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Rio de Janeiro, 26 de Setembro de 2013. Aluna: Taiany dos Santos Milagre de Araújo. Matricula:20102100275 Questionário acerca do texto “O inicio do tratamento (1913)” Qual o objetivo do Tempo de Ensaio ou Entrevistas Preliminares? O objetivo é ligar o paciente a seu tratamento e a pessoa do analista, decorrendo também sobre o diagnostico diferencial. Além de fazer uma sondagem para saber se é viável aceitar ou não a demanda de análise. Trata-se de um tempo de trabalho prévio, a análise propriamente dita. Ou seja, podemos dizer que as entrevistas preliminares são a direção dada para como o analista vai conduzir a análise. Quais as principais advertências de Freud para os casos de Psicose? As principais advertências dizem respeito às entrevistas preliminares, onde se torna importante que o analista perceba a estrutura clinica do sujeito para que possa conduzir a analise. Se o sujeito for psicótico, por exemplo, o analista não poderá ter como referencias a castração e as fantasias do sujeito. Além do fato de o analista não poder tornar o psicótico “normal”, ou seja, não há como transformar um psicótico em neurótico. Para Freud, há uma contra indicação da psicanálise para psicóticos pelo lugar que o psicótico coloca o Outro. Qual a relação entre o tempo de uma análise e a atemporalidade do inconsciente? O tempo de uma análise não deve ser um tempo cronológico, e sim, um tempo do inconsciente. Este que é estruturado pela linguagem e será manifestado através da pontuação do analista sobre o texto do analisando. O analista, como o inconsciente, não se preocupa com o tempo, mas corta a sessão em função da fala do sujeito. No entanto, a cadeia significante é implicada em uma temporalidade. Linguagem e lógica são atravessadas pelo tempo e é isto que dará um corte na sessão. É impossível responder sobre a duração do tratamento, pois cada um tem seu tempo. Podemos dizer que “a psicanalise reque longos períodos de tempo, semestres ou anos inteiros, mais longos do que esperava o paciente. Por isso temos a obrigação de revelar esse fato ao doente, antes que ele se decida finalmente pelo tratamento”. Vale salientar, que o paciente pode interromper o tratamento quando bem lhe a prouver, mas essa interrupção pode ocasionar insatisfação e não trará os benefícios de uma analise acabada. Porque Freud não recomenda o tratamento gratuito? Porque o psicanalista não deve exercer o papel de filantropo. Ele é alguém que dispõe do tratamento que ajuda o analisando e deve cobrar por isso, assim como um médico por exemplo. É seu dever tratar o dinheiro com a mesma franqueza que pretende educar o paciente sobre suas questões sexuais, sem as amarras de hipocrisia usadas pela sociedade. Outro fato importante a respeito do pagamento, é que muitos neuróticos podem aumentar algumas resistências diante de tratamentos gratuitos. Assim, podemos dizer que o pagamento proporciona um efeito regulador ao tratamento aproximando-o do mundo real e permitindo a continuidade da análise. Cite dois exemplos dados por Freud que justifiquem o uso do divã no tratamento analítico. Primeiramente, o fato de o divã impossibilitar que o paciente fique olhando para o analista, impedindo que as expressões do analista influenciem ou gere material de interpretações sobre aquilo que o sujeito da análise tem para comunicar. E também, o fato de impedir a intromissão da transferência nos pensamentos espontâneos do paciente. Qual a diferença entre a associação livre em análise e a conversa com um psicoterapeuta? Qual a relação entre o saber em si e a análise? A análise deve tirar a importância do saber em si e colocar ênfase na resistência do não saber para que quanto essa resistência for superada, crie-se um fluxo de lembranças inconscientes. A diferença entre a associação livre em análise e a conversa com um psicoterapeuta está que na associação livre o paciente fala tudo o que lhe vier na cabeça, sem qualquer coerência ou pressão, já na psicoterapia, o trabalho é tornar consciente cada pensamento que você diz para si mesmo aprendendo a lidar e a mudar cada uma delas.