são altamente analíticos porque concentram-se no estudo da informação e não no acúmulo de informações. As ferramentas estratégicas de TI são direcionadas a pessoas de nível mais alto na organização. Embora essa seja uma área que tradicionalmente não é atendida por soluções de TI, novas ferramentas estão sendo criadas com essa fi nalidade. • Planejamento. Os gerentes responsáveis pelas tomadas de decisões de planejamento normalmente enfrentam intervalos de tempo que variam de alguns meses a um ano. O objetivo das decisões de planejamento é alocar recursos disponíveis para atender à demanda prevista da melhor maneira possível. Os gerentes devem determinar quanti dades aproximadas de cada tipo de produto a serem fabricadas e em que local serão produzidas. O gerentes devem também determinar volumes agregados em canais de distribuição distintos para tipos diferentes de clientes. As exigências de informação nesse estágio incluem custos, capacidades e demanda a um nível agregado ao longo do horizonte de planejamento. As decisões de planejamento também concentram-se na análise de informações e não em seu acúmulo. As ferramentas de TI são direcionadas a pessoasde nível médio a alto na organização. • Operação. Neste nível, os sistemas de TI têm como objetivo executar os planos e po líticas definidos anteriormente. O nível operacional registra transações e lida com in tervalos de tempo de segundos. Os sistemas operacionais de TI estão ligados à determinação da produção semanal e aos cronogramas de entregas. Muitas vezes, essa fase requer menos trabalho analítico, especialmente depois que os cronogramas foram determinados. Em vez disso, os sistemas operacionais de TI concentram-se na execu ção e no registro de transações. Por exemplo, os sistemas operacionais de TI podem rastrear e descobrir se uma encomenda foi entregue ou o que será fabricado por uma linha no próximo turno. Esse nível possui um fluxo de informações muito intenso por que exige que as informações estejam disponíveis para cada transação na cadeia de su primento. Os sistemas operacionais de TI são utilizados por pessoas como controladores de fabricação e responsáveis por cronogramas de entrega que estão di retam ente envolvidos na execução de transações na cadeia de suprimento. O conjunto de informações reunido nesse nível é o alicerce de todas as decisões de estratégia e planejamento. As três fases de decisão e níveis de sistemas de TI são essenciais para cada estágio de uma cadeia de suprimento. Cada estágio precisa ter uma estratégia sólida: precisa saber aonde quer chegar. Precisa de um bom plano: como chegar lá. E precisa de boas operações: como executar o plano para chegar aonde quer. Os três níveis de sistemas de TI correspondentes às três fases de decisões e algumas de suas características podem ser vistos na Figura 12.3. Essas duas dimensões - o escopo da cadeia de suprimento, que é coberto pelo sistema de TI, e o nível de funcionalidade do sistema - oferecem ao gerente uma compreensão do local em que cada sistema de TI deve ser aplicado e que tipo de problemas pode solucionar. A seguir, estudamos a evolução das aplicações de TI na cadeia de suprimento. Gerericiarneni» cila Cadeia cie Suprimentos Suniil Chopra e Peter Meindl p 0 ' A S T A D O»IRCM:f:SSCM *** s V '3 v~3 O tfi C> I St, ^ k Ov-3 ! i I - l*M <€ í) HÍ» W R g Si . ! . •ri CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 3 4 7 Estratégia Planejamento Operação Alto nível na organização Intervalo de tempo longo TFi— » 12.3 Níveis de funciõnaíidãde^e Tl Menos detalhista Altamente analítico 1 1 1 1 Nível baixo Intervalo de Mais Essência na organização tempo curto detalhes transac Essencialmente transacional a, fi o í 0sÈB í %Úk íNl H; s 0 SM 1 O |C I * 2 li h m p m £ã g 01 I- IS ’ Jfífe í5 o I I t s B« MlInI?! è v * Èi». a, S 9u11 O passado - sistemas legados Sistemas legados são sistemas de TI baseados em tecnologia mainframe que normalmente funcionam em nível operacional em apenas um estágio ou mesmo em uma função dentro de um estágio da cadeia de suprimento. ‘Sistema legado’ é um rótulo muito abrangente que se aplica a uma grande variedade de sistemas com aplicações que variam de entrada do pedido até cronogramas de fabricação e entrega. Embora essas sejam funções muito diferentes, são todas denominadas sistemas legados devido à sua tecnologia mais antiga e também porque es ses sistemas continuam a existir, ultrapassando o período que supostamente operariam, graças a incontáveis atualizações de seu código original. Muitos sistemas legados duraram muito mais tempo do que havia sido inicialmente planejado e são modificados continuamente con forme a necessidade. Esse processo de modificações constantes pode torná-los muito compli cados, especialmente considerando-se que, por natureza, nunca foram amigáveis. Podem se tornar muito complexos após sucessivas alterações de códigos. Existem duas características importantes dos sistemas legados: escopos bastante limitados sobre os quais têm visibilidade e natureza operacional nas tarefas que desenvolvem. Os sis temas legados costumam concentrar-se unicamente em uma função específica e são construí dos como blocos independentes com pouca preocupação com outros sistemas. Portanto, a comunicação entre os sistemas é muitas vezes mínima e a visibilidade de todas as funções e estágios da cadeia de suprimento é muito limitada. Os sistemas legados também têm capaci dades analíticas muito restritas porque concentram-se mais no acúmulo de informações do que em sua análise para tomada de decisões. A maioria foi criada para acompanhar as tran sações e não para determinar que transações devem estar ocorrendo. Colocação dos sistemas legados no mapa de tecnologia da informação da cadeia de suprimento Os sistemas legados antigos concentravam-se em uma função específica integrante de um estágio da cadeia de suprimento. Por exemplo, um sistema legado podia tratar apenas de ní veis de estoque em um determinado depósito da rede de um distribuidor. O sistema monito rava os níveis de estoque naquele depósito, mas provavelmente tinha dificuldades de comunicação com o sistema legado que tratava do transporte para o mesmo distribuidor. Es sas limitações dificultavam a coordenação de transporte com o depósito. Normalmente, há sis temas diferentes em depósitos diferentes na rede, que não se comunicam. Portanto, até mesmo os depósitos passam a não ser coordenados porque, com sistemas que não se comu nicam, não têm visibilidade sobre os outros estoques. Ao observar os vários estágios de uma cadeia de suprimento, sabe-se que esta tem literalmente dúzias ou até centenas de sistemas legados independentes que manuseiam o produto. Cada estágio possui pouca visibilidade dos acontecimentos em outros estágios. Com essa visibilidade limitada, as empresas que utilizam sistemas legados quase sempre tomam decisões de escopo muito estreito e prejudicam os lu cros totais da cadeia de suprimento. No eixo vertical que mede os níveis de funcionalidade, os sistemas legados apresentam pouca capacidade analítica e costumam interferir apenas em transações operacionais que Gerenclameitito dia Cadeia de Suprimentos Sunil Ciiopra «s Petar Meindl Di re ito s R es er va do s - C ep yr lg hi Pe ar se r: ic ^c sÈ lo n f7 88 58 ?9 18 24 SC A P1 2 D irs íts s R es er va do s - Cs w rtg M Pe ar so n Ed iíC stf en - 97 88 58 7S 18 24 SC A PÍ 2 Di re ito s R es er va do s - C sp 'f. ES TA CI O = ID m iT A : U 32 55 - DA frA A PP .O V .: 10 /S /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA =: 13 /3 /2 01 2 C9 ;4 S; 25 2S TA CI O - ID PA ST A; 11 92 55 - DA TA A ?R .õ V ;: I0 /S /2 0I 0 17 íll ;3 3 - D A T P A S T A D O PROFESSOR 348 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento ocorrem na função em que estão focados. Raramente aventuram-se na esfera de planejamen to e quase nunca arriscam-se em quaisquer tipos de decisões estratégicas da cadeia de supri mento. Por exemplo, como discutido anteriormente, um sistema legado pode estar monitorando níveis de estoque dentro de um determinado depósito. O sistema tem a capaci dade de informar aos usuários quantas unidades de um tipo específico de peça existem no de pósito, quantas foram pedidas, quanto as peças custam e, possivelmente, qual é o lead time para pedido de peças adicionais caso ocorra escassez. Todos esses dados encontram-se em ní vel operacional. Se analisarmos, porém, o nível de planejamento, encontraremos menos sistemas legados. Porexemplo, a maioria dos sistemas legados não tem a capacidade de analisar o histórico da demanda para determinar o nível adequado de estoque de segurança a ser mantido a fim de atender a um determinado nível de serviço. Esse tipo de informação precisa ser inserido ma nualmente por alguém que, na maior parte dos casos, escolhe os níveis de estoque empirica- mente. Com essa falta de capacidade de planejamento, não causa surpresa o fato de que os sistemas legados nunca se aventuraram pelo campo das estratégias. Os sistemas legados existem em todo estágio horizontal da cadeia de suprimento. Para nosso estudo, o sistema de gerenciamento do estoque do depósito do distribuidor pode ser visto na Figura 12.4. As principais vantagens dos sistemas legados são: 1. Os sistemas legados costumam conseguir realizar a operação. Podem não ser muito efi cientes e ser lentos, mas como os sistemas legados estão em operação há mais de uma dé cada, provaram que funcionam. Portanto, o uso de sistemas legados é menos arriscado em alguns aspectos do que optar pela instalação de um novo sistema cujas capacidades ope racionais são desconhecidas. 2. Os sistemas legados, por já existirem, às vezes requerem menos investimentos para ser operados do que a instalação de novos sistemas. As camadas complexas de códigos, no entanto, muitas vezes tornam as modificações muito confusas o que pode ser mais traba lhosas do que começar do zero com um novo sistema. jura 12.4 Mapa típico dc sistema legado. 1. Os sistemas legados possuem um grande número de desvantagens resumidas a seguir: Concentram-se em apenas uma pequena parte de um estágio da cadeia de suprimento. 2. Normalmente possuem apenas capacidades transacionais, o que os reserva a um papel operacional em vez de estratégico ou de planejamento. 3. Os sistemas legados normalmente baseiam-se em tecnologia mainframe, que é difícil de ser modificada e que demora muito para ser executada quando as situações mudam. Gerenciamento cia Cadeia de Suprimentos Sumi! Chopra e IPeter Meindl I ’J , o d o g í? P A S T A P O PROFESSOR CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 3 4 9 O presente - planejamento dos recursos da empresa Os sistemas de planejamento dos recursos da empresa (enterprise resource planning — p g ERP) são sistemas operacionais de TI que reúnem informações de todas as funções da em- U presa, proporcionando um escopo mais amplo. Os sistemas ERP monitoram a matéria-prima, | -í os pedidos, os cronogramas, os estoques de produtos acabados e outras informações de toda | jíí: a organização. A principal vantagem dos sistemas ERP em relação aos sistemas legados é o ti escopo nitidamente maior que oferecem para a tomada de melhores decisões na cadeia de su- g 1 primento. m S« Os sistemas ERP monitoram bem as transações, mas geralmente não têm capacidade ana- R ej lítica para determinar que transações devem ocorrer. Portanto, encontram-se mais na área operacional do mapa de TI do que nas áreas de planejamento ou de estratégia. Isso está co- j ■€ meçando a mudar com fornecedores de ERP incluindo módulos analíticos em seus sistemas. | ífi Embora seja verticalmente limitado, o escopo do ERP é obviamente muito mais amplo que i í"- o de sistemas legados mencionados anteriormente. Essa amplitude de escopo é um dos recur- ü sos que faz os sistemas ERP serem tão procurados. Seu escopo permite que os sistemas ERP pi p rastreiem pedidos pela empresa inteira, de compras à entrega. A capacidade de acompanhar li 0 os pedidos e ter uma boa visibilidade, em geral, tornou-se mais importante à medida que as cadeias de suprimento tornam-se mais globais e complexas. A tendência atual de utilizar es- | m truturas organizacionais baseadas em produtos em vez de baseadas na função também ajudou í § a tornar os sistemas ERP mais interessantes, visto que essa estrutura prioriza um escopo que J í? englobe todas as funções, ou seja, o que os sistemas ERP oferecem. ^ Os sistemas ERP possuem diversos módulos sendo que cada um cobre funções diferentes ° dentro da empresa. Esses módulos são conectados entre si para que os usuários de cada fun- t í ção possam enxergar o que acontece em outras áreas da empresa. Existem diversos módulos- chave para um sistema ERP, sendo que cada um pode ser instalado separadamente ou Cf, combinado com outros módulos: 1. Finanças. Este módulo rastreia informações de finanças, tais como dados sobre receita e custo, por diversas áreas da empresa. 2. Logística. Este módulo é muitas vezes desmembrado em diversos submódulos que lidam com funções diferentes de logística como transporte e gerenciamento de estoques e de- 3. Fabricação. Este módulo rastreia o fluxo de produtos pelo processo de fabricação, coor denando o que é feito em que peça e em que momento. 4. Atendimento do pedido. Este módulo monitora o ciclo de atendimento de pedido inteiro, jt ’ acompanhando o progresso feito pela empresa na satisfação da demanda. 0 5. Recursos humanos. Este módulo lida com todas as tarefas de recursos humanos, como por | © exemplo, os turnos de funcionários. J; o 6. Gerenciamento do fornecedor. Este módulo monitora o desempenho do fornecedor e ras- • «£■ treia as entregas de seus produtos. I * v ; Todos esses módulos e até mesmo outros mais específicos que não foram citados aqui, 4; permitem que o sistema ERP rastreie a situação de pedidos, produtos, fornecedores, pessoal O e capital, s Os sistemas ERP não só permitem que a empresa rastreie processos pelo sistema, mas 1 < também permitem que os automatize. Com a automação dos processos, as empresas conse- I < guem aumentar a eficiência e evitar erros. Essa combinação, se for realizada adequadamente, i V1 pode levar a economias significativas nos custos. Entretanto, é importante lembrar que a automação | g de processos deficientes apenas garante que serão executados com deficiência todas as vezes. As sim, as empresas devem rever seus processos antes de implementarem os sistemas ERP. Além da mera automação de velhos processos, a instalação do sistema ERP muitas vezes 1 ^ serve como catalisador para a empresa redefinir processos para torná-los mais eficientes. Os ij Ig fornecedores de ERP criam versões diferentes de seus pacotes de software para diversas em- n g i C! I Gierenciamento da Cadeia de Suprimento 1 |g il II ^ i iC li 3 M i t a 1 i " K re lto s R es er va do s - Co py rig ht Pa ar so n Ed^ es rtf on - 57 SS 5S 7& 1S 24 6C ÂP 12 Di re ito s R es er va do s = C op yr ig ht Pa an so rs E fe ea tfe íi - Í7 88 58 7S 18 24 5C A P1 2 Di ra lte s R es sr va do s - ES TA CI O -1 0 PA ST A: 11 92 55 - DA TA AP P. QV .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: 13 /3 /2 01 2 09 :4 6: 25 ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA AP RO V. : 1Q /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 '■< P A S T A D O “ PROFESSOR 350 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento presas, de acordo com as exigências da indústria. Essas versões diferentes possuem uma va riedade de opções para cada função, processo ou tarefa que será executada. Um exemplo é o do módulo de cronogramas para uma pequena fábrica. Com a instalação desse módulo, o fabricante pode utilizar as capacidades de agendamento do módulo para substituir o sistema existente. Pelo lado positivo, essas funções, como a do módulo de agendamento discutido anterior mente, são freqüentemente codificadas com os melhores processos práticos que podem m elhorar significativamente o modo como a empresa conduz seus negócios. Com a instalação de um sistema ERP, a empresa consegue aprender práticas melhores e novas e aumentar sua efi ciência operacional. Pode haver pontos negativos nos processos predeterminados do software ERP. Esses sis temas, embora possam ser modificados, não o são facilmente. Portanto, se há uma maneira melhor de executar uma função que não esteja codificada no sistema ERP, um processo mais avançado pode ser bem difícil de ser implementado. Em muitos casos, as empresas alteram seus processos para se adequarem à maneira do ERP de conduzir os processos, mesmo que percebam que não é a melhor maneira de resolver uma determinada situação. Assim, em con sideração à visibilidade das informações, as empresas podem ser forçadas a adotar procedi mentos menos eficazes. Em suma, os sistemas ERP destacam-se pelo amplo escopo que proporcionam em tempo real. Isso é tão interessante para os clientes que a indústria de ERP teve taxas de crescimento entre 30 e 40% na segunda metade da década de 1990. Entretanto, o crescimento diminuiu conforme o mercado tornou-se saturado, especialmente nas maiores empresas do mundo. Re sumindo, os sistemas ERP são ótimos para informar a empresa sobre o que está acontecendo na cadeia de suprimento porque concentram-se no operacional, mas são insuficientes para ajudar a empresa a determinar o que deverá acontecer na cadeia de suprimento porque sua capacidade analítica é limitada. Colocação de sistem as ERP no mapa de tecnologia da informação da cadeia de suprimento Os sistemas ERP foram desenvolvidos para oferecer uma visão integrada das informações de todas as funções da empresa e entre as empresas. O escopo mais ampliado de visibilidade no eixo horizontal é o que realmente diferencia o ERP dos sistemas legados e é a razão prin cipal por que a indústria de ERP fez tanto sucesso durante a segunda metade da década de 1990. Em uma empresa, o sistema ERP fornecerá visibilidade de fornecedores e pedidos que chegam para que os gerentes de fabricação possam ter certeza de quando devem agendar a produção, de que a demanda será atendida e de que os materiais necessários chegarão em tempo. Vendedores podem visualizar cronogramas de produção e níveis de estoque em de pósito para determinar quando um produto deverá ser entregue ao cliente. Os sistemas ERP também podem criar a oportunidade de compartilhar dados entre as empresas para que os gerentes tenham visibilidade de toda cadeia de suprimento, embora poucas empresas tenham atingido esse estágio de implementação. Contudo, o escopo mais ampliado de visibilidade é o principal benefício que os sistemas ERP oferecem porque permite que a empresa e os ge rentes da cadeia de suprimento cheguem a decisões muito mais produtivas. Em relação ao eixo vertical, os sistemas ERP costumam se concentrar no nível operacio nal e não possuem muita capacidade analítica para ajudar nas decisões nas fases de planeja mento e estratégia. São ótimos para informar aos gerentes o que está acontecendo, mas não são muito indicados para dar diretrizes do que deverá acontecer. Semelhante aos sistemas le gados, o sistema ERP pode, por exemplo, informar ao gerente quais os níveis atuais de esto que de um produto em um determinado depósito, mas os sistemas ERP não conseguem prever qual será a quantidade de estoque necessária para atender a um determinado nível de serviço. Como exemplo, a maioria dos sistemas ERP pode desenvolver um cronograma de produção que tente encontrar o melhor cronograma possível. Porém, devido ao uso de técni- Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sismil Chopra e IPeter Meiiridl B f $ v-J P A S T A i> O PROFESSOR F- v-á 2 1 « So 1 MIí fes ILfi U rMV. tfi g» çH N ^ ” < 6 a. r s 0 o O l i **} **; (NI '■ ? ; § p C M P v-3 a r" ^ * íí | ■: a í É ’ I I K 3 § 8 *• o : s ü& cas de otimização pouco sofisticadas, tais como planejamento das necessidades de materiais (;material requirements planning - MRP), costumam chegar a soluções exeqüíveis e não óti mas. Os sistemas ERP têm dificuldades para otimizar diversos tipos de restrições (tais como restrições de capacidade e material) e fábricas. Apesar da fraqueza analítica dos sistemas ERP, eles conseguiram melhorar bastante, em comparação com os sistemas legados. O nível de poder analítico dos sistemas ER P está mudando. As empresas de ER P dedi caram grandes quantidades de recursos para o desenvolvimento de capacidades analíticas a serem acrescentadas aos pacotes de ERP. Essa capacidade analítica é entregue ao clientes na forma de módulos ativadores que penetram nos sistemas ERP preexistentes. O foco na aná lise aperfeiçoará tais sistemas e os transferirá para os níveis de funcionalidade de planejamen to e até mesmo de estratégia. Em nosso mapa de TI, os sistemas ERP geralmente abrangem todas as funções de um determinado estágio da cadeia de suprimento e têm visibilidade limitada pelos estágios que interagem diretamente com o sistema ERP. Além disso, os sistemas ERP têm o poder de cru zar ainda mais as organizações e o escopo amplo, embora isso não tenha acontecido com mui ta freqüência. No eixo vertical, cobrem completamente a área operacional e avançam um pouco pela região de planejamento, apesar de não serem tão desenvolvidos nessa parte. Isso pode ser visto na Figura 12.5. As principais vantagens dos sistemas ERP são: 1. Os sistemas ERP oferecem um escopo mais amplo aos gerentes das cadeias de suprimen to. Com um sistema ERP instalado, os gerentes têm disponibilidade de informações mais ampla com a qual tomam decisões que aumentam os lucros da cadeia de suprimento. 2. Os sistemas ERP são bons para fornecer informações em tempo real de forma que exista pou co atraso na comunicação de mudanças de uma parte da cadeia de suprimento a outras. 3. Os sistemas ERP também são melhores que os sistemas legados no que diz respeito à uti lização de tecnologias como a Internet para o compartilhamento de informações. CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 351 igura I 2.5 (ema ERP. P Cf 61 E & í < £ H te < 6» *»' jt;r| SL Oô í a t fí» A, ! ? sl OES As desvantagens dos sistemas ERP são: 1. Os sistemas ERP ainda possuem capacidades analíticas relativamente fracas porque seu foco ocorre em nível operacional. Os fornecedores de ERP estão tentando ocupar a área superior do mapa de TI, mas isso é uma tarefa difícil porque o software para o nível de planejamento requer uma quantidade enorme de conhecimentos específicos para ser de senvolvido. 2. Os sistemas ERP possuem reputação de serem muito caros e de difícil implementação. Isso é particularmente verdadeiro quando os módulos padrão precisam ser customizados para adaptar processos diferentes de negócios. Existem histórias de empresas que perde ram muito tempo e dinheiro na instalação do sistema ERP e, em seguida, a operação fra- Gerendamerto da Cadela de Suprimentos Sunil Cliopra e Peter Melnd! D 'ra !ts s R es er va do s - C cp yr tg hi Ps ar ss n Es ^c s: :o rt - 57 88 58 79 18 24 SC A P1 2 Di ra lto s R es er va do s - Co py rig ht Ps ar so n le yc st lo n - S7 S8 5S 79 18 24 6C A P1 2 Di re ito s R es er va do s - C op yi ES TA CI O - ID PA ST A; 11 32 55 - DA TA A PR O V ,; 1Q /5 /2 01 Q 17 :1 11 33 = D’A TA G ER A ,: 13 /3 /2 01 2 Cf s4 6; 2S ES TA CI O ’ - ID PA ST A; 11 92 55 - DA "'A À PRO ¥= ; 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - D A T P A S T A D O PROFESSOR 352 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento cassou e foram obrigadas a se desfazer do sistema inteiro e retornar aos antigos sistemas legados. Obviamente, existiram outras grandes histórias de sucesso. Contudo, a instalação do sistema ERP realmente possui um elemento de risco. Fornecedores de ERP Existem cinco principais fornecedores de ERP no mercado que serão apresentados aqui. Além desses cinco, existem muitos outros, porém menores, que atendem a empresas médias e pequenas. Contudo, os fornecedores maiores também passaram a atender aos mercados me nores e esses gigantes podem se tornar os principais fornecedores para essa fatia de mercado também. SAP Nitidamente, o líder de mercado em ERP, com cerca de 30% de participação de mer cado, começou desenvolvendo software para ambientes de produção. A empresa possui uma sólida tradição na construção interna de capacidades e está expandindo verticalmente sua oferta de produtos por meio do desenvolvimento de funções mais analíticas para uso durante o planejamento da cadeia de suprimento. Oracle O segundo maior fornecedor com cerca de metade da participação da SAP, a Oracle é a única das Cinco Grandes que não fornece exclusivamente sistemas ERP. A Oracle tam bém desenvolve software de banco de dados, o que a levou a começar a criar sistemas ERP. A empresa inicialmente acrescentou aplicações de finanças a seus programas de banco de da dos e, por fim, tornou-se fornecedora do ERP completo. A Oracle obteve maior sucesso com empresas de bens de consumo, embora tenha se expandido com sucesso para outras indús trias. Peoplesoft Enquanto a SAP começou com aplicativos para fabricação e a Oracle com fi nanças, a Peoplesoft começou com aplicativos para recursos humanos. Adquiriu uma empresa de softwares analíticos (Red Pepper) para empurrar seus produtos para cima na escala verti cal do mapa de TI. J.D. Edwards Esta empresa começou desenvolvendo sistemas interfuncionais de empresas de médio porte, geralmente aquelas com aproximadamente $ 1 bilhão em vendas. A J.D. E d wards adquiriu a Numetrix, empresa de software de cadeia de suprimento, na tentativa de au mentar sua oferta de aplicativos analíticos. Baan A Baan, assim como a J.D. Edwards, começou com uma visão totalmente integrada em vez de direcionada a uma função específica como é o caso das três líderes. Seu foco tam bém está em empresas de médio porte. A Baan costuma ter um desempenho melhor em am bientes de fabricação, apesar de ter tentado sair dessa indústria vertical. Para melhorar suas análises de cadeia de suprimento, a Baan adquiriu a CAPS Logistics. Os anos de 1999 e 2000 foram difíceis para a Baan e seu futuro é incerto. O presente - aplicativos analíticos Enquanto a principal vantagem dos sistemas ERP é o escopo amplo que oferecem, a van tagem dos aplicativos analíticos está no fato de que podem ser utilizados tanto para decisões de planejamento como de estratégia. Os sistemas analíticos não se concentram no nível ope racional, mas sim nas decisões de planejamento e estratégia. Analisam as informações forne cidas por sistemas legados ou ERP para ajudarem os gerentes da cadeia de suprimento a tomarem boas decisões. Por exemplo, os sistemas ERP podem oferecer histórico de demanda, níveis de estoque e lead times do fornecedor e então o aplicativo analítico determina qual deve ser o nível de estoque ideal para maximizar a lucratividade. Os aplicativos analíticos contam com algoritmos sofisticados incluindo programação li near, programação mista e inteira (mixed integer programming), algoritmos genéticos, teoria das restrições e muitos tipos de heurísticas. Esses algoritmos são quase sempre marca regis trada da empresa de software e grande parte de P&D dedica-se a seu desenvolvimento. De- Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sumiil Chopra e Peter Meindl 1- p «-a o m KCIS 1 10 . «N ' f o 0 ?- feri -l Ür- o, !? i ! jp A S T A D O PROFESSOR 53 & CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 353 vido ao nível de sofisticação, essa tecnologia é relativamente difícil de ser desenvolvida se a empresa não tiver muita experiência na área. ÍS > Esse segmento da indústria de TI cresceu rapidamente nos últimos anos. Muitos segmen ta tos do mercado de aplicativos analíticos estão crescendo em 50% ao ano com poucos indícios p ^ de desaquecimento. | Os aplicativos analíticos geralmente não são tão amplos como os de ERP em seu escopo horizontal. Na verdade, muitos aplicativos analíticos concentram-se apenas em uma função es pecífica de um estágio da cadeia de suprimento, semelhante à maneira com que os sistemas legados funcionam. Entretanto, superam-se por sua capacidade analítica, o que lhes concede níveis mais altos de funcionalidade que os de sistemas legados ou ERP. No mapa de TI por- *’ 3 tanto, os aplicativos analíticos são vistos mais acima no eixo vertical. Existem muitos tipos di- c < ferentes de aplicativos analíticos que se concentram em diversos estágios e nichos verticais da | fej cadeia de suprimento. Classificamos esses sistemas simplificadamente em dois grupos, de t fi acordo com suas capacidades analíticas: sistemas focados em capacidades de planejamento e Q sistemas mais focados no nível operacional. A seguir, apresentamos sistemas com capacidades ^ de planejamento significativas. < Aplicativos de compras e catalogação de conteúdo w Os aplicativos de compras e catalogação concentram-se no relacionamento entre um fa bricante e seus fornecedores e os processos de aquisição que ocorrem entre eles. Apesar de existirem vários aplicativos desse tipo, os objetivos básicos dos aplicativos focados no forne cedor são possibilitar um processo de compras mais simples e eficaz, substituir o catálogo do ^ § fornecedor e acompanhar peças, especificações, preços, pedidos e os próprios fornecedores, p fl Os sistemas de gerenciamento do fornecedor permitem comparações analíticas entre fornece- P ;3 dores e peças para ajudar os compradores a tomarem decisões sobre de quem e o que com- | í í prar. A Ariba e a Commerce One são as principais fornecedoras de software de compras e i Jíf a Aspect Development, integrante da i2 Technologies, é a fornecedora líder de software de | ■; catalogação de conteúdo. g Planejamento avançado e programação 'sf O planejamento avançado e programação (advanced planning and scheduling, APS) tem g sido uma das áreas de crescimento mais rápido nos aplicativos analíticos. Os sistemas APS j , criam programações do que deve ser fabricado, onde, quando e como deve ser feito, levando í os em consideração, ao mesmo tempo, a disponibilidade de matéria-prima, a capacidade da fá- e " brica e outros itens. O APS também pode abranger as funções de planejamento estratégico jj da cadeia de suprimento, planejamento de estoque e disponibilidade para atender ao pedido $ ^ do cliente (available to promise, ATP). Esses sistemas são altamente analíticos e utilizam al- | 3 goritmos sofisticados tais como programação linear e algoritmos genéticos. Os sistemas APS h m podem ser usados para desenvolver cronogramas de produção detalhados nas fábricas, plane- L jamento de fabricação e de cadeia de suprimento para otimizar o uso dos recursos de fabri- | ® cação, distribuição e transporte no atendimento à demanda. Os sistemas APS requerem dados I de nível transacional coletados por sistemas legados ou ERP. Os sistemas APS são uma área 1 o à qual os fornecedores de ERP se lançaram mediante a construção de módulos ativadores t 2 com funcionalidade APS. O fornecedor de software de cadeia de suprimento i2 Technologies I í é o líder em sistemas APS. Sistemas de conteúdo e planejamentode transporte Os sistemas de conteúdo e planejamento de transporte fazem análises para determinar | £] como, quando, onde e em que quantidade os materiais devem ser transportados. Compara- I ções entre diferentes transportadoras, meios, rotas e fretes podem ser feitas por meio desses sistemas. Os fornecedores de planejamento produzem o mecanismo que faz as análises e os CSereneiament» da Cadeia de Suprimentos Suiiiil Chopra e Peter MeioicJI D ’rs ito s R es er va do s - Co py ríg hi Pe ar so fj Ed ^e ac lo n - 9/ 38 58 7§ iS 24 SC  PI 2 ür si to s R es er va do s ■■ Co py rig ht Ps ar so n Ed uc sti on - 97 88 58 7S 18 24 SC A P1 2 Di re ito s R es er va do s ES TA CI O - ID PA ST A: 11 32 55 - DA TA A PR O V ,: 1Q /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - D’A TA G ER A, : Í3 /3 /2 01 2 0S :4 6; 2S ES TA CI O ’ - ID PA ST A; 11 92 55 - DÁ TA A PR ÜV .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 33 p A S T A O O PROFESSOR 354 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento fornecedores de conteúdo oferecem os dados necessários para realizar as análises, tais como milhagens e tarifas. Planejamento da demanda e gerenciamento da receita O aplicativo de planejamento da demanda e gerenciamento da receita ajuda as empresas a preverem a demanda utilizando ferramentas analíticas. Esses sistemas recebem dados his tóricos e quaisquer informações a respeito da demanda futura e criam modelos para ajudarem a explicar as vendas passadas e prever a demanda futura. Bons sistemas levam em conta as tendências da demanda, assim como a sazonalidade, além de modificações com promoções, para preverem a demanda futura. A idéia de gerenciamento da receita também é colocada muitas vezes sob o mesmo teto do planejamento da demanda. O gerenciamento da receita lida com a diferenciação de preços para maximizar a quantidade de clientes adicionais que se pode conquistar a partir das vendas de produtos. Essa idéia foi extensamente aplicada na in dústria de companhias aéreas e vem sendo recentemente adotada pelas indústrias hoteleira e de locação de carros. O gerenciamento de receita possui um grande potencial porque não foi aplicado em muitas outras áreas. A i2 é a principal fornecedora de soluções de planejamento de demanda e a Talus é a líder em soluções de gerenciamento de receita. Gerenciamento da relação com o cliente e automação da força de vendas Os aplicativos de gestão do relacionamento com o cliente (customer relationship manage- ment, CRM) e a automação da força de vendas (sales force automation, SFA) automatizam as relações entre vendedores e compradores oferecendo informações sobre produto e preço. Também permitem que informações detalhadas sobre cliente e produto estejam disponíveis em tempo real de modo que os vendedores possam direcionar seu trabalho ou os clientes pos sam configurar seus próprios pedidos. A Siebel Systems tem sido a líder no desenvolvimento de aplicativos de CRM. Gerenciamento da cadeia de suprimento Os sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimento (supply chain management, SCM) são uma combinação de muitos dos aplicativos anteriores e são utilizados para abranger os estágios da cadeia de suprimento. São entregues como um conjunto de diferentes aplicativos de cadeia de suprimento estreitamente integrados. Os sistemas de SCM possibilitam um es copo mais global porque conseguem abranger muitos estágios da cadeia de suprimento com seus diferentes módulos. Por exemplo, um sistema de SCM poderia vir junto com APS, pla nejamento de demanda, de transporte e de estoque. Os sistemas SCM possuem as capacida des analíticas para gerar soluções de planejamento e decisões em nível estratégico. Embora normalmente não consigam abranger todos os estágios da cadeia de suprimento e contem com sistemas legados ou sistemas ERP para receber as informações necessárias para fazer as análises, os sistemas SCM oferecem o nível mais alto de funcionalidade no eixo vertical do mapa de TI. Os sistemas SCM são os únicos a atingirem o nível estratégico de funcionalidade. A i2 é líder no desenvolvimento de soluções de SCM. A Manugistics é uma das outras prin cipais fornecedoras de sistemas de SCM. O segundo grupo de aplicativos é tocado em questões operacionais tais como a execução de tarefas determinadas pelos sistemas de planejamento. Apesar de nem todos os sistemas se encaixarem em um grupo ou outro, os sistemas descritos a seguir costumam concentrar-se mais em operação do que em planejamento. Sistemas de gerenciamento de estoque Esses sistemas observam padrões de demanda, recebem dados sobre previsões, custos, margens e níveis de serviço e então executam a política recomendada para estocagem. São mais utilizados para conseguir um equilíbrio ótimo entre custos de estoque e custos de esgo tamento de estoque. GeoTenciament» da Cadeia cte Suprimentos Suniil Chopra e IPeter Meindl •w rs w t® -r w sv rm av s - w p fT tgt n na m m sn ug ro o: : -^ n n ^s ^r n s^ m ^s rz z ar er oo s rss «7 V 8B os - c oo yn ym «" es rso rt ss ^í sít ot — w t o os ct s is z w w ri 1 s vtw cm K as er va tw s" ta rr r. * ES TÁ GI O - ID PA ST A; 11 92 55 - D A TA A P R D V .: 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA GE RA .: 13 /3 /2 01 2 Q 9: 46 ;2 6’ ES TA C1 Q - ID PA 5T Â: 11 92 ,55 - DA TA AP RO V. ; 10 /S /2 01 Q 17 :li *. 39 - DA T. P A S T A DO PROFESSOR CAPlTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 3 5 5 Sistemas integrados de controle da produção Os sistemas integrados de controle da produção (manufacturing execution system, MES) são menos analíticos que um sistema APS e são semelhantes ao sistema ERP, mais focado na operação, exceto pelo fato de que se concentra apenas na produção na instalação fabril. O MES geralmente gera cronogramas a curto prazo e aloca recursos com suas capacidades analíticas. Os módulos principais de MES são fornecidos por empresas de ERP e por forne cedores menores especializados em MES. Execução do transporte Semelhante ao MES no que se refere ao APS, os sistemas de execução de transporte co locam os planos de transporte na prática. São menos analíticos do que os sistemas de plane jamento, mas servem como link operacional para as ferramentas de planejamento. Sistem a de gerenciamento de armazém Assim como os sistemas de execução de transporte, os sistemas de gerenciamento de ar mazém (warehouse management systems, WMS) executam comandos de planejamento de es toque e as operações corriqueiras de um depósito. Esses sistemas também acompanham os estoques em um depósito. Colocação de aplicativos analíticos no mapa de tecnologia da informação Em nosso mapa de TI, os aplicativos geralmente encontram-se distribuídos por vários es tágios da cadeia de suprimento no nível de Alguns aplicativos de planejamento expan planejamento, como pode ser visto na Figura 12.6. idem-se operacionalmente, o que também está de monstrado na figura. O SCM espalha-se por muitos estágios da cadeia de suprimento. Lem- bre-se de que alguns aplicativos, como os de transporte, podem existir entre quaisquer pares de estágios da cadeia de suprimento e nãoapenas onde estão localizados na Figura 12.6. Planejamento Operação Estratégia *Plan. = planejamento (Figura 12.6 Mapa de aplicativos analíticos. O mapa de TI destaca as principais vantagens dos aplicativos analíticos, que são as se guintes: 1. Os aplicativos analíticos possuem capacidades analíticas bastante sofisticadas e geram so luções muito melhores que as que seriam obtidas em sua ausência. Portanto, esses apli cativos potencialmente podem aumentar muito a lucratividade de seus usuários. Isso pode ser visto pela inserção dos aplicativos analíticos na escala vertical do mapa de TI. 2. Os aplicativos analíticos geralmente conseguem responder aos problemas e emergências em tempo real. Por exemplo, os cronogramas podem ser reexecutados instantaneamente se uma máquina apresentar problemas, alterando a produção rapidamente. CSereiiciameiuío da Cadeia de Suprimentos Sunii Chopra e Pet:er Melodl * D ir et os R es er va do s - Co py rii gh i Pe ar so n Sc ac at lo n - 37 83 ã8 79 I8 24 5C A Pj L2 ffi re fts s R es er va do s Co py rig ht Ps ar se r; Ed uc at lo n ■■ S7 88 58 79 Í8 24 SC A P1 2; Di re ito s R es er va do s ES TA CI O - ID PA ST A; 11 32 55 - DA TA A? ?.Q V. : 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 - DA TA G ER A, : Í3 /3 /2 G 12 09 :4 6: 26 íS TA Ci O - ID PA ST A: 11 92 55 •• BA TA AP RO V. : 10 /S /2 Q 10 17 :1 1: 39 356 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento Os aplicativos analíticos apresentam uma desvantagem no que diz respeito ao mapa de TI: o principal problema é que não possuem o escopo amplo de um sistema ERP. Dependem de dados fornecidos por sistemas legados ou ERP e quando os dados sobre cadeia de supri mento não estão disponíveis, devem recorrer a estimativas ou otimização local. De qualquer maneira, a integração do aplicativo analítico com um bom sistema de dados é essencial. Fornecedores de aplicativos analíticos Para cada aplicativo analítico citado, existem fornecedores líderes diferentes e ressalta mos cada caso. Entretanto, como esse é um ramo de atividade relativamente novo, há uma certa fragmentação. Para nossa discussão, enumeramos apenas os dois principais fornecedores de SCM (juntamente com os fornecedores de ERP) porque são os que combinam melhor o escopo entre estágios com a capacidade analítica: 1. i2 Technologies. A i2 Technologies é a líder de mercado de SCM. Começou a se fortale cer com seus sistemas potentes de APS utilizados por pequenos fabricantes. A i2 atende mais à indústria de alta tecnologia, embora atualmente possua uma ampla carteia de clientes. 2. Manugistics. A segunda maior fornecedora de SCM é a Manugistics, apesar de estar bem atrás da i2. Os sistemas da Manugistics são mais indicados para planejamento de demanda e distribuição de bens de consumo. 3. Fornecedores de ERP. Alguns fornecedores de ERP também estão desenvolvendo capa cidades de SCM por meio de diversas abordagens. A SAP está desenvolvendo suas capa cidades internas, a Oracle inclinou-se para parcerias com antigos fornecedores de SCM (embora também tenha desenvolvido soluções internas de cadeia de suprimento) e a Peo plesoft, J.D. Edwards e Baan adquiriram empresas de SCM e estão incorporando seus produtos em conjuntos de ERP. A té o momento, os fornecedores de ERP não tiveram uma inserção expressiva no mercado de aplicativos analíticos, pois seus produtos estão mais atrasados que os dos líderes mencionados. Resumindo nossa discussão sobre tipos de sistemas de TI, é importante que os gerentes de cadeia de suprimento compreendam a interação entre os sistemas ERP e os aplicativos analíticos. Embora às vezes sejam considerados concorrentes, também são interdependentes. O valor completo do sistema ERP não pode ser percebido sem a capacidade de solução de problemas dos processos analíticos. Por outro lado, para que as soluções analíticas surtam efeito, precisam de dados detalhados fornecidos por diversas funções. Uma das melhores ma neiras de conseguir esses dados é por meio de um sistema ERP. Portanto, os gerentes muitas vezes mesclam esses dois aplicativos para construírem a melhor cadeia de suprimento. O futuro: tendências da tecnologia da informação na cadeia de suprimento A importância da TI na cadeia de suprimento continuará a crescer. A medida que as ca deias de suprimento tornam-se mais globais e complexas e os clientes e concorrentes tornam- se mais exigentes, as empresas passarão a precisar das capacidades da cadeia de suprimento que apenas os sistemas sofisticados de TI podem proporcionar. Portanto, a importância da TI para a cadeia de suprimento só tende a aumentar. Porém, é muito difícil prever seu futuro. Existem três tendências principais que influenciarão a indústria de software de cadeia de su primento em um futuro não muito distante. Sistemas especialistas contra sistem as integrados Iniciou-se uma batalha não apenas entre fornecedores de uma mesma categoria de soft ware, mas também entre fornecedores de tipos diferentes de software. O exemplo mais nítido é o do conflito entre fornecedores de ERP e os de aplicativos analíticos. Os criadores de apli- Gerenciamento cfa Cadela de Suprimentos Suniii Chopra e Peter Meindl fv E.; p a s t a u o i 'à PROFESSOR u i r-J 0 4 Si v»í mm ■ , i t t g o CAPITULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento J 3 / m b I ^| « | cativos analíticos lutam para construir um pacote que seja o melhor para a solução de pro- P blemas de uma determinada função de um estágio da cadeia de suprimento. Os fornecedores de ERP desenvolvem um sistema que permite uma única visão integrada de diversas funções de um estágio da cadeia. Os aplicativos analíticos devem estar integrados com um sistema le gado ou ERP para receberem os dados que precisam analisar. Assim, os dois tipos de siste- i < mas naturalmente se completam. Contudo, há um conflito entre os grupos à medida que os g fornecedores de ERP passam a desenvolver seus próprios aplicativos analíticos e começam a 5 i competir diretamente com os fornecedores desses aplicativos. 3 jo Aqueles que acham que a abordagem de sistemas especialistas é a melhor solução, esco lhem o melhor aplicativo para cada função ou estágio individuais na cadeia de suprimento. Esses aplicativos são os melhores daquela função. As empresas então cercam-se de diversos ’ tipos de sistemas que devem integrar para chegarem ao escopo global da cadeia. Essa inte- fe gração pode ser muito complicada porque partes individuais do sistema são fornecidas por L empresas de software diferentes e podem não ter sido projetadas para funcionarem em con- Q junto. A vantagem é que a empresa realmente consegue as melhores soluções se superar esses ’ problemas. H Aqueles que são a favor da abordagem de sistemas integrados enfrentam dificuldades ji para integrar todos os aplicativos diferentes e, em vez disso, optam por um pacote único para | | ser usado em todas as funções e, potencialmente, até em todos os estágios da cadeia de su- ® primento. A idéia é que se todos os módulos são provenientes de uma única empresa, pro- v vavelmente foram projetados para trabalhar em conjunto e, portanto, a operação deveria ser muito mais fácil que na abordagem de sistemas especialistas. Claro que a simplificação das ^ o operações é obtida desde que a empresa seja capaz de escolher a melhor ferramenta analítica para a solução de um determinado problema. Além disso, a fonte única de TI poderiacausar m os mesmos problemas das fontes únicas de qualquer fornecedor. SJ Não se sabe qual das idéias vencerá a batalha ou se algum vencedor se destacará clara- 2 mente. Entretanto, os aplicativos analíticos demonstraram dificuldade de desenvolvimento | para empresas com pouca experiência. E no que se refere à estratégia de aquisição, também 5 ifi não funcionou para fornecedores de ERP. í Cf) Por fim, provavelmente ambas as idéias coexistirão, sendo que cada uma atenderá aos se- jí tores que mais se enquadrarem em seus atributos particulares. Por exemplo, em áreas nas q quais o melhor planejamento de estoque pode ser uma vantagem competitiva, podemos es- 1 perar empresas escolherem a solução de sistemas especialistas para que possam aproveitar as M g* melhores soluções para estoques. Quando uma função particular não oferece uma grande 5 i vantagem, esperamos ver as empresas escolherem os sistemas integrados porque sua facilida- in 6 o*3 O i® Sn I |Q Sffi de de instalação e operação superaria qualquer ganho proveniente de um sistema analítico mais avançado. Mudanças na plataforma À medida que os sistemas de TI mudaram-se de legados para ERP e sistemas analíticos, houve uma mudança na tecnologia, de plataformas mainframe para cliente/servidor. Atual mente, duas tecnologias estão assumindo a tecnologia cliente/servidor que foi a plataforma s Q dominante dos aplicativos de TI de cadeia de suprimento. A primeira é o aplicativo com base em navegador. Os usuários desse aplicativo precisam ^ apenas de acesso à Internet e de um navegador em seu computador, pelo qual os usuários acessam o sistema de TI. Qualquer informação ou análise necessária fica disponível pelo na vegador. Orçamentos e armazenamento ficam em um servidor central. Essa tecnologia é ins- H 8 ; | | » tigante, pois não requer muitos gastos com atualizações de software no computador do g usuário. A redução dos custos e a capacidade de facilmente utilizar as versões de aplicativos mais recentes fazem dessa opção uma das mais interessantes. Até o momento, todos os prin cipais fornecedores de software citados aqui estão tentando aproveitar essa tecnologia modi ficando os produtos para tornarem-se acessíveis pela Internet. CJerenciamente da Cadeia de Suprimentos Sunll Chopra o Peter Meindl Di re ito s R as ar vs do s - C sp yr lg ht Pa sin se r: Ed ^C sít e - S7 88 58 79 18 24 SC  PI 2 y; ifã íts s R es er va do s - Cs py iri gM Ps ar so n Ed uc sd fe in - S7 88 58 79 18 24 SC A P1 2 Dl rei t& s R es er va do s - ES TA CI O - ID PA ST A: 11 52 55 - 3A TA AP RO V. ; 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 33 - DA TA GE RA ,: 13 /3 /2 01 2 03 :4 6: 25 ES TA CI O - ID PA ST A: 11 92 55 - DA TA AP RO V. : 10 /6 /2 01 0 17 :1 1: 39 !» A S T A D O PIROFESSOR 358 PARTE 4 Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento A segunda tecnologia é o novo modelo de aplicativo para provedores de serviço (appli- cation service providers, ASP). Os ASPs não desenvolvem seus próprios softwares, como são hospedeiros de programas desenvolvidos por outros e alugam o uso do produto para as em presas. O ASP é então responsável pela execução dos aplicativos que o cliente aluga. Os ASPs oferecem para aluguel sistemas ERP e alguns aplicativos analíticos. O modelo ASP transformou o modelo tradicional fazendo com que os clientes paguem uma taxa de assina tura mensal para utilizarem o software em vez de uma taxa enorme para conseguir a licença de sua utilização. Os ASPs começaram com foco em empresas menores que não tinham ca pital para investir em instalações caras de sistemas. As vantagens do ASP, tais como atuali zação mais fácil e pouco investimento inicial, podem passar a ser uma boa opção para empresas grandes, embora sua penetração em empresas de maior porte seja provavelmente muito menor do que em empresas pequenas. Os APSs não existem apenas como empresas independentes, mas também como integrantes de empresas fornecedoras de software (como a Oracle) que começaram a oferecer seu próprio serviço de ASP. Essa tendência de modelo baseado em serviço tem grandes chances de ter continuidade e modificarão significativamente o modo como a indústria de software é estruturada. Os líderes em ASP incluem USInternet- working e Corio. Convergência de gerenciamento de cadeia e suprimento e intercâmbios business-to-business Intercâmbios business-to-business (B2B) são mercados eletrônicos na Internet onde for necedores e compradores interagem para conduzir suas transações. Muitos intercâmbios B2B surgiram em 1999 e 2000, cada um focado em um determinado setor, como a indústria de componentes eletrônicos, plásticos ou de peças de automóveis. A maior parte desses sites de B2B concentraram sua energia no desenvolvimento de um site na Web e na captação de com pradores e vendedores potenciais para a indústria vertical. Esses intercâmbios oferecem a oportunidade de obtenção de grande valor por meio da redução de custos de transação, me lhoria na visibilidade da cadeia de suprimento e alocação de demanda e oferta mais eficiente (mais detalhes no Capítulo 14). Os intercâmbios B2B incentivaram muitos tipos de transações. Em seu nível mais básico, os intercâmbios criam um mercado eficiente para compra e venda de produtos. Isso pode ser feito através de diversos métodos tais como leilões (um vendedor, diversos compradores), lei lões invertidos (um comprador, diversos vendedores), transações com preço fixo (um compra dor e um vendedor) e leilões com lances (diversos compradores e vendedores fazem lances). Algumas dessas transações, como por exemplo, os leilões, são mais indicadas para relaciona mentos a curto prazo. Para uma relação a longo prazo entre comprador e vendedor, em que é aconselhável manter uma integração mais próxima, os intercâmbios podem agregar ainda mais valor. Os intercâmbios não apenas proporcionam mais eficiência nas transações e criação do mercado, como também permitem uma colaboração mais intensa entre compradores e vendedores. Por exemplo, os intercâmbios podem permitir o compartilhamento de previsões de demanda entre compradores e vendedores para que os vendedores possam gerenciar sua produção mais precisamente. Os intercâmbios também possibilitam uma combinação eficiente entre compra de produtos e serviços de logística necessários para atender o pedido. À medida que os intercâmbios tornaram-se operacionais, ficou cada vez mais claro que a chave para os intercâmbios agregarem valor está na colaboração entre compradores e vende dores, que um mercado eletrônico possibilita. Os intercâmbios precisam dos aplicativos de TI discutidos anteriormente para desenvolverem essas funções. Como os envolvidos em inter câmbios B2B perceberam que necessitam dessa capacidade, passaram a procurar os serviços de software de cadeia de suprimento mencionados aqui. Ao mesmo tempo, as empresas de software de cadeia de suprimento estão percebendo que têm nas mãos a chave do sucesso de intercâmbios B2B e, além de parcerias com inter câmbios já existentes, também estão começando a fabricar seus próprios intercâmbios. Isso Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Sunil Chopra e Pelar Mleímdi está criando uma convergência de intercâmbios B2B e as empresas de cadeia de suprimento, na qual cada uma oferece uma gama de produtos que abrangem B2B e SCM. Essa conver gência cria um novo leque de oportunidades para os criadores de software de cadeia de su primento. Também traz uma nova leva deconcorrentes ao mundo de softwares de cadeia de suprimento que alterarão o cenário competitivo. 12.5 T E C N O L O G IA D A IN F O R M A Ç Ã O N A C A D E IA DE S U P R IM E N T O N A P R Á T IC A __________________________________________________________ Embora existam diversos pacotes de sugestões práticas para cada componente dos siste mas de cadeia de suprimento citados aqui, existem alguns conceitos gerais que os gerentes de vem lembrar ao tomarem decisões acerca da TI da cadeia de suprimento. • Escolher um sistema de TI que leve em consideração os fatores-chave para o sucesso da empresa. Toda indústria e até as empresas que integram uma indústria podem ter diferentes fatores-chave de sucesso. Por fatores-chave de sucesso entendemos dois ou três elementos que realmente determinam se a empresa será ou não bem-sucedida. É importante escolher sistemas de TI de cadeia de suprimento que possibilitem à empre sa vantagens nas áreas mais cruciais para o sucesso de seu negócio. Por exemplo, a ca pacidade de estabelecer níveis ótimos de estoque é crucial para a indústria de PCs em que os ciclos de vida do produto são curtos e o estoque torna-se obsoleto rapidamente. Por outro lado, os níveis de estoque são muito menos importante para uma empresa de petróleo, em que a demanda é relativamente estável e o produto tem um ciclo de vida bastante longo. Para a empresa de petróleo, a chave para o sucesso dependeria mais da utilização da refinadora. Conhecendo esses fatores-chave, uma empresa de PCs pode escolher um pacote que seja forte na determinação de níveis de estoque, mesmo que seja fraca na maximização da utilização da capacidade do produto e a em presa de petróleo escolheria um pacote diferente que fosse forte na maximização da utilização, mesmo que os estoques não sejam prioridade. • Alinhar nível e necessidade de sofisticação. A gerência deve considerar até que ponto um sistema de TI lida com os fatores-chave de sucesso da empresa. Pode haver uma troca entre a facilidade de implementação de um sistema e o nível de complexidade do sistema. Portanto, é importante considerar qual o grau de sofisticação necessário para a empresa alcançar seus objetivos e então garantir que o sistema escolhido pela empresa seja compatível com esse grau. Isso é importante porque a opção por menos sofisticação do que o necessário leva a empresa à fragilidade competitiva, ao passo que a tentativa de ser sofisticada demais leva a uma possibilidade maior de se afundar na complexidade. Os gerentes devem ponderar qual o nível de sofisticação necessário. Se não precisam de muita sofisticação, os gerentes devem optar pela simplicidade. Se pre cisam de muita, devem procurar sistemas que a ofereçam. • Utilizar sistemas de TI para apoiar a tomada de decisões mas não para tomar decisões. Embora os pacotes analíticos disponíveis atualmente possam tomar decisões ótimas de cadeia de suprimento para seu gerenciamento, isso não significa que os aplicativos de TI possam tomar todas as decisões. Um erro que as empresas podem cometer é ins talarem um sistema de cadeia de suprimento e então reduzirem a quantidade de tra balho gerencial gasto com questões de cadeia de suprimento. A gerência deve se concentrar na cadeia de suprimento porque conforme o cenário competitivo e de clientes muda, há necessidade de fazer mudanças equivalentes na cadeia de suprimen to. Em seu nível mais alto, a estratégia de cadeia de suprimento precisa ser determi nada pelos líderes da empresa. Portanto, a gerência deve manter seu foco no que CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 3 5 9 Gerenciamento da Cadela de Suprimentos Suníl Chcjpira e Peter Meindl Di re ito s R es er va da s - Co py rig ht ?# ar se n «c uc at fc - 3/ SS 3S 79 1S 24 5C A PI 2 Di re tto s Ra se rv ad os - C os w íg ht Ps ar so n Ed ^s st lo r; - §? 88 38 79 18 24 5G A P1 2; Di re ito s R as sc va de s SS TA CI O - IS PA ST A: U S2 55 - DA TA A PR O v, i 1G /6/ 2- 31 Ü 17 :1 1: 39 - DA TA :E SR A= : 13 /3 /2 01 2 Q S; 4§ ;2 5 ES TA CI O - ID rÁ ST A; 11 92 55 - Dà T ÃP RO Y, : 10 /6 /2 31 0 17 :1 1: 39 acontece com sua cadeia de suprimento para tomar as melhores decisões estratégicas de cadeia de suprimento. Pensar no futuro. Apesar de ser mais difícil escolher um sistema de TI pensando no futuro e não no presente, é muito importante que os gerentes incluam a situação fu tura dos negócios em seu processo de decisão. Se há tendências em uma determinada indústria que indicam que características significativas deverão se tornar cruciais no fu turo, os gerentes precisam ter certeza de que suas escolhas em TI não as excluam. Uma área que afetou a indústria como um todo é a mudança das tecnologias para apli cativos baseados na Web. Os gerentes devem escolher seus sistemas de TI consideran do tendências como essa. Como os sistemas de TI duram por muito mais tempo que o planejado originalmente, os gerentes precisam descobrir qual será a flexibilidade desses sistemas se forem necessárias mudanças no futuro. Essa descoberta pode ir mui to longe a ponto de se pensar na viabilidade de se tornar o próprio criador de software de cadeia de suprimento. Se não for claro que a empresa receberá suporte de uma em presa de software no futuro, a gerência deve garantir que outras vantagens do produto superem essa desvantagem. A chave aqui é garantir que o software não satisfaça ape nas as necessidades atuais da empresa, mas, também, e mais importante ainda, que sa tisfaça as necessidades futuras. Transporte, Projeto de Rede e Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 12.6 R E S U M O D O S O B JE TIV O S DE A P R E N D IZ A G E M ____________________ 1. Compreensão da importância da informação e da tecnologia da informação em uma ca deia de suprimento. A informação é crucial para a tomada de boas decisões da cadeia de suprimento por que oferece um escopo amplo necessário para decisões ótimas. A tecnologia da informa ção oferece as ferramentas para agrupar as informações e analisá-las, possibilitando as melhores decisões de cadeia de suprimento. 2. Conhecimento profundo de como cada aspecto da cadeia de suprimento utiliza a infor mação. Cada um dos aspectos da cadeia de suprimento discutidos em capítulos anteriores (es toque, transporte e instalações) precisa do quarto aspecto para tomar suas decisões: a in formação. A informação é o componente real sobre o qual baseiam-se as decisões dos outros componentes da cadeia de suprimentos. Essencialmente, a informação é o elo que conecta a cadeia de suprimento inteira e permite seu funcionamento, sendo seu elemento mais importante. 3. Compreensão das diferentes tecnologias da informação utilizadas em uma cadeia de su primento e como foram modificadas ao longo do tempo. À medida que a importância da informação aumenta, valoriza-se mais ainda a impor tância da TI para agrupar e analisar os dados para a tomada de decisões. Os sistemas de TI podem ser classificados sobre uma dimensão horizontal que abrange os estágios da ca deia de suprimento. Os sistemas de TI também são classificados em uma dimensão verti cal que mede o nível de funcionalidade do sistema. Essa matriz permite que vejamos todos os papéis das diversas tecnologias utilizadas na cadeia de suprimento e possibilita a compreensão de como as diferentes tecnologias interagem entre si. As principais cate gorias dos sistemas de TI que substituem os antigos sistemas legados são os sistemas ERP, que concentram-sena expansão do escopo da cadeia, e os aplicativos analíticos, que con centram-se na análise de informações para a tomada de decisões de estratégia e planeja mento na cadeia de suprimento. Gerenciamento cia Cadeia cie Suprimentos Sursil Chopra e Peter Meíndl 360 PARTE 4 *K im W è ^Í S -^ U O S F & sr s0 7T T xm té iu v: i - » /4 9 a a /9 1 6 2 n C ff K Z JH HS W ÕS K 6 1 8 W ia S S ‘- 1 C s ^ ig íR !W B õ n !h g ro ti 6 yr -" W B g S S 7 g lB ^ W '" J 2 'B ki ftf eS R g & rv & g ò g *C fr f^ ES TA CI O -10 Pã ST â : 11 92 35 - JA TA AP RQ V. ; 10 /6 /2 01 0 17 ;1 I: 39 - DA TA GE RA .: 13 /3 /2 01 2 09 :4 6: 26 ES TA CI O - ID PÁ ST A= 1 19 25 5 - DA TA ÂP RO ¥= t 10 /S /2 S1 Q 17 :1 1: 39 - DA T. CAPÍTULO 12 Tecnologia da Informação em uma Cadeia de Suprimento 361 Questões para discussão 1. Por que uma empresa que inicia suas atividades escolhe sistemas de TI diferentes do que os de uma empresa estabelecida que enfrenta a mesma situação competitiva? 2. Que tipos de indústrias provavelmente escolheriam o sistema especialista para seus siste mas de TI? Que tipos provavelmente escolheriam o sistema integrado? 3. Discuta como as mudanças na plataforma de tecnologia tornaram os sistemas de TI de ca deia de suprimento mais eficientes. 4. Que tipos de empresas achariam o modelo ASP mais interessante que o modelo tradicio nal de compra da licença do software? 5. Discuta como o impacto dos modelos ASP e outros software baseados no serviço e não na licença mudarão a indústria de software. 6. Como o surgimento dos intercâmbios comerciais B2B alteram a cadeia de suprimento no que se refere a sistemas de TI? 7. A indústria de aplicativos analíticos será mais fragmentada, com empresas diferentes do minando aplicativos diferentes, ou uma ou duas empresas dominarão toda a indústria des ses aplicativos? Explique sua resposta. 8. Discuta por que a indústria de alta tecnologia tem sido líder na adoção de sistemas de TI de cadeia de suprimento. 9. Por que grandes fabricantes de carros são líderes nos intercâmbios B2B? Bibliografia BERQUIST, Thomas; KAHL, Steven; KUMAR, Arun. “Supply and demand management.” Piper Jaffrey, março de 1998. FISCHER, Dave. “The advantages of planning systems.” Supply Chain Management Review, Global Supplement, 2000, p. 8-11. SODHI, Mohan. “Getting the most from planning technologies.” Supply Chain Management Review, Global Supple ment, 2000, p. 19-23. Para o b te r mais informações Para mais informações sobre TI, consulte as seguintes publicações: Red Herring Information Week Manufacturing Systems Upside The Industry Standard Business 2.0 Gerenciamento da Cadela de Suprimentos Sunil Chopra © Peter Meindl