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A competência impõe severos limites ao poder jurisdicional. Suas regras asseguram a própria qualidade e legitimidade da jurisdição. PRINCIPIOS -‐ Inércia da jurisdição Poder somente poderá ser exercido pelo juiz mediante previa invocação. -‐ Imparcialidade Afastamento estrutural, alheamento em relação a atividade das partes. -‐ Juiz natural Consiste no direito que cada cidadão tem de saber, de antemão, a autoridade que ira processa-‐lo e qual juiz ou tribunal que ira julga-‐lo. -‐ Indeclinabilidade da jurisdição Assegura a eficácia da garantia da jurisdição, no sentido de infungibilidade e indeclinabilidade do juízo. COMPETENCIA Matéria, pessoa e lugar. Competência absoluta: matéria e pessoa. Não se convalida jamais, podendo ser reconhecida de oficio em qualquer fase do processo. Competência relativa: lugar. Deve ser arguida pelo réu no primeiro momento em que falar no processo, sob pena de preclusão e prorrogação da competência do juiz – prorrogatio fori. Somente o réu pode alegar, visto que o MP, ao eleger o locar onde ofereceu a denuncia, fez sua opção, e portanto, preclusa a via para ele. Pode o juiz declinar de oficio, art. 109. QUAL A JUSTICA COMPETENTE?? JUSTICA MILITAR FEDERAL Exercito, marinha e aeronáutica. Art. 124 CF. Art. 9, CpM, requisitos: • Seja uma conduta tipificada no CpM; • Presente as situações do art. 9; • Jurisprudência exige uma situação de interesse militar; ex: militar lesiona esposa... Pode um civil ser julgado pela justiça militar. Ex: invasão... art. 302. JUSTICA MILITAR ESTADUAL Art. 125, $4 CF. Requisitos: • Conduta tipificada no código penal militar; • Presente as situações do art. 9; • Que o agente militar seja militar do Estado, membro da policia militar estadual, policia rodoviária estadual ou bombeiro; • Jurisprudência exige uma situação de interesse militar; ex: militar lesiona esposa... Sum. 6 STJ. Ambos necessitam ser militares. Descarta a possibilidade de um civil ser julgado na justiça militar estadual. Sum. 53 STJ. -‐>Abuso de autoridade não é julgado na justiça militar. -‐> Policial militar que cometer um crime doloso contra a vida de civil, será julgado na justiça comum (federal se presentes requisitos do art. 109 CF, ou estadual nos demais casos) pelo Tribunal do Juri. -‐> Policial militar que cometer crime doloso contra a vida de militar será julgado na justiça militar estadual. Se no júri houver uma desclassificação (doloso -‐>culposo), no caso contra civil, passara para justiça militar estadual se presente interesse e etc. não há prorrogação do júri, pois é competência absoluta, matéria. JUSTICA ELEITORAL Art. 121, CF. Tem prevalência sobre a comum, art. 78, IV. Deve ser lido junto com o art. 79, I. Crime comum + eleitoral = justiça eleitoral. Art. 74, $1: eleitoral + homicídio doloso = DIVIDE, pois a competência do júri é constitucional, prevalecendo sobre a lei ordinária, código eleitoral. JUSTICA COMUM FEDERAL Art. 109, IVss, CF. Residual da especial. Art. 78, III: Prevalece sobre a estadual. Sum. 38 STJ, exclui a competência da federal sobre as contravenções. Caixa econômica federal. INSS. Correios. Salvo se for contra uma das lojas conveniadas... Interesse particular de quem adquiriu e não da Uniao. Arts. 20 e 21 CF: subsidiários. Falsificação de moeda, contra o sistema financeiro. Lei 9.613, art. 2, III. Sum. 147 STJ. Interesse da uniao na correta e efetiva prestação de seus serviços. Na competência da justiça federal há tribunal do júri. Sum. 522 STF: trafico com o exterior é competência da JF. Lei 11.343/2006, art. 70, pu. Validos para os delitos do art. 33 a 37, transacional. Demais casos JE. Art. 109, VI: somente será da JF quando afetar instituições de trabalho ou coletivamente os trabalhadores. è A competência da JF não se presume. O fato de a prisão/inquérito ter sido realizados pela policia federal não basta para legitimar a competência da JF. Art. 109, IX: navios e aeronaves de grande porte, autonomia para viagens... art. 89 e 90. Índio: sum. 140 STJ. Sum. 42 STJ Sum. 122 STJ Crimes praticados fora do pais, mas com incidência da nossa lei, art. 7, II, b. lua de mel no Uruguai, mata esposa. Competente a Justica Estadual – júri + art. 88, pois não esta prevista no art. 109. JEC FEDERAIS • Ser do art. 109; • Crime tenha uma pena máxima não superior a dois anos; -‐>Conexo: jeC federal e federal: sai do jec, pois pena mais grave. -‐>Ameaça + homicídio contra servidores no exercício da função: são reunidos para o Juri Federal. JUSTICA COMUM ESTADUAL É a mais residual. Conflito entre estadual e federal: sum. 122 STJ. • Jec cíveis: delitos de menor potencial ofensivo; art. 61 lei 9.099 + art. 60, pu. QUAL O FORO COMPETENTE (LOCAL)?? Art. 70 e 71. Art. 14. Art. 70: crime plurilocal. Pelo art. Seria onde a pessoa morre. Porem, os tribunais brasileiros tem entendido que passou a ser competente onde se esgotou o potencial lesivo da infração, pela necessidade probatória. Contra a honra praticados pela imprensa: local onde ocorreu a impressão; pela internet: local onde se encontra o responsável pela veiculação. Art. 88. Art. 72 é o que ultimo deve ser usado. Eleição de foro: art. 73; QUAL A VARA, JUIZO COMPETENTE? Resolvida pela prevenção ou distribuição. Art. 83. Art. 75. COMPETENCIA EM RAZAO DA PESSOA Algumas pessoas, por exercerem determinadas funções, tem a prerrogativa de serem julgadas originariamente por determinados órgãos. Sum. 451 STF. Principio da atualidade da função. • Crime cometido ANTES da posse: adquire a prerrogativa quando assumir o cargo; • Crime cometido DURANTE o exercício do cargo ou função publica: o agente tem a prerrogativa; • Em qualquer caso, cessado o exercício do cargo ou função, termina a prerrogativa e o processo será remetido para a justiça competente no primeiro grau; • Não existe qualquer prerrogativa em relação a improbidade adm; O STF manteve sua competência para julgar um agente que para usar de fraude processual renuncia ao mandato para ocorrer a prescrição. Porem, na maioria vale o exercício da função, devendo ser redistribuído. -‐>quando o processo inicia e se desenvolve frente a um juiz incompetente e, em grau recursal é reconhecida a incompetência, deve ser anulado ab initio, com repetição de todos os atos. -‐>diferente é quando surge uma causa modificadora de competência, nesses casos os atos praticados são validos e podem ser aproveitados. STF: art. 102, I, b, c, CF. STJ: art. 105, I, a, CF. TRIBUNAIS DE JUSTICA DOS ESTADOS: art. 96, III, CF. esses agentes praticando crime eleitoral, serão julgados pelo Tribunal regional eleitoraL. Mesmo cometendo crimes do art. 109, deve prevalecer o TJ. Cometendo crime do júri, continua no TJ. TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS: simetria, os juízes federais, militares e da justiça do trabalho e membros do Mp da Unicao serão também do art. 108, I, a, CF. ressalva para crime eleitoral = t.r.e. DEPUTADO FEDERAL: ser julgado pelo mais alto tribunal do estado ao qual esta vinculado. Crime estadual = TJ. Crime federal = TRF. PREFEITOS: art. 29, X, CF. crime estadual = TJ. Crime eleitoral= T.R.E. crime justiça federal = TRF. Sum. 702 STF. Sums. 208 e 209 STJ. Juiz estadual e federal que juntos cometem crimes: devem ser julgados pelo TRF. VEREADORES: não tem prerrogativa. Sum. 245 STF. A prerrogativa de foro se estende se houver um com prerrogativa e outro sem. Sum. 704 STF: TRIBUNAL DO JURI • Sum.721 STF. Prerrogativa de foro constitucional com o tribunal do júri que também é constitucional = Prevalece a prerrogativa de foro. Porque prevalece a jurisdição superior do tribunal. Se a prerrogativa de foro for estadual e júri constitucional = prevalece o júri. • Conexão e continência Quando deve haver junção e uma pessoa possui prerrogativa, quem julga? Em concurso, prevalece a competência do tribunal, art. 78, III. Problema é quando crime é do Juri, que é do primeiro grau. -‐> prerrogativa de foro + júri = DIVIDE. Porque a regra da conexão decorre de lei ordinária, que não deve prevalecer sobre constitucional. Crime eleitoral + júri = DIVIDE prevalência de norma constitucional sobre lei ordinária (código eleitoral). Prerrogativa de função para vitima de crime Sum 714. Regra a prerrogativa de foro é destinada ao autor do crime que o pratica no exercício de alguma função publica relevante e que a CF assim discipline. Exceção: art. 85: exceção da verdade. Quando juiz presta queixa crime contra particular, esse particular faz a exceção da verdade, tornando o juiz réu. Juiz julgando juiz não pode, deve o processo ser remetido ao TJ. Assim: • Se a exceção for rejeitada: volta o processo para a comarca de origem para continuação da queixa. • A exceção da verdade acolhida: juiz realmente fez o que o particular falou. Deve ser extinta a queixa e juiz ser julgado pelo delito, no TJ. Causas modificadoras de competência: CONEXAO E CONTINENCIA Todas regras anteriores podem ser alteradas por elas. Tem por fundamente a necessidade de reunir os diversos delitos conexos ou os diferentes agentes num mesmo processo, para julgamento simultâneo. CONEXAO: o interesse é evidentemente probatório, pois o vinculo estabelecido entre os delitos decorre da sua estreita ligação. Art. 76. Unir crimes em um mesmo processo. Não existe conexão quando o crime é único. • Se for considerado crime continuado, o critério é o da prevenção, art. 71. CONTINENCIA: o que se pretende é, diante de um mesmo fato praticado por duas ou mais pessoas, manter uma coerência na decisão. Art. 77. Não há pluralidade de crimes, mas de pessoas. Complica quando há prerrogativa de foro. Inciso II: varias ações são consideradas como um delito. Varios crimes em vários locais: caso já tenha sido juntado e sendo julgado segue, competência relativa. Para definição de competência em conexão/continência: 1º: algum dos crimes é da justiça militar? Se sim, separa. 2º: algum dos crimes é eleitoral? se sim, junta tudo e vai pra eleitoral, art. 78, IV. 3º: algum dos agentes tem prerrogativa? Se sim, art. 78, III. 4º: não sendo das justiças especiais, algum crime é da justiça federal? Se sim, art. 78, III. Os incisos I e II, somente incidem sobre jurisdição da mesma categoria. 5º: algum dos crimes é do tribunal do júri art. 74, $1? Se sim, todos irão pra lá. Ver prerrogativa + júri DIVIDE Se for estadual muitos juízes serão competentes e ai? Art. 78, II. è Art. 82. Sentença definitiva= recorrível. Quando juiz de primeiro grau der sentença, não caberá a outro avocar, pois a jurisdição de primeiro grau esta exaurida. è Art. 79 e art. 80.