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* * * FILOSOFIA Profª Gagati * * * * O QUE É FILOSOFIA? Etimologicamente: Filos (filos) = amor, amizade, paixão Sophia (sophia) = sabedoria, conhecimento Logo, Filosofia = amor à sabedoria, paixão pelo conhecimento, busca apaixonada pela verdade. E o Filósofo é quem se propõe a essa busca incansável pela verdade, pela sabedoria. * * * MILETO - SÉCULO VI a C * * * Condições históricas para o surgimento da Filosofia as viagens marítimas; a invenção do calendário; a invenção da moeda; o surgimento da vida urbana; a invenção da escrita alfabética; a invenção da política. * * * Conceituando... Filosofia em Sentido Amplo Filosofia Acadêmica * * * * Conceituando... Senso Comum Filosofia * * * * Conceituando... Ramo do saber que busca os primeiros princípios, que investiga o real em sua dimensão mais geral, mais básica, mais abstrata; reflexão crítica sobre os diferentes elementos que constituem a experiência humana, bem como sobre o contexto sociocultural; busca basear sua ação em princípios racionais. (Baseado em JAPIASSÚ E MARCONDES). * * * * EXPERÊNCIA HUMANA * * * A PERGUNTA FEITAS PELO HOMEM (IMMANUEL KANT) O que posso saber? (teoria do conhecimento) O que posso esperar? (religião – teologia) O que devo fazer? (ética e política) Quem é o homem? (antropologia) * * * (1) O QUE É ? (2) POR QUE É ? (3) COMO É ? INTERROGAÇÕES FILOSÓFICAS INTERROGAÇÕES FILOSÓFICAS (1) O QUE É ? (2) POR QUE É ? (3) COMO É ? * * * • O QUE É O TEMPO ? • O QUE É A REALIDADE ? • O QUE É LIBERDADE ? • O QUE É NORMALIDADE ? • O QUE É SER BOM ? * * * * COMO SE FAZ FILOSOFIA? Atitude de indignação com o pré-estabelecido. Espírito de curiosidade, de desconfiança. Aprimoramento da capacidade de fazer perguntas – as perguntas são mais importantes que as respostas. * * * * CRITÉRIOS * * * * ALGUMAS CARACTERÍSTICAS A Filosofia se faz no cotidiano, não no gabinete ou laboratório O conhecimento percebido leva a uma experiência de cidadania, jamais de isolamento Alteração da ordem estabelecida * * * * ALGUMAS CARACTERÍSTICAS A Filosofia não é pragmática / utilitarista – distanciamento da realidade para buscar: Possibilidade de transcendência Confronto com o poder Desvelar / desnudar a realidade Transformar * * * * ALGUMAS CARACTERÍSTICAS Superação do senso comum Percepção de si e do mundo como sujeito-objeto de forma dialética Busca incessante dos porquês, das causas primeiras Inevitável fortalecimento da AUTONOMIA “Ampliação” do espaço de LIBERDADE * * * MITO e FILOSOFIA O QUE É MITO? Possíveis significados: Sentido primitivo Pessoa de destaque Algo sem fundamento * * * * MITO Discurso utilizado para acalmar o coração aflito do homem em um mundo marcado por aflições, medos e incompreensões e EXPLICAR a realidade à sua volta. * * * * Definição de Mito Segundo Mircea Eliade, a tentativa de definir mito é a seguinte, “o mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e complementares....o mito conta uma história sagrada, relata um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos...o mito conta graças aos feitos dos seres sobrenaturais, uma realidade que passou a existir, quer seja uma realidade tetal, o Cosmos, quer apenas um fragmento, uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, é sempre portanto uma narração de uma criação, descreve-se como uma coisa foi produzida, como começou a existir...” Mircea Eliade, Aspectos do Mito, pág12/13 * * * “Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco do barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter. Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado. Quando, porém, Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome. Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da Terra. Originou-se então uma discussão generalizada. De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa: - Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura. - Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer. - Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver. E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada Homem, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil”. * * * MITO Advertências: Está enraizado na cultura do povo. É tido como Verdade. Precisa ser compreendido em seu contexto. Não é algo ridículo ou irracional. * * * * AINDA POSSUÍMOS MITOS? Com configurações um pouco diferentes os Mitos ainda estão presentes em nossa cultura contemporânea. Há elementos dos Mitos presentes... Em lendas (tradicionais e urbanas) Em superstições Em certas manifestações religiosas * * * * O mito existe em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender a realidade. * * * CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS MITOS Transmissão oral Apelo ao sobrenatural Linguagem “metafórica” Adesão pela fé Não suporta questionamentos * * * * O mito de Prometeu Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida. * * * Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bonita Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia todos os males sobre a Terra. Como Prometeu resistiu aos encantos da mensageira, Zeus o acorrentou a um penhasco, onde uma águia devorava diariamente seu fígado, que se reconstituía. * * * Mito ... * * * * Mito ... * * * * Mito ... * * * * Mito ... * * * * Mito ... * * * * Mito ... * * * * O SER HUMANO NA HIPERMODERNIDADE- Aproximação fenomenológica Pré-moderno Moderno Pós-moderno ou Hipermoderno Conceito ambíguo. Fala-se em condição pós-moderna (Lyotard) e hipermodernidade (Lipovetsky) ou modernidade como processo inacabado (Habermas). O que é evidente é uma nova sensibilidade. O que seria próprio dessa nova sensibilidade? Segundo Lypovetsky (Um tempo do excesso do próprio moderno, do pós ao hiper: Hiperpresente, hiperconsumo, hipercorpo, hipermercado, hiperliberdade, hiperterrorismo, hiperaceleração, civilização narcísica, da era do vazio, do individualismo, do efêmero e da moda, do crepúsculo do dever e da militância. Tempos da sedução e da beleza, do lúdico, do emocional, do luxo e das marcas. Por outro lado uma obsessão com futuro-incerto, com a saúde, com um bom emprego, com uma sociedade dos direitos humanos, da democracia... etc...). Segundo Lyotard (fim das metanarrativas explicativas – marxismo- idealismo –cientificismo. Tempo do fragmentário, fim da metafísica do Um, tempo do pluralismo-diversidade, império da técnica e da exigência da eficiência que se legitima por si só). Segundo os marxistas (liberalismo em forma avançada, individualismo consumista próximo da barbárie – exploração-exclusão, um único valor sólido= o dinheiro- lucro). Zygmunt Bauman: modernidade líquida: amor líquido (Ficar), valores líquidos, sociedade líquida, medo líquido (tudo o que é sólido desmancha no ar)... uma realidade ambígua, multiforme, sem solidez, fluída...nova vivência do espaço e tempo... Michel Maffesoli: tempo das tribos, fim das ideologias, fim do político, desencanto com o futuro, fim da idéia de sacrifício em nome do presente...JOVEM= Fim da rebeldia, engajamento- participação – o novo sonho é o CONSUMO MATERIAL... Elementos comuns: Economia urbana-indústria (trabalho livre-salário). Autoridade da Razão- ciência- técnica. Progresso- Futuro-Revolução. Escatologia realizada- história racional... Autonomia-emancipação e liberdade -heteronomia Igualdade formal (instituições - leis e burocracia). Estado racional – democracia. Capitalismo x socialismo. Antropocentrismo-secularização Deusa razão – sem vassalagem Luzes –Prometeu Economia agrária (escravidão) Estrutura hierarquizada, voltada para o passado-tradição. Cultura dependente do religioso, centrada na razão da autoridade, Forte coesão social e ausência do “indivíduo” autônomo. Teocêntrica Fé * * * TENDÊNCIAS DA HIPERMODERNIDADE Crepúsculo das instituições (religião tradicional, família, Estado), sociedade pós-disciplinar. Desencanto com a política –crise da representação Império do consumo e desejo infinito – a transcendência como sinônimo de “o novo produto”... Cultura do efêmero- imediato - império da lógica do descartável – Ser= poder consumir Habitat : Shopping Centers. Substituição do engajamento pela festa, pela praça de alimentação Império do estético – culto ao corpo – beleza como promessa de felicidade Relativismo? – perspectivismo – ética utilitarista - moral à la carte – levar vantagem em tudo... Coquetel moral, coquetel religioso etc... Sísifo...autódromo...Internet Do “penso, logo sou” para o “sinto, logo sou”. Da valorização do passado (pré-moderno) e do futuro (moderno), para o presente, Carpe diem (colha o dia)...Incertezas do futuro – riscos Retorno do religioso reprimido, mas à margem das grandes tradições – pluralismo religioso – Biodiversidade – fundamentalismo Pequenas utopias (novos sujeitos), felicidade pessoal (JOVENS- profissão, estudo, casa, carro)....voluntariado- solidariedade. Sensibilidade feminina, feminismo, eco-logia....ética da responsabilidade, sustentabilidade.... * * * Mito ... * * *