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LIGAÇÕES QUÍMICAS
Questões importantes explicam porque
precisamos estudar as ligações químicas!!!
• o que promove a união de átomos?
• que tipos de ligações químicas existem?
• que propriedades podem ser inferidas a partir
dos tipos de ligação química dos materiais?
Estrutura atômica e ligações
químicas
Átomo: DERIVADO DO GREGO - INDIVISÍVEL
Estrutura Atômica:
Conceitos Fundamentais
Determina as propriedades químicas;
Estabelece a natureza das ligações
interatômicas;
Controla o tamanho do átomo
Energias e Força de ligação
O entendimento de muitas
propriedades físicas dos
materiais é devido ao
conhecimento das forças
interatômicas que ligam os
átomos.
Para longas distâncias, as
interações são desprezíveis,
mas com a aproximação dos
átomos cada um exerce força
sobre o outro.
FORÇA ATRATIVA (FA):
•A origem depende do tipo específico de ligação entre dois átomos;
•Responsável pela agregação atômica;
FORÇA REPULSIVA (FR)
•Quando as camadas externas começam a se superpor, a força de
repulsão entra em ação.
•A força de repulsão explica a existência de espaços vazios em torno
do núcleo.
R A N
F F F + =
FA + FR = 0
Estado de Equilíbrio
Resistência mecânica: aumenta com a força máxima e com a
profundidade do poço da curva de energia de ligação.
Pontos de fusão e de ebulição: aumentam com a profundidade do
poço da curva de energia de ligação.
Grandes energias de ligação = alta temperatura de fusão
TA:
Coeficiente de expansão térmica: diminui com a profundidade do
poço da curva de energia de ligação.
Rigidez Mecânica: Depende da forma da curva de força – Curva
íngreme em ro o material é rígido, se suave é flexível.
Grandes energias: sólidos
Pequenas energias: gases
Energias intermediárias: líquidos
Os átomos podem atingir uma
configuração estável de três maneiras:
ELETRONEGATIVO – GANHO DE ELÉTRONS
ELETROPOSITIVO – PERDA DE ELÉTRONS
COMPARTILHAMENTO DE ELÉTRONS
Tipos de ligações
1. Iônicas
2. Covalentes
3. Metálicas
4. Van der Waals
Ligações fortes
Ligações fracas
Ligações Fortes
•A ligação envolve necessariamente os elétrons de
valência;
•A natureza da ligação depende das estruturas;
eletrônicas dos átomos constituintes;
•Se origina da tendência dos átomos para adquirir
estruturas estáveis.
•As características atômicas resultam em 3 tipos de
ligações:
Elemento eletropositivo
+
Elemento eletronegativo
Ligação Iônica
Elemento eletropositivo
+
Elemento eletropositivo
Ligação Metálica
Elemento eletronegativo
+
Elemento eletronegativo
Ligação Covalente
• Ocorre entre íons + e-.
• Necessita transferência de elétrons.
• Requer grande diferença de eletronegatividade.
• Exemplo: NaCl
Ligação Iônica
Na (metal)
instável
Cl (não metal)
instável
Elétron
+ -
Atração
Coulombica
Na (cátion)
estável
Cl (ânion)
estável
Ligações iônicas
Resultam da transferência de elétrons de um átomo
para outro.
• O Na doa o seu elétron de valência,
tornando-se eletropositivo Na+
• O Cl recebe elétrons, tornando-se
eletronegativo Cl-
• Formação de íons (cátions e ânions)
Ligações iônicas
• A magnitude dessa força obedece a Lei de Coulomb.
• Forças de ligação atrativas.
r é a distância interatômica
z1 e z2 são as valências dos 2 tipos de íons
e é a carga do elétron (1,602x10-19 C)
0 é a permissividade do vácuo (8,85x10-12 F/m)
Ligações iônicas
A energia de atração é coulombiana – íons positivos e
negativos se atraem. Para dois íons isolados a energia
de atração é função da distância interatômica: EA = -
A/r
A energia repulsiva é dada por: ER = B/r
n
onde A, B e n são constantes cujos valores dependem de cada
sistema iônico. O valor de n é aproximadamente 8.
As energias de ligação iônicas são relativamente
elevadas e situam-se na faixa de 600 a 1500Kj/mol
(aproximadamente 3 a 8 eV/átomo) – o que explica as
elevadas temperaturas de fusão de sólidos iônicos..
Ligação iônica
Na+ Cl- Na+ Cl-
Na+ Cl-
Na+ Cl-
Na+ Cl-
Cl- Na+
Na+ Cl-
Cl- Na+
Na+
Na+
Cl-
Cl-
Força de ligação
de Coulomb
• É não-direcional.
• Empilhamento de íons sem
orientação preferencial.
• O empilhamento é
governado pelo arranjo
geométrico dos íons e pela
necessidade de manter a
neutralidade elétrica do
sólido.
• A magnitude é igual em
todas as direções ao redor
do íon.
• ligação predominante nas Cerâmicas
Give up electrons Acquire electrons
Exemplos de ligações iônicas
He
-
N e
-
Ar
-
K r
-
Xe
-
Rn
-
F
4.0
Cl
3.0
B r
2.8
I
2.5
At
2.2
Li
1.0
Na
0.9
K
0.8
Rb
0.8
Cs
0.7
Fr
0.7
H
2.1
Be
1.5
Mg
1.2
Ca
1.0
Sr
1.0
Ba
0.9
Ra
0.9
Ti
1.5
Cr
1.6
Fe
1.8
Ni
1.8
Zn
1.8
As
2.0
Cs Cl
MgO
CaF 2
NaCl
O
3.5
Energia de ligação
• Os materiais iônicos são
duros e quebradiços e, além
disso, isolantes elétricos e
térmicos.
• É a ligação
predominante nos
materiais cerâmicos.
• É forte PF dos materiais é geralmente alto.
Sólido iônico E (kJ/mol) PF (oC)
NaCl 640 801
MgO 1000 2800
Fonte: Smith, 1998.
CARACTERÍSTICAS DOS COMPOSTOS IÔNICOS:
* são sólidos à temperatura ambiente (sólidos cristalinos);
* são duros e quebradiços;
* conduzem corrente elétrica quando: fundidos ou em solução;
* possuem alto ponto de fusão e de ebulição.
Materiais cerâmicos
• As cerâmicas são compostas por pelo menos
dois elementos, e freqüentemente mais do que
isso.
• Os íons metálicos estão carregados positivamente
(cátions), pois doaram os seus elétrons de valência
para os íons não-metálicos (ânions), que por sua vez
estão carregados negativamente.
Materiais cerâmicos
Estabilidade do
material depende
magnitude da carga elétrica
em cada um dos íons
componentes e
tamanhos ou raios iônicos
dos cátions e dos ânions.
• São compostos formados entre elementos metálicos e
não-metálicos da tabela periódica;
• Geralmente são óxidos;
• A ligação química pode variar de puramente iônica até
totalmente covalente;
• São mais resistentes a altas temperaturas que metais e
polímeros;
• Em decorrência do tipo de ligação química, as
cerâmicas são:
– Relativamente rígidas e resistentes
– Muito duras mas também frágeis
– Altamente susceptíveis a fratura
– Tipicamente isolantes a passagem de calor e eletricidade
Ligações covalentes
• Ligações direcionais, resultam do compartilhamento
de elétrons entre átomos adjacentes.
C H H
H
H
Elétron
compartilhado
do C
Elétron
compartilhado
do H
Molécula de
metano (CH4)
• Ocorrem entre átomos
com pequenas diferenças
de eletronegatividade e
que estão próximos uns
dos outros na tabela
periódica.
• C tem 4 e- de valência e
precisa de outros 4; H tem
1 e- de valência e precisa
de mais um.
• Têm eletronegatividades
semelhantes.
Ligações covalentes
• São direcionais e formam ângulos bem definidos.
• Ocorre entre átomos específicos
que participa no compartilham seus
elétrons completando a camada de
valência e tornando a molécula
estável.
•Apresentam grande faixa de
energias de ligação e pontos de
fusão. Ex: C na estrutura diamante
funde a 3550ºC enquanto o bismuto
funde a 270 ºC.
• Exemplos: H2, Cl2, HNO3,
diamante e silício.
Exemplo mais simples: H2
H + H H H
Elétron 1s1 Ligação covalente
Molécula de H2
Energia potencial em função
da distância para dois átomos
de H.
• Moléculas com não metais
• Moléculas com metais e não metais
• Sólidos elementares (à direita da tabela periódica)
• Compostos sólidos (ao redor da coluna IVA)
He
-
Ne
-
Ar
-
Kr
-
Xe
-
Rn
-
F
4.0
Cl
3.0
Br
2.8
I
2.5
At
2.2
Li
1.0
Na
0.9
K
0.8
Rb
0.8
Cs
0.7
Fr
0.7
H
2.1
Be
1.5
Mg
1.2
Ca
1.0
Sr
1.0
Ba
0.9
Ra
0.9
Ti
1.5
Cr
1.6
Fe
1.8
Ni
1.8
Zn
1.8
As
2.0
Si C
C(diamond)
H2O
C
2.5
H2
Cl2
F2
Si
1.8
Ga
1.6
GaAs
Ge
1.8
O
2.0
co
lum
n I
VA
Sn
1.8
Pb
1.8
Exemplos de ligações covalentes
Número de ligações covalentes
O número de ligações covalentes possíveis para um dado átomo é
determinada pelo número de elétrons de valência do átomo em
questão.
Para N´elétrons de valência, um átomo pode se unir a no máximo 8
– N´átomos. Ex: Cloro tem N´= 7, portanto só pode se unir a 1 outro
átomo como em Cl2 ou HCl. O carbono tem N´=4 e, portanto pode
se unir a no máximo 4 outros átomos como em CH4, ou formando
estruturas tridimensionaisde carbonos interconectados
(diamante)em que cada átomo de carbono está covalentemente
unido a 4 outros átomos de carbono.
É possível haver ligações interatômicas que sejam parcialmente
iônicas e parcialmente covalentes. Na realidade poucos são os
compostos que possuem exclusivamente ligações iônicas ou
covalentes. O grau de caráter iônico vai depender das diferenças
em eletronegatividade dos átomos envolvidos na ligação e é dado
por:
% caráter iônico = {1 – exp[-(o,25) (XA – XB)
2]} x 100
• Influência direta nas propriedades dos materiais.
Ligações covalentes múltiplas
Ligação Energia de rede
(kJ/mol)
C – C 370
C = C 680
C C 890
Fonte: Smith, 1998.
• Os materiais poliméricos tipificam
essa ligação, sendo a estrutura
molecular básica uma longa
cadeia de átomos de carbono
que se encontram ligados entre
si de maneira covalente, através
de duas das quatro ligações
disponíveis em cada átomo.
Os polímeros
Estrutura do polietileno.
• São compostos orgânicos quimicamente baseados no
carbono, hidrogênio, e em outros elementos não-
metálicos (como O, N e Si);
• Possuem estruturas moleculares muito grandes, na
forma de cadeias que possuem átomos de C como sua
espinha dorsal (cadeia principal);
• Ligação química predominantemente covalente;
• Em decorrência da sua estrutura característica são:
– Extremamente dúcteis e flexíveis
– Possuem baixa densidade
– Não suportam altas temperaturas
– Possuem baixas condutividades térmicas
Ligação metálica
• Encontrada nos metais e suas ligas.
• Formada com átomos de baixa eletronegatividade
(apresentam no máximo 3 elétrons de valência).
• Os elétrons de valência não estão ligados a nenhum
átomo em particular no sólido.Ligação não direcional.
+ + +
+ + +
+ + +
- - -
- - -
- - -
- - -
-
-
-
-
Núvem
de
elétrons
Núcleo
dos
íons
Ligação metálica
Ligações secundárias – Van der Waals
Apresentam baixa energia de ligação baixa 4 a 40 kJ/mol.
Similares à ligação iônica atração de cargas opostas.
Os elétrons não são transferidos. A atração depende da distribuição
assimétrica das cargas positivas e negativas.
As cargas assimétricas são os “dipolos” que podem ser flutuantes ou
induzidos, ou permanentes.
Um dipolo elétrico existirá sempre que houver alguma separação
entre as frações positiva e negativa de um átomo ou molécula.
A ligação resulta da atração coulombiana entre a extremidade
positiva de um dipolo e a região negativa de um dipolo adjacente.
A polaridade da ligação apresenta uma direção, um sentido e uma
intensidade, podendo ser representada por um vetor μmomento
dipolar que se orienta sempre no sentido do pólo negativo.
13
Surgem da interação entre dipolos
• Dipolos permanentes –induzidos pela molécula
• Dipolos flutuantes
-caso geral :
-ex: HCl líquido
-ex: polímeros
Adaptado da Fig. 2.13, Callister 6e.
Adaptado da Fig. 2.14,
Callister 6e.
Adaptado da Fig. 2.14,
Callister 6e.
Ligações secundárias – Van der Waals
Nuvens eletrônicas assimétricas
+ - + -
ligação
secundária
H H H H
H 2 H 2
ligação
secundária
ex: H2 líquido
+ - ligação
secundária
+ -
H Cl H Cl ligação
secundária
Exemplo: Molécula da água – H2O
105o
O
H H
Ligações de hidrogênio
= 1,84 debyes.
-
+ +
Dipolo
Tipo
Iônica
Covalente
Metálica
Secundárias
Energia de Ligação
Grande!
Variável
grande-Diamante
baixa-Bismuto
Variável
grande-Tungstênion
pequena-Mercúrio
menores
Comentários
Não direcional (cerâmicas)
Direcional
semicondutores, cerâmicas
polímeros
Nãodirecional (metais)
Direcionais
inter-cadeia (polímero)
intermoleculares
RESUMO: LIGAÇÕES QUÍMICAS
• comprimento da ligação, r
• Energia de ligação, Eo
F
F
r
• Temperatura de fusão, Tm
Tm aumenta com aumento deEo.
Ligações químicas e TM
E o =
“energia de ligação”
Energia (r)
r
o r
Comprimento não estendido
r
Maior T m
menor T m
Energia (r)
r
o
• Módulo elástico, E
• E ~ curvatura em ro
E aumenta com aumento de Eo.
Ligações químicas e E
Área da
seção
reta A
o
D L
comprimento,
L o
F
nãodeformado
deformado
D L F
A
o
= E
L
o
Módulo elástico
r
Módulo elástico maior
Módulo elástico menor
Energia
r
o
Comprimento não deformado
• Coeficiente de expansão térmica, a
• a ~ symetria em ro
a aumenta com decréscimo de Eo.
Ligações químicas e a
= a ( T 2 - T 1 )
D L
L o
coef. Expanção térmica
r
menor a
maior a
Energia
r
o
Cerâmicas
(ligações Iônicas & covalentes):
Metais
(ligações metálicas):
Polímeros
(ligações Covalentes & Secundárias):
Elevada energia de ligação
Tm elevada
E elevado
a pequena
Energia de ligação variável
Tm moderada
E moderada
a elevada
Propriedades Direcionais
Domínio das ligações secundárias
Tpequena
E pequeno
a moderada
RESUMO: LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
LIGAÇÕES X PROPRIEDADES
PROPRIEDADES
TIPOS DE LIGAÇÕES
IÔNICA COVALENTE METÁLICA VAN DER WAALS
Ligação
Não direcional;
estruturas de alta
coordenação
Direcional; estrutura
de baixa coordenação
e baixa densidade
Não-direcional; estrutura
de alta coordenação e
alta densidade
Análogo à ligação
metálica
Mecânicas
Resistentes, Cristais
duros
Resistentes, Cristais
duros
Cristais
Variáveis
Pouco resistente,
cristais moles
Térmicas
Alto ponto de fusão,
baixo coeficiente de
expansão térmica
Alto ponto de fusão,
baixo coeficiente de
expansão térmica
Variável
Baixo ponto de fusão,
alto coeficiente de
expansão térmica
Elétrica
Isolante, condutor
por transporte
iônico quando
líquido
Isolante nos estados
sólido e líquido
Condutor Isolante
Óptica
Absorção e outras
propriedades
principalmente dos
íons individuais
Alto índice de refração
e diferentes absorções
em sólidos e gases
Opaco, com
propriedades
semelhantes no estado
líquido
Propriedades de
moléculas individuais
Dúvidas