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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Aluno: Rafael Silva Canto da Rocha
Matrícula: 2013.01.75622-9
Disciplina: Penal I
Professor: Alberto Paes
Aplicação Prática Teórica
1)Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no seu plano de aula e por seu professor.
Padrasto é preso acusado de espancar enteado de três anos
Fonte: O Globo RIO, disponível em http://www.ogloboonline.com.br; última atualização:08/02/2008 às 00h37m .
 
O padrasto de um menino de três anos foi preso no fim da noite desta quarta-feira em Duque de Caxias acusado de espancar a criança. O menino foi levado pela mãe, Patrícia Alves, de 26 anos para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, com um grande hematoma na cabeça. Ela teria dito aos médicos que a criança, que tem uma deficiência mental, tinha caído de seus braços, mas depois acabou confessando que o menino foi agredido pelo padrasto. De acordo a polícia, os médicos teriam desconfiado da versão que a mulher estava contando porque não era a primeira vez que ela levava a criança ao hospital. Segundo os médicos, foi a terceira vez que Patrícia esteve na unidade, sempre contando a mesma história. Depois de pressionada ela acabou contando que a criança fora vítima do padrasto, Elias Barbosa, de 34 anos. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o menino foi operado e está internado em coma no Centro de Terapia Intensiva, e corre risco de vida. Ainda de acordo com a secretaria, a criança teve traumatismo craniano e chegou ao hospital com escoriações pelo corpo todo. A mãe foi detida no hospital por policiais do 15º BPM (Duque de Caxias). Na delegacia, ela prestou depoimento e foi liberada. Já seu marido foi preso em casa, na Rua Coronel Matos, quando fazia as malas para fugir. Ele foi preso em flagrante. O caso está sendo investigado pela 60ª DP (Campos Elíseos). 
 
Ante o caso concreto exposto, com base nos estudos realizados sobre ação e omissão, responda: Patrícia também poderia ser responsabilizada criminalmente caso tivesse se omitido face às agressões perpetradas por Elias e a criança tivesse sido socorrida por vizinhos? 
Resposta: Sim, poderia ser responsabilizada por tentativa de homicídio, dado que ela, como mãe, tem o dever jurídico de cuidar do filho. Uma vez constatada a inobservância desse dever, cabe à mãe responder legalmente pelo resultado de sua conduta, ou seja, pelo que resultou a sua omissão. No caso em questão cabe apenas tentativa de homicídio, pois o menino foi socorrido a tempo e não veio a falecer. Caso o menino falecesse a mãe seria responsabilizada pelo homicídio na modalidade culposa. 
Há, todavia, quem entenda que não cabe tentativa em crimes culposos e, logo, não caberia à mãe ser responsabilizada por tentativa, dado que não teve intenção de matar o filho. Contudo, há doutrinadores que entendem que é sim cabível tentativa na modalidade culposa. A questão é suscetível de longos debates, e creio que cabe a cada um analisar como quer responder. Para muitos a mãe seria apenas responsabilizada por omissão de socorro (qualificada, uma vez que resultou lesão corporal de natureza grave). Mas, é necessário ressaltar que por mais que a mãe não pudesse prever o resultado e, logo, não o quisesse, sua conduta, de certa maneira, deu causa ao resultado e se o menino não tivesse sido socorrido a tempo poderia ter vindo a falecer. Para finalizar e deixar mais claro, é importante lembrar que no caso de crimes omissivos impróprios, onde o dever de observância é específico (jurídico), como no caso exposto, o agente responde pelo resultado decorrente de seus atos (art. 13, parágrafo 2° do CP). 
2)Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame OAB/CESPE-UnB).
 a) ao condutor do veículo que, por motivo de segurança, deixa de prestar socorro à vítima de acidente, mas solicita auxílio da autoridade pública.
 b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque deseja que este o ajude no trabalho.
 c) ao médico que, em face de pedido do paciente, deixa de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação seja obrigatória.
 d) ao servidor público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal de comiseração.
Resposta: Letra a, “ao condutor do veículo que, por motivo de segurança, deixa de prestar socorro à vítima de acidente, mas solicita auxílio da autoridade pública”.
 
3) Os crimes onde o agente tem a obrigação de agir para evitar o resultado, isto é, devendo agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento, são chamados de: (Exame OAB/MG. 1 Fase. Março 2002)
a) crimes omissivos próprios;
b) crimes comissivos;
c) crimes comissivos por omissão
d) crimes de mera conduta.
Resposta: Letra c, “comissivos por omissão”.

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