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Gabarito 1a. Avaliação a Distância – 2006/2 Disciplina: Biologia Celular I 1) Um pesquisador possui uma biopsia extraída da córnea de um paciente suspeito de estar infectado com herpes vírus. É uma amostra muito pequena, logo ele não poderia partir para a execução métodos patólogicos diretamente. Como este pesquisador poderia: (1) confirmar a presença da infecção viral e (2) como ele poderia isolar os vírus das células da córnea? R - Como a amostra extraída da córnea é muito pequena, o pesquisador deverá aumentar a massa viral para trabalhar sua identificação e isolamento. Para isso ele terá que estabelecer uma cultura primária da biópsia em questão, permitindo assim que ocorra o crescimento das células infectadas com o vírus e conseqüentemente o aumento da massa viral, ao longo das diversas passagens em cultura. A presença da infecção viral poderá ser feita de maneira prática, visualizando as culturas de células de córnea em microscopia de fluorescência, utilizando anticorpos primário contra o vírus e secundário (conjugados à moléculas fluorescentes) contra o anticorpo primário. O mesmo princípio pode ser utilizado na microscopia eletrônica de transmissão, ao conjugar ao anticorpo antivírus moléculas eletrondensas. Os vírus poderiam ser isolados utilizando duas seqüências de centrifugação. Inicialmente as células seriam rompidas e então submetidas aos processos de centrifugação. A primeira centrifugação seria uma centrifugação diferencial em velocidade media para retirar núcleos, mitocôndrias e organelas de densidade semelhante, seguida outra centrifugação em velocidade muito alta e de longa duração. No pellet encontraríamos pequenas partículas como ribossomos, grandes complexos moleculares e os vírus. Para separar os vírus destas outras moléculas, uma centrifugação por gradiente é submetida e as bandas resultantes são então observadas no MET ou no microscópio de fluorescência para checar a presença do vírus. Alternativamente, o pesquisador poderia utilizar cromatografia de afinidade, conjugando o anticorpo antivírus às resinas cromatográficas. Assim, ao adicionar extratos de células infectadas na coluna, apenas os vírus se ligariam à resina, isolando-os do restante. De maneira semelhante, a imunoprecipitação poderia também ser utilizada. Assim como nas centrifugações, a qualidade do isolamento deve ser checada por MET ou de fluorescência. 2) Um pequeno laboratório de Entomologia conseguiu verba suficiente para comprar apenas um equipamento. Ao escolher entre um microscópio óptico de contraste de fase e uma lupa decidiram-se pelo microscópio, que era mais caro, mas o dinheiro dava. Fizeram bom negócio? Justifique a resposta. R - O laboratório não fez um bom negócio porque o microscópio óptico de contraste de fase necessita de amostras finas e transparentes para a perfeita observação de amostras. Amostras espessas, como um inseto, não permitem que a luz emitida chegue à lente condensadora, impedindo a magnificação visual observada na lente ocular. A lupa independe de transparência para a observação, sendo assim mais adequado para o laboratório em questão. 3) Um jovem estudante de biologia, no seu estágio de iniciação científica estava preparando suas primeiras amostras para observação em microscópio eletrônico de varredura e transmissão. Ao observar as amostras, não se observou nada. Nas amostras para MEV as células pareciam estar danificadas, como se a reflexão do feixe de eletrons na amostra não tivesse acontecido. Já as amostras para MET estavam completamente sem contraste. Ao mostrar as fotos para seu orientador, ele explicou os motivos para o aparecimento destes artefatos, já que os microscópios estavam funcionando perfeitamente. Quais seriam estes motivos? R - Na amostra para MEV o erro do aluno ocorreu no processo de metalização da amostra, que consiste no recobrimento com ouro ou outra molécula condutora para gerar sinal no microscópio. Estas moléculas condutoras irão fazer o feixe de elétrons ser rebatido, formando a imagem da MEV. Se uma amostra não for bem metalizada, os elétrons não irão ser rebatidos e podem então degradar a amostra. No caso da MET, o erro ocorreu na etapa de contrastação da amostra, onde soluções contendo átomos de alta massa atômica (Pb, U) vão impedir que o feixe de elétrons atravesse a amostra, criando a sensação de claro / escuro (contraste). Além disso, o aluno também não usou o pós-fixador tetróxido de ósmio (OsO4), que também ajuda na contrastação da amostra pelas mesmas razões citadas anteriormente. 4) Veja o texto extraído de um página na Internet que vende um gel redutor de celulite: “LIPOSSOMAS: São microcápsulas que transportam os princípios ativos até a profundidade desejada, liberando o seu conteúdo de forma contínua e prolongada. Os lipossomas facilitam a penetração de substâncias na pele, desmembrando as células de gordura.” Esta afirmação está correta? A partir dos seus conhecimentos de biologia celular, um lipossoma facilitaria a penetração de substâncias dentro da pele? R- A afirmação não está correta. Lipossomas são bicamadas artificiais compostas por fosfolipídeos, que formam vesículas. A penetração profunda de substâncias contidas no lipossoma.não é facilitada, já que estas vesículas se fundiriam com a primeira camada lipídica presente na pele (no caso a epiderme). De forma alguma desmembrariam células de gordura, já que estas vesículas sequer teriam acesso aos adipócitos. Disciplina: Biologia Celular I