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29/3/2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS DE GURUPI
CURSO DE AGRONOMIA
PREPARO DO SOLO E PLANTIO
Disciplina: Cultura do Arroz
Docente: Prof.: Dr. Gil R. dos Santos
Colaboradores:Mestrandos: Francismar e Rúbia
Discente: Luciana de Godoi Silva
Gurupi – TO.
Março de 2011.
1- PREPARO DO SOLO
A operação de preparo do solo é realizada para propiciar condições
satisfatórias ao plantio, à germinação das sementes, à emergência das
plântulas, ao desenvolvimento e à produção das plantas, eliminar as
plantas daninhas, controlar a erosão e descompactar o solo.
1.1 - EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS
Arroz cultivado em Terras Altas
- Implementos de discos
Arroz cultivado em Várzea
- Grade Aradora ou Enxada Rotativa
2 - SISTEMAS DE PREPARO DO 
SOLO PARA CULTIVO DE 
ARROZ EM TERRAS ALTAS
2.1 - PREPARO COM ARADO DE DISCO
Aração seguida de uma ou mais gradagens destorroadoras e
uma gradagem “niveladora” antes do plantio.
Desvantagens: 
 Área mal nivelada
 Desestruturação da camada superficial do solo.
 Em condições de solo úmido, o “pé-de-arado.”
2.2 - PREPARO COM GRADE ARADORA
É mais utilizado na região dos Cerrados. As grades
aradoras realizam, numa só operação, a aração e a gradagem.
Desvantagens:
 Descontinuidade entre o perfil preparado e o solo
imediatamente abaixo.
 Formação do “pé-de-grade”
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2.3 - INCORPORAÇÃO DA RESTEVA COM 
GRADE, SEGUIDA DE ARAÇÃO PROFUNDA
Consiste na inversão da ordem de realização das
operações de preparo do solo, sendo denominada de “aração
invertida”.
Vantagens:
 Incorporação mais homogênea dos restos culturais no perfil do
solo.
 Formação de uma boa estrutura no solo.
 Melhor homogeneização e estruturação do perfil do solo arado.
 Não formação do “pé-de-grade” superficialmente.
2.4 - PREPARO MÍNIMO 
Consiste na passagem de implementos como o arado
escarificador, ou a grade niveladora, visando romper apenas a
camada superficial adensada e, no caso da grade, o controle das
plantas daninhas de pequeno porte.
Vantagens:
 Protege o solo da erosão.
 Permite o preparo do solo seco.
2.5 - PLANTIO DIRETO
É um método de semeadura no qual a semente e o adubo
são colocados diretamente no solo não revolvido, usando-se
semeadoras-adubadoras especiais. 3 - SISTEMAS DE PREPARO PARA O 
CULTIVO DO ARROZ EM VÁRZEA
3.1 - PREPARO DO SOLO SECO
Consiste numa aração de 20-25 cm de profundidade,
visando a incorporação dos restos culturais e plantas daninhas
através do revolvimento da camada superficial do solo.
Solos excessivamente compactados: Recomenda-se molhar o
solo antes de fazer a última gradagem.
Sistema de semeadura direta, em linha ou a lanço: O uso da
enxada rotativa é uma alternativa para o destorroamento.
3.2 - PREPARO DO SOLO ALAGADO
Consiste na inundação do solo, na aração e, por fim, no
nivelamento da área com lâmina traseira e/ou com grade niveladora.
Equipamentos mais utilizados para a realização desse preparo:
enxada rotativa, lâmina traseira e a grade de dentes.
 Enxada Rotativa: Revolvimento do solo e a incorporação da matéria
orgânica.
 Lâmina Traseira: Utilizada para efetuar pequenos corte e transportar
a terra das partes mais altas para as mais baixas.
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ARTIGO
COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS
SOB SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL
Moizés de Sousa Reis2, Antônio Alves Soares3, Vanda Maria de Oliveira Cornélio2,
Plínio Cesar Soares2, Janine Magalhães Guedes3, Geovani Tadeu Costa Júnior3
RESUMO
 O objetivo do trabalho foi comparar o desempenho de cultivares e linhagens
experimentais de arroz de terras altas, sob plantios direto e convencional, bem
como verificar se há resposta diferenciada dos materiais testados aos dois
sistemas de cultivo. Para tanto, foram conduzidos, em Lambari-MG, dois
ensaios, um no sistema plantio direto e outro no sistema convencional, repetidos
nos anos agrícolas 2003/2004 e 2004/2005. Foram testadas treze
cultivares/linhagens experimentais de arroz de terras altas. Utilizou-se o
delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. As variáveis
analisadas foram: produtividade de grãos, altura da planta, floração e incidência
de doenças. Os genótipos avaliados tiveram comportamentos semelhantes para
produtividade de grãos nos dois sistemas de cultivo. No sistema plantio direto
houve uma tendência de redução na altura das plantas, comparativamente ao
sistema convencional. Concluiu-se que o sistema plantio direto constitui
alternativa viável para a cultura do arroz de terras altas.
COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS
SOB SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL
Moizés de Sousa Reis2, Antônio Alves Soares3, Vanda Maria de Oliveira Cornélio2,
Plínio Cesar Soares2, Janine Magalhães Guedes3, Geovani Tadeu Costa Júnior3
CONCLUSÕES
 1. As cultivares e linhagens experimentais avaliadas têm comportamentos 
semelhantes para produtividade de grãos nos dois sistemas de cultivo. Isso 
credencia o sistema plantio direto como alternativa viável para a cultura do 
arroz de terras altas.
 2. O sistema plantio direto apresenta uma tendência de redução na altura de 
plantas.
 3. A interação de genótipos com ambientes é significativa para a incidência 
das doenças avaliadas (brusone na folha, brusone do pescoço, mancha 
parda, mancha de grãos e escaldadura da folha).
4 – ÉPOCA DE PREPARO DO SOLO
Tanto no solo seco como no alagado, a aração deve
anteceder o plantio em cerca de 30 dias, para permitir a
decomposição da matéria orgânica. A gradagem, ou
nivelamento final, deve ser efetuada imediatamente antes da
semeadura.
Solo muito úmido: Ocorrem danos físicos na estrutura do solo,
principalmente no sulco deixado pelas rodas do trator e na
aderência nos órgãos ativos dos implementos, até o ponto de
inviabilizar a operação.
Solo muito seco: Exige maior número de operações para o
destorroamento e maiores gastos de combustível e tempo.
5 – DESEMPENHO OPERACIONAL DE 
ARADOS E GRADE
Fatores que devem ser levados em consideração na hora de 
selecionar o sistema de preparo com a combinação de 
equipamentos: 
 Textura e Estrutura do Solo;
 Teor de Água;
 Tipo e Regulagem do Equipamento;
 Velocidade de Trabalho;
 Profundidade do Preparo;
 Deslizamento das Rodas do Trator.
6 - EFEITOS NO PREPARO 
DO SOLO
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6.1 – NA RELAÇÃO MASSA/VOLUME DO 
SOLO
As relações de massa e volume do solo podem ser
alteradas, toda vez que o solo for manejado por máquinas e
implementos agrícolas.
Aração:
 Aumento do espaço poroso do solo, principalmente a 
macroporosidade.
Grade Aradora:
 Aumento da densidade do solo
6.2 – NA INFILTRAÇÃO DE ÁGUA
Proporcionar o máximo armazenamento e conservação da
água no perfil de solo e facilitar o seu uso pelas plantas.
Operações feitas continuamente, condicionam altas taxas de
infiltração
Restrição à circulação total ou parcial da água na superfície do
solo.
6.3 – NO ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
A importância do preparo do solo, em relação ao
armazenamento de água, não deve ficar restrita somente ao
período do ciclo da cultura. É importante que após a colheita,
as condições do perfil do solo ainda permitam a infiltração da
água do final do período chuvoso para as culturas
subseqüentes.
6.4 - NO DESENVOLVIMENTO DE RAÍZES
Raissac & Moreira (1987b), estudando a relação densidade do
solo e do sistema radicular do arroz, observaram que existe
correlação negativa entre esses dois parâmetros, mostrando que
independente do sistema de preparo, a compactação na
superfície do solo resulta em limitação do sistema radicular.
6.5 - NO CONSUMO DE ÁGUA
Alimentação hídrica do arroz cultivado em Latossolo
Vermelho-Escuro.
Moreira & Raissac (1990).
 Preparo profundo (25-30 cm) e sistema radicular bem
desenvolvido. Alcançou o equivalente a 150 mm de ETR,
consumo médio diário de 3,7 mm.
 Preparo superficial contínuo (10-15 cm) com menor densidade
radicular. ETR de 120 mm, com média diária de 2,9 mm.
6.6 - NA PRODUTIVIDADE
A relação entre a produtividade do arroz e diferentes
sistemas de preparo do solo é analisada levando-se em
consideração a exploração agrícola em monocultura.
Santos et al. (1997), estudando sistemas agrícolas irrigados
verificaram que o plantio direto, apesar de proporcionar o
menor custo de produção, foi menos eficiente que os preparos
com grade aradora e com arado quanto à produtividade do
arroz.
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PLANTIO 7-ESPAÇAMENTO
7.1 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Melhor aproveitamento do terreno e facilidade de trato da
cultura durante o ciclo vegetativo da planta.
 Condições físico-químicas do solo,
 Variedade usada e do clima
Espaçamento Variedade Comum Variedade Precoce
Entre linhas 60 cm 50 cm
Nas linhas Linhas cheias Linhas cheias
7.2 - ARROZ DE VÁRZEA
No caso da cultura irrigada, conforme a riqueza do terreno, o
espaçamento varia de 30 a 40 cm, às vezes mais, se a terra for
muito rica.
8 - ÉPOCA DE PLANTIO
8.1 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
A indicação de plantio do arroz nessas regiões é de 15 de
outubro a 31 de dezembro.
Nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, os plantios são
mais tardios, de meados de dezembro a final de fevereiro.
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8.2 - ARROZ DE VARZÉA
Variedades de ciclo mais longo devem ser plantadas a partir de 
outubro ou fins de setembro se o tempo ajudar, até meados de 
novembro. 
Variedades de ciclo mais curto, ou precoces poderão ser 
semeadas até meados de dezembro, e conforme o tempo, até 
mais tarde. 
Variedade de ciclo curto, poderá estender a época até fins de 
dezembro, conforme o tempo. 
9 - QUANTIDADES DE 
SEMENTES???
9.1 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Fator de muita importância na semeação é a distribuição
uniforme das sementes no sulco.
 Experiências realizadas provaram que o número ideal deve ser
aproximadamente 50 sementes por metro linear de sulco
 O que se vai gastar por hectare, então, estará em função desse
número e do espaçamento usado.
 Nessas condições, o gasto de sementes é aproximadamente de
25 a 35 kg/ha.
9.2 - ARROZ DE VÁRZEA
Sistema Convencional
 É recomendado o espaçamento entrelinhas de 17-20 cm e uma
população de 50 plântulas por metro de linha de plantio o que
corresponde a um gasto de 80 kg a 120 kg ha-1 de sementes.
Plantio direto
 O gasto de sementes, neste sistema, é maior que na semeadura em
solo preparado, obtendo-se maiores respostas com 150 kg a 170 kg
ha-1 de sementes no mesmo espaçamento entrelinhas, o que
corresponde a 500 sementes por metro quadrado.
10 - CULTIVARES
10.1.1 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Primavera:
 Áreas de abertura e áreas velhas
 Pouco ou moderadamente férteis
 Tendência ao acamamento em condições de alta fertilidade.
 Apresenta bons resultados nos Sistemas Barreirão e Plantio
Direto.
 Colheita: umidade dos grãos entre 20% e 24%.
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10.1.2 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Maravilha:
 Regiões com baixo risco de veranico / várzea úmida não-
sistematizada.
 Resistente à brusone e à escaldadura, moderadamente susceptível
à mancha de grãos
 Resistente ao acamamento
 Cultivo com alta tecnologia, inclusive sob pivô central
 Crescimento inicial lento => controle de plantas daninhas.
10.1.3 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Caiapó:
 Solos novos ou velhos
 Fertilidade moderada => evitar acamamento
 Controle de brusone => Cerrado e Regiões de maior altitude
 Melhor produtividade de grãos onde a incidência de brusone é
baixa.
10.1.4 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Carajás 
 Ciclo precoce
 Áreas de fertilidade média ou alta
 Bom potencial de produção
 Pouco acamamento
 Grãos do tipo tradicional
10.1.5 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Canastra:
 Boa produtividade nas mais diversas situações de plantio
 Áreas velhas ou novas
 Se adapta a diferentes níveis de fertilidade
 Em condições muito favorecida tende a apresentar alta
incidência de escaldadura e mancha de grãos.
 Boa resistência ao acamamento
 Pode alcançar boa produtividade
10.1.6 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Bonança:
 Lançada em 2001
 Cultivar semi-precoce
 Ampla adaptação a sistemas de manejo e tipos de solo
 Grãos com boa aparência e boa qualidade culinária, porém
inferior à Primavera.
 Excepcional estabilidade do rendimento de grãos inteiros,
mesmo em circunstâncias em que ocorrem atrasos na colheita,
dentro de um certo limite.
10.1.7 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Carisma:
 Cultivar semi-precoce
 De porte baixo
 Resistente ao acamamento
 Grãos da classe longo-fino.
 Pode ser cultivada em sequeiro, sob pivô central, ou em várzea
úmida, sem irrigação, apresentando alto potencial de produção.
 Controle de brusone, quando cultivada em situações de risco
desta doença.
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10.1.8 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Talento:
 Cultivar semi-precoce
 De porte baixo
 Resistente ao acamamento
 Grãos da classe longo-fino
 Cultivar de ampla adaptação
 Ótimo potencial de produção e responsiva ao uso de tecnologia
 Opção para plantio em várzeas úmidas
 Resistente à escaldadura e à mancha de grãos
 Em relação à brusone, moderadamente resistente. Em locais de
alta pressão da doença, necessita-se, portanto, adotar as
medidas de controle recomendadas.
10.1.9 - ARROZ DE TERRAS ALTAS
Soberana:
 Indicada para solos pouco ou moderadamente férteis
 Tendência ao acamamento em condições de alta fertilidade.
 Em solos férteis, utiliza-se menores dose de fertilizantes e
espaçamentos mais largos, como 30 a 40 cm, para evitar
acamamento.
 Menos resistente à seca que a Primavera
 Em condições experimentais tem-se mostrado menos suscetível
à brusone e ao acamamento que a Primavera.
 Exige colheita com umidade dos grãos entre 20 a 24%, para
que se tenha uma boa porcentagem de grãos inteiros no
beneficiamento.
10.2.1 - ARROZ DE VÁRZEA
BRS Formoso:
 Alta produtividade
 Grãos de excelente qualidade industrial e culinária
 Suscetibilidade à brusone
 Necessário a realização de duas pulverizações preventivas
com fungicidas.
10.2.2 - ARROZ DE VÁRZEA
BRS Jaburu:
 Arquitetura de planta moderna
 Podendo ser plantada em uma maior densidade de semeadura 
120 kg de sementes ha-1
 Alta produtividade
 Resistência à brusone 
 Grãos com excelentes qualidade industrial e culinária. 
Suscetível à mancha parda na folha
 Necessário realizar pulverizações preventivas com fungicidas, 
principalmente no período reprodutivo.
10.2.3 - ARROZ DE VÁRZEA
BRS Biguá:
 Em nível experimental, é a cultivar mais produtiva.
 Arquitetura de planta moderna
 Pode ser plantada em uma menor densidade de semeadura, 100
kg de sementes ha-1.
 Moderadamente resistente à brusone e à mancha parda.
 Alto rendimento de grãos inteiros.
Referências Bibliográficas
Internet Explorer:
Sites
 http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTM
L/Arroz/ArrozTerrasAltas/index.htm
 http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTM
L/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/index.htm
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