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Fisiologia Digestiva dos Ruminantes Prof. Dr. Junio Cesar Martinez Sistema Digestivo Estômago dos Ruminantes • Plurilocular - 4 compartimentos Retículo, Rúmen, Omaso, Abomaso • Retículo = considerado em conjunto com o rúmen Capacidade aprox. 9 litros • Rúmen = câmara de fermentação - anaerobiose Bactérias, protozoários e fungos – Simbiose Digestão de fibra (celulose, hemicelulose) Capacidade aprox. 150-200 litros Estômago dos Ruminantes • Omaso Folhoso Redução de partículas e absorção de água Capacidade aprox. 14-15 litros • Abomaso Estômago “verdadeiro” Ação de ácidos e enzimas Capacidade aprox. 18 litros Estômago dos Ruminantes Estômago dos Ruminantes • Recém-nascidos = abomaso é o + importante Estômago dos Ruminantes • Desenvolvimento do rúmen => consumo de sólidos • Estímulo mecânico - fibra • Estímulo químico - AGV (butírico é + importante) Estômago dos Ruminantes 6 semanas – só leite Estômago dos Ruminantes 6 semanas – leite + concentrado Estômago dos Ruminantes Digestão = decomposição dos alimentos em compostos prontos para absorção Fisiologia da Digestão • Ingestão = rápida - mastiga o suficiente para misturar com saliva e poder engolir • Regurgitação = retorna a ingesta para a boca - engole a parte líquida • Ruminação = remastigação vigorosa – redução no tamanho de partículas / bolo homogêneo • Reinsalivação • Saliva • principal secreção no trato digestivo • volume depende do tempo de mastigação • até 170-180 l/dia • rica em tampões – fosfatos e bicarbonato • neutralização de ácidos – manutenção de ambiente ruminal adequado. Fisiologia da Digestão Saliva Saliva Função ruminal • Movimentação ruminal => mistura do conteúdo • partículas maiores são regurgitadas • partículas menores concentram-se no fundo • Redução no tamanho de partículas => mastigação e ação microbiana. • Partículas menores que 1,2 mm => passagem para trato posterior Função ruminal 500 a 1000 litros de gases são eructados diariamente por um ruminante adulto Microrganismos do Rúmen • Bactérias • 10 10 – 10 11 por grama de conteúdo ruminal • maioria anaeróbias exclusivas – facultativas podem estar presentes em números significativos • agrupadas de acordo com: • forma • tamanho • estrutura • tipo de substrato preferencial Microrganismos do Rúmen • Maior parte das bactérias são capazes de fermentar mais de um substrato. • Metanogênicas são uma classe especial • papel regulador da fermentação • remoção de H2 – manutenção de pH • produção CH4 = perda energética Microrganismos do Rúmen • Protozoários • 10 5 – 10 6 por grama de conteúdo ruminal • massa de protozoários pode ser igual à de bactérias • exclusivamente anaeróbios • maioria de ciliados – flagelados podem estar presentes em números significativos • função obscura Microrganismos do Rúmen • Fungos • flagelados, anaeróbios • até 8% da massa microbiana ruminal em dietas ricas em forragem • significância funcional ainda não está clara • degradam principalmente fibra Microrganismos do Rúmen Fermentação ruminal • Atividade física e microbiológica • conversão de componentes da dieta em produtos úteis ao ruminante AGV Prot microbiana Vitaminas compl B • produção de compostos indesejáveis CH4 CO2 Nitratos Fermentação ruminal • Manutenção da população microbiana • suprimento constante de alimentos • ruminação – reduz partículas => favorece aderência • adição de tampões ao meio • remoção constante de ácidos • fluxo constante de células mortas (PMic) e resíduos não digeridos • manutenção de pH, umidade e temperatura – pouca variação • Localização dos microrganismos • aderidos à parede ruminal - poucos ureolíticos podem utilizar um pouco de O2 • aderidos ás partículas sólidas • livres no meio líquido Fermentação ruminal Cinética ruminal • Rúmen = ambiente complexo • pressão osmótica: 260 – 340 mOsm / L acima de 350 inibe degradação de fibra e amido • potencial redutor: -250 a -450 mV reflete ausência de 02 • pH: 5,5 – 7,2 valores baixos observados logo após refeições abaixo de 6 inibe celulolíticas Abaixo de 5,5 é crítico Cinética ruminal • Volume do conteúdo ruminal • bovinos: em torno de 50 - 100 L 15 a 21% do PV vol. aumenta com aumento do consumo de MS vol. maior em rações à base de forragem vaca de 500 kg, consumindo 10 kg MS => rúmen com 80 L (16% do PV) Cinética ruminal • Teor de MS do conteúdo ruminal • bovinos: < 7 a > 14% vaca de 500 kg, consumindo 10 kg MS => rúmen com cerca de 12,5% MS teores concentrado e volumoso na ração alteram o teor de MS no rúmen Cinética ruminal • Taxa de passagem (Kp) • relação entre o fluxo de saída e o volume do rúmen fluxo de 3 l /h e volume de 50 l: Kp = 0,06 / h, ou 6%/h tx pass de líquidos = taxa de diluição conteúdo não flui de forma uniforme partículas grandes ou pouco densas ficam no rúmen por mais tempo => maior tempo de digestão • Taxa de desaparecimento (Kt) • calculada a partir do consumo e da massa de ingesta P.e.: CMS = 8 kg MS/dia e rúmen com 50 kg de digesta, com 12% MS (6 kg MS no rúmen) Kt = 8 kg MS / 6 kg MS, em 24h = 1,33/24h = 0,055/h = 5,5%/h Kt > Kp pois inclui o desaparecimento por passagem e por digestão. Cinética ruminal • Taxa de digestão (Kd) • Diferença entre Kp e Kt Kd = Kt - Kp • Extensão de digestão • ED = ___Kd__ Kp + Kd Cinética ruminal • Passagem diferencial • Líquidos e sólidos não têm a mesma Kp partículas maiores são retidas por mais tempo Kp de fluídos, concentrados e forragens são influenciados pelo nível de consumo e teor de forragem na dieta Cinética ruminal Função ruminal • Digestão pelos microrganismos • produção de AGV AGV = fonte de energia para ruminante • produção de PMic Proteína de alto valor biológico Produção de AGV AGV e pH ruminal Alta atividade celulolítica. Alta prod. de saliva > 6.3 Crescimento bacteriano, eficiência de ferm. e taxa de passagem são lentos. C2 / C3 > 3.0. Dig. celulose e Dig. amido. 5.8 - 6.3 Crescimento bacteriano aumenta. Diminuição de produção de Saliva . C2 / C3 de 2.0 a 3.0. Digestão de Amido. Risco de Acidose. < 5.5 Baixa Produção de Saliva. S. bovis e Lactobacilos. C2 / C3 < 2.0 pH Atividade Ruminal Cinética ruminal Eficiência microbiana • g PMic / kg MOD • Depende de: • fonte de energia, disponibilidade de N, S, vitaminas e ambiente ruminal adequado (pH) • Acoplamento energético • sincronia entre as disponibilidades de energia e N CHO + PDR Produção de PMic EB ED EM EL 100% 70% 60% 30% Energia Consumo voluntário Consumo voluntário Consumo voluntário • Digestibilidade da FDN • 1 unidade na dig. FDN = 0,17 kg/dia no CMS Consumo voluntário • Controle metabólico • produtos de fermentação • reservas corporais Consumo voluntário Parede celular Parede celular Parede celular Parede celular Parede celular Digestibilidade CMS . Produção Pastejo Avaliação da qualidade OBRIGADO!! Prof. Dr. Junio Cesar Martinez martinez@unemat.br