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1 Matéria OrgânicaMatéria Orgânica Atributos físicos e químicos do soloAtributos físicos e químicos do solo --Aula 13Aula 13-- Prof. Alexandre Paiva da SilvaProf. Alexandre Paiva da Silva HISTORY OF CHISTORY OF C this element of prehistoric discovery is found throughout this element of prehistoric discovery is found throughout naturenature found in stars, sun, comets, atmospheresfound in stars, sun, comets, atmospheres the energy of the sun and the stars can be attributed to the the energy of the sun and the stars can be attributed to the carbon cyclecarbon cycle 2 Fonte: Oliveira (2007) Ciclo do CCiclo do C O solo como integrador O solo como integrador do ciclo do C entre as 4 do ciclo do C entre as 4 esferas fundamentaisesferas fundamentais Fonte: Silva & Mendonça (2007) solo 3 A PedosferaA Pedosfera Composição do solo, da fase sólida e da fração orgânica Solo: frações mineral e orgânica, ar e águaSolo: frações mineral e orgânica, ar e água Fase sólida: Frações mineral e orgânicaFase sólida: Frações mineral e orgânica Matéria orgânica (MOS): C, H, O, N, S e PMatéria orgânica (MOS): C, H, O, N, S e P Composição da matéria orgânica –– C (58 %); H (6%); O (33%), N, P e S (3%)C (58 %); H (6%); O (33%), N, P e S (3%) C orgânico do solo C orgânico do solo vs vs fotossíntesefotossíntese 6CO6CO22 + 6H+ 6H22O + energia O + energia CC66HH1212OO66 + 6H+ 6H22OO –– Grande parte do C que entra no solo provem os produtos da fotossíntese realizada por organismos autotróficos manter equilíbrio de COmanter equilíbrio de CO22 na atmosfera e ciclo de C na na atmosfera e ciclo de C na TerraTerra 4 C orgânico do solo C orgânico do solo vs vs fotossíntesefotossíntese ProduçãoProdução PrimáriaPrimária TotalTotal (PPT)(PPT) globalglobal dede CC – 120 Gt / ano de C ( 1Gt = 109 t) ProduçãoProdução PrimáriaPrimária LíquidaLíquida (PPL)(PPL) dede CC – 60 Gt / ano de C respiração – produção líquida de material orgânico pelas plantas – fonte primária de energia para os organismos heterotróficos até se tornar parte integrante da MOS Vias de entrada de C no soloVias de entrada de C no solo Aporte de resíduos de biomassa aérea e de Aporte de resíduos de biomassa aérea e de raízes;raízes; Liberação de exsudados radiculares;Liberação de exsudados radiculares; Lavagem de constituintes solúveis das plantas Lavagem de constituintes solúveis das plantas por água de chuva;por água de chuva; Transformação dos materiais carbonados por Transformação dos materiais carbonados por macro e microorganismosmacro e microorganismos 5 Estoques de C em diferentes Estoques de C em diferentes ecossistemas ecossistemas (BOLIN, 1983; LAO,2004)(BOLIN, 1983; LAO,2004) BiomaBioma ÁreaÁrea Densidade de CDensidade de C EstoqueEstoque t (½)t (½) VegetaçãoVegetação SoloSolo VegetaçãoVegetação SoloSolo MhaMha ------------Mg/haMg/ha-------------- --------------------PgPg---------------- AnoAno TundraTundra 927927 99 105105 88 9797 20802080 BorealBoreal 13721372 6464 343343 8888 421421 1616 Temp.Temp. 10381038 5757 9696 5959 100100 -- TropicalTropical 17551755 121121 123123 212212 216216 66 Inund.Inund. 280280 2020 723723 66 202202 -- MédiaMédia 5454 189189 TotalTotal 56725672 373373 1086*1086* * 1500 Janzen (2006) Compartimentos globais de Compartimentos globais de armazenamento de Carmazenamento de C CompartimentoCompartimento Estoque Estoque PgPg OceanosOceanos 38.00038.000 Geológico (petróleo, gás e Geológico (petróleo, gás e carvão)carvão) 5.0005.000 BiosferaBiosfera 3.1203.120 --Solo*Solo* 2.5002.500 --Biota terrestreBiota terrestre 620620 AtmosferaAtmosfera 760760 Fonte: Lao (2004); * Fonte: Lao (2004); * ~ 1.500 Pg na MOS até 1 m~ 1.500 Pg na MOS até 1 m 6 Estoque de C no BrasilEstoque de C no Brasil Fonte: Cerri et al. (2007) Estoques de C para Estoques de C para solos brasileirossolos brasileiros Escassez de informações Latossolos (A e B) – 40 % do território ~ 3,3 milhões de km2 LA 6-13 kg/m2 LE 7,5-11 kg/m2 LVA 6,8-8,8 kg/m2 LH 30,2-15,8 kg/m2 – Efeitos: clima, vegetação e uso da terra Fonte: Schaefer (2001) 7 Alterações no equilíbrio Alterações no equilíbrio entre as esferasentre as esferas Elevação da concentração de COElevação da concentração de CO2 2 Efeito estufaEfeito estufa Mudanças no uso da terraMudanças no uso da terra –– substituição das áreas de vegetação nativa por cultivo intensivosubstituição das áreas de vegetação nativa por cultivo intensivo –– queimadas freqüentesqueimadas freqüentes –– preparo intensivo do solopreparo intensivo do solo Intensificação das perdas de MOS e aumento da emissão Intensificação das perdas de MOS e aumento da emissão de gases estufa, COde gases estufa, CO2 2 e CHe CH44 Perda de C orgânico em Perda de C orgânico em solos cultivadossolos cultivados Global 50 Pg de C50 Pg de C Brasil: 0-30 cm –– Até 1995: 2 Pg de CAté 1995: 2 Pg de C –– entre 1990entre 1990--2000: 7,2 Pg de C2000: 7,2 Pg de C Fonte: Bernoux et al. (2005) e Janzen (2006)Fonte: Bernoux et al. (2005) e Janzen (2006) 8 Relação MOS vs LitosferaRelação MOS vs Litosfera Efeito do intemperismo na liberação de nutrientesEfeito do intemperismo na liberação de nutrientes –– Absorção e incorporação aos compostos orgânicos Absorção e incorporação aos compostos orgânicos MOSMOS Efeito das características físicas das rochasEfeito das características físicas das rochas –– sobre a textura do solosobre a textura do solo solos argilosos têm maior teor de MOS solos argilosos têm maior teor de MOS proteção coloidal, proteção proteção coloidal, proteção física e floculação física e floculação solos arenosos perdem mais C orgânico do solosolos arenosos perdem mais C orgânico do solo Efeito das características químicas das rochasEfeito das características químicas das rochas –– junto com os fatores de formação influenciam a mineralogia da fração junto com os fatores de formação influenciam a mineralogia da fração argila argila superfície específica e grupamentos reativossuperfície específica e grupamentos reativos Transformações do C no soloTransformações do C no solo Duas fases: fixação de CDuas fases: fixação de C--COCO22 e regeneraçãoe regeneração 1)1) Fixação de CFixação de C--COCO22 atmosféricoatmosférico –– efetuada por organismos fotossintéticos: plantas, algas e bactériasefetuada por organismos fotossintéticos: plantas, algas e bactérias –– termina com a síntese de compostos hidrocarbonados complexostermina com a síntese de compostos hidrocarbonados complexos amido, hemicelulose, celulose, lignina, proteínas, óleos, ác. nucleicos, etcamido, hemicelulose, celulose, lignina, proteínas, óleos, ác. nucleicos, etc –– retornam ao solo com os resíduos vegetais e são usados pelos retornam ao solo com os resíduos vegetais e são usados pelos organismos que regeneram o COorganismos que regeneram o CO22 durante a oxidação respiratóriadurante a oxidação respiratória –– aumenta a biomassa microbiana em função de maior disponibilidade aumenta a biomassa microbiana em função de maior disponibilidade de substrato e imobiliza temporariamente o Cde substrato e imobiliza temporariamente o C 9 Transformações do C no soloTransformações do C no solo 2)2) Regeneração de CRegeneração de C--COCO22 –– Compreende as diferentes etapas de decomposição das Compreende as diferentes etapas de decomposição das substâncias carbonadas por microorganismos do solosubstâncias carbonadas por microorganismos do solo –– Decomposição/MineralizaçãoDecomposição/Mineralização quebra das formas orgânicas mais complexas em compostos orgânicos quebra dasformas orgânicas mais complexas em compostos orgânicos mais simples e elementos mineraismais simples e elementos minerais –– HumificaçãoHumificação processo de preservação, com alterações nos resíduos orgânicos, processo de preservação, com alterações nos resíduos orgânicos, originando compostos coloidais estáveis com alto tempo de residência originando compostos coloidais estáveis com alto tempo de residência HúmusHúmus fatores que influenciam e rotas de formaçãofatores que influenciam e rotas de formação MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (MOS)(MOS) ANTECEDENTES ANTECEDENTES –– EVOLUÇÃO EVOLUÇÃO –– PERSPECTIVASPERSPECTIVAS –– Archard (1786) Archard (1786) precipitado amorfo escuroprecipitado amorfo escuro –– Liebig (1890) Liebig (1890) estercos, resíduos e como fonte de Nestercos, resíduos e como fonte de N DIFICULDADE DE CONCEITUAÇÃODIFICULDADE DE CONCEITUAÇÃO –– heterogeneidade e complexidadeheterogeneidade e complexidade fontesfontes composição química e físicacomposição química e física funçõesfunções dinâmicadinâmica REDIRECIONAMENTO DAS PESQUISASREDIRECIONAMENTO DAS PESQUISAS –– quantidade e qualidade da MOSquantidade e qualidade da MOS –– dinâmica e estoques de Cdinâmica e estoques de C 10 CONCEITOSCONCEITOS MATÉRIA ORGÂNICAMATÉRIA ORGÂNICA –– SomaSoma dede todostodos osos materiaismateriais orgânicosorgânicos derivadosderivados biologicamentebiologicamente ee alteradosalterados naturalnatural ee termicamente,termicamente, encontradosencontrados nono solosolo ouou nana superfície,superfície, independenteindependente dede suasua origem,origem, podendopodendo estarestar vivo,vivo, mortomorto ouou emem diferentesdiferentes estágiosestágios dede decomposição,decomposição, masmas excluindoexcluindo aa parteparte vivaviva dasdas plantasplantas nana superfíciesuperfície dodo solosolo.. Fonte: (Baldock & Nelson, 1999)Fonte: (Baldock & Nelson, 1999) CONCEITOSCONCEITOS MATÉRIA ORGÂNICAMATÉRIA ORGÂNICA –– ProdutoProduto dada acumulaçãoacumulação dede resíduosresíduos dede plantasplantas ee animaisanimais parcialmenteparcialmente decompostosdecompostos ee parcialmenteparcialmente ressintetizados,ressintetizados, emem estadoestado ativoativo dede decomposição,decomposição, ee dede carátercaráter transitóriotransitório (renovados(renovados porpor adição)adição).. ––CompostaComposta dede C,C, O,O, HH ee complementadacomplementada comcom N,N, PP ee S,S, masmas comcom predomíniopredomínio dede CC ee NN.. Fonte: (Silva & Resck,1998)Fonte: (Silva & Resck,1998) 11 COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS MOS Comp. Vivo - < 4 % Comp. Não vivo - 98 % Fração leve – 10-30 % Fração pesada* > 70 % Sub. Húmicas – 70-80 % Sub. Não húmicas -raízes (5-10 %) -macroorganismos ou fauna (15-30 %) -microorganismos (60-80 %) -MATERIAL MACROORGÂNICO - intermediário entre plantas e húmus – resíduos em diferentes estádios de decomposição -ÁC. HÚMICOS -ÁC. FÚLVICOS -HUMINA -Carboidratos -Lipídios -Ác. Orgânicos -Proteínas -Pigmentos COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS COMPONENTES VIVOSCOMPONENTES VIVOS –– FITOMASSAFITOMASSA tecidos vivos de origem vegetal dispostos na superfícietecidos vivos de origem vegetal dispostos na superfície –– BIOMASSA MICROBIANABIOMASSA MICROBIANA células vivas de microorganismoscélulas vivas de microorganismos –– BIOMASSA DA FAUNABIOMASSA DA FAUNA células vivas da fauna do solocélulas vivas da fauna do solo COMPONENTES NÃO VIVOSCOMPONENTES NÃO VIVOS –– MATERIAL MACROORGÂNICOMATERIAL MACROORGÂNICO fragmentos de MOS < 2 mm ou > 0,2 mm fragmentos de MOS < 2 mm ou > 0,2 mm peneiramento/dispersãopeneiramento/dispersão –– FRAÇÃO LEVEFRAÇÃO LEVE materiais orgânicos isolados por flotação ou dispersãomateriais orgânicos isolados por flotação ou dispersão –– MATÉRIA ORGÂNICA DISSOLVIDAMATÉRIA ORGÂNICA DISSOLVIDA compostos orgânicos solúveis em água (< 0,45 compostos orgânicos solúveis em água (< 0,45 μμm) de origem biológicam) de origem biológica metabólitos de processos microbianos e de plantas (Ex. AOBPM)metabólitos de processos microbianos e de plantas (Ex. AOBPM) 12 COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS HÚMUSHÚMUS –– SUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICASSUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICAS estruturas orgânicas identificáveis, categorizadas como biopolímeros – polissacarídeos, proteínas, aminoácidos, gorduras, graxas e outros lipídios e lignina –– SUBSTÂNCIAS HÚMICASSUBSTÂNCIAS HÚMICAS moléculas orgânicas com estrutura específica que não permite enquadrá-las na categoria de SUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICAS COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS FRAÇÕES DAS SUBSTÂNICAS HÚMICASFRAÇÕES DAS SUBSTÂNICAS HÚMICAS –– ÁCIDOS HÚMICOS, ÁCIDOS FÚLVICOS E HUMINAÁCIDOS HÚMICOS, ÁCIDOS FÚLVICOS E HUMINA são macromoléculas humificadas, não bem caracterizadas quimicamente, que se constituem no principal componente da MOS e na reserva orgânica do solo; substâncias heterogêneas com estrutura parcialmente aromática, produtos da síntese secundária (biogênica), com caráter ácido, hidrofílica, com alto peso molecular e de coloração entre amarela e negra 13 QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS C total C total –– combustão secacombustão seca –– Conversão total do C do solo para CO2 e quantificação por vários métodos – Método de referência: analisador de elementos amostras homogeneizadas confiabilidade dos resultados estudos específicos custo elevado (aparelho, reagentes e gases) pré-tratamento: calcário e/ou carbonatos QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS Oxidação seco Oxidação seco –– IgniçãoIgnição – CO2 evoluído medido por detector infra-vermelho – Solo mufla (600º C por 1 h) ≠ peso (antes e depois) valor direto desnecessário fator de correção operacionalmente mais fácil poucos materiais secagem em estufa TFSE perda de água higroscópica 14 QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS C orgânico C orgânico –– Oxidação úmidaOxidação úmida – O Cr2 é reduzido e o C é oxidado com otimização do meio ácido que ↓ pH e ↑ temperatura titulação do excesso de dicromato com sulfato ferroso amoniacal C da MOS tem valência média zero a presença de Cl e Fe2+ sub-estimação a presença de MnO2 superestimação de C orgânico otimizar o dicromato e manter a To constante da chapa (150º C por 30 min) sem aquecimento (W & B), 77 % do C é oxidado problemas na titulação com sulfato ferroso amoniacal do Cr6+ – oxidação com a luz brancos ESTIMAÇÃO DA MOSESTIMAÇÃO DA MOS MOS = CO x 1,724MOS = CO x 1,724 AssumeAssume--se que o teor de CO na MOS é de 58 %se que o teor de CO na MOS é de 58 % 15 PRINCIPAIS FONTES DE MOSPRINCIPAIS FONTES DE MOS ResíduosResíduos –– vegetais, animais e microbianosvegetais, animais e microbianos –– amplamente distribuídos, “vegetais”amplamente distribuídos, “vegetais” –– gênese e composição do CO gênese e composição do CO natureza natureza química do materialquímica do material espécies, partes da planta, estádio de crescimento, espécies, partes da planta, estádio de crescimento, nutrição, etc.nutrição, etc. –– > produção de biomassa. Autotróficos > produção de biomassa. Autotróficos seqüestro de Cseqüestro de C DINÂMICA DE DECOMPOSIÇÃO DINÂMICA DE DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOSDOS RESÍDUOS DecomposiçãoDecomposição –– SepararSeparar emem partespartes (fragmentação(fragmentação mecânicamecânica ee física)física) osos constituintesconstituintes dede umum certocerto materialmaterial MineralizaçãoMineralização –– ProcessoProcesso dede decomposiçãodecomposição queque levaleva aa desorganizaçãodesorganização estruturalestrutural dosdos resíduosresíduosorgânicosorgânicos transformandotransformando--osos emem compostoscompostos mineraisminerais maismais simplessimples (MIN = DECOMPOSIÇÃO + ATAQUE MICROBIANO)(MIN = DECOMPOSIÇÃO + ATAQUE MICROBIANO) HumificaçãoHumificação –– ProcessoProcesso conservadorconservador queque provocaprovoca aa alteraçãoalteração nosnos resíduosresíduos orgânicosorgânicos queque resultaresulta emem complexoscomplexos coloidaiscoloidais relativamenterelativamente estáveisestáveis.. síntesesíntese ee ressínteseressíntese dede produtosprodutos dede decomposiçãodecomposição /mineralização/mineralização compostoscompostos dede altoalto pesopeso molecularmolecular 16 DECOMPOSIÇÃO DOS DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOSRESÍDUOS FatoresFatores –– condiçõescondições ambientaisambientais (T(Too,, umidade,umidade, pluviosidadepluviosidade)) –– condiçõescondições dodo solosolo (acidez,(acidez, fertilidade,fertilidade, aeração,aeração, umidade)umidade) –– característicascaracterísticas dodo resíduoresíduo teorteor dede NN (relação(relação C/N)C/N) teorteor dede ligninalignina teorteor dede polifenóispolifenóis teorteor dede nutrientesnutrientes –– coeficientecoeficiente assimilatórioassimilatório –– microorganismosmicroorganismos dodo solosolo (agente(agente dede transformação)transformação) Microorganismos do soloMicroorganismos do solo TipoTipo Peso soloPeso solo C/NC/N Coef. Coef. assim.assim. ------kg/hakg/ha------ ----dag/kgdag/kg---- --------%%-------- BactériasBactérias 100100--4.0004.000 0,10,1 5:1 (6:1)5:1 (6:1) 11--15(215(2--5)5) ActinomicetosActinomicetos 0,20,2--4.0004.000 0,010,01 8:18:1 1515--3030 FungosFungos 400400--5.0005.000 0,10,1 10:110:1 3030--4040 AlgasAlgas 77--5.0005.000 0,0010,001 -- -- ProtozoáriosProtozoários 1515--150150 0,0050,005 -- -- NematóidesNematóides 22--100100 0,0010,001 -- -- Biomassa do Biomassa do solosolo -- -- 10:110:1 3535 17 Relação C/N Relação C/N vsvs HumificaçãoHumificação 20:1 - 30:1----------C/N--------10:1 - 12:1 •Adição de resíduo > C/N •Mineralização limitada (acidez, fertilidade, déficit de O2) • C/N equilibrada com a da biomassa • Intensa humificação TEOR DE MO NO SOLOTEOR DE MO NO SOLO Grande diversidade entre solosGrande diversidade entre solos –– << 00,,55 dag/kgdag/kg emem solossolos desérticosdesérticos –– 1313,,00 dag/kgdag/kg solossolos orgânicosorgânicos –– LopesLopes && CoxCox ((19771977)) 518518 amostrasamostras dodo CerradoCerrado MédiaMédia:: 00,,77--66,,00 dag/kgdag/kg MedianaMediana:: 22,,22 dag/kgdag/kg 6060 %% dasdas amostrasamostras comcom teoresteores entreentre 11,,55 ee 33,,00 dag/kgdag/kg 18 Matéria orgânica e CTC...Matéria orgânica e CTC... 0 20 40 60 80 100 alto médio baixo classe de interpretação % d e a m o s tr a s Litoral Sapé Matéria orgânica 0 20 40 60 80 100 alto médio baixo classe de interpretação % d e a m o s tr a s Litoral Sapé CTC Fonte: Silva (2004) Níveis de interpretação da Níveis de interpretação da MOSMOS FonteFonte Nível de interpretação da MOSNível de interpretação da MOS M. baixoM. baixo BaixoBaixo MédioMédio Bom Bom Muito bomMuito bom ------------------------------------------------------------dag/kgdag/kg-------------------------------------------------- IACIAC -- < 2,6< 2,6 2,62,6--4,34,3 > 4,3> 4,3 -- CFSEMGCFSEMG 0,700,70 0,70,7--2,02,0 2,02,0--4,04,0 4,04,0--7,07,0 >7,0>7,0 ROLASROLAS -- 2,52,5 2,62,6--5,05,0 >5,0>5,0 -- 19 FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS Biológicas, químicas e físicas: Biológicas, químicas e físicas: Interações e interdependência entre os gruposInterações e interdependência entre os grupos BiológicasBiológicas – reserva de energia metabólicareserva de energia metabólica principal função a MOS fornece energia para processos biológicos do solo – fonte de nutrientesfonte de nutrientes a mineralização da MOS influencia + ou – a disponibilidade de nutrientes (N, P e S) – atividade enzimática o material húmico estimula ou inibe a atividade de enzimas no solo que estimulam o crescimento vegetal e microbiano –“RESILIÊNCIA” dos ecossistemas a MOS tem papel fundamental o estoque de energia e nutrientes oferece resistência a perturbações antrópicas ou naturais FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS FísicasFísicas –– estabilidade da estruturaestabilidade da estrutura ligações entre superfícies reativas das partículas minerais e MOS – formação de agregados estáveis –– retenção de águaretenção de água efeitos diretos e indiretos alta capacidade de retenção de água: até 20 vezes a sua massa – ↑ infiltração e ↓ evaporação – cor do solo imprime coloração escura ao solo – efeitos sobre as propriedades térmicas 20 FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS QuímicasQuímicas –– capacidade de troca de cátionscapacidade de troca de cátions A MOS humificada tem elevada CTC e eleva a CTC do solo – aumenta a retenção de cátions –– capacidade tampão da acidezcapacidade tampão da acidez A MOS possui grande quantidade de terminações OH ionizáveis – aumenta a capacidade do solo tamponar as variações de pH – quelatação de metais A MOS forma complexos (quelatos) com metais e elementos traços – favorece a solubilização de minerais do solo – reduz as perdas de micronutrientes – reduz a toxidez de Al e metais – aumenta a disponibilidade de P Importância dos fatores de Importância dos fatores de formaçãoformação ClimaClima BiotaBiota RelevoRelevo Material de Material de origemorigem Tempo/ManejoTempo/Manejo 21 CLIMACLIMA TemperaturaTemperatura UmidadeUmidade RadiaçãoRadiação PrecipitaçãoPrecipitação –– produção de massa vegetalprodução de massa vegetal –– resíduosresíduos –– atividade de organismos do atividade de organismos do solosolo Gradiente de Gradiente de latitudelatitude –– tempo de residência do CO no solotempo de residência do CO no solo BIOTABIOTA VegetaçãoVegetação ––quantidadequantidade –– distribuiçãodistribuição –– biodegradabilidade dos resíduos vegetais biodegradabilidade dos resíduos vegetais retornados ao solo retornados ao solo recalcitrânciarecalcitrância Fauna do soloFauna do solo ––importância na fragmentação dos resíduos importância na fragmentação dos resíduos e na matéria macrorgânica e na matéria macrorgânica Comunidade Comunidade microbianamicrobiana ––quantidade e diversidadequantidade e diversidade 22 Relevo e Material de OrigemRelevo e Material de Origem RelevoRelevo ––modificações climáticasmodificações climáticas –– movimentação de partículasmovimentação de partículas –– distribuição de água na paisagemdistribuição de água na paisagem Material de origemMaterial de origem ––Capacidade de estabilizar a MOS contra o ataque Capacidade de estabilizar a MOS contra o ataque microbianomicrobiano natureza química do material mineral presença de cátions multivalentes adsorção de MOS em superfícies minerais proteção física ManejoManejo Efeito das práticas agrícolasEfeito das práticas agrícolas ––Efeitos drásticos após incorporaçãoEfeitos drásticos após incorporação –– diminuição dos teores de C nos primeiros anosdiminuição dos teores de C nos primeiros anos –– novo equilíbrio, ditado pela habilidade do solo novo equilíbrio, ditado pela habilidade do solo estabilizar Cestabilizar C quantidade, qualidade e distribuição dos resíduosquantidade, qualidade e distribuição dos resíduos Estratégias para aumentar a MOSEstratégias para aumentar a MOS –– aumentar a produção de biomassaaumentar a produção de biomassa –– adequação das práticas agrícolas adequação das práticas agrícolas rotação, práticas culturais, adubaçãorotação,práticas culturais, adubação –– adubação adubação organomineralorganomineral