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Fontes materiais: são os atos e situações que dão origem á orientação tributária. Fontes Formais: conjunto de normas que incidem sobre os atos e situações geradas pela obrigação tributária. Fontes primarias: CF, CTN, Leis complementares, lei ordinarias, medida provisória. Fontes secundarias: resoluções normativas, portaria (não gera tributos) Principio do Direito tributario: Principio da legalidade (é um dos principais) lei que cria tributos Principio da reciprocidade Principio da anterioridade da lei tributaria Federal: publicado em agosto, vale após 90 ias Principio da Isonomia: Igualdade 'Tributo é toda prestação pecuniaria compulsória, em moeda cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de ato licito instituido em lei é cobrada mediante atividade administrativa vinculada. Especie de tributo: Imposto, taxa, contribuição de melhoria, emprestimos compulsórios, contribuições sociais. Imposto é um tributo de carater generico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder publico em relação ao contribuinte. O imposto é simplesmente exigido, sem qualquer contra prestação e sem indicação prévia sobre sua destinação. Taxas: é um atributo vinculado á uma contra prestação do estado. A taxa identifica e individualiza o contribuinte ou beneficiario. Em síntese, o Estado é formado por três elementos: 1 - POVO - conjunto de todos os cidadãos; já população é o conjunto de todas as pessoas sejam elas nacionais ou estrangeiras que habitam o território. 2 - TERRITÓRIO - espaço físico e geográfico, sobre o qual o povo é submetido a normas impostas pelo Estado; 3 – GOVERNO – escolhido pelo povo, a quem entregam o poder, a forma de Estado. A finalidade do Estado é o bem comum através da prestação de serviços e construção de obras públicas para que a sociedade atinja seus objetivos. Ex. O estado tem a necessidade de abrir estradas para que os produtores possam levar até ao consumidor os produtos produzidos, sejam eles agrícolas ou industriais. COAÇÃO – o poder que o estado tem de exigir o cumprimento da norma, da lei até pela força se necessário for. O Direito Público é compulsório –impositivo, visa o interesse publico sobre o privado. O Direito Privado é permissivo – considera a disposição da vontade de cada indivíduo. Estado de Direito – é a sociedade civil política e juridicamente organizada, onde governantes e governados estão sujeitos à lei. A LEI MAIOR, A CONSTITUIÇÃO, ESTABELECE A TRIPARTIÇÃO DO PODER. LEGISLATIVO – a quem compete elaborar e aprovar leis, EXECUTIVO – Cabe desenvolver as ações necessárias para que sociedade possa atingir os fins a que se propõe, tendo por base o plano de governo pelo qual o governante foi eleito.Em princípio o povo ao eleger um representante executivo, o coloca no poder tendo por base a sua plataforma de governo. É esse caminho que o povo entende como válido naquele momento. - Fazer breve explanação sobre o desenvolvimento político na Europa e América Latina. JUDICIÁRIO – Cabe dirimir as controvérsias das leis entre os particulares e o Estado (união, estados, distrito Federal e municípios) E exigir o cumprimento das normas. DIREITO TRIBUTÁRIO Para que o Estado possa atender às necessidades da população, necessário se faz ter recursos financeiros, obtidos de forma coercitiva do particular. Essa atividade financeira exercida pelo Estado composta por arrecadação, gestão e despesa era anteriormente regulada pelo Direito Financeiro, normas contidas no Direito Administrativo, atualmente pelo Direito Tributário. Conceito – Direito Tributário é um ramo do Direito Objetivo/Positivo ligado ao Direito Público, integrado pelo conjunto das proposições jurídico-normativas que correspondem direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos. Há quem o chame também de Dir. Financeiro, e Dir. Fiscal. FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO: Como vimos no início do nosso curso, fonte é o local onde brota água, a origem de tudo, fatos jurídicos criadores de normas. Fontes de Direito: são os meios pelos quais surgem as normas jurídicas Fontes Materiais: são os atos e situações que dão origem à obrigação tributária. Exemplificando, o fato de você ser proprietário de imóvel dá a origem à obrigação de pagar o IPTU, se proprietário de veículo automotor dá origem à obrigação de pagar o tributo IPVA. Fontes Formais: conjunto de normas que incidem sobre os atos e situações geradores da obrigação tributária. As denominadas Fontes Formais comportam classificação. Classificam-se em Pimárias/Principais, Secundárias e Indiretas.FONTES PRIMÁRIAS Fontes Formais Principais: As leis = Constituição Federal, Código Tributário Nacional CTN, leis complementares, Leis ordinárias, Medidas provisórias. Leis constitucionais - instrumento primeiro e soberano que se impõe sobre as demais normas; Leis complementares – (art. 69 CF) possui função institucional da mais alta importância ela regula ou complementa norma constitucional com quorum diferenciado da norma ordinária, necessários para sua aprovação a maioria absoluta nas duas Casas do Congresso. § único do art. 59 da CF – Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das Leis. Leis ordinárias – tanto podem ser editadas pela União como pelos Estados e Municípios através de seus respectivos legisladores. Devido ao principio de autonomia não há hierarquia entre elas. É instrumento por excelência de imposição tributária. Leis delegadas – de acordo com a CF/88, compete ao Presidente da República elaborar leis delegadas que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional, que se manifestará mediante resolução especificando o conteúdo e os termos de seu exercício. A resolução se assim o entenderem os parlamentares, poderá estabelecer que o Presidente ofereça o projeto, que será apreciado em votação única, vedada qualquer emenda. Medidas Provisórias – elaboradas pelo Presidente da República em caso de urgência e relevante interesse social e, apreciadas pelo Congresso Nacional. Decreto Legislativo – de competência exclusiva do Congresso Nacional, possui força de lei ordinária. É aprovado por maioria simples do Congresso, não permite sanção, sendo promulgada pelo Presidente do Congresso Nacional, que a manda publicar. Normalmente consiste na aprovação e integração ao direito pátrio de tratados e convenções internacionais. Resoluções – aprovadas por maioria simples das casas do Congresso Nacional, sendo promulgadas pela Mesa do Senado. As resoluções de matéria tributária possuem como origem o Senado Federal (art. 155 § 1º IV e § 2 V) FONTES SECUNDÁRIAS – não podem contrariar Leis.Fontes Formais Secundárias: são os atos normativos como, por exemplo, os decretos, as instruções normativas, as portarias e, ainda, os costumes administrativos. Decreto Regulamentar – de competência dos chefes do Poder Executivo, seja ela da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. É ato normativo, inerente à função administrativa que, especificando os mandamentos de uma lei não auto-aplicável, cria normas jurídicas gerais. Assim, quando uma lei é editada e promulgada dependendo de algo que a faça ser executável, são expedidos os decretos regulamentares. Ex: Quando do tabelamento de preços SUNAB havia vária lei que necessitavam de regulamentação. No entanto, no Dir. Tributário, sempre que houver majoração ou diminuição de tributos, estes devem ocorrer por Lei (CTN arts. 97 VI e 176) Ex: Lei de armas – Art. 11 – A definição de armas, acessórios e artefatos de uso proibido ou restrito será disciplinada em ato do chefe do Poder Executivo federal, mediante proposta do Ministério do Exército. Instruções Ministeriais – atos de competência de cada Ministro a fim de promover a execução das leis, decretos e regulamentos, relativo a suas pastas relativo a ação administrativa = Circulares, portarias e ordens de serviço. FONTES FORMAIS INDIRETAS: a doutrina e a jurisprudência. SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO - PRINCÍPIOS Noções – é um conjunto organizado de princípios e normas, entre si harmônicos e independentes, de sorte que eventual alteração de um implique modificação do próprio sistema. O principio de normas tributárias inseridas na CF. que delimita o Poder, a atuação do Estado em tributar. Vários são os princípios constitucionais tributários, vejamos: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA PRINCÍPIO DA LEGALIDADE GERAL (CF): Art. 5º II da CF – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA: Art. 150 I – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, exigir ou aumentar tributo sem lei anterior que o estabeleça. No entanto, o Art. 153 § 1º da CF determina- “facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I,II,IV e V” São impostos de importação, exportação, sobre produtos industrializados (IPI) e sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou as relativos a títulos ou valores mobiliários. (IOF). (principio da legalidade na União???, a atuação do Estado serve para regular o mercado). PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Art. 150, III a da CF –... é vedado ã União, aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios: III cobrar tributos a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Exige, assim, esse dispositivo legal, que instituir ou aumentar os tributos, necessário se faz, existir lei em vigor no exercício anterior àquele em que o tributo for exigido. ASSIM, LEI PUBLICADA EM 2005 SÓ PODERÁ EXIGIR O TRIBUTO EM 2006 NO ENTANTO... - PRINCÍPIO DA NOVENTENA TRIBUTÁRIA Os impostos sujeitos à noventena tributária de acordo com a EC-32/03, art. 150 III “c” da CF: Espécies Tributárias Anterioridade Tributária Nova Noventena (EC nº 42/03) I.I., I.E., IOF, Empréstimo Compulsório, Imp. Extraord. não não Contribuições Sociais não não IPI e ICMS não simIR, base de cálculo do IPVA e do IPTU sim não ITR, ITCMD, ITBI, ISS, CIDE, TAXAS, além do IPVA e IPTU (exceto suas bases de cálculo) sim sim CIDE - A Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituiu a Cide-Combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível Obs: devido à noventena o IPVA é divulgado em setembro de cada ano. Ex: o Estado publica uma norma aumentando o ICMS em 01.07.06. Pelo principio da anterioridade, esse aumento só poderá entrar em vigor no exercício seguinte em 01/01/07. No entanto, se esse mesmo imposto for majorado em 01/12/06 só poderá entrar em vigor, 90 dias depois, ou seja, em 1 de março de 2007. No entanto, há doutrinadores que entendem ser o ICMS e o IPI impostos cuja apuração é mensal, portanto, o exercício é mensal, será apenas respeitada, assim, a noventena, não exercício anual. Exceções ao princípio da anterioridade 1) empréstimos compulsórios para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, inciso I, da CF); e impostos extraordinários em caso de guerra externa; 2) Contribuição para a seguridade social (art. 195, § 6º da CF) 3) IPI, II, IE e IOF (artigo 150, § 1º, da CF) PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE Este princípio possui fundamento no art. 5º XXXVI da CF que assim preconiza: “As leis não podem retroagir, alcançando o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.Além do art. 5o, também outro dispositivo constitucional (art. 150, III a), temos que os entes federativos não poderão cobrar tributos ou aumentá-los sem lei anterior que o tenha instituído, criado. A lei tributária só pode retroagir quando for meramente interpretativa ou cominar pena menos severa ou for mais benéfica (art. 106 do CTN). Salvo em casos de interpretação de norma já existente (art. 160 do CTN). O próprio contribuinte pode solicitar ao fisco “consulta” sobre determinada incidência ou não. PRINCÍPIO DA ISONOMIA Art. 5º da Constituição Federal – “Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. É o princípio da igualdade formal, ou igualdade perante a lei, a significar que a lei deve ser norma geral e abstrata. Ou seja, o tributo não individualizará as pessoas com relação às quais deverá incidir. Qualquer pessoa que se encontre no fato imponível será colhida pela incidência dessa norma tributária. No entanto, a isonomia tributária não impõe que todos sejam tratados de maneira igual, mas tratar de maneira igual os que se encontram em situação igual. Nesse campo, os princípios da proporcionalidade e da capacidade contributiva não infirmam (tornar nulo) antes complementam ou realizam o princípio da isonomia. DEVEMOS TRATAR DESIGUALMENTE OS DESIGUAIS. Quem tem mais deve pagar mais. Fato que não ocorre no Brasil com os produtos de primeira necessidade... O art. 150 inc. II da CF quis atingir grupos de pessoas que naquela época (1988) tinham posições privilegiadas em relação aos demais contribuintes, entre elas tínhamos os militares, os parlamentares e magistrados. Com esse instituto, estas pessoas passaram a pagar os tributos sobre o total de sua remuneração, como os demais mortais. No entanto, quanto a estas pessoas, o problema não consiste se pagam ou não imposto de renda, o problema é se de fato ganham de acordo com o que produzem.... Claro, o parlamentar se cobrado pelo IR aumenta seus vencimentos para compensá-lo. E a qualificação destes??!!!! Já o militar e magistrado devem receber de acordo com o seu importante trabalho para atrair pessoas qualificadas. Com bons magistrados certamente a população terá uma justiça mais justa. Há, no entanto, pessoas jurídicas que gozam de CERTOS privilégios, vejamos: Grandes empresas sediadas no Nordeste: redes de hotéis, empresas de pesca, de eletrônicos localizados na Zona Franca de Manaus, não pagam imposto de renda além e outros incentivos ofertados pelos Estados. Evidentemente que tais incentivos partem sob a alegação do necessário desenvolvimento daquela região. O nosso parecer é contrário, pois todo o bom empreendimento traz rentabilidade, portanto, desnecessário o incentivo; no entanto, se não rentável, não haverá o lucro, assim não haverá IR a recolher, desnecessário será o incentivo, pois, certamente, estará fadada à quebra. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Este princípio está vinculado ao art. 145 §1º que assim determina: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte”. Ou seja – quem tem ou ganha mais, paga mais (Ex: o I.R., e o IPTU progressivo) Justo, o rico pagar mais impostos que o pobre. Este princípio aplica-se apenas a IMPOSTOS PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE CONFISCO A CF em seu art. 150 IV veda à União, aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios “utilizar o tributo com efeito de confisco” O “confisco” é tido como tributo excessivo, ou seja, quando o tributo se torna excessivamente oneroso, violando o direito de propriedade, o princípio da capacidade contributiva, da razoabilidade e da igualdade, retirando do patrimônio do contribuinte, quer seja diretamente transferida ao Fisco, ou reduzido em razão da excessiva cobrança de um tributo ou da própria carga tributária, estaremos diante de uma situação de tributo confiscatório – Compete ao judiciário apreciar caso a caso quando provocado de forma individual, ou através de ministério público para que tenha efeito erga hominis (para atingir a todos) Mas o que será confisco? Se computados todos os tributos pagos pelo contribuinte, IR (Retido na Fonte), mas os tributos indiretos – ICMS, IPI, Confins, Pis, IPVA, IPTU, ISS, INSS, etc. etc. segundo cálculos o trabalhador brasileiro dedica do seu salário, nada mais nada menos de 6 a 8 meses do ano – o que será confisco? (saúde, segurança, escola....) Ex. Argentina confisco é tido acima de 33% da renda do imóvel. Alemanha = 50% dos rendimentos. No Brasil !!! “Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal – afetar substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte” (DJU de 12-4-2002) PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE Este princípio não se aplica a todos os tributos, mas apenas ao ICMS e IPI. ( CF art. 155 § 2º I e, art. 153, § 3º II) Princípio da não cumulatividade significa que o imposto pode ser descontado das operações que o antecederam (compensado). Caso contrário haveria imposto em cascata. Ex. do ICMS – O industrial vende mercadoria por ele industrializada (roupas) no valor de R$ 1.000,00 a um empresário varejista recolhendo ao Estado de ICMS, 18% desse total, ou seja, R$ 180,00. O varejista por sua vez, vende essa mesma mercadoria por R$ 1.500,00, incidindo também a alíquota do ICMS de 18%, devendo então este contribuinte recolher aos cofres do Estado o total de R$ 270,00. Devido à incidência anterior (tributo embutido no preço do produto) já pago R$ 180,00, este valor será compensado com o ora devido ou seja: R$ 270,00 – R$ 180,00, o varejista deverá recolher apenas R$ R$ 90,00. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE É o Princípio que permite taxar com alíquotas mais elevadas os produtos tidos como supérfluos, ou não essenciais, e por outro lado, taxar de forma inferior os produtos de primeira necessidade, no que concerne ao ICMS e ao IPI. Este princípio está previsto na C.F. em seus artigos 153, § 3º I (IPI) e 155, § 2º III (ICMS). Como visto, no que se refere ao IPI a norma constitucional é imperativa, já no que concerne ao ICMS a norma é facultativa. No entanto, temos constituições Estaduais que a tornam imperativa, como a do Rio Grande do Sul, que assim determina: “o imposto de que trata o inciso I, alínea b (ICMS), será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, preferencialmente com base nas cestas de consumo familiar, como dispuser a lei...” (art. 154 § 4º). OBS. IMUNIDADE DE TRÁFEGO NO ENTANTO, PEDÁGIO É TRIBUTO PREVISTO NO ART. 150 V DA C.F.PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL Este princípio rege toda a matéria seja tributária ou não, sobre lesão à pessoa ou ao se patrimônio, advinda de qualquer natureza, inclusive tributária. Assim, se qualquer pessoa se sentir lesada, deverá procurar amparo judicial, provocar o Poder Judiciário para ter assegurado, preservar direitos e assegurar garantias, tornando concreta a busca da tutela Jurisdicional ou a manifestação derradeira do Poder Público, em problemas de cunho administrativo. Tal fundamento possui amparo na Constituição Federal em seu art. 5º LV que assim preconiza: “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes.” T R I B U T O Conceito: - art. 3º do CTN – “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa vinculada”. O Código Tributário Nacional, em seu art. 5º, adotou uma classificação (legal) de tributos: os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. A obrigação é compulsória, obrigatória, porque ela decorre diretamente da lei. A vontade do contribuinte é irrelevante. Quando o CTN afirma que o tributo não constitui sanção a ato ilícito, quer dizer que a hipótese de incidência é sempre algo lícito. Não existe incidência tributária sobre drogas, jogo do bicho.... ou sobre a multas. O tributo, desta forma, não é multa. A multa tem por pressuposto o descumprimento de um dever jurídico e por finalidade evitar comportamentos nocivos à ordem jurídica, via sanção enquanto o tributo tem por pressuposto um fato lícito. O art. 5º do Código Tributário Nacional e o art. 145 da Constituição Federal indicam serem três as espécies de tributos: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.OBS: No entanto, com base no artigo 217 do Código Tributário e nos artigos 148 e 149 da Constituição Federal, têm-se como tributos, também: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais. OS TRIBUTOS TÊM CARATER CONSTITUCIONAL A Constituição Federal, em seu art. 145 assim determina: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I – impostos; II – Taxas, em razão do exercício de poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. ASSIM, PODEMOS AFIRMAR EXISTIREM TRIBUTOS EM SUA ORIGEM, SUA INCIDENCIA, VINCULADA OU NÃO VINCULADA. SE VINCULADO, TEMOS TAXAS OU CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA; NÃO VINCULADO TEMOS O IMPOSTO. VEJAMOS: O TRIBUTO VINCULADO sua hipótese de incidência está ligada à atuação do Estado. A vinculação pode ser direta, quando o Estado atua de forma direta em face do cidadão. Ex. o Estado ao prestar serviços de assistência médica; ao ser chamado a prestar segurança em grande evento, baile etc. o Estado cobra uma TAXA. Temos ainda o estado atuando de forma indireta, ou seja, o Estado realiza uma determinada obra que irá beneficiar de forma indireta o cidadão. Ex. canalizando um córrego, abrindo uma avenida, estrada, nesse caso os imóveis ao redor sofrem uma valorização em decorrência dessa obra. O Estado pode então cobrar uma CONTRIBUIÇÃO PELA MELHORIA do valor daquele imóvel beneficiado. PODE SER COBRADO POR QUALQUER ENTE FEDERATIVO - União, Estados, Distrito Federal e Municípios. TAXA – é um tributo relacionado com a prestação de algum serviço público para um beneficiário identificado ou identificável. O serviço pode ser efetivo ou potencial, considerando-se como potencial o serviço posto à disposição, ainda que não utilizado. Exemplo dessa Segunda hipótese e a cobrança de taxa por consumo mínimo de água tratada. A taxa pode também estar relacionada com atividade estatal de polícia (poder de polícia), que abrange licenciamentos e fiscalizações em geral. Os serviços contraprestados pelo poder público podem ter a caracterização como sendo compulsórios ou facultativos. Compulsórios são os serviços que o beneficiário não pode recusar como o serviço de esgoto. Estes são remunerados mediante a cobrança de taxas pelo poder público. Facultativos são os serviços que o beneficiário pode aceitar ou recusar, como o serviço de telefone. Os serviços facultativos são remunerados por tarifa ou preço público, podendo ser suspensos tais serviços em caso de falta de pagamento. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA É um tributo sobre a valorização de imóvel particular, em decorrência de obras públicas realizadas. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81, do CTN). EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS É um tributo qualificado pela promessa de restituição futura. A União Federal, mediante Lei Complementar, poderá instituir Empréstimos Compulsórios, nas hipóteses previstas no artigo 148, alíneas “a” e “b” da Constituição Federal. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (art.149 CF) Também denominadas especiais ou parafiscais, são tributos destinados à coleta de recursos para certas áreas de interesse do poder público, na Administração direta ou indireta, ou na atividade de entes que colaboram com a Administração. A contribuição social tem destinação certa, sendo recolhida com uma finalidade predeterminada, indicada na lei que a instituiu. Exemplos: contribuições para a seguridade social (art. 149 da Constituição Federal), para o salário-educação (CF, art. 212, § 5º) I M P O S T O ART. 16 DO CTN – Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. IMPOSTO – é um tributo de caráter genérico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder público em relação ao contribuinte. O imposto é simplesmente exigido, sem contraprestação e sem indicação prévia sobre a sua destinação. Portanto, qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica que aufere renda liquida, industrializar produtos; praticar operações financeiras; ser proprietário de bem imóvel, ou móvel, realizar operações relativas à circulação de mercadorias; prestar serviços etc. Portanto, no que podemos chamar de IMPOSTO, não haverá a atuação do Estado, seja de forma direta ou indireta como acabamos de ver. Através dos impostos, o Estado oferece (deveria oferecer) aos cidadãos em contrapartida, benefícios indivisíveis de ordem pública básica, saúde, educação, segurança, manutenção das forças armadas, aparelho estatal como um todo. O que caracteriza o imposto, o que o torna diferente dos demais tributos, é que sua aplicação, a contraprestação não é específica, relativa a determinado serviço. (Os recursos dos impostos podem ser aplicados em hospitais, pontes, rodovias, aeroportos, portos etc.) SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL VOCABULÁRIO TRIBUTÁRIO (segundo Geraldo Ataliba) Hipótese de incidência = é a previsão legal abstrata do fato que gerará a obrigação de pagar o tributo (a lei).Fato imponível = é a ocorrência concreta, no mundo físico, daquele fato, antes abstratamente descrito na norma. Fato gerador = segundo o art. 114 do CTN – “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência” É o fato ou efeito alcançado pela norma tributária que gera o tributo definido na norma. (fato gerador nada mais é que a junção de hipótese de incidência mais o fato imponível). (Ex: o Estado edita uma norma que obriga a pessoa jurídica a pagar aos cofres públicos 18% sobre o valor de toda a mercadoria repassada de pessoa jurídica para pessoa jurídica e desta para o consumidor final. A hipótese de incidência seria aquela norma, o fato imponível, a circulação de mercadorias, sobre a qual incide o imposto, o ICM). (Título II, Capítulo II, arts. 114/118 do CTN) . Quanto à modalidade, o fato gerador pode referir-se à obrigação principal (pagar o tributo) ou a uma obrigação acessória (escriturar livros, por exemplo). A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto uma obrigação de fazer ou não fazer, prevista em favor da arrecadação ou fiscalização dos tributos. Se não cumprida a obrigação acessória, na modalidade de pena pecuniária, será exigida como se fora um tributo, com todas as garantias e privilégios inerentes a este (art. 113, § 1º, do CTN). Também como modalidade, o fato gerador pode ser instantâneo (originado em um só ato, como o ICMS ou o IPI), complexo (resultante de vários fatos, como o IR, apreciado dentro de um certo período), ou continuado (renovado em cada exercício financeiro, como o IPTU). ELEMENTOS DO FATO GERADOR São elementos do fato gerador, o pessoal, o temporal o espacial e o material. ELEMENTO PESSOAL - ou subjetivo é a determinação dos sujeitos da obrigação tributária, ou seja, que pessoas figurarão nos seus pólos ativo e passivo. O Sujeito Ativo será sempre o Estado, pessoa jurídica de direito publico, a União, Os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, dentro da competência tributária que cabe a cada um. ELEMENTO TEMPORAL - é necessário para que se possa identificar a lei aplicável ao fato – a lei rege o ato. Ë necessário a que a norma identifique o momento da incidência tributária. Ex: do ICMS, o tributo é devido quando a mercadoria sai do estabelecimento do contribuinte; quando consumada a venda, ou quando da entrega da mercadoria ao comprador através da tradição? Acreditamos ser a do momento da tradição, da entrega da mercadoria quando ai se processa a circulação da própria mercadoria. Há normas que identificam o momento exato da ocorrência do fato gerador, outras mais genéricas não. ELEMENTO ESPACIAL - É determinado pela competência do legislador capaz de editar a norma tributária. Ex: Imposto de Renda = União, em todo e território Nacional; IPVA - os Estados e o Distrito Federal nos seus respectivos espaços territoriais; IPTU – os Municípios destro dos seus espaços territoriais. ELEMENTO MATERIAL – ou objetivo – é a descrição de todos os dados fundamentais que servem para delimitá-lo, (o tipo, o bem, o patrimônio, a renda e a circulação de riquezas) elementos fixos e objetivos que consiste no elemento qualitativo. ELEMENTO QUANTITATIVO - que consiste na base de calculo e alíquota a ser aplicada.