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2/4/2013 1 2. A TABELA PERIÓDICA • Início do século XIX: um grande número de elementos químicos foi descoberto e, paralelamente, suas massas atômicas passaram a ser conhecidas. • Alguns destes elementos elementos apresentavam semelhanças em suas propriedades. • Periódico: algo que se repete regularmente Mendeeliev (1834-1907) Lei periódica ���� 1869: Meyer e Mendeliev verificaram que um padrão regular de repetição das propriedades químicas era observado quando os elementos eram colocados em ordem crescente da massa atômica. Tabela elaborada por Mendeliev (1869) Curiosidade: ausência dos gases nobres; posteriormente um novo grupo precisou ser incorporado com a descoberta dos gases nobres. • A descoberta da tabela periódica permitiu prever a existência de elementos até então desconhecidos e mesmo prever suas propriedades fíisicas e químicas. Por exemplo, veja as predições de Mendeliev para o Eka-silício, mais tarde descoberto e chamado de Germânio. Propriedades Eka-silício Germânio massa molar (g/mol) 72 72,59 densidade (g/cm3) 5,5 5,32 ponto de fusão (ºC) alto 937 aparência cinza escuro cinza esbranquiçado óxido EO2; sólido branco; anfotérico; densidade 4,7 g/cm3 GeO2; sólido branco; anfotérico; densidade 4,23 g/cm3 cloreto ECl4; ferve abaixo de 100 ºC; densidade 1,9 g/cm3 GeCl4; ferve a 84 ºC; densidade 1,84 g/cm3 Com o passar dos anos, as tabelas foram evoluindo; porém, alguns elementos pareciam estar fora de posição!!! • I e Te: posições invertidas • Ca e Ar: mesma massa atômica (40 u) Ca Metal altamente reativo Ar Gás inerte • Com a descoberta dos números atômicos, no início do século XX, constatou-se que a tabela deveria ser organizada em termos dos números atômicos, e não das massas molares (Moseley, 1913). ���� Lei periódica: quando os elementos são listados, seqüencialmente, em ordem crescente do número atômico, é observada uma repetição periódica em suas propriedades. 2/4/2013 2 ���� A Tabela Periódica moderna 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 período grupo ou família n = número de níveis ocupados camada de valência (valência = capacidade de combinação): maior nível ocupado elementos de um mesmo grupo possuem o mesmo número de elétrons de valência, daí suas propriedades químicas semelhantes ���� A periodicidade nas propriedades dos elementos resulta da periodicidade nas configurações eletrônicas de seus átomos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 período grupo ou família bloco d: elementos de transição externa bloco f: elementos de transição interna (lantanídeos e actinídeos) grupo dos elementos de transição bloco s bloco pbloco s + bloco p = grupos principais grupo 1: metais alcalinos grupo 2: metais alcalinos terrosos grupo 16: calcogênios grupo 17: halogênios grupo 18: gases nobres Br: Br Ar [Ar] 3d10 4s2 4p53579,9 At: At Xe [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p5* 85210 2/4/2013 3 Au: [Xe] 4f14 5d10 6s1 Mo: [Kr] 4d5 5s1 Normalmente, (n-1)d4 e ns2 transforma-se em (n-1)d5 e ns1 e (n- 1)d9 e ns2 transforma-se em (n-1)d10 e ns1 porque a situação em que todos os orbitais dos diferentes subníveis encontram-se parcialmente ou completamente preenchidos é energeticamente mais favorável. ����Algumas particularidades 2.1. Propriedades periódicas ���� Raio atômico aumenta o nível de energia dos elétrons de valência e a carga nuclear efetiva que os elétrons mais externos sentem é pouco alterada devido ao efeito de blindagem; portanto, o raio atômico aumenta. para números atômicos menores a carga nuclear efetiva que os elétrons mais externos sentem diminui e, com isso, o raio atômico aumenta. 2r • Para os elementos dos grupos de transição, a tendência é quebrada devido aos efeitos de blindagem que os elétrons (n- 1)d sendo preenchidos provocam sobre os elétrons ns. ���� Raio iônico Os cátions são menores do que seus átomos geradores e os ânions maiores ���� Energia de ionização: energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo isolado (fase gasosa) A atração elétrica sobre os elétrons de valência aumenta devido ao aumento da carga nuclear efetiva A atração elétrica sobre os elétrons de valência aumenta quando estes encontram-se mais próximos ao núcleo. O elétron removido é aquele mais fracamente ligado (de maior energia) • Para os elementos dos grupos de transição, a tendência é quebrada devido aos efeitos de blindagem que os elétrons (n- 1)d sendo preenchidos provocam sobre os elétrons ns. 2/4/2013 4 Metais: elementos com baixa energia de ionização (perdem elétrons facilmente) conduzem eletricidade com facilidade formam cátions com facilidade gases nobres e não- metais: elevadas energias de ativação muito dificilmente formam cátions 1º E.I. < 2º E.I. < 3º E.I. < 4º E.I.... • É muito mais difícil tirar um elétron de uma espécie carregada positivamente do que de um átomo neutro obs. começar a enxergar de outra maneira o que antes era visto como a “regra do octeto” Grupo 1: forma facilmente cátions com carga 1+ Grupo 2: forma facilmente cátions com carga 2+ Grupo 3: forma facilmente cátions com carga 3+ A configuração eletrônica de alguns íons Ni2+: 3d8 4s0 Para os metais de transição os elétrons a serem primeiramente removidos são os dos orbital ns pertencentes ao maior nível de energia. Um paralelo com os comportamentos dos raios atômicos e das energias de ionização sugerem que a resposta para este fenômeno aparentemente contraditório pode ser, mais uma vez, o efeito de blindagem que os elétrons (n-1)d exercem sobre os elétrons ns. Esta blindagem aumentaria a energia dos elétrons ns, tornando-os mais fracamente ligados ao núcleo e, portanto, mais energéticos. • Afinidade eletrônica: energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo isolado (fase gasosa) Quanto maior o número atômico, maior a carga nuclear efetiva experimentada pelo elétron adicionado e, portanto, maior então a energia liberada. Quanto menor o nível de energia em que o elétron for adicionado, maior a energia liberada. Metais e gases nobres: elementos com afinidade eletrônica baixa muito dificilmente recebem elétrons para formar ânions não-metais o recebimento de elétrons é favorável (afinidade eletrônica positiva) 2/4/2013 5 • Para os elementos do grupo 17, um segundo elétron elétron precisa ser adicionado a uma espécie já carregada negativamente, o que não é favorável, e, além disso, a um nível mais externo de energia, onde a atração do núcleo será bem menor. Assim, estes elementos formam, via de regra, ânions com carga 1-. • Para os elementos do grupo 16, o segundo elétron ainda pode ser adicionado à camada de valência. Assim, ânions com carga 2- são formados com maior facilidade. • Raciocínio semelhante é válido para os elementos do grupo 15, os quais formam, com relativa facilidade, ânions com carga 3-. obs. começar a enxergar de outra maneira o que antes era visto como a “regra do octeto” 3.2. Os materiais e suas relações com a Tabela Periódica • Bloco s Baixa energia de ionização: altamente reativos (são facilmente oxidados para formar cátions), principalmente os mais pesados por possuírem energias de ionização ainda menores. Os elementos do bloco s possuem pouco uso direto como materiais, mas são muitíssimo importantes como compostos. O potássio reage vigorosamente com água e o calor liberado é tamanho que provoca a ignição do H2 formado. O sódio precisa ser guardado em óleo de parafina para evitar o contato com o ar e sua superfície recentemente cortada rapidamente torna-se coberta por seu óxido. • Bloco p Os elementos da esquerda e, principalmente aqueles mais pesados, possuem energia de ionização suficientemente baixa para que estes apresentem algumas propriedades metálicas dos membros do bloco s. Entretanto, como a energia de ionização dos elementos do grupo p é maior, suas reatividades são bem menores e estes formam metais de grande utilidade como o alumínio, o estanho e o chumbo. Alguns elementos mais pesados podem formar dois tipos de cátions perdendo todos os elétrons de valência ou apenas os elétrons p (efeito do par inerte). Isto ocorre devido a grande diferença de energia entre os orbitais s e p. • Bloco p Os elementos mais da direita do bloco possuem elevadas energia de ionização e afinidade eletrônica (não-metais). Formam com facilidade compostos moleculares um com o outro e reagem com metais para formar ânions em compostos iônicos, estando presentes em muitos minerais que nos rodeiam. Metalóides: características intermediárias entre metais e não- metais • Bloco d Metais de transição Apresentam propriedades bastantes semelhantes pois possuem os mesmos elétrons de valência Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Os elétrons “d” também podem ser perdidos, formando cátions com diferentes estados de oxidação Lantanídeos: ocorrência bastante rara; bastante usados em supercondutores Actinídeos: radioativos e, em grande parte, de ocorrência não natural