Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
O EMPREGADOR Art. 2º, CLT – “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”. EMPREGADOR Pessoa Física Pessoa Jurídica Ente despersonificado Empresa + CONTRATA P P O NE S + Intenção ! (REGRA) Empregador por equiparação ! Ausência de fim lucrativo (EXCEÇÃO) Características Alteridade Despersonalização Tese da desconsideração da personalidade jurídica Grupo econômico Art. 2º, § 2º, CLT – “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas”. Sucessão trabalhista Art. 3º, § 2º, Lei 5.889- “Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Configuração: Mera coordenação Caso do sócio majoritário Efeitos: 1-Solidariedade passiva Desnecessária inclusão no processo (Recurso de Embargos) 2-Solidariedade ativa Súmula 129 do TST 3-Equiparação salarial (“FEL”) 4-Accessio temporis TST Enunciado nº 129 - RA 26/1982, DJ 04.05.1982 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Prestação de Serviços - E m p r e s a s d o M e s m o G r u p o Econômico - Contrato de Trabalho. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Sucessão trabalhista Requisitos: 1- Transferência a qualquer título da universalidade ou de unidade econômico jurídica/ mudança na estrutura jurídica 2-manutenção da atividade econômica (e dos contratos de trabalho) Efeitos: 1-Responsabilidade do sucessor 2- Até a data da sucessão – responsabilidade subsidiária Razão: evitar fraude (doutrina da solidariedade) Art. 927, CCB . “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” Art. 942, CCB. “Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.” 3-Pactuação diversa entre as partes 4-Ação de regresso cível (questão de competência) 5-Redução patrimonial – solidariedade 6- Hasta Pública Art. 9º, CLT – “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.” Consórcio de empregadores Requisitos: 1-reunião de produtores rurais 2-Atribuições de contratar, gerir e demitir trabalhadores 3-Registro de documento em cartório Efeitos: 1-Solidariedade ativa 2-Solidariedade passiva Doutrina ! consórcios urbanos Poderes empregatícios a) Poder diretivo Cunho técnico e organizativo (época de férias, uniformes, horário) b) Poder de organização Ramo Estrutura jurídica Nº de empregados c) Poder regulamentar Regulamento interno d) Poder de controle/ fiscalizatório Vigilância Empregados, clientes e fornecedores e) Poder disciplinar f) Poder hierárquico (?) CASOS PRÁTICOS 1- Geraldo, proprietário de uma mercearia, desenvolve suas atividades com auxílio de dois irmãos, que são seus empregados. No mês de fevereiro, realizou poucas vendas e, portanto, não teve lucro, auferindo valor suficiente apenas para arcar com os gastos com água, luz e aluguel. Em razão disso e do fato de considerar seu negócio de âmbito meramente familiar, pretende deixar de efetuar o pagamento dos salários de seus irmãos, acordado no valor de R$678,00, acreditando que eles teriam sido também responsáveis pelo mal andamento do negócio, por não terem se empenhado na divulgação do novo comércio. Responda se a conduta de Geraldo é lícita. Por quê? 2-Rogério trabalha na empresa Alfa há dois anos, tendo já laborado alguns dias, a pedido de seu patrão, no estabelecimento da empresa Beta, o que ocorreu durante o horário normal de sua jornada de trabalho. Em um desses dias, Rogério teve a oportunidade de conhecer Cláudia, moça simpática, que exercia nos quadros da empresa Beta as mesmas atividades para as quais Rogério fora contratado, tendo lhe revelando que recebia para tanto um valor superior em 50% ao salário de Rogério. Tendo em vista que as empresas Alfa e Beta possuem como sócio majoritário o Sr. Fortunato e que seguem a mesma política de organização interna, além de manterem estreita vinculação, responda se Rogério tem direito a receber alguma diferença salarial. Justifique sua resposta e indique a empresa que será responsável por suas verbas trabalhistas. 3- Cristina, proprietária de uma pequena confecção, possui em seu quadro de funcionários 20 costureiras, 1 auxiliar que cuida das questões administrativas e uma faxineira. Decidida a mudar de ramo e insatisfeita com o retorno financeiro que a indústria da moda propicia, Cristina vendeu sua confecção a Filomena, sua prima, deixando de pagar os dois últimos meses de salário de seus empregados em razão do mal andamento do negócio. Filomena, assim que assumiu a confecção, cuidou de colocar as mãos na massa, costurando junto com suas 8 irmãs. Comunicou às antigas funcionárias que não as recontrataria, pois não necessitava mais de seus serviços. Pergunta-se: as antigas empregadas de Cristina têm direito de cobrar seus salários atrasados? Se sim, de quem? Existe, no caso, alguma outra irregularidade? TERCEIRIZAÇÃO O que é terceirização? Empresa tomadora Empresa interposta Empregado Relação jurídica Relação fática Contrato de Direito Civil Terceirização interna X Terceirização externa A Súmula 331 do TST – terceirização por prazo indeterminado SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade- meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. (continua...) IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. Regra ! impossibilidade de intermediação Permissibilidade ! atividade –meio OBS. Vigilante X Vigia Pressuposto ! qualificação LICITUDE Atividade-meio Idoneidade Ausência de pessoalidade e subordinação INICIATIVA PRIVADA Efeitos: a)Terceirização regular : EP – responsabilidade principal ET – responsabilidade subsidiária b)Terceirização ilícita EP – responsabilidade principal ET – responsabilidade principal Vínculo empregatício Solidariedade ! Participação no processo Remissão na decisão ! ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Efeitos: a)Terceirização regular: EP – responsabilidade principal ET – responsabilidade subsidiária b)Terceirização ilícita: EP – responsabilidade principal ET –responsabilidade principal Inexistência de vínculo (concurso público) Salário equitativo Comprovação CULPA in eligendo e in vigilando ! ! Solidariedade OJ-SDI1-383 TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, “A”, DA LEI N.º 6.019, DE 03.01.1974 (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974. Do trabalho temporário – Lei 6.019/74 Cabimento: 1-necessidade transitória de substituição do pessoal regular e permanente 2-acréscimo extraordinário de serviços Empresa de trabalho temporário? PF PJ + URBANA + + TRANSITORIEDADE Deveres: Salário Assistência/direcionamento TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM Requisitos: Registro no MTE Contrato escrito Praz0 (3 meses) - prorrogação ! MTE Previsão na CTPS Falência ! responsabilidade solidária Demais responsabilidades Problema da representação sindical ET – EP ! designar hipótese EP – empregado ! rol de direitos Observações quanto aos direitos – art. 12: a) Salário equitativo b) Jornada de 8 horas (jornada especial para o segmento de atuação prevalece- alínea “a”- salário/hora) c) Adicional hora extra 20% (salvo adicional normativo superior) e) Repouso semanal remunerado. f) embora não expresso, tem direito a hora ficta. CASOS PRÁTICOS 1- Vânia trabalha na empresa Terceirizante Ltda. há 8 anos, executando atividades de limpeza em outras empresas indicadas por seu empregador. Ao longo desses anos, Vânia já laborou nas mais diversas empresas e nos mais diversos segmentos. Nos últimos 2 anos atuou na empresa Grande Tomadora, onde sempre trabalhou com muito empenho e guardando bom relacionamento com seus colegas. Ocorre que, no mês de janeiro, a empresa Terceirizante Ltda. subitamente encerrou suas atividades, fechando suas portas sem nada comunicar aos seus funcionários. Tendo a empresa Terceirizante desaparecido, será que Vânia tem alguma medida a adotar em defesa de seus direitos? Se sim, indique qual. 2-O prefeito do município de Bertiolândia decidiu terceirizar os serviços de fornecimento de alimentação para seus funcionários, contratando a jovem empresa Alimentos Mil, com sede em outra cidade, Gramadinho, empresa essa com a qual nunca havia contratado qualquer serviço. A Alimentos Mil vem, insistentemente, realizando pagamento a menor dos salários e deixando de recolher o FGTS dos seus empregados. Indique o que os empregados da Alimentos Mil poderão fazer para verem satisfeitos seu direitos trabalhistas. RESPONSABILIDADES TRABALHISTAS 1-Responsabilidade do empregador e do grupo econômico 2-Responsabilidade na sucessão trabalhista 3-Responsabilidade na terceirização 4-Responsabilidade no consórcio de empregadores 5-Responsabilidade na empreitada DONO DA OBRA EMPREITEIRO SUBEMPREITEIRO EMPREGADO OJ 191, SDI-1 CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. 6-Responsabilidade do sócio Regra: responsabilidade limitada Exceção: responsabilidade solidária e ilimitada Tese da desconsideração da personalidade jurídica: Sócio-gerente ou sócio controlador ! qualquer sócio OBS. Sociedade Ltda X Sociedade Anônima PJ DEVEDORA PRINCIPAL PJ DEVEDORA PRINCIPAL SÓCIO OBRIGAÇÃO SUBSIDIÁRIA + Prova: Gestão fraudulenta ou ilícita CASOS PRÁTICOS 1-Edivaldo trabalha como pedreiro há muitos anos e recentemente conheceu Jurandir, que dedicava-se a contratar pedreiros e ajudantes para realizar obras para as quais fosse contratado. Edivaldo já participou de duas dessas obras, mas ficou um pouco insatisfeito porque Jurandir não cumpriu integralmente com o que lhe havia prometido, pagando-lhe valor inferior em 1/6 ao que fora previamente combinado. Edivaldo, esperançoso ainda com uma mudança de atitude de Jurandir, aceitou participar de uma terceira obra. Nesse caso foi diferente, havia um outro empreiteiro, Sr. Pedro, que contratou Jurandir e outros dois homens (Camilo e Clodoaldo), que lhe forneciam pedreiros e ajudantes. A dona da obra era Dona Simone, mulher riquíssima, que agora estava construindo três prédios com ampla área de lazer, local em que planejava alojar toda a sua família. Ocorre que, ao fim da obra, Jurandir pagou Edivaldo apenas metade do que fora ajustado. Cansado, Edivaldo resolve buscar na justiça os valores prometido e não pagos. De quem Edivaldo poderá cobrar esses valores? 2-Neusa é proprietária de uma barraca numa feira de artesanato. Ao assistir à ampliação de seu negócio, viu-se obrigada a ampliar o número de seus empregados para três de modo a atender melhor a seus clientes. Temendo os encargos trabalhistas que acabaria assumindo em razão das novas contratações, procurou Aparecida e Gilberto, dois outros proprietários de barraca na feira, que também contavam com três empregados, e lhes fez a seguinte proposta: reunirem- se para que pudessem se ajudar em caso de eventual reclamação trabalhista, que pudesse ser extremamente onerosa caso algum deles houvesse de responder sozinho. Neusa tomou essa medida a conselho de seu primo, Jesuíno, pequeno proprietário rural, que participa de um ajuste “parecido com esse”, por meio do qual “divide gastos trabalhistas e mão-de-obra” com outros colegas, também pequenos proprietários rurais. Indique qual ajuste é esse do qual participa Jesuíno e diga se há possibilidade de Neusa adotá-lo com seus colegas da feira. Responda também quais são os requisitos necessários para sua constituição e quais os efeitos que este ajuste reproduz no campo das responsabilidades. CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO “Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. Crítica: O contrato não corresponde à relação de emprego, mas sim possibilita o seu surgimento. CONTRATO DE TRABALHO CONTRATO DE EMPREGO REQUISITOS/ELEMENTOS ESSENCIAIS: 1-Capacidade 2-Licitude do objeto 3-Forma prescrita ou não defesa em lei 4-Consentimento válido Como deve ser entendido: Negócio jurídico celebrado de forma tácita ou expressa (verbalmente ou por escrito), por prazo determinado ou não, no qual um empregado (pessoa física) coloca à disposição de outrem (pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado) o seu trabalho de modo pessoal, não eventual, oneroso e subordinado. CONTRATO DE EMPREGO 1- Da capacidade: Direito civil ! Direito do trabalho ! EMPREGADOR ! Mesmo conceito do Direito Civil Aptidão para exercer por si ou por outrem os atos da vida civil Aptidão para o exercício de atos da vida laborativa Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. EMPREGADO: Maioridade trabalhista = 18 anos. 16 a 18 anos = capacidade relativa do obreiro A partir de 14 anos = aprendiz Atos com assistência ! Aplicação somente aos maiores ! Assinatura do contrato Assinatura da CTPS Rescisão contratual Propositura de reclamação trabalhista Trabalho noturno Trabalho perigoso Trabalho insalubre Regra civil da emancipação por economia própria aos 16 anos de idade ou mais NÃO se aplica ao Direito do Trabalho 2-Da licitude do objeto: Trabalho ilícito X Trabalho irregular/proibido Tipo penal Inobservância de regra imperativa: Trabalhos em certas circunstâncias ou por certos tipos de empregados Efeitos trabalhistas plenos Dever de correção do vício Negativa de efeitos trabalhistas Exceções: Desconhecimento do fim ilícito Dissociação entre trabalho e núcleo da atividade ilícita 3-Forma prescrita ou não defesa em lei: Regra ! não necessidade de forma Prova: por qualquer meio, inclusive indícios ou presunções TST Enunciado nº 212 - Ônus da Prova - Término do Contrato de Trabalho - Princípio da Continuidade O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Exceções (não implicação nos efeitos trabalhistas) 4- Consentimento válido: Discussão – menor relevância (contrato de adesão) Exceção – contratos a termo com prazo longo (muito oneroso) VÍCIOS E DEFEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO Nulidade – consequência jurídica (supressão dos efeitos jurídicos) decorrente da prática de um ato em desconformidade com a lei Direito Civil ! Supressão do ato Retorno ao status quo Efeitos ex tunc (retroativos) Direito do Trabalho ! Supressão do ato Impossibilidade de retorno ao status quo Efeito ex nunc Teoria trabalhista: a) Aplicação plena: vício de capacidade; vício de forma (interesse do obreiro) b) Aplicação atenuada: contratação irregular por ente público (interesse público) c) Não aplicação: trabalho ilícito (bem social de grande relevância) Nulidade: total X parcial CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Expressos Tácitos Individuais (foco ! pólo do empregado) Plúrimos/de equipe Por prazo indeterminado Por prazo determinado CASOS PRÁTICOS 1-Avalie e compare os seguintes casos, ressaltando os seus efeitos: C1: Jerônimo foi contratado por Carlão, traficante temido, para entregar encomendas de drogas em diversos pontos da cidade. Jerônimo conhecia a atividade de seu empregador, mas nem cogitou recusar a oferta de emprego, pois, na condição se simples motoboy, nada tinha de interligação com o tráfico. Ademais, estava precisando do dinheiro para adquirir sua primeira casa. C2: Jerônimo foi contratado por Carlão, homem que não conhecia, ao responder a uma demanda de emprego publicada no jornalzinho de sua cidade. A oferta de emprego se referia a serviço de entrega de “quentinhas”. Contudo, certo dia, Jerônimo foi surpreendido por uma batida da polícia, a qual desmascarou a verdadeira atividade de Carlão, que era de distribuição de drogas. 2- (CASA) Jorginho, menino de apenas 16 anos, decidiu abrir em sua cidade uma Lan house em uma pequena lojinha, de propriedade da Srta. Margarida. Para isso, fez um acordo com Júlio Cézar, um primo seu, que arcou com as despesas de montagem e contratou Jorginho como seu funcionário, prometendo-lhe salário fixo e certa porcentagem de acordo com o movimento da loja. Ocorre que seu negócio foi muito bem sucedido e agora Jorginho, que já pode se manter de modo autônomo, alugou uma casinha, também de propriedade da Srta. Margarida, local em que está residindo com sua namoradinha, Clara. Jorginho, percebendo que o negócio era (...) promissor, decidiu pedir demissão a seu primo e montar a sua própria lan house. Jorginho fez tudo isso sem o auxílio de seus pais, que discordavam de sua atitude, acreditando que isso poderia lhe atrapalhar em seus estudos. Pergunta-se: há alguma situação inadequada no caso? Se sim, quais seriam os efeitos de tal irregularidade? CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO Hipóteses legais taxativas Hipóteses: -Art. 443, §2º da CLT: Natureza ou transitoriedade do serviço Atividade empresarial transitória Contrato de experiência -Legislação extravagante (atletas, artistas profissionais, etc) -Contrato provisório 1- Serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo: -substituição de pessoal permanente -acréscimo provisório de serviço -trabalho certo e delimitado (obra) ! esvaziamento do objeto Art. 443 da CLT- O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º. Considera-se como de prazo determinado contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada § 2º. O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Transitoriedade ! serviço 2-Atividades empresariais de caráter transitório: -feiras, trabalho em circo, atividades sazonais. 3-Contrato de experiência: -amplitude de aplicação -sentido e objetivo da contratação 4-Legislação extravagante: -casos em que a indeterminação é prejudicial -transitoriedade 5- Contrato provisório: Transitoriedade ! atividade da empresa TERMO -Ocorrência: certa -Momento: certo ou incerto ! Termo certo/ termo incerto -Espécies (art. 443, §1º, CLT): Termo fixo ! data prefixada (certo) Termo em razão de serviço especificado (incerto) Termo em razão de acontecimento com previsão aproximada (incerto) PRAZO Regra: 2 anos Contrato de experiência: 90 dias Disposições especiais PRORROGAÇÃO Uma vez apenas P1 + P2 = Pmáximo Regra: P1 + P2 = 2 anos Contrato de experiência: P1 + P2 = 90 dias Irregularidade: 2 ou mais prorrogações P1 + P2 > 2anos (regra) P1 + P2 > 90 dias Forma: Tácita (previsão contratual) Expressa Consequência ! indeterminação SUCESSIVIDADE Prorrogação X Sucessividade Regra: inviabilidade Exceção: Prazo mínimo de 6 meses Flexibilização: serviço especificado realização do acontecimento de previsão antecipada Inobservância: presunção de fraude (ampliação: contratos sem termo) INDETERMINAÇÃO AUTOMÁTICA Inobservância das regras: Cabimento Prazo Prorrogação Sucessividade NÃO se trata de NOVAÇÃO SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO C1: Não altera o termo final C2: Prorroga o prazo até o fim da causa suspensiva ou interruptiva (após ! extinção imediata) Art. 472, § 2º da CLT. Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. Tempo de afastamento CONTA na duração normal do contrato, salvo estipulação em contrário. GARANTIA DE EMPREGO Regra: incompatibilidade Exceções: Acidente de trabalho / doença profissional Gestante 1-Acidente de trabalho / doença profissional: Dever constitucional: Prazo: 1 ano após o retorno 2-Garantia da gestante e do nascituro: Dever constitucional: Jurisprudência trabalhista X STF (Não) (Sim) Art. 10, ADCT, CR/88 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o Art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. art. 7º, CR/88, XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; QUESTÃO DA FORMA Pode ser essencial ou não Mecanismo de prova ACCESSIO TEMPORIS Requisitos: a)contratos de emprego b)mesmo empregador (grupo econômico/ sucessão trabalhista) c)segundo contrato = por prazo indeterminado CASOS PRÁTICOS 1- (CASA) Gertrudes deseja abrir uma pequena padaria na loja que fica no pavimento inferior da sua residência. Pelo fato de desconhecer o processo de preparo de pães e bolos, pretende contratar Rogério, que trabalha na padaria do Sr. Adalberto há 8 anos. Gertrudes objetiva contratá-lo apenas por tempo suficiente para extrair de Rogério os conhecimentos necessários para que, então, ela mesma possa cuidar do preparo dos alimentos. Julgando ser necessário tempo aproximado de 10 meses, deseja formalizar um contrato por prazo determinado com Rogério. A pretensão de Gertrudes encontra amparo na lei? Explique. 2-João, dono de uma confeitaria, está enfrentando desde o mês passado o seguinte impasse: a) Roberta, moça encarregada de lavar a louça, está gozando sua licença maternidade; b) Geraldo, entregador de lanches, feriu-se em trabalho e por esse motivo se encontra de licença; c)Denise, confeiteira, está em férias. Em razão da necessidade de substituição do seu pessoal, João teve a seguinte ideia: contratar Isadora para substituir Roberta por 9 meses; contratar Paulo para substituir Rogério por no máximo 5 meses, momento em que procuraria Geraldo, caso ainda não tivesse voltado ao emprego, e o mandaria embora, contratando Rogério em definitivo; contrataria Elvira para substituir Denise durante o seu mês de férias. Pergunta-se: A estratégia de João está correta? Avalie cada um dos casos. Dica: a licença maternidade tem prazo de 180 dias. CASOS PRÁTICOS (CASA – 20/04) 2- Jorginho, menino de apenas 16 anos, decidiu abrir em sua cidade uma Lan house em uma pequena lojinha, de propriedade da Srta. Margarida. Para isso, fez um acordo com Júlio Cézar, um primo seu, que arcou com as despesas de montagem e contratou Jorginho como seu funcionário, prometendo-lhe salário fixo e certa porcentagem de acordo com o movimento da loja. Ocorre que seu negócio foi muito bem sucedido e agora Jorginho, que já pode se manter de modo autônomo, alugou uma casinha, também de propriedade da Srta. Margarida, local em que está residindo com sua namoradinha, Clara. Jorginho, percebendo que o negócio era promissor, decidiu pedir demissão a seu primo e montar a sua própria lan house. Jorginho fez tudo isso sem o auxílio de seus pais, que discordavam de sua atitude, acreditando que isso poderia lhe atrapalhar em seus estudos. Pergunta-se: há alguma situação inadequada no caso? Se sim, quais seriam os efeitos de tal irregularidade? 3- Ana contratou Roberta como sua secretária por meio de contrato de experiência. Ao fim do contrato (que durou 90 dias), Ana, insatisfeita com os deslizes cometidos por Roberta, que era muito desatenta, resolveu não contratá-la. Três semanas depois, comovida com o sofrimento de Roberta, que lhe relatara ter perdido nos últimos dias o marido, ficando agora como a única responsável pelo sustento de suas três filhas, resolveu dar à moça mais uma oportunidade. Firmou com ela um novo contrato por prazo determinado, na condição de uma “chance”, para que ela melhorasse seu desempenho e, então, fosse devidamente contratada. Quais são as consequências do agir de Ana? Sua postura foi juridicamente correta? CONTRATO DE EXPERIÊNCIA Prazo: 90 dias Objetivo: “prova” recíproca Forma: jurisprudência exige que seja escrito, contando dia exato do encerramento Sucessividade: presunção de fraude CONTRATO PROVISÓRIO – lei 9.601/98 Hipóteses – para além do art. 443, CLT e em qualquer atividade; Requisitos: Negociação coletiva Acréscimo no nº de empregados Art. 3º: média semestral anterior (parâmetro) Fraude: dispensa de quantidade que supere a média anterior a jan/1998 -Regras uniformes: Prazo (2 anos) Termo certo ou incerto Sucessividade Acessio Temporis Exceções – garantia de emprego – acidente de trabalho; gestante -Características especiais: Pactuação Negociação coletiva e acréscimo de empregados Formalidade escrito depósito de cópia no MTE anotação específica na CTPS Prorrogação várias vezes respeito ao prazo máximo CONTATO POR TEMPO INDETERMINADO O que é? Regra: Princípio da continuidade da relação de emprego Princípio da norma mais favorável Efeitos específicos: 1-Interrupção e suspensão do contrato 2-Garantia de emprego 3-Efeitos rescisórios CASOS PRÁTICOS (CASA -19/04) 1- Gertrudes deseja abrir uma pequena padaria na loja que fica no pavimento inferior da sua residência. Pelo fato de desconhecer o processo de preparo de pães e bolos, pretende contratar Rogério, que trabalha na padaria do Sr. Adalberto há 8 anos. Gertrudes objetiva contratá-lo apenas por tempo suficiente para extrair de Rogério os conhecimentos necessários para que, então, ela mesma possa cuidar do preparo dos alimentos. Julgando ser necessário tempo aproximado de 10 meses, deseja formalizar um contrato por prazo determinado com Rogério. A pretensão de Gertrudes encontra amparo na lei? Explique. 2- Rogério decidiu contratar 3 empregados para sua empresa de engenharia, substituindo três outros que acabavam de ser demitidos em virtude de um grande desentendimento, que culminou em agressão física entre eles. Objetivando “testar” o serviço dos novos empregados, Rogério firmou contrato diretamente com Camila, Reivani e Lucas estipulando prazo de 180 dias. Satisfeito com o serviço decidiu, com base na lei nº 9601/98, prorrogar o contrato por mais 1 ano e meio. Ao final do contrato desses empregados, Rogério viu-se em grave crise econômica, motivo pelo qual decidiu não renovar novamente os contratos de Camila, Reivani e Lucas. Ao pagar as verbas rescisórias, Rogério atendeu exatamente as disposições legais acerca do contrato provisório. Responda o seguinte: Rogério agiu de modo correto ao longo do contrato e no momento da rescisão? Se não, explicite as incorreções.