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Introdução à Filosofia - Mito – Narrativa de uma criação, com intervenção de seres sobrenaturais. Representação coletiva (perpetua-se por gerações). Explicação do mundo. Lógico e irracional. Forma substituível de uma verdade. Elo entre consciente e inconsciente. - Inconsciente Coletivo – Herança das experiências das gerações anteriores. Apresenta-se na forma de símbolos. Dois tipos de imagem: pessoal e impessoal. Pessoal – experiências pessoais esquecidas ou reprimidas. Impessoal – elementos coletivos hereditários (cultura). Relações permanentes na vida. - Mitologia – Estudo dos elementos antigos hereditários (cultura passada) e dos mitos concebidos como verdadeiros. - Religião – Vem do Latim “religare” = ação de ligar. Ligação com o divino ou com outros seres invisíveis, tidos como sobrenaturais. Para os antigos: Reatualização e ritualização do mito. - Rito – Poder de reafirmar o mito. Incorporação do homem ao mito. Volta às origens (transcendência). Ação do mito (danças, cerimônias). Finalidade: readquirir a força dos sentimentos vividos pelos antepassados. Abolição do tempo profano e enaltecimento do tempo mítico Tempo profano – cronológico, linear, irreversível. (tempo real). Tempo mítico – ritualizado, circular, tempo da eternidade. (tempo irreal). - Percepção do Sagrado – Valor determinante na vida do individuo ou do grupo. A pessoa sente-se dependente e fraca* em relação ao divino. * Sentimentos de compreensão: crença no eterno, infinito, absoluto, etc. Presença do sagrado na natureza e no homem. - Mito – Satisfaz as necessidades religiosas, aspirações morais, exalta a crença, impõe princípios morais e regras de orientação ao homem. CODIFICAÇÂO DA RELIGIÂO PRIMITIVA E DA SABEDORIA PRÀTICA. Consenso de opiniões. Crenças admitidas por um determinado grupo. Falta de fundamentação – conhecimento adquirido sem base crítica, herdado dos antepassados. Experiências da coletividade. Conhecimento ingênuo, fragmentado, preconceituoso, incoerente e conservador. SENSO COMUM ≠ BOM SENSO A diferença existe pois Elaboração consciente do saber. há uma desigualdade na Explicações conscientes. circulação de informações. Núcleo sadio do senso comum. Desigualdade na possibilidade de consumir e produzir cultura. Observação: SENSO COMUM – o que todo mundo diz e pensa sem que antes realmente pare para raciocinar. - Filosofia – Philos (amor) + Sophia (conhecimento, sabedoria) = Philosophia = Filosofia = “Amor à sabedoria.”. Originou-se, pois o homem queria explicações para o mundo (verdades). Filósofo – amante do saber/ busca da sabedoria e verdade. Com o passar do tempo a filosofia passou (mudança de significado) a designar uma sabedoria metódica e racional. Objetividade – atitude imparcial. Subjetividade – atitude parcial ditada pelos sentimentos. - Atitude Crítica – Curiosidade, insatisfação, admiração e dúvida. Positiva – interrogação sobre o que são as coisas, o comportamento humano, etc. Negativa – negação do senso comum ( do que todo mundo diz e pensa). ATITUDE POSITIVA + NEGATIVA = ATITUDE CRÍTICA = PENSAMENTO CRÍTICO Negação das crenças do senso comum (preconceito) Filosofia: admiração + espanto (estudo dos nossos pensamentos). - Utilidade da Filosofia – Seus questionamentos embasam as pesquisas científicas. Ensinamentos de moral e ética (virtudes) - Características da Atitude Filosófica – (coisa, valor, idéia) O que é? – qual a realidade/ natureza/ significado Como é? – qual a estrutura e relações que os constituem. Por que é? – origem e causa. - Reflexão Filosófica – Movimento onde o pensamento volta-se sobre si mesmo interrogando-se. Estudo das relações humanas. - Questionamentos da Reflexão Filosófica – (pensarmos, dizermos, fazermos) Motivos, razões e as causas (por quê?). Conteúdo e sentido (o que queremos?). Intenção ou finalidade (para que?). ATITUDE FILOSÓFICA ≠ REFLEXÃO FILOSÓFICA Perguntas sobre a essência, Perguntas sobre a capacidade significação, estrutura e e a finalidade humana para origem das coisas. conhecer e agir. - Conhecimento Filosófico – Realizado de modo sistemático Enunciados precisos e rigorosos Conceitos e idéias obtidas por demonstração Fundamentação racional Trabalho intelectual - Definições Gerais da Filosofia – 1. Visão do mundo, civilização ou cultura. Conjunto de idéias e valores práticos Define: profano (real) x sagrado (irreal) / belo (abstrato) x feio (abstrato) / bom x mau (moral = valores). Definição muito ampla (não distingue filosofia de religião, arte, ciência, entre outros). 2. Sabedoria de Vida Definição e ação de pessoas que pensam sobre a moral. Condução a uma vida justa, sabia e feliz. Definição vaga (não nos diz o que é e o que faz a filosofia). 3. Esforço racional para conceber o universo com uma totalidade ordenada e dotada de sentido. FILOSOFIA ≠ RELIGIÃO - Compreensão do universo - Compreensão do universo pela de maneira racional. confiança (fé). - discute o sentido e o - baseia-se em um dado fundamento da realidade. Inquestionável (revelação divina) Dá à filosofia o papel de desenvolver uma teoria universal ou um sistema do mundo (impossível). A explicação sobre a realidade também é oferecida pela ciência e pelas artes. 4. Fundamentação teórica, conhecimentos e práticas. A filosofia ocupa-se com: Origem, forma e conteúdo dos valores éticos. Compreensão das causas e formas do preconceito. Transformações históricas dos valores, conceitos e idéias. Estudo da consciência (memória, imaginação, paixões, vontades, entre outros). Estudo da cultura, realidade, natureza, mundo... A filosofia diferencia-se das ciências e das artes, pois dirige sua investigação ao momento em que o homem perde as suas certezas* cotidianas e as ciências/artes não oferecem novas certezas. *Quando o senso comum/artes/ciências não sabem o que pensar e dizer. Análise das condições da ciência, religião e arte, moral e reflexão, consciência sobre si mesma (filosofia). Crítica dos preconceitos, teorias, práticas políticas. A filosofia ocupa-se com: Ciência – reflexão crítica sobre os procedimentos científicos. Religião – reflexão crítica sobre a origem e formas das crenças. Arte – interpretação crítica do trabalho artístico. Sociologia – avaliação crítica dos conceitos sociológicos. Política – compreensão da origem e formas de poder. Historia – interpretação do sentido dos acontecimentos e compreensão de tempo. - Introdução ao Filosofar – Motivo que levou Descartes a filosofar: seu descontentamento em face da situação da ciência da sua época. Filósofo – compromisso com a verdade e o real. Dissolução da problemática da atitude filosófica. Valor da historia para o filosofo. Surto histórico do pensamento filosófico. (deficiência: objetividade alienadora, não há distinção entre o comportamento filosófico e o do historiador da filosofia). Por mais eficientes que sejam os estudos eles não conseguem remontar a Grécia e o surgimento da filosofia. - Admiração: impulso inicial. O homem toma consciência de sua ignorância. - Dúvida: representante clássico – Descartes. A dúvida aguça o espírito crítico. - Insatisfação moral: quando o homem pergunta sobre o sentido de sua existência; consciência da própria miséria e da própria fraqueza. Comportamento Aristotélico Conhecimento + filosofia + desejo de saber - Autenticidade do Filosofar – - diferentes teses de grandes gênios da filosofia. O legítimo filosofar tem que partir de uma pergunta pessoal. Falatório: (filosofia de Heidegger). Se as perguntas e respostas não são formuladas pelo homem, são chamadas falatório. O filosofar passa a ser simplesmente falado. (não é expressão pessoal, apenas se fala e se repete). - Os filósofos devem deixar-se guiar pela opinião própria e pela tradição. Voltemos à realidade mesma – tema de Husserl. - ao estudar as filosofias, o filósofo entrará em contato com a realidade. (só com a presença da realidade chegar-se-á ao incontestável). - Origem da Filosofia – Ocorreu com a perplexidade dos mais idosos que já haviam satisfeito suas vontades em relação aos bens materiais. Filosofia grega – origem – admiração. Admiração – pergunta e conhecimento. Dúvida – exame crítico e a certeza. Consciência de estar perdido – questão de si próprio. Pitágoras criou o termo filosofia. (o filósofo é movido pelo desejo de observar, contemplar, avaliar e julgar as ações/coisas da vida). Filosofia – modo de pensar e exprimir os pensamentos que surgiram especificamente com os gregos. Princípios fundamentais: razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte, etc. - Contribuições do Pensamento Grego – A natureza opera obedecendo a leis universais (lei da gravitação). As leis da natureza são facilmente compreendidas pelo homem. O nosso pensamento é lógico (distinguimos verdadeiro de falso). As ações humanas (moral, política, artes) dependem da nossa vontade. Os acontecimentos (naturais e humanos) podem ser acidentais ou esperados. (diferença entre o necessário e o contingente. Evita-se o fatalismo*). *temos que nos resignar. Os seres humanos aspiram ao conhecimento. - Mudanças Gregas em Relação à Filosofia Oriental – Retiraram os aspectos apavorantes dos mitos, humanizaram os deuses e divinizaram os homens. Transformaram em ciência o que era conhecimento. Invenção da política democrática. Invenção da razão (pensamento que segue regras universais). - Mito e Filosofia – Origem das coisas = relação sexual entre feminino e masculino (deuses). Ex: nascimento de Eros. Rivalidade ou aliança dos deuses que faz surgir algo no mundo. Ex: desentendimento entre deusas originou a guerra troianos x gregos. Recompensas e castigos dados pelos deuses. Ex: caixa de pandora – origem dos males no mundo. COSMOGONIA – narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo a partir de forças divinas. TEOGONIA – narrativa da origem dos deuses a partir de seus antepassados. - Diferença entre: Filosofia e Mito – O mito explica o passado enquanto a filosofia explica o passado/presente/futuro. O mito fala da criação por meio de seres sobrenaturais, a filosofia por elementos naturais e impessoais. O mito não se preocupa com contradições e a filosofia não admite contradições. - Condições Históricas para o Surgimento da Filosofia – Viagens marítimas – contato com outras culturas/ desmistificações do mundo. Invenção do calendário – percepção do tempo como sendo natural. Invenção da moeda – forma de troca. Surgimento da vida urbana – desenvolvimento das técnicas do comércio / nova classe: comerciantes ricos. Invenção da política – Surgimento do legislativo – mundo regulado, ordenado e racional (proposto pela filosofia). Surgimento do espaço público – direito de emitir em público uma opinião. Pensamento compreendido por todos. - Principais Características da Filosofia Nascente – Racionalidade. Respostas conclusivas. Pensamento que siga regras universais (racional) Recusa de explicações preestabelecidas. Tendência à generalização. - o regime político da Grécia teve fim com a conquista de Roma e a evolução das crenças. - mudança do culto aos mortos nos lares. - redução no número das divindades. - Pitágoras criou a concepção do ser - supremo. - Anaxágoras concebeu o deus – inteligência. - SOFISTAS: combatiam a crença/ritos antigos. (mostrou ao homem a consciência de seus direitos/poder). - criação do direito escrito. (antes o praticado era o direito de Zeus. Esta criação foi graças a Homero). - profunda conexão entre consciência filosófica e estado jurídico JÔNIA – descentralização do poder. Poetas jônicos X força estruturadora. ÁTICA – equilíbrio entre indivíduo criador e energia unificadora da comunidade estatal - Sólon desenvolve as idéias de Hesíodo sobre justiça. - momento de ruptura na história da Grécia: criação da polis e a criação da democracia. - Atenas: contínua auto-instituição (modificação nas leis) DEMOCRACIA – auto-instituição da coletividade pela coletividade e sua efetivação enquanto movimento. - os escravos estavam em todas as partes e a “democracia” estava apenas em algumas cidades. - a falha de Atenas ocorreu pelo imperialismo e pelos poucos cidadãos políticos. - Platão = ódio pela democracia grega. (políticos demagogos). -Protágoras: Sem saber certo produzido por especialistas e sim opinião igual para todos e partilhável. - universalidade do pensamento e democracia são invenções gregas. - universalidade política NÃO é invenção grega. Ex: escravos/mulheres/estrangeiros não podiam votar. Autoria: Camila Bahia Santos Organização/digitalização: Daniel Sales Pimentel