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Transição Demográfica A queda da mortalidade mostra ganho de vidas humanas em todas as idades e envelhecimento da população. Os fatores decisivos para a queda de mortalidade são a taxa de mortalidade e de fecundidade – diminuição dos contingentes populacionais de mais jovens e ampliação das faixas etárias idosas. Preocupação da demografia: tamanho da população, composição da população por sexo e faixa etária, crescimento histórico populacional. A dinâmica populacional se dá pela natalidade, mortalidade e migração sendo que a natalidade e a mortalidade determinam o crescimento vegetativo de uma população. Até o séc. XVIII na época pré industrial (fase 1) havia alta natalidade, alta mortalidade, crescimento populacional lento com equilíbrio populacional. Na época intermediária (fase 2) havia alta natalidade com redução de mortalidade e explosão populacional. No séc. XX (fase 3) havia baixa natalidade, baixa mortalidade, equilíbrio populacional, envelhecimento e aumento do número de mulheres. Já no pós industrial (fase 4) se caracteriza por queda da natalidade, tendência descrescente da mortalidade e envelhecimento populacional. No Brasil temos os seguintes dados de coeficiente geral de fecundidade (filhos por mulher): 1900 a 1960 (6,48); 1970 a 2000 (3,37); 2000 (2,35); 2037 (1,85). O coeficiente geral de natalidade (nascidos vivos pela população área): 1900 a 1960 (44/1000); 1970 a 2000 (29/1000); 2000 (21/1000); 2037 (12/1000). Explicações para a queda da fecundidade: urbanização, industrialização, entrada da mulher no mercado de trabalho, novas tecnologias anticoncepcionais, influência dos meios de comunicação, mudanças institucionais no sistema previdenciário e de saúde. A pirâmide com a base maior mostra uma predominância de crianças e adolescentes, exigindo gastos elevados com educação e saúde. A estrutura em forma de gota, com predominância de adolescentes e adultos jovens, representa um bônus demográfico para o país: há um contingente maior da população em idade ativa. Um perfil etário na forma de pote, semelhante ao da França atual, haverá quase tanto idosos quantos jovens, pressionando os gastos com saúde e previdência. A transição epidemiológica incorpora mudanças nos padrões de saúde e doença como determinantes socio-econômicos, mortalidade, fecundidade e estilo de vida. Doenças novas emergem ocupando o espaço antes preenchido por doenças infecciosas. Caem as doenças infecciosas e parasitárias e aumentam as doenças crônicas degenerativas. Estágios da transição epidemiológica: 1- fome e pestilências: duração até o fim da idade média, alta natalidade, alta mortalidade (doenças infecciosas), desnutrição, endemias, epidemias, pandemias, expectativa de vida de 20 anos, crescimento demográfico lento. 2- declínio das pandemias: da renascença até a rev. industrial, progressiva diminuição das pandemias, doenças infecciosas como principal causa de morte, expectativa de vida de 40 anos, queda da mortalidade, natalidade alta, crescimento populacional. 3- doenças degenerativas e das provocadas pelos homens: pós rev. industrial, maior disponibilidade de alimentos, melhores condições de moradia, saneamente básico, declínio das doenças infecciosas, expectativa de vida acima de 70 anos, doenças cardíacas e neoplasias, diminuição da natalidade, desaceleração do crescimento populacional. 3- projeção: modificação do estilo de vida, diminuição das doenças cardiovasculares, doenças emergentes (AIDS, Gripe Aviária), ressurgimento de doenças. Transição-polarização epidemiológica no Brasil e América Latina: início tardio do processo de mudança do perfil epidemiológico, indicadores de doenças cardio-circulatórias e neoplasias altos, persistência de altas taxas de doenças infecciosas, alta natalidade, queda da mortalidade, crescimento populacional intenso, queda do crescimento populacional, queda da mortalidade; persistência das doenças infecciosas – chagas, malária, dengue, febre amarela, cólera, aids, tuberculose, aumento das doenças cardio-circulatórias, neoplasias, causas externas e violências. O padrão de crescimento populacional e o perfil de saúde e doença no mundo estão mudando de forma importante. Queda da natalidade e da mortalidade; diminuição das doenças infecciosas e parasitárias. A forma como as mudanças acontecem não são uniformes, dependem dos contextos específicos em cada sociedade como economia, cultura, desenvolvimento, industrialização e urbanização. As doenças mais freqüentes são as cardio-circulatórias, mas as causas violentas também são importantes componentes da mortalidade no Brasil. Ainda persistem grandes desigualdades regionais e de estratos sociais nos indicadores de saúde e na fecundidade no Brasil. Transtorno nutricional mais prevalente em países ricos: obesidade.