Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
01/09/2009 1 Introdução ao estudo da Biologia Celular UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA Professora: Lucélia Coimbra Email: luceliacoimbra@yahoo.com.br Por que estudar citologia/histologia? Montagem de uma visão do organismo Organismo Sistemas Órgãos Tecidos Células • Células/tecidos: peças para a montagem do organismo • Anomalias ou problemas de saúde: para entendê-los é preciso conhecer o organismo • Isso significa que precisamos compreender cito/histo/fisiologia • ...artrite e articulação • ...aterosclerose e vasos sangüíneos • ...gastrite e estômago/leucócitos • ...esquizofrenia e cérebro • ...distrofia muscular de Duchenne e lâmina basal 01/09/2009 2 Nosso principal objeto de estudo: 100µµµµm D ia n a V ila s B o a s • A lâmina que vocês observarão no decorrer do curso demora HORASHORAS para ser confeccionada – Fixação: 24-72h – Inclusão: 4-5h – Microtomia (corte): 10min (variável) – Coloração: 1h • Por isso, é necessário que tenham cuidado com esse material Coleta de Material Consiste na obtenção do fragmento de órgão a ser estudado O fragmento de órgão ou tecido é retirado do animal/homem anestesiado ou necropsiado e recortado em fatias finas de no máximo 3 mm. 1a ETAPA: Fixação • OBJETIVOS: ▫ Evitar a autólise das células ▫ Impedir ação bacteriana ▫ Endurecer tecido (facilita corte) ▫ FORMOL � Forma pontes protéicas 2a ETAPA: Inclusão • Os tecidos são colocados em um bloco de parafina (ou outra resina) • O objetivo disso é proteger o tecido e facilitar o corte Bloco de parafina (ou resina) Pequeno fragmento do órgão 01/09/2009 3 • Desidratação - O material é imerso em vários banhos de álcool, em ordem crescente de concentração, até o álcool absoluto. • Diafanização – O material é imerso em xilol, para clareamento. • Imersão em parafina – O material é mantido em parafina líquida, a 58 graus (em estufa), por tempo determinado. Inclusão A inclusão consiste em colocar o corte em fôrma, cobrindo-o com parafina líquida, que se fundirá à temperatura ambiente. Antes de incluir é necessário desidratar a peça, diafanizá-la e mergulhá-la em parafina líquida. 3 a ETAPA: Microtomia • Para que seja possível visualizar o tecido ao microscópio, cortes finos devem ser realizados • Para M.O.: cortes de 1-6µm • Para M.E.: cortes de 0,02-0,1 µm 1 µµµµm=10-3mm 4a ETAPA: Coloração TÉCNICAS HISTOLÓGICAS TÉCNICAS HISTOQUÍMICAS • Consideram o caráter de aci- dez ou basicidade da estrutura a ser corada • Corantes ácidos: ▫ Coram estruturas básicas (acidófilas, eosinófilas) ▫ Eosina, verde-luz, fucsina ácida • Corantes básicos: ▫ Coram estruturas ácidas (basófilas) ▫ Hematoxilina, azul de meti- leno • Maior especificidade e sensibi- lidade • Permitem a identificação de componentes específicos • Exemplos: ▫ Imunofluorescência ▫ P.A.S. ▫ Alcian blue ▫ Feulgen Técnicas Histológicas O termo “Técnicas Histológicas” refere-se ao conjunto de metodologias empregadas para a obtenção de material biológico para estudo ao microscópio. Hematoxilina Azul de toluidina Fucsina Hematoxilina e eosina (HE) 01/09/2009 4 Astrócito 4a ETAPA: Coloração TÉCNICAS HISTOLÓGICAS TÉCNICAS HISTOQUÍMICAS • Consideram o caráter de aci- dez ou basicidade da estrutura a ser corada • Corantes ácidos: ▫ Coram estruturas básicas (acidófilas, eosinófilas) ▫ Eosina, verde-luz, fucsina ácida • Corantes básicos: ▫ Coram estruturas ácidas (basófilas) ▫ Hematoxilina, azul de meti- leno • Maior especificidade e sensibi- lidade • Permitem a identificação de componentes específicos • Exemplos: ▫ Imunofluorescência ▫ P.A.S. ▫ Alcian blue ▫ Feulgen • P.A.S. (Periodic acid Schiff) – Evidencia o glicogênio – Coloração avermelhada • Feulgen – Cora DNA (RNA não se cora) • Alcian blue – Cora glicoproteínas • Fluorescência – Associação com anticorpos – Coram substratos específicos Em verde: microtúbulos HE Consiste em mergulhar a lâmina contendo o corte no(s) corante(s), de acordo com o que se deseja corar; Na montagem, uma gota de resina é colocada sobre a lamínula e esta é pressionada sobre a lâmina, protegendo o corte histológico. Coloração e Montagem Corantes 01/09/2009 5 Planos de corte MicroscopiaMicroscopia • Óptica, eletrônica, contraste de fase, confocal Símbolo Unidade de medida Valor µµµµm micrômetro 0,001 mm nm nanômetro 0,001µµµµm Ocular Objetiva Aumento 10 x 10x (pequeno aumento) 100x 10 x 40x (grande aumento a seco) 400x 10 x 100x (imersão em óleo) 1.000x LR= Kλλλλ/AN 1873- Ernst Abbe: “difference between magnification and resolution” Microscopia: unidades e magnificações LIMITE DE RESOLUSÃO Microscopia óptica (campo claro) • Tecidos fixados e corados (como mostrado previamente) • Utilização de corantes (diversos tipos) • Coloração mais comum: HE (hematoxilina e eosina) 100µµµµm Microscopia óptica (campo claro) 1. Ocular 2. Objetivas e revólver 3. Platina 4. Charriot 5. Macrométrico 6. Micrométrico 7. Diafragma do condensador 8. Condensador 9. Botão do condensador 10. Parafusos centralizadores do condensador 11. Fonte de luz 12. Controle da iluminação Microscopia de contraste de fase • Campo escuro • Células vivas 01/09/2009 6 Microscopia eletrônica TRANSMISSÃO VARREDURA Microscopia eletrônica Alta resolução!!! 0, 005 nm Emprega feixes de eletróns CEMEL/UFMG CEMEL/UFMG Microscopia confocal • Imagem muito nítida • Corantes fluorescentes • Permite reconstituição 3D 20X 100X Células epiteliais cultivadas, coradas em azul (núcleo), verde (microtúbulos), e vermelho (actina)