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* * Enzimas Márcia Vanusa Recife, 2011 * * ENZIMAS Definição: Catalisadores biológicos. Função: Viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formar novos compostos. Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA com propriedades catalíticas, chamadas de RIBOZIMAS, todas as ENZIMAS são PROTEÍNAS. * Características de uma proteína para ser considerada ENZIMA: Apresentar extraordinária eficiência catalítica; Demonstrar alto grau de especificidade em relação a seus substratos (reagentes) e aos seus produtos; Acelerar a velocidade das reações 106 a 1012 vezes mais do que as reações não-catalíticas; Não ser consumida ou alterada ao participar da catálise; Não alterar o equilíbrio químico das reações e Ter atividade regulada geneticamente ou pelas condições metabólicas. * * * ENZIMAS – ESTRUTURA * * • Enzima + cofator e/ou coenzima “Holoenzima” proteínas complexas (heteroproteínas) • Parte não protéica : não desnaturada pelo calor “Coenzimas e Cofatores” • Enzimas: parte protéica desnaturada pelo calor “Apoenzima” Enzima apresenta: Sítio ativo (região responsável pela ligação ao substrato) e grupo prostético (Cofatores e Coenzimas). * * • Isoenzimas: enzimas com funções idênticas (mesma espécie) • Heteroenzimas: enzimas com funções idênticas (diferentes espécies) • Aloenzimas: variantes de isoenzimas Variantes enzimáticas: * * As enzimas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. O mais importante foi estabelecido pela União Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular (IUBMB), e estabelece 6 classes: 1. Oxidorredutases: São enzimas que catalisam reações de transferência de elétrons, ou seja: reações de oxi-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases. 2. Transferases: Enzimas que catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as Transaminases. * * * * 3. Hidrolases: Catalisam reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: As peptidades 4. Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de amônia e gás carbônico. As Descarboxilases são bons exemplos. * * * * 5. Isomerases: Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases são exemplos. 6. Ligases: Catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas já existentes, quase sempre às custas da hidrólise de ATP. São as Sintetases * * * * * ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO * * ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO * * 1955 - Comissão de Enzimas (EC) da União Internacional de Bioquímica (IUB) nomear e classificar. Cada enzima código com 4 dígitos que caracteriza o tipo de reação catalisada: 1° dígito - classe 2° dígito - subclasse 3° dígito - sub-subclasse 4° dígito - indica o substrato * * ADP + D-Glicose-6-fosfato ATP + D-Glicose IUB - ATP:glicose fosfotransferase E.C. 2.7.1.1 2 - classe - Transferase 7 - subclasse - Fosfotransferases 1 - sub-subclasse - Fosfotransferase que utiliza grupo hidroxila como receptor 1 - indica ser a D-glicose o receptor do grupo fosfato Nome trivial: Hexoquinase * * Componentes da Reação Enzimática E - Enzima S - Substrato(s) ES - Complexo Enzima -Substrato P – Produto(s) * * * * LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO Emil Fischer (1894): alto grau de especificidade das enzimas originou Chave-Fechadura , que considera que a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato. * * LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO Koshland (1958): Encaixe Induzido , enzima e o o substrato sofrem conformação para o encaixe. O substrato é distorcido para conformação exata do estado de transição. Modelo Encaixe Induzido Modelo Encaixe Induzido combinado com a tensão do substrato * * Centro Catalítico / Sítio Ativo Região da enzima que participa da reação com o substrato. Pode possuir componentes não protéicos cofatores e coenzimas Possui aminoácidos auxiliares e de contato * * ESPECIFICIDADE SUBSTRATO \ ENZIMA: O SÍTIO ATIVO * * É a parte da enzimologia que estuda a velocidade das reações enzimáticas e os fatores que influenciam nesta velocidade. A cinética de uma enzima é estudada avaliando-se a quantidade de produto formado ou a quantidade de substrato consumido por unidade de tempo de reação. Uma reação enzimática pode ser expressa pela seguinte equação: E + S <==> [ES] ==> E + P CINÉTICA ENZIMÁTICA * * - O complexo enzima/substrato (ES) tem uma energia de ativação ligeiramente menor que a do substrato isolado, e a sua formação leva ao aparecimento do estado de transição "Ts". - A formação de "P" a partir de ES é a etapa limitante da velocidade da reação. * * MECANISMO GERAL DE CATÁLISE São 4 os mecanismos principais através dos quais as enzimas aceleram uma reação, aumentando a formação de moléculas de substrato em "Ts“ "Estado de Transição": - Catálise Ácido-Base: que ocorre com a participação de aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis, capazes de doar ou liberar prótons durante a catálise. - Torção de Substrato: que depende da torção do substrato induzida pela ligação do mesmo com o sítio de ligação da enzima, alcançando o estado de transição e estimulando sua conversão em produto. * * - Catálise Covalente: que resulta do ataque nucleofílico ou eletrofílico de um radical do sítio catalítico sobre o substrato, ligando-o covalentemente à enzima e induzindo a sua transformação em produto. - Efeito de Diminuição da Entropia: As enzimas ajudam no posicionamento e na definição da estequiometria correta da reação, facilitando os mecanismos anteriores. * * CINÉTICA ENZIMÁTICA Cinética Enzimática Determinar as constantes de afinidade do S e dos inibidores; Conhecer as condições ótimas da catálise; Ajuda a elucidar os mecanismos de reação; Determinar a função de uma determinada enzima em uma rota metabólica. * - A velocidade de uma reação enzimática depende das concentrações de ENZIMA e de SUBSTRATO. Etapas: Em baixas [S], a velocidade da reação é mais ou menos diretamente proporcional à [S] (cinética de primeira ordem); 2. A velocidade é dependente de duas situações: a ligação da enzima com o substrato e da conversão do substrato em produto; 3. O aumento da [S] pouco influencia a velocidade da reação (cinética de ordem zero). A velocidade da reação é dependente da concentração do complexo ES. * Efeito da concentração do substrato sobre a velocidade inicial * * * * Equação de Michaelis-Menten: Modelo de reação enzimática para apenas um substrato que demonstra como a velocidade de uma reação varia com a variação da concentração do substrato; V = Vmax . [S] Km + [S] * Determinação do Km pelo gráfico de velocidade inicial versus concentração do substrato * Vmáx é proporcional à [E]. * Constante de Michaelis (Km) Km de um substrato para uma enzima específica é característico, e nos fornece um parâmetro de especificidade deste substrato em relação à enzima; Quanto menor o Km, maior a especificidade, e vice-versa: valores de Km muito baixos, alta afinidade com o substrato (eficiência catalítica com pouca [S]). [S] na qual a velocidade da reação corresponde a: Vmax/2 - S diferentes que reagem com a E: Km diferentes - E diferentes que reagem com um S: Km diferentes - Depende do pH e da temperatura * * * CINÉTICA ENZIMÁTICA Afinidade da enzima ao substrato. Km depende: aspectos específicos do mecanismo de reação. * Gráfico de Lineweaver-Burk Necessário para obtenção de valores mais exatos de Km; É o inverso da equação de Michaelis-Menten y = ax + b 1 = km 1 + 1 _ V Vmax [S] Vmax * * ATIVIDADE ENZIMÁTICA Fatores que alteram a velocidade de reações enzimáticas: - pH; - temperatura; - concentração das enzimas; - concentração dos substratos; - presença de inibidores. * * INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA * * Algumas enzimas estão próximas da perfeição catalítica... Eficiência catálise enzimática: Constante catalítica Kcat Kcat = Vmáx [ E ] t Kcat: Número de renovação (turnover number). Número máximo de moléculas de substrato que um centro ativo converte em produto, por segundo. Indica a rapidez com que a enzima pode operar, quando todos os outros centros ativos estão ocupados. * * * * * * * INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Qualquer substância que reduz a velocidade de uma reação enzimática. INIBIDORES REVERSÍVEIS IRREVERSÍVEIS COMPETITIVOS NÃO COMPETITIVOS * * Na inibição enzimática irreversível, há modificação covalente e definitiva no sítio de ligação ou no sítio catalítico da enzima. Existem 2 tipos de inibição enzimática reversível: 1. Inibição Enzimática Reversível Competitiva: Quando o inibidor se liga reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato; O efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato. Altera apenas o Km e não a Vmax. Inibição Enzimática Gráfico dos inversos: * 2. Inibição Enzimática Reversível Não-Competitiva: Quando o inibidor liga-se reversívelmente à enzima em um sítio próprio de ligação, podendo estar ligado à mesma ao mesmo tempo que o substrato. Este tipo de inibição depende apenas da concentração do inibidor. Gráfico dos inversos: * * * * Algumas enzimas podem ter suas atividades reguladas, atuando assim como moduladoras do metabolismo celular. Esta modulação é essencial na coordenação dos inúmeros processos metabólicos pela célula. Existem 2 modelos de regulação enzimática mais conhecidos: Modulação Alostérica e Modulação Covalente ENZIMAS REGULATÓRIAS * * 1. Modulação Alostérica Ocorre nas enzimas que possuem um SÍTIO DE MODULAÇÃO, ou ALOSTÉRICO, onde se liga de forma não-covalente um modulador alostérico que pode ser positivo (ativa a enzima) ou negativo (inibe a enzima). A ligação do modulador induz a modificações conformacionais na estrutura espacial da enzima, modificando a afinidade desta para com os seus substratos. 2. Modulação Covalente: Ocorre quando há modificação covalente da molécula da enzima, com conversão entre formas ativa/inativa. O processo ocorre principalmente por adição/remoção de grupamentos fosfato. * * ENZIMAS – APLICAÇÕES Industria de álcool; Industria de detergentes; Industria têxtil; Industria de papel; Curtumes; Bioremediação: de polímeros, de hidrocarbonetos e clorados. * * ENZIMAS – APLICAÇÕES Permitem às indústrias usarem processos mais econômicos, diminuindo o consumo de energia e recursos; mais confiáveis e que poluem menos. São eficientes; Muito específicas; Permite produção segura e ambientalmente amigável. Origem vegetal Origem animal Origem microbiana * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *