FILOSOFIA E EDUCAÇÃO

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O pensamento filosófico de Platão se desenvolve em consonância com sua visão educativa, a qual é apresentada principalmente nos diálogos A República e As leis.
O objetivo de Platão é a fundação mental de um Estado perfeito, onde ele propõe atenção especial na formação dos guardiões, cuja função social é a defesa da sociedade.
Pilares para a educação dos guardiões: a música e a ginástica.
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Quanto a educação musical, Platão condena os poemas épicos e trágicos porque provocam o sentimento de vingança;
Na educação do corpo é preciso ter como modelo a ginástica militar espartana, para poder praticar exercícios físicos e controlar rigidamente os prazeres;
A alimentação deveria ser a base de frutas e feitas sempre de forma coletiva para reprimir os excessos motivados pela gula;
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Os educandos devem ser submetidos a duras provas de habilitação, como: resistência a dor e a sedução e mostrar capacidades em trabalhos árduos;
Sendo aprovados nos exames acima devem estudar matemática e dialética (esse estudo deve ser feito por muitos anos para mostrar quem tem alma de filósofo). Os reprovados devem trabalhar para a comunidade, prestando diversos serviços;
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Para ele o verdadeiro espírito filosófico não deve se deixar perturbar pelas diversidades de opiniões e deve ter como meta alcançar a unidade na diversidade: a ideia- imagem universal e imutável das coisas;
A alma que alcança o topo do conhecimento não deve se julgar superior aos homens e as mulheres e sim ajudá-los a sair do mundo das sombras e da escuridão;
O rei-filósofo deve governar para fazer de seus concidadãos homens e mulheres melhores.
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Em seu diálogo “As Leis”, Platão afirma que as leis tem grande importância educativa, pois o espírito de uma lei deve envolver a alma do cidadão como verdadeiro ethos;
No diálogo “A República”, o princípio universal supremo é a ideia do Bem;
Deus é o “pedagogo universal”: ele é o legislador, sempre sabe o que é justo;
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Em um outro momento, Platão passa a dar mais atenção a quantos serão formados para a vida cívica;
Dessa forma, a educação deve ter caráter público e ser ministrada em prédios para tal fim;
Meninos e meninas devem ter igual instrução e deve ser iniciada aos 3 anos sempre praticando diferentes jogos;
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As crianças mais velhas devem praticar os mesmos jogos com as mesmas regras para que no futuro não altere as leis e as convenções aprovadas pela comunidade;
A educação deve ser supervisinada; Essa supervisão deve ser feita por um ministro qualificado com no mínimo 50 anos e ter sido indicado por votação secreta;
O conselho noturno, aquele que participa da administração da cidade é composto pelos servidores mais idosos e notáveis;
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Funções do conselho noturno: 1) desenvolver estudos filosóficos que visem a compreensão das leis do Estado; 2) Fazer intercâmbio com filósofos de outras cidades com o intuito de aprimorar as leis e 3) Zelar para que os princípios filosóficos e legais se difundam entre os cidadãos.
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O primeiro lógico via na escola o caminho para a vida pública e o exercício da ética;
 “O fim da arte e da educação é substituir a natureza e completar aquilo que ela apenas começou.”
“Onde quer que se descuide da educação, o Estado sofre um golpe nocivo.” 
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Aos 17 anos foi enviado à Academia de Platão, em Atenas, onde estudou e produziu filosofia por 20 anos;
Após a morte de Platão foi chamado por Felipe II da Macedônia, para educar seu filho, Alexandre por muitos anos;
Em Atenas fundou sua própria escola: o “Liceu”.
Foi ele o fundador da ciência que ficaria conhecida como lógica;
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Sua importância no campo da educação também é grande, mas de modo indireto. A sua contribuição para o ensino está principalmente em escritos sobre outros temas;
As principais obras de onde se pode tirar informações pedagógicas são as que tratam de política e ética;
 Em ambos os casos o objetivo final era obter a virtude;
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Em suas reflexões sobre ética, Aristóteles afirma que o propósito da vida humana é a obtenção do que ele chama de vida boa. Isso significava ao mesmo tempo vida ‘do bem’ e vida harmoniosa;
Para Aristóteles, ser feliz e ser útil à comunidade eram dois objetivos sobrepostos, e ambos estavam presentes na atividade pública;
A educação, para ele, é um caminho para a vida pública;
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Cabe à educação a formação do caráter do aluno. Perseguir a virtude significaria, em todas as atitudes, buscar o“justo meio”;
Um dos fundamentos do pensamento aristotélico é que todas as coisas têm uma finalidade. É isso que, segundo o filósofo, leva todos os seres vivos a se desenvolver de um estado de imperfeição (semente ou embrião) a outro de perfeição (correspondente ao estágio de maturidade e reprodução);
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A organização social e política, em geral, e a educação, em particular, é que têm a responsabilidade de fornecer condições para esse desenvolvimento;
A virtude, para Aristóteles, é uma prática e não um dado da natureza de cada um, tampouco o mero conhecimento do que é virtuoso;
O hábito da virtude deve ser adquirido na escola;
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Para Aristóteles, ao contrário de Platão, o mundo que percebemos é suficiente, e nele a perfeição está ao alcance de todos os homens. A oposição entre os dois filósofos gregos – ou entre a supremacia das idéias (idealismo) ou das coisas (realismo) – marcaria para sempre o pensamento ocidental;
Considerava a família, como se constituía na época, o núcleo inicial da organização das cidades e a primeira instância da educação das crianças;
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Atribuía aos governantes e aos legisladores o dever de regular e vigiar o funcionamento das famílias para garantir que as crianças crescessem com saúde e obrigações cívicas;
Por isso, o Estado deveria também ser o único responsável pelo ensino;
Na escola, o princípio do aprendizado seria a imitação. Segundo ele, os bons hábitos se formavam nas crianças pelo exemplo dos adultos;
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Aristóteles acreditava que educar para a virtude era também um modo de educar para viver bem – e isso queria dizer, entre outras coisas, viver uma vida prazerosa;
No mundo atual, nem sempre se vê compatibilidade entre a virtude e o prazer. Ainda assim, você acredita que seja possível desenvolver em seus alunos uma consciência ética e, ao mesmo tempo, a capacidade de apreciar as coisas boas da vida?
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JAEGER, Werner. Paidéia – A formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 
PLATÃO. Diálogos. São Paulo:Victor Civita, 1996.