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Lógica para SI 3.3 Estrutura lógica de uma inferência Consiste em simbolizar os elementos da inferência por símbolos, para que ´quaisquer valores que eles assumam depois permita manter a inferência como válida. Ex: Maçã, Goiaba e Abacaxi trocados por M, G, A. Cuidado com equívocos De tempo (épocas diferentes para cada elemento) De ambiguidade textual (um abacaxi é uma fruta, mas também é um “problema”). Os termos tem que ser constantes, sem ambiguidades, ao longo de toda a inferência. Estrutura lógica de uma inferência Permite avaliar o laço lógico Situação em que só se consegue analisar um problema por um único ângulo. Exemplo: A é mais alto que B, C é mais alto que B, então A é mais alto que C Pode-se tornar falsa a conclusão e manter as premissas verdadeiras. Se forem, a inferência é inválida. Um olhar deve tentar identificar diferentes dimensões para o problema, ou “ver por outro ângulo”. Laço Lógico Exemplo de uma torta cortada Em 2 pedaços Em 4 pedaços Em 8 pedaços Análise de Possibilidades Demonstrar que premissas verdadeiras geram conclusão falsa prova a invalidez da inferência Cada proposição pode ser Verdadeira ou Falsa Pode-se desenhar uma tabela com todos os valores de verdade possíveis, ou uma tabela de valores binários (V ou F). Tal tabela é de base 2. 2 proposições 22 = 4 possibilidades 3 proposições 23 = 8 possibilidades Análise de Possibilidades V V F F V F V F 2 proposições Premissa Conclusão 3 proposições Premissa Premissa Conclusão Em vermelho, os casos a provar a inferência inválida V V V V F F F F V V F F V V F F V F V F V F V F Acrescentar premissas Pode tornar válida uma inferência P1 - Frank cometeu um homicídio C - Frank cometeu um crime + P2 – Todo homicídio é um crime Pode-se torná-la ilegítima P1 – Frank cometeu um crime C – Frank cometeu um homicídio + P2 – Todo crime é um homicídio Análise de Possibilidades Analise a estrutura das inferências e verifique usando tabela de valores verdade se ela é inválida P1 – Goiânia está mais próxima do RJ do que Cuiabá P2 - Cuiabá está mais próxima do RJ do que Belém C - Goiânia está mais próxima do RJ do que Belém P1 – Belém está mais próxima do RJ do que Cuiabá P2 – Goiânia está mais próxima do RJ do que Cuiabá C – Goiânia está mais próxima do RJ do que Belém P1 - João come menos do que Maria P2 – João come menos do que Pedro P3 – Soraia come menos do que Maria C – João come menos do que Soraia P1 – Tiago é maior do que Augusto P2 – Gilberto é maior do que Augusto P3 – Luiz é maior do que Augusto C – Tiago é maior do que Luiz Reconhecer e reconstruir Inferências Algumas frases não conduzem a qualquer conclusão Em geral, são expressões soltas sobre sentimentos (eu acho... Quem dera...) Conclusões têm certos indicadores Portanto, desse modo, assim, podemos concluir que... Premissas tem certos indicadores Como, uma vez que, Conclui-se de, dado que... Reconhecer e reconstruir Inferências Noto que esta família está engordando. O poder aquisitivo das pessoas está aumentando. Fala-se que “amor ausente, amor para sempre”. Assim, meus professores devem me amar, pois estou quase sempre ausente de suas aulas. O cigarro tem muitos produtos tóxicos. Além de causar câncer, favorecem a impotência sexual. Vou parar de fumar. O medo invade a sociedade, a corrupção assola o país, vote em mim para prefeito. Reconhecer e reconstruir Inferências A palavra “porque” e suas derivações, mesmo implícitas, levam em geral a explicações Uma inferência visa concluir algo, uma explicação visa justificar algo que ocorreu, portanto não inferir algo. Contudo, explicações podem fundamentar previsões, estas sim vistas como conclusões, constituindo uma inferência Você está tonto porque não se alimentou direito. As vitaminas e proteínas fortalecem. Tente ficar em pé e erguer esta cadeira, é certo que você não a levantará. Reconhecer e reconstruir inferências Indicadores de conclusão Portanto, desse modo, assim, por isso, consequentemente, concluindo, podemos inferir que, fica demonstrado que, sugere que, implica que, podemos concluir que... Indicadores de premissa Porque, como, já que, dado que, assumindo que, como demonstrado por, pela razão que, como indicado por, o fato de que, conclui-se de... Usar conjunto de exercícios 2.4A - pg 107 Reconhecer e reconstruir Inferências Explicações nem sempre funcionam como inferências, pois podem apenas fundamentar algo que não pode ser questionado, um fato aceito. Explicações podem ser usadas para reconstruir inferências, através de testes de corretude da explicação Reconhecer e reconstruir Inferências Decida se as assertivas a seguir compõe uma inferência ou uma explicação Maria está gripada. Ela deve ter tomado aquela chuva de ontem. Hoje vi a notícia da rejeição à PEC 37. Acho que os políticos ficaram com medo do povo. Uma vez que o povo está ficando ciente da sua força, novos projetos deverão ser aprovados e propostos para uma reforma da sociedade. Ele herdou uma fortuna, deverá sair do emprego. Ele sairá do emprego porque herdou uma fortuna. Reconhecer e reconstruir Inferências Entimemas (do grego “em mente”) - Inferências incompletas, sem uma ou mais premissas, ou conclusão . Deve-se conhecer o interlocutor, ou a situação, para inferir. Os políticos são ladrões, eu não confio no Aniceto (faltam premissas). Só perderei o jogo se eu morrer (falta premissa e conclusão) A informação faltante está na minha mente. Prover premissas faltantes ajuda a avaliar uma inferência como inválida ou fraca. Princípio da Caridade - ao escolher entre diferentes construções de inferência, optar pela inferência reconstruída que dá o benefício da dúvida à pessoa que a fez. João fundou uma igreja. Como os pastores fundadores de igreja são aproveitadores da boa fé do povo, João é na verdade um lobo (dedutiva). João fundou uma igreja. Como existem muitos pastores de ocasião, explorando o povo, é provável que sua igreja não seja plenamente confiável (indutiva). Reconhecer e reconstruir inferências Para cada discurso, identifique o entimema, dê a conclusão ou as premissas que faltam. Torne a inferência válida, para depois torná-la forte. Maria acaba de comprar um vestido novo, então ela deve estar feliz. Uma vez que Maria comprou um vestido, por certo ela está verificando sua conta bancária. Bia deve ser educada, porque é uma pessoa honesta. Exercícios Analisar as inferências, torná-las válidas e então torná-las fortes. João acabou de jantar um peixe, então eu sei que ele está feliz agora Maria dirige muito bem, portanto seu seguro deve custar mais barato Proposições categóricas Relação específica entre classes de objetos (categorias ou conjuntos) S – classe do termo sujeito P – classe do termo predicado Toda proposição categórica afirma ou nega que o S se relaciona com P Todos os S são P (universal afirmativa) Nenhum S é P (universal negativa) Alguns S são P (particular afirmativa) Alguns S não são P (particular negativa) Proposições categóricas Universal afirmativa Todos os tubarões caçam – Todos os tubarões são caçadores Universal negativa Nenhum tubarão caça – Nenhum tubarão é caçador Particular afirmativa Alguns tubarões caçam – Alguns tubarões são caçadores Particular negativa Alguns tubarões não são caçadores Diagramas de Venn Círculos que representam sujeito e predicado, e suas relações em proposições categóricas Permitem “ver” a lógica das inferências Universal Afirmativa Universal Negativa Diagramas de Venn Particular afirmativa Particular negativa Diagramas de Venn Traduzir as afirmações para estruturas de proposição categórica (S e P) e desenhar o diagrama de Venn para cada uma delas: Alguns motoristas são bons condutores Todos os limões são azedos Alguns prédios não são de residência Nenhum pinguim é um ser rastejante Silogismos Categóricos Silogismo – Inferência com duas premissas e uma conclusão Silogismo categórico – Inferência construída de silogismos categóricos Os dois termos da conclusão são referidos como termos Sujeito (S) e termo Predicado (P) da inferência O termo que aparece apenas nas premissas é o Termo Médio (M) Silogismos Categóricos Conteúdo de verdade Todos os quadrados são triângulos - Falso Todos os triângulos são retângulos - Falso Todos os quadrados são retângulos – Verdade Apesar de serem premissas falsas, a conclusão é verdade Não se pode decidir pela validade da inferência Silogismos Categóricos Análise lógica Com S=“quadrados”, P=“retângulos”, e M=“triângulos”, tem-se uma estrutura: Todos S são M Todos M são P Todos S são P Silogismos Categóricos Análise lógica Todos S são M Todos M são P Todos S são P Qualquer área fora do círculo M está vazia, para S e P Para a inferência ser válida, a conclusão é verdadeira A classe S está completamente contida na classe P Silogismos Categóricos Todos os quadrados são triângulos (F) Todos os S são M Todos os retângulos são triângulos (F) Todos os P são M Todos os quadrados são retângulos (V) Todos os S são P Pelo diagrama, a conclusão é falsa, pois S não está apenas contido em P, e a inferência é inválida. Silogismos Categóricos Em uma inferência inválida, pode-se substituir os termos por quaisquer valores e, mesmo com premissas verdadeiras, a conclusão continuará sendo falsa Trocar S=“homens”, M=“seres humanos” e P=“mulheres”