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* * Isete Evangelista Albuquerque * * Isete Evangelista Albuquerque * * Consiste num acordo liberatório firmado entre o credor e o devedor, no qual aquele anui receber coisa diversa da que lhe é devida, consoante o art. 356 do CC. DATIO IN SOLUTUM do direito romano consiste em realizar o cumprimento da obrigação mediante a entrega de prestação diversa da que lhe é devida. * * * Monteiro (2011, p. 329) assevera que: em princípio, o devedor somente se desobriga prestando a própria coisa devida. O credor deve ser pago precisamente com aquilo que constitui objeto da prestação. - art. 313 do CC. Entretanto, se o credor concordar em receber prestação diversa da que lhe é devida, ocorre a dação em pagamento, sendo uma exceção à regra do art. 313 do CC. Há apenas alteração do objeto prestacional devido em uma mesma obrigação. * * * É uma forma de pagamento indireto nos termos do art. 356 do CC, em que há um acordo liberatório entre credor e devedor para a extinção da obrigação, por meio da entrega de coisa diversa da que era devida, desde que haja a anuência do credor. * * * Existência de débito vencido. Ânimo de solver a dívida vencida. Anuência do credor em receber coisa diversa da avençada. Cumprimento da obrigação mediante entrega de uma prestação diversa da que lhe é devida. * * * Por exemplo, uma pessoa deve a quantia de R$100.000,00 (cem mil reais) a outra e se propõe a quitá-la mediante a entrega de uma casa. Caso a proposta seja aceita pelo credor, ocorrerá a dação em pagamento. O objeto prestacional pode ser de qualquer natureza, podendo ocorrer a dação de coisa por dinheiro, coisa por coisa, coisa por fato, fato por coisa, fato por dinheiro... * * * Tratando-se de credor evicto da coisa recebida em pagamento, restabelece-se a obrigação primitiva, ressalvados os direitos de terceiros (art. 359 do CC). EVICÇÃO ocorre quando o adquirente da coisa perde a sua posse e propriedade em decorrência de um reconhecimento judicial ou administrativo do direito de terceiro. Aquele que perde a coisa para terceiro é denominado evicto. * * * Dação pro solvendo (art. 358 do CC) não condiz como efetivo cumprimento de uma obrigação, sendo apenas um meio facilitador do pagamento. Ex.: dação de título de crédito, que importará cessão. Não há a satisfação imediata do direito de crédito do credor, posto que precisará executar o título. * * * Isete Evangelista Albuquerque * * Previsão legal: arts. 381 a 384 do CC. “É a aglutinação, em uma única pessoa e relativamente à mesma pessoa jurídica, das qualidades de credor e devedor, por ato inter vivos ou causa mortis, operando a extinção do crédito” (Maria Helena Diniz). * * * De acordo com Gagliano e Pamplona Filho: é o que ocorre, por exemplo, quando um sujeito é devedor de seu tio, e, por força do falecimento deste, adquire, por sucessão, a sua herança. Em tal hipótese, passará a ser credor de si mesmo, de forma que o débito desaparecerá por meio da confusão. Assim, como as qualidades de credor e devedor se reúnem em uma mesma pessoa, a obrigação se extingue. * * * O direito de crédito pressupõe a coexistência de dois sujeitos (credor e devedor) Se recaírem coincidentemente sobre a mesma pessoa, há a confusão, e a obrigação se extingue. “Ninguém pode ser juridicamente obrigado para consigo mesmo”. A confusão resulta de herança, legado, cessão de crédito, casamento pelo regime da comunhão universal e sociedade. * * * Unidade da relação jurídica. Reunião das qualidades de credor e devedor numa só pessoa. Ausência de separação de patrimônios. * * * Previsão legal: art. 382 do CC a) Confusão total ou própria: Quando recair sobre toda a dívida ou crédito. O devedor é o único herdeiro do credor ou vice-versa, recebendo a totalidade da dívida. b) Confusão parcial ou imprópria: Quando recair sobre parte da dívida ou crédito. * * * Extinção da obrigação principal, bem como da acessória (princípio accessorium sequitur principale). Nos termos do art. 384 do CC, cessará a confusão, restabelecendo-se a obrigação anterior com seus acessórios. Deste modo, a confusão pode desfazer-se se esta decorrer de uma situação jurídica transitória ou de uma relação jurídica ineficaz. * * * Como bem destaca Álvaro Villaça Azevedo: seria o caso de operar-se a confusão, de acordo com o primeiro exemplo dado (sucessão), tendo em vista a sucessão provisória de B (ante sua morte presumida – desaparecimento em um desastre aviatório). Neste caso, durante o prazo e as condições que a lei prevê, aparecendo vivo B, desaparece a causa da confusão, podendo dizer-se que A esteve impossibilitado de pagar seu débito, porque iria fazê-lo a si próprio, por ser herdeiro de B, como se, nesse período, estivesse neutralizado o dever de pagar com o direito de receber. * * * Isete Evangelista Albuquerque * * Consiste no perdão, expresso ou tácito, total ou parcial, da dívida, havendo a extinção da obrigação no todo ou em parte. A remissão concedida pelo credor deve ser aceita pelo devedor. Em razão deste perdão, há a extinção da obrigação, sem, contudo, ocorrer prejuízo a terceiros, nos termos do art. 385 do CC. * * * Ânimo de perdoar por parte do credor. Aceitação do perdão pelo devedor. Logo, a remissão adotada no nosso Código Civil Brasileiro é um negócio jurídico bilateral, já que exige a aceitação do devedor. No caso de recusa deste, pode socorrer-se da ação de consignação em pagamento. * * * a) Remissão expressa: É a que se dá por meio de manifestação formal, por ato inter vivos ou mortis causa. Ex.: testamento. b) Remissão tácita: Ex.: entrega voluntária do título da obrigação quando constituída por instrumento particular (art. 386 do CC). * * * Previsão legal: arts. 385 a 388 do CC. Consoante o art. 388 do CC, a remissão concedida a um dos codevedores extingue a obrigação somente no tocante a sua quota-parte, persistindo a solidariedade contra os demais codevedores, que só poderão ser cobrados mediante a dedução da parte remitida. * * * * *