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* PRAGAS DE GRÃOS ARMAZENADOS Prof. Francisco Fernandes Pereira * 1. INTRODUÇÃO FAO Mundial – 5 a 10% (Organização Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) Brasil – 10 a 15% (7 milhões t) Controlar (produção/armazém) * 2. TPOS DE PRAGAS 2.1 Pragas primárias (grãos íntegros) Primárias Internas = alimenta-se somente conteúdo interno Ex.: Caruncho do feijão = Zabrotes subfasciatus Gorgulho do milho = Stophilus zeamais Primárias externas = alimenta-se somente casca Ex.: Traça do amendoim = Corcyra cephalonica * Caruncho do feijão (Zabrotes subfasciatus) * Gorgulho do milho (Stophilus zeamais) * Gorgulho do milho (Stophilus zeamais) * Gorgulho do arroz (Stophilus orizae) * Traça do amendoim (Corcyra cephalonica) * 2. TPOS DE PRAGAS 2.2 Pragas Secundárias (grãos quebrados) São aquelas que não conseguem atacar os grãos íntegros; Alimenta-se de grãos previamente danificados pelos insetos primários, acidentalmente quebrados ou trincados, com defeitos na casca e que apresentam infecções fúngicas. Como: Tribolium confusum e T. castaneum * Tribolium confusum * Tribolium castaneum * 2. TPOS DE PRAGAS 2.3 Pragas associadas Não ataca os grãos alimenta-se somente detritos e fungos. Ex.: Tenebrio molitor e Alphitobius piceus São incluídos neste grupo os parasitóides, predadores e ácaros; A presença desses insetos contribuem para prejudicar o aspecto e a qualidade do produto armazenado * Tenebrio molitor * Acarus siro * 2. TPOS DE PRAGAS 2.3 Pragas associadas Os insetos estão agrupados nas ordens Coleoptera e Lepidoptera. Os coleópteros possuem tamanho reduzido e élitros resistentes = movimentam-se nos espaços da massa de grãos e atingirem a grandes profundidades nos silos; Os lepidópteros são maiores e menos resistentes = não conseguem movimentar-se na massa de grãos e sua ação restringe-se à superfície (10 cm) * 3. CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS DOS PRODUTOS ARMAZENADOS Obs. Essas características explicam a capacidade de infestação e proliferação. 3.1 Elevado potencial biótico O elevado número de indivíduos em cada reprodução e grande número de gerações = capazes de ocorrer num período de entressafra, permitem que poucos indivíduos, em pouco tempo, formem uma população considerável * 3. CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS DOS PRODUTOS ARMAZENADOS 3.2 Infestação cruzada É a capacidade de infestar o produto nos depósitos e no campo. Ex. Traça dos cereais (Sitotroga cerealella) e do gorgulho (Stophilus zeamais) e do caruncho do feijão (Acanthoscelides obtectus) * 3. CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS DOS PRODUTOS ARMAZENADOS 3.3 Polifagia É a capacidade que o inseto tem de se alimentar de uma grande quantidade de produtos. Ex. Traça das farinhas (Plodia interpunctella) * 4. TIPOS DE DANOS As pragas afetam tanto a quantidade como a qualidade dos produtos armazenados. Esses danos estão intimamente associados 4.1 Danos quantitativos Caracterizam-se pela perda de peso provocada pelas galerias abertas nos grãos para alimentação. S. zeamais em milho, em infestação natural provoca perda de peso na ordem de 50 a 80% após 6 meses de armazenamento. * 4. TIPOS DE DANOS 4.2 Danos qualitativos Caracterizam-se por alterações na qualidade do produto devidas aos fatores: Perda do valor nutritivo dos grãos; Aquecimento e deterioração da massa de grãos; Poluição da massa de grãos (odores) presença de insetos, excrementos, ovos, etc.; perda da qualidade de panificação das farinhas. * 4. TIPOS DE DANOS 4.3 Danos às sementes Caracterizam-se por alterações na viabilidade e poder germinativo das sementes * 5. INFLUENCIA DE FATORES ECOLÓGICO 5.1 Temperatura Desenvolvimento ótimo na faixa de 23 a 25 oC. Temperaturas acima de 35 oC prejudicam a maioria das espécies e podem tornar-se letais. Temperaturas abaixo de 23 oC influem no potencial biótico, < número de gerações anuais e de descendentes; Temperaturas em torno de 0 oC têm impedido o desenvolvimento Araceus fasciculata em Londrina, PR. * 5. INFLUENCIA DE FATORES ECOLÓGICO 5.2 Umidade A umidade do grão favorável ao desenvolvimento da maioria das pragas é de 12 a 15%; Pouquíssimas pragas causam danos quando a umidade do grão é inferior a 10%. Umidade acima dos 15%, torna-se desfavorável aos insetos, devido ao desenvolvimento de fungos; * 5. INFLUENCIA DE FATORES ECOLÓGICO 5.3 Luz Os insetos pragas que danificam os produtos armazenados são beneficiados por ambientes escuros. Portanto, o aumento da intensidade luminosa e arejamento do ambiente de depósito deve desfavorecer as pragas. * 6. CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE INFESTAÇÃO E PERDA DE PESO PORCENTAGEM DEVE-SE PROCEDER: Tomar ao acaso uma amostra de 100 g do produto a granel; Separar e contar os grãos íntegros e danificados; Calcular a porcentagem de grãos danificados em relação ao número total de grãos da amostra. * 6. CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE INFESTAÇÃO E PERDA DE PESO PORCENTAGEM DEVE-SE PROCEDER: Ex.: Numa amostra de 100 g de milho existem 224 grãos íntegros e 96 danificados, num total de 320 grãos. 320 ---- 100% 96 ------x x = 30% Logo, % de infestação = 30% * 6. CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE INFESTAÇÃO E PERDA DE PESO PERDA DE PESO DEVE-SE PROCEDER: O processo é semelhante: Pesar 100 grãos íntegros; Pesar 100 grãos danificados Calcular a porcentagem de perda dos grãos danificados, em relação ao peso dos grão íntegros. Ex.: O peso de 100 grãos íntegros é de 35 g e o dos danificados 28 g. Logo, 35g – 100% (35-28) – X X=20% % de perda de peso = 20% * 7. DEPÓSITO PARA PROTEÇÃO DE GRÃOS É fundamental considerar o tipo de unidade armazenedora quando se pretende estabelecer um planejamento de controle de pragas. Cada tipo de unidade apresenta características próprias que determinam a maior ou menor facilidade à aplicação dos meios racionais de controle das pragas. * 8. CONTROLE QUÍMICO O Controle deve ser preventivo = grande capacidade de destruição dos insetos e a estabilidade do ambiente de armazenamento Porque, qualquer população de inseto tende sempre a aumentar em tempo muito rápido, a grandes proporções. * 8. CONTROLE QUÍMICO 8.1 Fumigação ou expurgo Operação que visa exterminar os insetos que se encontram nos produtos armazenados em suas diferentes fases evolutivas, dede ovo até adulto, procurando atingir uma eficiência de 100% no controle No expurgo são empregados os produtos químicos fumigantes, como a FOSFINA e o BROMETO DE METILA. * 8. CONTROLE QUÍMICO A FOSFINA Gás obtido pela hidrólise do fosfeto de alumínio ou magnésio, liberada da formulação pela reação com a umidade do ar. A fosfina não provoca efeito fitotóxico nos produtos expurgados, mesmo com aplicações em doses mais altas. A fosfina é encontrada no mercado como: fosfeto de alumínio (Gastoxin ou Phostec) ou fosfeto de magnésio (Fermag). O expurgo deve ser repetido a cada 4 meses. * 8. CONTROLE QUÍMICO A FOSFINA Inflamável e explosiva quando exposta ao ar (ingredientes na formulação para controle da liberação do gás). Liberação do gás é notada pelo cheiro característico de carbureto. * 8. CONTROLE QUÍMICO O BROMETO DE METILA Forma líquida, acondicionado sob pressão em recipientes metálicos. Toxicidade para ovo, larva, pupa e adulto. Não é inflamável e nem explosivo. Inodoro (formulado com 2% de cloropicrina - gás lacrimogêneo). * 8. CONTROLE QUÍMICO O BROMETO DE METILA O brometo de metila inibe a germinação e deve ser evitado no tratamento de sementes. A grande vantagem do brometo de metila sobre a fosfina é o menor tempo de exposição. Dosagens acima das recomendações ou fumigações sucessivas podem deixar resíduos do produto nos grãos ou massa, inutilizando-os para consumo. * 8. CONTROLE QUÍMICO A - Fumigação de produtos a granel No caso de produtos armazenados a granel, como milho, trigo, sorgo e soja, o expurgo é feito nas próprias células de armazenamento Com brometo de metila utiliza-se 35 g por m3 de massa Com fosfina pastilhas de 3g por m3 de massa de grão * 8. CONTROLE QUÍMICO A - Fumigação de produtos a granel No caso de produtos armazenados a granel, como milho, trigo, sorgo e soja, o expurgo é feito nas próprias células de armazenamento Com brometo de metila utiliza-se 35 g por m3 de massa Com fosfina pastilhas de 3g por m3 de massa de grão * 8. CONTROLE QUÍMICO B - Fumigação dos produtos ensacados Procedimentos para fumigação com tendas plásticas: Amontoar o milho; Cobrir o milho com a lona plástica; Vedar as margens com “cobras de areia” deixando três ou mais aberturas para aplicação da fosfina; * 8. CONTROLE QUÍMICO B - Fumigação dos produtos ensacados Introduzir os comprimidos de fosfina e completar a vedação; Deixar o milho exposto ao produto por 72 horas; Descobrir o milho com cuidado e aguardar de 2 a 3 horas para poder manipular o milho. * 8. CONTROLE QUÍMICO C - Operação de fumigação a) Brometo de Metila: Por ser mais pesado do que o ar, o brometo de metila é colocado no alto da pilha; Controla-se a dosagem do gás com um dispositivo de medir volume, que se acopla ao recipiente de brometo; Usar 20cm3 ou 35g por m3 de câmara para temperatura até 25 oC e 18 cm3 ou 30g para temperaturas acima de 25 oC. A duração do expurgo é de 24 horas. * 8. CONTROLE QUÍMICO C - Operação de fumigação b) Fosfina: Os comprimidos ou pastilhas de fosfina devem ser colocados espaçadamente nas pilhas entre os sacos ou em pequenas caixas de madeira no piso, ; Usar 1 pastilha de 3 g (1 g do p.a.) para 20 sacos ou 1 comprimido de 0,6 g (0,2 g do p.a.) para 4 sacos à temperatura de 20 oC, e uma pastilha para 30 sacos ou um comprimido de 0,6 g para 6 sacos quando a temperatura é superior a 20 oC. * 8. CONTROLE QUÍMICO D - Fatores que afetam a eficiência dos fumigantes no expurgo A) Temperatura: Melhor eficiência do expurgo com o aumento da temperatura; b) Teor de umidade: Menor eficiência quando o teor de umidade dos grãos é alto, 12% umidade dosagem do fumigante; * 8. CONTROLE QUÍMICO D - Tempo de exposição: considerar a temperatura ambiente * 8. CONTROLE QUÍMICO D - Fatores que afetam a eficiência dos fumigantes no expurgo C) Grãos quebrados: Grãos quebrados absorvem mais fumigante que grãos inteiros, % grãos quebrados dosagem do fumigante; D) Impurezas: Detritos do próprio produto, eficiência do expurgo dosagem do fumigante; * 8. CONTROLE QUÍMICO D - Fatores que afetam a eficiência dos fumigantes no expurgo C) Grãos quebrados: Grãos quebrados absorvem mais fumigante que grãos inteiros, % grãos quebrados dosagem do fumigante; D) Impurezas: Detritos do próprio produto, eficiência do expurgo dosagem do fumigante; * 8. CONTROLE QUÍMICO 8.2 Tratamento dos grãos e produtos ensacados O tratamento dos grãos para armazenamento ou para sementes pode ser realizado através de polvilhamento ou pulverização Produtos utilizados: deltametrina (K-Obiol 2P) e fenitrotion (Sumigran 20). pirimifós metil (Actellic 500CE)