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SSIISSTTEEMMAA DDIIGGEESSTTÓÓRRIIOO Anatomia Humana II 2 Sumário Sistema Digestório..................................................................................................................... 1 Boca........................................................................................................................................ 2 Faringe.................................................................................................................................... 3 Esôfago.................................................................................................................................. 4 Estômago................................................................................................................................ Cavidades do Corpo......................................................................................................... 5 Intestinos – Delgado e Grosso............................................................................................... 6 Peritônio.................................................................................................................................. 7 Órgãos Anexos....................................................................................................................... Glândulas Salivares.......................................................................................................... Fígado............................................................................................................................... Vesícula Biliar................................................................................................................... Pâncreas........................................................................................................................... REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 03 05 06 07 09 11 12 18 20 20 21 22 24 25 3 Sistema Digestório O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. 3 O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantém o tônus. 6 INTESTINO DELGADO PÂNCREAS BAÇO ESTÔMAGO ESÔFAGO GLÂNDULA SALIVAR GLÂNDULA PARÓTIDA FÍGADO VESÍCULA BILIAR DUODENO INTESTINO GROSSO APÊNDICE ÂNUS RETO 4 FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO Funções gerais do sistema digestório: • Aproveitamento de substâncias estranhas ditas alimentares, assegurando a manutenção de seus processos vitais; • Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos etc..) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino; • Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para capilares sangüíneos da mucosa do intestino; • Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e substâncias secretadas a luz do intestino. Funções específicas do sistema digestório: • Ingestão – Este processo envolve a ingestão de alimentos e líquidos, na boca (comer); 6 • Secreção – A cada dia as células da parede do trato gastrointestinal e dos órgãos acessórios secretam cerca de 7 litros de água, ácido, tampões e enzimas para o lúmen do trato; 6 • Mistura e Propulsão – A contração e o relaxamento alternados do músculo liso, nas paredes do trato gastrointestinal, misturam o alimento e as secreções e os empurram em direção ao ânus. Este processo denomina-se motilidade; 6 • Digestão – Os processos mecânico e químicos que decompõem o alimento ingerido em pequenas moléculas.6 As duas formas de digestão são: a mecânica que é a quebra de partículas alimentares grandes em menores, por meios físicos e a química, que é a modificação química do alimento. 3 • Absorção – As substâncias absorvidas nos intestinos passam para o sangue, ou linfa, e circulam para as células por todo o corpo; 6 • Defecação – Resíduos, substâncias indigeríveis, bactérias, células desprendidas do revestimento do trato gastrointestinal e materiais digeridos que não foram absorvidos deixam o corpo através do ânus, no processo chamado defecação. O material eliminado é chamado de fezes. 6 As estruturas do trato digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. 3 Os órgãos digestórios acessórios são: os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento. 6 5 1 Boca O trato digestório começa na boca ou cavidade bucal, a qual contém estruturas que auxiliam no processo digestório, incluindo os dentes, língua, glândulas salivares e várias outras estruturas, como o palato duro e mole que formam o teto da cavidade bucal. O palato duro é anterior e separa a cavidade bucal da cavidade nasal; o palato mole separa a cavidade bucal da parte nasal da faringe. O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que esta suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal. 3 A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição. 2 A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É limitada lateral e anteriormente pelos arcos alveolares maxilares e mandibulares que alojam os dentes. O teto da cavidade da boca é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua. 2 LIMITES DA BOCA Limite Posterior Limite Inferior Limite anterior Limite superior Limite lateral 6 DENTES Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Os dentes tem como função a desintegração mecânica dos alimentos e desempenham também papel relevante na dicção das palavras e na estética da face. 2 Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. 2 Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes. 4 2 Faringe É responsável pela passagem do alimento da boca para o esôfago. A faringe é a parte do sistema digestório posterior às cavidades do nariz e da boca, estendendo-se para baixo atrás da laringe. A faringe estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea, anteriormente, e a margem inferior da vértebra C6, posteriormente. 2 O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição normalmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. 3 7 Na deglutição o palato mole eleva-se impedindo que o alimento passe para a nasofaringe e penetre na cavidade nasal. Ao mesmo tempo, a epiglote fecha a laringe, evitando que o alimento penetre no trato respiratório. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. 6 A faringe é dividida em três partes: 2 1 - Parte Nasal: posterior ao nariz e acima do palato mole; 2 - Parte Oral: posterior à boca; 3 - Parte Laríngea: posterior à laringe O movimento da laringe também simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura entre a parte laríngea da faringe e o esôfago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no esôfago em 1-2 segundos. 6 3 Esôfago O esôfago é um tubo muscular colapsável que se situa atrás da traquéia e se estende na faringe ao estômago. Mede cerca de 25 cm de comprimento começa na extremidade inferior da parte laríngea da faringe, passa pelo mediastino á frente da coluna vertebral, perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. 6 8 O esôfago apresenta três porções: 1 1. Cervical: está na parte inferior do pescoço, posteriormente à traquéia, anteriormente à coluna vertebral e músculos longos do pescoço. 2. Torácica: situada no mediastino superior, entre a traquéia e a coluna vertebral, um pouco à esquerda da linha mediana. 3. Abdominal: situa-se no sulco esofágico, na face posterior do lobo esquerdo do fígado. ESTRUTURAS RELACIONADAS ANATOMICAMENTE AO ESÔFAGO Anotações: __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ 9 A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago. 3 As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4-8 segundos; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. 6 Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal. 3 O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago. 6 Anotações: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________ 10 4 Estômago O estômago é o aumento do trato gastrintestinal (maior dilatação do tubo digestório), normalmente em forma de “J”, nas regiões epigástrica, umbilical e hipocôndrica esquerda do abdome.6 É um órgão semelhante a uma bolsa. Está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno, à esquerda do fígado e à direita do baço.3 O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o fígado e o baço. 1 A posição e o tamanho do estômago variam continuamente; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração. 6 VARIAÇÕES DO ESTÔMAGO 11 Partes Componentes do Estômago: Fundo: é a parte mais superior do estômago. Está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma. 2 Corpo: situa-se entre o fundo e a região antro-pilórica. 2 • Aberturas: Óstio Cárdico: na entrada do estômago, ou seja, é a abertura entre a porção abdominal do esôfago e o estômago. 1 Óstio Pilórico: na saída do estômago, ou seja, é a abertura do estômago no duodeno. 1 • Curvaturas: Curvatura Maior: está dirigida para esquerda e para frente. É a curva convexa do estômago. Parte do óstio cárdico, na incisura cárdica e termina no piloro. 1 Curvatura Menor: forma a borda direita ou côncava do estômago. 1 12 CAVIDADES DO CORPO Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma:4 1 Região Abdominopélvica Superior – HIPOCÔNDRIO DIREITO e ESQUERDO e EPIGÁSTRICO, situam-se no nível da nona costela;4 2 Região Média – REGIÃO LATERAL DIREITA e ESQUERDA e REGIÃO UMBILICAL, situam-se entre as nonas costelas e os ossos do quadril;4 3 Região Inferior – REGIÃO INGUINAL DIREITA e ESQUERDA e REGIÃO PÚBICA (HIPOGÁSTRICA), situam-se no nível superior aos ossos do quadril.4 Funções digestivas: 3 • Digestão do alimento • Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes. • Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco. • Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado. • Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica. Esse método é freqüentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos sagital mediano e transversal, passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes: superior direito, inferior direito, superior esquerdo e inferior esquerdo. 4 13 5 Intestinos – Delgado e Grosso INTESTINO DELGADO A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável.5 Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.6 O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). 5 O intestino delgado, que consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. 2 14 Duodeno O duodeno, primeira e menor parte do intestino delgado, é fixo, e segue um trajeto em forma de “C” em torno da cabeça do pâncreas. É dividido em quatro partes: 2 • Parte Superior (1) • Parte Descendente (2) • Parte Horizontal (3) • Parte Ascendente (4) O duodeno recebeu este nome por apresentar aproximadamente a largura de 12 dedos (25cm). 1 Na parte descendente do duodeno encontramos o ducto colédoco (vesícula biliar) e o ducto pancreático (pâncreas). 2 1 2 3 4 15 Jejuno e Íleo O jejuno começa na flexura duodenojejunal e o íleo termina na junção ileocecal – junção da parte terminal do íleo e o ceco. Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito.2 O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. INTESTINO GROSSO Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdome pelo mesocolon. Apresenta cerca de 1,5 metros de comprimento. O intestino grosso pode ser distinguido do intestino delgado através: • Das tênias do colo – três faixas espessadas de músculo. 2 • Das saculações – sáculos do colo entre as tênias (haustros). 2 • Dos apêndices omentais – pequenas projeções gordurosas do omento. 2 • Do calibre – o diâmetro interno é muito maior. 2 16 O intestino grosso é caracterizado pela sua capacidade, distensibilidade, pela extensão de tempo que ele retém seu conteúdo e pela disposição especial de sua musculatura. Ele possui uma mobilidade considerável, especialmente o colo transverso e sigmóide. Estas propriedades estão diretamente relacionadas às principais funções do intestino grosso, que são a formação, o transporte e a evacuação de fezes. Estas funções necessitam de mobilidade, absorção de água e secreção de muco. 5 O intestino grosso consiste no ceco; no apêndice; nos colos ascendente, transverso, descendente e sigmóide; no reto; e no canal anal. Colo O colo é descrito em quatro partes – ascendente, transversa, descendente e sigmóide – que sucedem em um arco. O colo se situa primeiro à direita do intestino delgado, depois sucessivamente acima e anterior a ele, à esquerda dele e eventualmente abaixo dele. 2 Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). 2 Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo. 2 Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide. 2 Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmóide. 2 17 Ceco e Apêndice O ceco – primeira parte do intestino grosso que é contínua com o colo ascendente – é uma bolsa intestinal cega situada no quadrante inferior direito.2 Não apresenta apêndices epiplóicos.5 A parte terminal do íleo penetra no intestino grosso póstero-medialmente, onde encontramos o óstio iliocecal onde está localizada a papila íliocecal (iliocólica). 5 O apêndice vermiforme, um divertículo cego do intestino, origina-se da face póstero-medial do ceco, inferior a junção ileocecal. 2 FLEXURAS 18 Reto e Ânus (Canal Anal) O reto é a parte do trato alimentar contínua proximalmente com o colo sigmóide e distalmente com o canal anal. A junção retosigmóide situa-se anterior à vértebra S3. Neste ponto, as tênias do colo sigmóide espalham-se para formar uma lâmina longitudinal externa contínua de músculo liso e os apêndices omentais gordurosos são descontinuados. 2 O canal anal é a parte terminal do intestino grosso. O canal anal começa onde a ampola do reto estreita-se ao nível da alça em forma de “U” formada pelo músculo puborretal. Termina no ânus (abertura externa do trato gastrointestinal) e é envolvido pelos músculos esfíncteres interno e externo do ânus. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer. 2 Esfíncter Anal Interno (A) Resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares (involuntário). Esfíncter Anal Externo (B) Constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno (voluntário). FUNÇÕES DO INTESTINO GROSSO 3 • Absorção de água e de certos eletrólitos; 3 • Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; 3 • Armazenagem temporária dos resíduos (fezes); 3 • Eliminação de resíduos do corpo (defecação). 3 PERISTALTISMO 3 Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarréia. 3 A B 19 6 Peritônio O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é denominada peritônio parietal e a que se reflete sobre as vísceras constitui o peritônio visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada cavidade peritoneal. 1 Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sangüíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério. 1 Os mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o mesocólon transverso e o mesocólon sigmóide. Em adição a estes, estão presentes, algumas vezes, um mesocólon ascendente e um descendente. 1 O mesentério propriamente dito – tem origem nas estruturas ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado. 1 O mesocólon transverso – prende o cólon transverso à parede posterior do abdome. 1 O mesocólon sigmóide – mantém o cólon sigmóide em conexão com a parede pélvica. 1 O mesocólon ascendente e descendente – ligam o cólon ascendente a descendente à parede posterior do abdome. 1 20 O peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor. 1 O omento maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno. O omento menor estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado. 1 Apêndices Epiplóicos – são pequenas bolsas de peritônio cheias de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto. 1 21 7 Órgãos Anexos GLÂNDULAS SALIVARES O líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor (saliva) é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca. 2 Três pares de grandes glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: 1 • Parótida; 1 • Submandibular; 1 • Sublingual. 1 Glândula Parótida – é a maior das três, tem peso variando entre 14 e 28g.1 Possui um formato irregular porque ocupa o espaço entre o ramo da mandíbula e o processo estilóide do temporal. 2 Glândula Submandibular – é arredondada mais ou menos do tamanho de uma nós.1 Situa- se ao longo do corpo da mandíbula, parcialmente acima e abaixo da parte posterior da mandíbula e parcialmente superficial e profunda ao músculo miloióideo. 2 Glândulas Sublinguais – são as menores e as mais profundamente situadas das glândulas salivares. São em forma de amêndoa, se situa no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. 2 Além das glândulas salivares principais, pequenas glândulas salivares acessórias estão espalhadas sobre o palato, lábios, bochechas, tonsilas e língua.2 Essas glândulas incluem as: labiais, bucais, palatais e linguais. 6 22 FÍGADO O fígado, a maior glândula do corpo, situa-se nas partes cranial e direita da cavidade abdominal, ocupando quase a totalidade do hipocôndrio direito.1 Pesa cerca de 1,500g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.2 O fígado possui uma face diafragmática (anterior, superior e um pouco posterior) e uma face visceral (posterior – inferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda. 2 O fígado é dividido em dois lobos principais - o lobo direito (grande) e o lobo esquerdo (menor) – pelo ligamento falciforme. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.6 ligamento falciforme é uma prega do peritônio parietal que estende-se da face inferior do diafragma, entre os dois principais lobos do fígado, até a face superior do fígado, ajudando a sustentá-lo. O ligamento redondo, um fascículo fibroso que é remanescente da veia umbilical do feto, estende-se do fígado até o umbigo. 6 A porta hepática (portal hepático; fissura portal) é uma fissura transversal na face visceral do fígado entre os lobos caudado e quadrado, onde a veia porta do fígado e a artéria hepática entram no fígado e os ductos linfáticos saem. A porta hepática dá passagem para: 2 • A veia porta do fígado; 2 • A artéria hepática; 2 • O plexo nervoso hepático; 2 • O ducto hepático; 2 • Os vasos linfáticos. 2 FACE VISCERAL FACE DIAFRAGMÁTICA 23 A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção. 2 Outras funções do fígado: 6 • Metabolismo dos carboidratos; 6 • Metabolismo dos lipídios; 6 • Metabolismo das proteínas; 6 • Processamento de fármacos e hormônios; 6 • Excreção da bilirrubina; 6 • Excreção de sais biliares; 6 • Armazenagem; 6 • Fagocitose; 6 • Ativação da vitamina D. 6 24 VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50ml de bile. 2 O Ducto Cístico (4cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal. 2 25 PÂNCREAS O pâncreas situa-se transversalmente ao longo da parede posterior do abdome, nas regiões epigástrica e hipocôndrica esquerda. O comprimento varia de 12,5 a 15cm e seu peso na mulher é de 14,95g e no homem 16,08g. 1 O pâncreas é uma glândula digestiva acessória alongada que dividi-se em quatro partes: 2 • Cabeça; 2 • Colo; 2 • Corpo; 2 • Cauda. 2 O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada com o ducto colédoco.2 O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola hematopancreática. 6 O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue.2 O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500ml de suco pancreático.3 O pâncreas tem as seguintes funções: 6 • Dissolver carboidrato (amilase pancreática); 6 • Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastáse); 6 • Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática); 6 • Dissolver ácido nucléicos (ribonuclease e desoxirribonuclease). 6 26 REFERÊNCIAS 1 GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1998. 2 MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia Orientada para a Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 3 HERLIHY, Bárbara; MAEBIUS, Nancy K. Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano Saudável e Enfermo. 1ed. São Paulo: Manole, 2002. 4 THIBODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T. Estrutura e Funções do Corpo Humano. 11ed. São Paulo: Manole, 2002. 5 GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; RAHILLY, Ronan O’. Anatomia – Estudo Regional do Corpo. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1988. 6 TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.