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Andrea Dórea PSICOLOGIA HUMANISTA As 3 forças em Psicologia Behaviorismo Psicanálise Psicologia Humanista Terceira Força Psicologia Humanista surge nos EUA, na década de 50, mas ganha força entre 60 e 70 Movimento contrário às “forças” predominantes do Behaviorismo e da Psicanálise. Movimento conhecido como a Terceira Força. Humanismo: a Terceira Força da Psicologia Reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas. O humanismo não é uma escola de pensamento, mas sim um conjunto de diversas correntes teóricas. Psicologia Humanista Influências Filosofia fenomenológico existencial (Kierkgaard, Buber, Heidegger e Sartre). Gestalt (de Kurt Lewin, Wolfgang Köhler, Kurt Koffka e Friederich Perls) Psicodrama de Moreno Psicologia Humanista É centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa. Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1902-1985) e Abraham Maslow (1908-1970). Psicologia Humanista Enxerga o homem como um todo complexo e organicamente integrado Tomam como ponto de partida a experiência consciente. O homem teria uma tendência para crescer, um movimento de sair de si, um projetar-se, um devir, um incessante tornar-se, um contínuo processo de vir a ser. Fenomenologia existencial Importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – Edmund Husserl (1859-1938) - filósofo, matemático e lógico – é o fundador da Fenomenologia como método de investigação filosófica. Marco da filosofia contemporânea Extrapola os limites da filosofia e alcança a psicologia Fenomenologia existencial Kant Relatividade do conhecimento: trabalho conjunto entre apreensão sensível das coisas mesmas e o nosso intelecto que formaliza para essa apreensão, resultando uma síntese entre essas duas instâncias. Fenômeno: C0nhecimento estrutura-se por via do sujeito, o conhecimento se constitui de forma relativa ao sujeito, tem a ver com ele. A realidade tal como ela parece para o sujeito do conhecimento Não existe objeto que não esteja comprometido com o sujeito que o conhece, que o represente. Fenomenologia existencial Husserl Risco nas teorias do conhecimento a partir de Kant: desequilibro entre sujeito e objeto ou na relação entre a consciência e as coisas As coisas acabariam perdendo sua realidade, autonomia nesse processo de apreensão Propósito, lema da fenomenologia: é necessário voltas às coisas mesmas, há que se considerar a importância das próprias coisas na constituição da relação do conhecimento Fenomenologia existencial Contaminação das coisas pelo sujeito Poder da consciência sobre as coisas: o sujeito projeta nas coisas vários componentes, de ordem lógica, psicológica e social Recolhemos do mundo apenas aquilo que nós lá colocamos A realidade própria fica comprometida Fenomenologia existencial Método, estilo de pensamento em que nossa relação com as coisas se torne mais autêntica, mais verdadeira Recuperar a realidade do mundo, das coisas Purificação da consciência Consciência é consciência de alguma coisa A consciência não é uma coisa, é um movimento de visar as coisas Fenomenologia existencial Para a fenomenologia, conhecer é apropriar-se da essências das coisas, o que só é possível a partir da atribuição de sentido por uma consciência, ou seja, o fenômeno é indissociável da subjetividade. A experiência (ou o ser, ou a própria existência) é um fenômeno em-relação-a-algo e é definida pelas qualidades de direcionamento, e, são evocados pelo termo "ser-no-mundo ". Daí a possibilidade de se propor a uma psicologia fenomenológica. Outros pesnadores Max Scheler Heidegger Merleau-Ponty Sartre Carl Rogers O desenvolvimento do ser humanos se baseia no desenvolvimento do Self : Tornar-se Pessoa/ Terapia Centrada na Pessoa. Abordagem centrada na pessoa – Carl Rogers Tendência realizante: poder inato de autorrealização do ser humano “A hipótese central da abordagem centrada na pessoa é a de que o indivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a autocompreensão e para alterar o seu autoconceito, suas atitudes básicas e seu comportamento autodirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido.” “A experiência mostrou-me que as pessoas têm, fundamentalmente, uma orientação positiva. (…) Acabei por me convencer de que, quanto mais um indivíduo é compreendido e aceito, maior será a sua tendência tem para abandonar as falsas defesas que empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo.” (Rogers, Tornar-se pessoa, p.38) Abordagem centrada na pessoa – Carl Rogers Autoconceito: um padrão organizado e consciente das características de cada um desde a infância que, à medida que novas experiências surgem, esses conceitos podem ser substituídos ou reforçados. Para Rogers, os indivíduos bem ajustados psicologicamente têm autoconceitos realistas e a angústia psicológica é advinda da desarmonia entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que se deseja ser). Abordagem centrada na pessoa – Carl Rogers Um ponto fundamental da teoria de Rogers, é que as pessoas se definem por sua experiência. Segundo Rogers "todo indivíduo vive num mundo de experiência no qual é o centro. Este mundo particular é denominado de campo fenomenal ou campo experiencial que contém tudo que passa no organismo em qualquer momento, e que está potencialmente disponível à consciência. Esse mundo inclui eventos, percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa não toma consciência, mas poderia tomar se focalizasse a atenção nesses estímulos. É um mundo particular e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva". Segundo esta concepção, a atenção que o indivíduo focaliza em um certo evento é determinada pelo modo como cada um percebe o seu mundo, não na realidade comum. Deste modo, o indivíduo não reage a uma realidade absoluta, mas a uma percepção pessoal dessa realidade. Essa percepção é para cada um sua realidade. Partindo-se deste pressuposto, cada percepção é essencialmente uma hipótese - uma hipótese relativa à necessidade do indivíduo. Abordagem centrada na pessoa – Carl Rogers A reação, o comportamento, não se dá em face da realidade mas, da percepção da realidade que o indivíduo possui. Consequentemente, a conduta não seria então causada por algo que aconteceu no passado, como postulado pela psicanálise mas, causada pelas tensões e necessidades presentes que o organismo se esforça por reduzir ou satisfazer. Embora a experiência passada contribua para modificar o sentido que será dado as experiências atuais, só há conduta para enfrentar uma necessidade presente. A conduta é sempre intencional e em resposta à realidade tal como é aprendida. A melhor forma então para compreendê-la, é a partir do quadro de referência interna do próprio indivíduo. Abordagem centrada na pessoa – Carl Rogers Utilizava a fala livre, com poucas intervenções, valorizava o sentimento, tanto do paciente, como do terapeuta O paciente era detentor de seu tratamento, portanto não era passivo Terapia centrada no cliente (ou na pessoa). Apresentou três conceitos, que seriam 3 atitudes psicológicas facilitadoras que promovem a liberação da tendência atualizante. Congruência Ser o que se sente, sem mentir para si e para os outros. A pessoa está congruente quando ela está sendo livre e profundamente ela mesma, quando está vivenciando abertamente os sentimentos e atitudes que estão fluindo de dentro dela. Ser congruente, portanto, significa ser real e genuíno. Congruência “Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou. ” (Rogers, Tornar-se pessoa, p.28) “Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo. … Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como através da minha experiência pessoal – não podemos mudar, não podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos.” (Rogers, Tornar-se pessoa, p.29) Consideração positiva incondicional pelo Outro Aceitar calorosamente cada aspecto da experiência desta pessoa. A consideração positiva incondicional implica um cuidado não-possessivo, uma forma de apreciar o outro como uma pessoa individualizada a quem se permite ter os seus próprios sentimentos, suas próprias experiências. Consideração positiva incondicional pelo Outro “Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir compreender uma outra pessoa.” Rogers, Tornar-se pessoa, p.30) “Verifiquei que me enriquece abrir canais através dos quais os outros possam comunicar os seus sentimentos, a sua particular percepção do mundo”. Rogers, Tornar-se pessoa, p.31) Compreensão empática Empatia: capacidade de sentir o que o outro quer dizer, e de entender seu sentimento. Compreender empaticamente significa perceber acuradamente o quadro interno de referência da outra pessoa como se fosse o seu próprio, com os seus significados e componentes emocionais, sem, contudo, perder a condição de “como se”. Crítica Indivíduos com distúrbios mais graves, não teriam suporte emocional suficiente para um autoconhecimento e modificação de conceitos. Porém, mesmo com essa deficiência, a abordagem centrada na pessoa, possui muitos adeptos, por valorizar as pessoas, adaptando as teorias a elas e não elas a teoria. Quando o homem satisfaz suas necessidades básicas ele usa seu potêncial inato e cresce enquanto pessoa autorrealizada. A Pirâmide das Necessidades Humanas Abraham Maslow Psicologia da Auto-Realização - Abraham Maslow Psicólogo considerado um dos fundadores da psicologia humanista. Durante toda a sua carreira interessou-se profundamente pelo estudo do crescimento e desenvolvimento pessoais, e pelo uso da psicologia como um instrumento de promoção do bem estar social e psicológico. O fato de ser considerado Humanista lhe desagradava, ao ponto de afirmar: "Nós não deveríamos ter que dizer Psicologia Humanista. O adjetivo deveria ser desnecessário. Eu sou autodotrinário.... Eu sou contra qualquer coisa que feche portas e corte possibilidades". Psicologia da Auto-Realização - Abraham Maslow Maslow começou por estudar a questão da auto-realização mais profundamente através da análise das vidas, valores e atitudes das pessoas que considerava mais saudáveis e criativas. Definia a questão da auto-realização como "o uso e a exploração pleno de talentos, capacidades, potencialidades, etc. Eu penso no homem que se auto-atualiza não como um homem comum a que alguma coisa foi acrescentada, mas sim como um homem comum de quem nada foi tirado. O homem comum é um ser humano completo com poderes e capacidades amortecidos e inibidos". (Maslow, 19071, p.35) Psicologia da Auto-Realização - Abraham Maslow A auto-realização significa fazer de cada escolha uma opção para o crescimento. Auto-realização é também um processo contínuo de desenvolvimento das próprias potencialidades. Isto significa usar suas habilidades e inteligência para trabalhar e fazer bem, aquilo que queremos fazer. Um passo para além da auto-realização é reconhecer as próprias defesas e então trabalhar para abandoná-las. Precisamos nos tornar mais conscientes das maneiras pelas quais distorcemos nossa auto-imagem e a do mundo exterior através da repressão, projeção e outros mecanismos de defesa Hierarquia das necessidades Maslow afirma que, o crescimento psicológico ocorre em termos de satisfação bem sucedida de necessidades mais elevadas. A busca de auto-realização não pode começar até que o indivíduo esteja livre da dominação de necessidades inferiores, tais como fisiológicas e segurança. O desajustamento psicológico é definido como doenças de carência, causadas pela privação de certas necessidades básicas, assim como a falta de vitaminas causa doenças.