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PAULIANE SANTOS, ROSALVO ABILIO, TAMARA DUARTE, ELAINE ALMEIDA E TIAGO CALHAU Salvador- BA Setembro de 2011 Trabalho acadêmico apresentado à disciplina Fisiopatologia E Farmacoterapia I, do curso de graduação em farmácia, da faculdade de ciências agrárias e da saúde da UNIME. Orientadora: Prof.ª Ledilce Ataíde Anemia das doenças crônicas (ADC) O termo Anemia de Doença Crônica (ADC) foi proposto pela primeira vez por Cartwrigt, em 1966, após vários anos estudando o binômio infecção e anemia. Anemia das doenças crônicas (ADC) Definição Anemia de Doença Crônica é uma síndrome clínica que se caracteriza pelo desenvolvimento de anemia em pacientes que apresentam doenças infecciosas crônicas, inflamatórias ou neoplásicas. A Anemia É uma síndrome que tem por aspecto peculiar a presença de anemia associada à diminuição da concentração do ferro sérico e da capacidade total de ligação do ferro, embora a quantidade do ferro medular seja normal ou aumentada. Frequência Segunda causa mais comum de anemia; Pacientes com idade superior a 65 anos; Pacientes hospitalizados. Condições patológicas associadas à ADC 1. Infecções Crônicas (fúngicas, bacterianas, virais) Tuberculose, bronquiectasia, abcessos; Pneumonia; Endocardite, miocardite, osteomielite; Meningite; Doença inflamatória pélvica; Infecção pelo HIV, parvovírus B19. 2. Doenças Inflamatórias Crônicas Artrite reumatóide, febre reumática, Lupus; Eritema sistêmico; Doença de Crohn, sarcoidose; Doenças Neoplásicas; Linfoma, Mieloma Múltiplo, Carcinoma. Fisiopatologia Os três principais mecanismos patológicos envolvidos na ADC: 1. Diminuição da sobrevida das hemácias; 2. Resposta medular inadequada; 3. Distúrbio do metabolismo do ferro. Obs.: A participação dos monócitos e macrófagos na patogênese da ADC é mais que evidente. Diminuição da sobrevida das hemácias Hemácias indivíduo normal paciente artrite reumatóide sobrevida menor. Hemácias indivíduo artrite reumatóide indivíduo normal sobrevida normal. Mecanismo hemolítico extra-globular. Na ADC, a sobrevida das hemácias varia de 80 a 90 dias (normal entre 110 a 120 dias). Outros fatores que predispõe a ADC: - Febre (que pode causar dano à membrana eritrocitária); - Liberação de Hemolisinas (em algumas neoplasias); - Liberação de toxinas bacterianas podem levar à condição de hiper-hemólise. Diminuição da sobrevida das hemácias Resposta medular inadequada Deve-se, basicamente à secreção inapropriada (baixa) da citocina eritropoetina (EPO), à diminuição da resposta da medula óssea à EPO e à diminuição da eritropoese consequente à menor oferta de ferro à medula óssea. Distúrbio metabólico do ferro Ferro é um dos elementos essenciais em vários dos processos fisiológicos do organismo (metabolismo energético celular). Diagnósticos: Critérios clínicos e laboratoriais Características clínicas: - Sintomas presentes estão relacionados à doença de base e não à anemia propriamente dita; - Primeiros 30 a 90 dias; - Quanto maior a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de anemia. Diagnósticos: Parâmetros laboratoriais - Hemograma; - Morfologia eritrocitária; - Contagem de reticulócitos; - Ferro sérico; - Índice de saturação da transferrina; - Ferritina sérica - Receptor da transferrina; - Análise do ferro medular. Diagnóstico diferencial O diagnóstico diferencial mais importante em ADC é a anemia ferropriva. A ferritina sérica inferior a 12 ng/ml confirma o diagnóstico de deficiência de ferro, enquanto que valores acima de 200 ng/ml praticamente excluem esse diagnóstico, mesmo em pacientes com doença inflamatória ou neoplásica. Tratamento O tratamento específico da ADC consiste no tratamento da doença base com o objetivo de corrigir os desequilíbrios envolvidos no desenvolvimento da anemia. O uso de terapia anti-citocina pode oferecer algum benefício ao paciente, porém sua utilização ainda é controversa. Tratamento Recomenda-se a dose inicial de eritropoetina de 100 U/Kg, por via subcutânea, dividida em três doses semanais por um período de, pelo menos, 8 a 12 semanas. Se, após 8 a 12 semanas, não houver resposta terapêutica desejada ou esperada, recomenda-se aumentar a dose de EPO para 150 U/Kg até 300U/Kg. Tratamento A transfusão de concentrado de hemácias pode ser necessária, especialmente nos pacientes mais idosos e nos pacientes com neoplasia, nos quais outros mecanismos como: supressão da hematopoese pós quimioterapia, e infiltração medular possam estar envolvidos no desenvolvimento da anemia. Exames ... BIBLIOGRAFIA Cançado, Rodolfo D.,Chiattone, Carlos S., Anemia de Doença Crônica, Revista brasileira hematologia hemoter.,2002,24(2):127-136.