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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA O BARROCO Profa. Regina Maura Lopes Couto Cortez FAU – ANHANGUERA /UNIDERP 2011 / 2 1º Semestre BARROCO – CONTEXTO HISTÓRICO • No século XVI, durante a segunda fase do Renascimento, a Europa foi abalada por uma série de movimentos religiosos que contestavam abertamente os dogmas da igreja católica e a autoridade do papa • Estes movimentos, conhecidos genericamente como Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso • No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as mudanças na economia européia, juntamente com a ascensão da burguesia • Por isso, algumas correntes do movimento reformista se adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem empreendedor e ao justificar a busca do lucro, sempre condenado pela igreja católica ANTECEDENTES • A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião de pompa, luxo e ociosidade • Surgiram críticas em livros como o “Elogio da Loucura” (1509), de Erasmo de Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse o rompimento com a igreja católica • Durante o papado de Leão X (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, que levaria à divisão do Cristianismo na Europa • Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer subterfúgio, como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e, principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a causa imediata da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia comprar o perdão da Igreja ANTECEDENTES • A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este desconhecido na Europa feudal. Esse fato motivou o declínio da autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes • Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na Reforma religiosa • Na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra; o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas; trabalhar pela obtenção do lucro, que é a essência do capital, era pecado • Assim, grande parte da burguesia, ligada às atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista ANTECEDENTES • Reforma Religiosa: Luterana – Martinho Lutero – Alemanha Calvinismo – João Calvino – França e Suiça Anglicanismo – Henrique VIII – Inglaterra • De forma geral, esse movimento, aumentou o poder da burguesia e da monarquia • “Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, o Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...) que sejam ou possam ser formados legalmente por autoridade espiritual" (Ato de Supremacia, 1534) A REAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA MOVIMENTO CONTRA-REFORMA OU REFORMA CATÓLICA • A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era bastante difícil: ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra e os países escandinavos; estava em recuo na França, nos Países Baixos, na Áustria, na Boêmia e na Hungria • A reação católica – contra reforma – orientada por seis grandes papas: Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V • A Contra-Reforma, ou Reforma Católica, foi uma barreira colocada pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para enfrentar as novas doutrinas, a igreja católica: Instaurou novamente a Inquisição - 1542 Instituiu o “Index Librorum Prohibitorum” – 1564 Realizou o Concilio de Trento – 1545/1563 • Surgimento da Missa-espetáculo Barroco Aspectos Históricos Em meados do séc. XVI, crises abalam o Ocidente (crise religiosa contra a reforma de Lutero) protestantismo Os católicos reagem e convocam o Concílio de Tentro Inicia-se a “Contra- Reforma” Restabelecimento do prestígio da Igreja e a disciplina religiosa Restauram os tribunais da Inquisicão Fruto da ideologia da “Contra-Reforma” surge o Barroco CONSEQUÊNCIAS • Consequências desses movimentos: divisão da cristandade ocidental extintas as obrigações financeiras devidas à igreja católica individualismo econômico espírito de poupança liberação de operações econômicas Favorecimento para o surgimento dos Estados Nacionais e dos governos absolutos, pois propunha que cada nação se libertasse da submissão ao Papa Absolutismo – apoiado na burguesia – realeza domina a antiga nobreza feudal. Reis – direito divino. Absolutismo em crescimento, principalmente na França e na Inglaterra Surgimento de várias ordens, entre as quais a Companhia de Jesus, ou Ordem dos Jesuitas – a que melhor caracterizou o espírito da reação católica – Inácio de Loyola O BARROCO • Desenvolveu-se nos séculos XVII e XVIII • O papel da arte na contra-reforma – a Igreja Católica retoma sua força e novas e grandes igrejas foram edificadas – desempenho do Papa Sisto V • Barroco (“pérola torta”) – termo pejorativo – representa qualquer ideia por demais complexa ou qualquer conceito intrincado • Grande transformação do pensamento e da cultura a partir de fins dos anos 500 – eliminação do sistema clássico como estrutura imutável da verdade • O artista que determina a forma não aceita a autoridade do sistema – todo valor da arte reside em “fazer-se” arte O BARROCO • Demonstração de luxo e poder • Quebra das regras e composição renascentistas em busca de formas mais livres e dinâmicas • Predominância da linha curva • Constante sensação de movimento • Arte de determinação formal, em oposição à arte de representação formal (renascimento) • Tudo no barroco é muito teatral Interior do Paláçio de Versalhes, França A PINTURA BARROCA • A arte barroca origina-se na Itália, mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis • Rompe o equilíbrio entre sentimento e razão; entre arte e ciência • Predomina as emoções e não o racionalismo • Na pintura – composição em diagonal • Contraste claro/escuro intensifica a expressão do sentimento Caravaggio - Deposição no Túmulo - 1602-1604 A ESCULTURA BARROCA • Escultura: desaparece o equilíbrio exaltação dos sentimentos movimento; efeitos decorativos uso do dourado linhas curvas • Esculturas cheias de movimento e revestidas de roupagem de ondulantes e complicadas pregas Davi - de Bernini (barroco) Davi - de Michelangelo (renascimento) A ARQUITETURA BARROCA • Arquitetura – palácios e igrejas • Obras que impressionam pelo esplendor – triunfo da fé • Uso da forma oval • Plantas curvas e elípticas • Fachadas onduladas (curvas e contra curvas) • Colunas salomônicas (ou torsas) • Decoração interior e exterior exuberante • “No Barroco, todo muro se ondula e dobra para criar um novo espaço” (Bruno Zevi) Igreja San Carlo alle Quattro Fontane . Roma - Borromini BARROCO – Principais Artistas • Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) - foi um autodidata, não freqüentou academias, viveu de maneira pouco regrada, não teve alunos diretos, mas, depois de sua morte, acontece o fenômeno europeu “caravaggismo” • Viveu no período barroco, de reação da igreja católica • Foi um homem do seu tempo. Ele não apenas viveu o Barroco mas viveu uma vida barroca. Sua biografia é repleta de grandes cenas, dramas e momentos de grandes emoções CARAVAGGIO • A Conversão de São Paulo, a caminho de Damasco (também conhecida como Conversão de São Paulo) é uma das mais conhecidas obras do pintor italiano • Pintada entre 1600 e 1601 para a Igreja Santa Maria del Popolo • A pintura retrata uma das cenas mais narradas do Novo Testamento, quando Saulo (depois chamado Paulo) cai de seu cavalo na estrada para a cidade de Damasco e recebe a visita do próprio Jesus, se convertendo ao Cristianismo CARAVAGGIO A Morte da Virgem, 1606 óleo sobre tela - 369x245 cm CARAVAGGIO A Crucificação de São Pedro, 1600 óleo sobre tela CARAVAGGIO A Dúvida de São Tomé, 1601 óleo sobre tela - 107 x 146 cm BARROCO – Principais Artistas • Andrea Pozzo (1642 - 1709) foi um religioso jesuíta italiano • Realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, que se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade Auto-retrato de Andrea Pozzo ANDREA POZZO Teto da Igreja de Santo Inácio, Roma,1694 - Afresco • Formas em expansão rompendo todos os limites • Infinitismo na perspectiva aplicada na pintura das cúpulas ANDREA POZZO BARROCO – Principais Artistas • Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini (1598 - 1680) foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhista, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia • Esculpiu numerosas obras de arte presentes até os dias atuais em Roma e no Vaticano Auto-retrato de Bernini BERNINI • Influenciado por Michelangelo • Utiliza o mármore como os clássicos, ou seja, faz polimento de toda a superfície da escultura • Demonstra desejo de movimento violento, explícito e instável em composições e expressões • Esquemas compositivos livres, soltos, com geometrias complexas (espirais, diagonais, angulações) • Roupagens agitadas e desordenadas • Gestos dramáticos, enfáticos, teatrais • A escultura se projeta até o espaço que a rodeia; situada dentro de um contexto arquitetônico (altares, timbas, nichos, jardins, praças, edifícios) BERNINI • O Êxtase de Santa Tereza, 1647 • Talhada em mármore branco e colocada na parte central do altar da capela da família Cornaro na Igreja de Santa Maria da Victoria, em Roma • Santa Tereza em pleno arrebato místico: um anjo transpasa seu coração com uma flecha de amor divino • Santa Tereza, suspensa no ar, se abandona a seu êxtase e parece transformarse em um corpo sem peso • O corpo, coberto com agitadas pregas do hábito, transmite uma sensação de intenso movimento, com exceção de mãos e pés que caem como se estivessem suspensos BERNINI • O Êxtase de Santa Tereza, 1647 • O rostro, com os olhos fechados e a boca entreaberta, reflete o estado interior por que atravessa a santa ( síntese de dor e gozo) • O anjo está representado com um sorriso de vida e alegria • Composição: dinamismo através da composição em diagonal, das roupagens e pela aparente suspensão dos corpos • A luz natural também contribui para essa aparência de suspensão no ar BERNINI O Rapto de Perséfones, (1621-22) BERNINI • Apolo e Dafne, (1598-1680) • Grupo escultórico talhado en mármore • Dinamismo, movimento explícito • Composição aberta • Linhas diagonais, quebradas, retas e curvas • Expressão exagerada, gestos e movimientos teatrais BERNINI • Davi, 1623 – 24 • Escultua em tamanho natural talhada em mármore • Representa David no momento de lançar a pedra em Golias • Dinamismo, expressão, teatralidade, corpo em tensão, torção ARQUITETURA BARROCA • A arquitetura passou a ser encarada como uma grande escultura, o que importava era o efeito do conjunto, o movimento e a riqueza dos detalhes • Arcos elípticos, ovais e mistos • Cúpulas ovais • No interior, espaço orientado ao infinito: decoração de abóbadas como espaços abertos • Decoração exuberante • Auge do urbanismo Palácio de Versalhes, França AFRESCOS BARROCOS • O afresco era empregado nos tetos das igrejas, dando a impressão de uma visão paradisíaca do céu • A idéia era fazer com que o espectador esquecesse que havia um teto de madeira sobre sua cabeça e imaginasse que o céu celestial havia rasgado o telhado • Igreja católica faz uso da imagem também como uma resposta às reformas O BARROCO NA ITÁLIA • O Barroco nasceu na Itália, que desde o Renascimento se tornara o maior polo de atração de artistas em toda a Europa • Politicamente, a Itália havia perdido muito prestígio e força, mas culturalmente continuava a ser a maior potência européia, com Roma liderando a transição do Maneirismo para o Barroco • Seu surgimento está intimamente ligado à Contra-Reforma, onde a arte desempenhou um importante papel propagandístico • Outro elemento de importância para a formação da estética barroca foi a consolidação das monarquias absolutistas, que através da arte procuraram consagrar os valores que defendiam • Os palácios reais passaram a ser construídos em escala monumental, a fim de exibir visivelmente o poder e a grandeza dos Estados centralizados, e o maior exemplo dessa tendência é o Palácio de Versalhes, erguido a mando de Luís XIV da França O PAPEL DO PAPA SISTO V • Sisto V foi talvez o mais autêntico papa da Contra-Reforma, ou da Reforma católica como preferem alguns • Em meio ao cenário das guerras de religião, o projeto do novo papa para sua capital pretendia ser um primeiro passo para o restabelecimento da grandeza da Igreja, e de Roma, como centro de um universo unificado, espiritual e politicamente • Para um objetivo tão grandioso, nenhum recurso poderia ser poupado, e todas as artes deveriam cumprir seu papel – pintura, escultura, música sacra, e principalmente a arquitetura e urbanismo O PAPEL DO PAPA SISTO V • Sisto V deixou a Roma Medieval intacta e concentrou suas energias, desde o primeiro momento, em direção à região mais despovoada da cidade. Durante seu breve reinado, entre os anos de 1585 a 1590, construiu uma rede de avenidas majestosas que, vencendo os obstáculos naturais, tornou acessíveis à cidade as colinas da antiga Roma e trouxe vida urbana a essas zonas praticamente desabitadas • O primeiro impulso que determinou essa transformação foi eclesiástico, como parte da reconstrução da Igreja Universal depois do Concilio de Trento • A rede de ruas na verdade se produz como uma organização do percurso das procissões entre as sete basílicas mais importantes da cidade • O cruzamento das ruas largas e retilíneas marcado por monumentos – principalmente colunas e obeliscos – se constituem como pontos focais na paisagem urbana e referência para a orientação dos peregrinos A ROMA DE SISTO V - 1585-90 • O ambicioso programa de Sisto V com seu arquiteto Domênico Fontana tinha os seguintes objetivos: Fazer de Roma uma capital digna da cristandade Integrar em um único “sistema viário”as ruas abertas por papas renascentistas com as novas ruas projetadas por Fontana, tendo como base a integração das sete principais basílicas romanas – percurso das procissões: São João de Latrão, Santa Maria Maior, São Paulo Extramuros, São Pedro no Vaticano, São Lourenço Extramuros, Santa Cruz de Jerusalém e São Sebastião das Catacumbas Repovoar as colinas de Roma e dotá-las de infraestrutura. Sisto V era consciente do papel estratégicos das novas ruas projetadas por Fontana no repovoamento das colinas desabitadas, mas climaticamente mais saudáveis Sisto V, enfermo e idoso, vendo que sua morte se aproximava, mandou erguer obeliscos em pontos chaves da nova estrutura urbana que havia idealizado: Praça do Povo, Santa Maria Maior, São João de Latrão, Santa Cruz de Jerusalem, São Paulo e São Pedro BARROCO – Principais Arquitetos • Domenico Fontana (1543 - 1607) • Um dos mais famosos de um grupo de arquitetos romanos no fim do século XVI que fizeram fama com inovações técnicas no planejamento e na direção de grandes construções • É considerado o principal expoente do estilo barroco inicial, influenciado pela obra de Michelangelo • Sua fase criativa mais importante coincidiu com o papado de Sisto V DOMENICO FONTANA • Estabeleceu-se em Roma onde estudou a arte dos mestres da antiguidade e travou conhecimento com Michelangelo pouco antes de ele morrer • Foi protegido do Cardeal Montalto, mais tarde Papa Sisto V, que o encarregou da realização da Capela do Presépio na igreja de Santa Maria Maior (1584) • Com a ascensão do Papa Sisto V, é nomeado arquiteto da catedral de São Pedro e recebe importantes encomendas como a reconstrução do Palácio Latrão (1587) sobre as ruínas do edifício medieval, a biblioteca do Vaticano (1587-90), e a instalação do Obelisco egípcio, trazido pelos romanos no século I, em frente da Catedral de S. Pedro • Como urbanista, foi responsável pelo projeto das seis grandes vias que partem em estrela de Santa Maria e passam pela Praça de São Pedro • Depois da morte do Papa Sisto V, Fontana caiu em desgraça e foi obrigado a exilar-se em Nápoles, onde edificou o Palácio Caraffa e o Palácio Real (1600-1602) ROMA: ESQUEMA VIARIO DE SIXTO V • Sistema viário de ruas principais da cidade • Relaciona as sete basílicas maiores, os monumentos e o casco medieval • Obeliscos em futuros lugares estratégicos: 1 – Coliseu 2 – Teatro Marcelus 3 – Praça Navona 4 – Termas Dioclesiano a - Praça do Povo b – Praça Capidólio c – Basílica Sta. Maria Maior ROMA: ESQUEMA VIARIO DE SIXTO V • A obra de Sisto V e seu arquiteto Domênico Fontana, deve ser valorizada por haver conseguido passar de intervenções de reorganização à intervenções de desenvolvimento da estrutura urbana, recuperando as zonas existentes, as novas vias e os traçados reguladores em um único desenho, que resolve e expressa a cidade em seu conjunto BARROCO – Principais Arquitetos • Colunata – Bernini (delineada em 1657) – “Braços maternais da Igreja” • Elementos inovadores : a planta – a forma trapezoidal do adro não tem o aspecto regular e a unidade geométrica do Renascimento A forma oval da praça – elemento do barroco Nesta organização de elementos sugere-se um movimento: “ é como se o visitante fosse atraído por dois braços enormes e levado ao lugar eleito da Igreja Romana”. Gian Lorenzo Bernini Colunata de São Pedro • Consta de 184 colunas e 88 pilastras de mármore travertino, formando un corredor coberto por um telhado ornamentado por cornija, em cuja largura se dispõem 140 estátuas de santos realizadas por discípulos de Bernini • Espaço dedicado à cerimônias religiosas públicas, que representa o abraço da Igreja ao povo Colunata de São Pedro Colunata de São Pedro Baldaquino de São Pedro • Cobre o altar situado sobre a tumba do apóstolo Pedro. É um pequeno templo de 4 colunas salomônicas que convergem em entablamentos, unidas por una cornija côncava – tem cerca de 30 metros de altura • Dos vértices saem quatro volutas convergentes, coroadas por um pequeno entablamento mixtilíneo • Dinamismo na composição • Os elementos decorativos são abundantes: volutas de enorme tamanho, frontões mixtilíneos que se partem • Tudo isso para conseguir un aspecto caprichoso e irracional Baldaquino de São Pedro Palácio Carignano, Itália - Bernini BARROCO – Principais Arquitetos • Francesco Borromini (1599 - 1667) • Foi um arquiteto barroco, que disputava, em seu tempo, as glórias de Grande Mestre com Gian Lorenzo Bernini • Borromini era melancóico e intransigente; desentendeu-se com muitos de seus clientes e amigos e também renunciou por eles a muitos cargos • Antes de sua morte, destruiu os projetos de edifícios não realizados para que ninguém pudesse copiar suas ideias • Suicidou-se em 1667 BORROMINI • Igreja de São Carlos, Roma – 1634 / 1642 • Fachada: movimento ondulado jogo entre o côncavo e o convexo no topo - elementos em forma flamejante acentuando os jogos de luz e sombra colunas que acentuam a impressão de movimento ascendente BORROMINI • Igreja de São Carlos, Roma • Planta: assimétrica, oval alongada parte de uma elipse e estabelece uma planta à base de segmentos ovais, uns côncavos e outros convexos que lhe conferem um contorno sinuoso complexidade e movimento São Carlos - exterior Fachada de São Carlos São Carlos - Interior • Ausência de decoração, exceto pelos capitéis, volutas invertidas, nichos com querubins, guirlandas de folhas e cruzes São Carlos - Cúpula São Carlos - Cúpula BORROMINI • Igreja São Ivo da Sabedoria (San Ivo de la Sapienzia), Roma • Foi a capela da Universidade de Roma e São Ivo era o patrono dos jesuítas • Dinamismo e complexidade • Muros côncavos e convexos SÃO IVO DA SABEDORIA • A planta está formada por dos triângulos equiláteros que se cortam formando uma estrela, deixando um espaço central hexagonal • Os ângulos dos triângulos se transformam em curvas convexas Planta da Igreja e pátios da Universidade SÃO IVO DA SABEDORIA • Planta – esquema de geração da forma • Planta da Igreja SÃO IVO DA SABEDORIA • Cúpula – detalhe interior SÃO IVO DA SABEDORIA • Cúpula – detalhe exterior São Ivo - Cúpula BARROCO – Considerações Finais • Sujeita às preocupações da Contra Reforma a arte e a arquitetura barrocas tem como objetivo essencial provocar o fervor das multidões, criar a surpresa, o encantamento, o deslumbramento • A arte tende para o espetáculo • Jogos de luz e sombra • Linhas dinâmicas, ondulantes da composição • Encenação teatral : dramatização • Exacerbação do espírito místico, religioso: “atingir a fé mais pela emoção dos sentidos do que pelo pensamento” • Figuras dinâmicas • Gestos que conduzem o olhar para o espaço • Sensação de leveza