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2� Bimestre/Cont. AULA 1 - A evolu�_o dos processos e equipamentos.ppt
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A evolução dos processos e equipamentos
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COLÓDIO, 1851 Em 1850 e em novembro de 1851, Frederick Scott Archer, escultor londrino, fez experiências com uma placa de vidro coberta com algodão-pólvora dissolvido em éter, uma solução chamada colódio (do grego: kollodes = grudento). O algodão-pólvora dissolvido em álcool e em éter forma uma substância líquida com consistência de verniz. Este processo pôde superar a todos os outros, pois tinha uma sensibilidade muito maior
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FREDERICK SCOTT ARCHER
Em 1851, o escultor britânico FREDERICK SCOTT ARCHER (1813-1857), desenvolve o processo de negativo em vidro chamado: COLÓDIO ÚMIDO – negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. Tal processo, tinha mais sensibilidade à luz, era 20 vezes mais rápido que os anteriores, reduzindo o tempo de exposição para dois ou três segundos (melhorando a qualidade do negativo e abrindo novos horizontes para a fotografia). Os negativos apresentavam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. O fotógrafo tinha que sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem logo depois.
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Colódio Úmido, procedimento fotográfico criado no ano 1851 por Scott Archer. o método supoe a utilização do “Colodión”, uma especie de verniz que se aplica a placas de vidro e sobre éste se extende a emulsão química. A utilização de cristal, superficie transparente e polida, permite a obtenção de imágens nítidas em negativo ou, incluso, positivo. Se evitam assím as imperfeições do papel de calotipo.
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colodión “húmedo” porque a placa tem que permanecer úmida durante todo o processo toma y revelado de las imágenes. Esto suponía que los fotógrafos tenían que llevar consigo el laboratorio fotográfico a fin de preparar la placa antes de la toma y proceder a revelarla inmediatamente. Se generalizó así el uso de tiendas de campaña y carromatos reconvertidos en laboratorios a oscuras para los fotógrafos que trabajaban en el exterior.
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Army Post Office tent in Virginia during the Civil War. Collodian picture taken April 1863 by Timothy O'Sullivan.
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AMBRÓTIPO, 1851 O ambrótipo era uma aplicação do processo do colódio líquido e foi inventado por Frederick Scott Archer em 1851. A palavra deriva de dois termos gregos: Ambros significa durável, eterno, e typos significa impressão, imagem. O ambrótipo era uma placa coberta com colódio líquido, exposta, revelada e então pintada, na parte de trás, com tinta preta, para fazer com que a imagem negativa parecesse positiva. A desvantagem do ambrótipo era que cada positivo em vidro era único, já que o negativo e o positivo eram o mesmo. Esse formato se adaptou particularmente bem aos retratos de família.
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ambrótipo
Processo que empregava negativos de vidro de colódio úmido, subexpostos e montados sobre fundo negro para produzir o efeito visual de positivos. Concebido pelo inventor do processo de colódio úmido, o inglês Frederick Scott Archer (1813-1857) em 1851, em parceira por Peter W. Fry, sendo mais tarde aperfeiçoado por James Ambrose Cutting (1814-1867) como uma opção mais barata para o daguerreótipo, o ambrótipo era apresentado nos mesmos estojos luxuosos. Muito empregado para retratos entre 1850 e 1860, o ambrótipo tinha a mesma denominação - derivada do grego ambrotos (imortal) e typos (imagem) - na Inglaterra, nos Estados Unidos e aqui no Brasil, sendo ocasionalmente denominado de melanótipo no continente europeu
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FERRÓTIPO, 1852 Este processo foi descrito pela primeira vez num relatório apresentado por Adolphe Alexandre Martin, em julho de 1952, à "Société d'Encouragement L'Art et A L'Industrie". Era uma variação do processo do colódio: ao invés de uma placa de vidro, era usada uma placa de latão com esmalte preto, mas o restante do processo era o mesmo: a placa era preparada com colódio, sensibilizada, exposta e revelada. Esse processo produzia uma única imagem positiva sobre uma base de metal. Era um processo barato, que se tornou muito popular entre fotógrafos de parques de diversão, que precisavam de resultados imediatos.
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Os Tintypes, ou Ferrótipos, foram inventados em 1856, em Ohio, por um professor de química e física. Tal qual o daguerreótipo, o Ferrótipo era seguro sobre placa de metal exposta na câmera, sendo que o metal era ferro em vez de cobre, laqueado com um verniz japonês preto em vez de coberto com prata. Como as placas de vidro do Ambrótipo, a placa do Ferrótipo era sensibilizada com colódio antes da exposição da câmera.
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PLACAS GELATINOSAS 1871: primeiras fórmulas de trabalho pelo Dr. R. L. Maddox 1874: primeiras placas secas 1878: Charles E. Bennet consegue um método de maior sensibilidade. Sais de prata foto-sensíveis são suspensas em gelatina, um material que nunca seca completamente. 1880: estas placas são largamente usadas e substituem completamente o processo do colódio líquido
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Maddox e sua emulsão de gelatina e brometo de prata
Em setembro de 1871, um médico e microscopista Inglês, Richard Lear Maddox, publicou no British Journal of Photography suas experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 180 vezes mais lenta que o processo úmido, mas com o novo processo aperfeiçoado e acelerado por John Burgess, Richard Kennett e Charles Benett, a placa seca de gelatina estabelecia a era moderna do material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais.
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Fotógrafo ciclista itinerante - por volta de 1870
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1871 - Richard Leach Maddox, médico inglês, inventa a placa seca usando emulsão de gelatina e brometo de prata. fixa o brometo de prata em uma suspensão gelatinosa, criando assim o processo de chapas secas. O processo que substitui o colódio úmido é publicado no British Journal of Photograph, em setembro. De início o processo tem a desvantagem de ser mais lento, mas logo é aperfeiçoado e cria-se a placa seca de gelatina e com produção industrial. A partir de então foi possível fotografar o movimento (tempo de exposição: 1/2 segundo) e o design das câmeras é aprimorado, ou seja, ficam menores, mais leves e mais próximas ainda das pessoas.
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Com a introdução da gelatina seca, as variedades de câmeras foram lentamente se reduzindo e se adaptando ao novo suporte. Entre 1880 e 90, três tipos de câmera eram majoritárias:
Câmera com chassis. Em geral vinham com 10 chapas, cada qual num chassis individual.
Câmera com compartimento interno que guardava 12 chapas ou 40 folhas de película.
3. Câmera reflex de uma ou duas objetivas. Todas incorporavam um espelho fixo colocado a um ângulo de 45 graus da objetiva, refletindo a imagem num vidro polido localizado na parte superior da câmera.
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Fotografia para todos Para chegar ao público, Eastman decidiu fabricar um novo tipo de câmara. Esta, introduzida em 1888, foi a primeira câmara Kodak. Era do tipo "caixão", leve e pequena, carregada com um rolo de papel para 100 exposições. O preço da câmara carregada, estojo e correia era de 25 dólares. Uma vez feita a exposição, se enviava a câmara a Rochester, onde o rolo exposto era retirado, processado, feitas as cópias e colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares. Isto foi uma mudança radical na política da empresa. O porta-rolo havia sido imposto no sistema fotográfico. A câmara Kodak havia criado um mercado completamente novo e transformado em fotógrafos aqueles que só
queriam tirar fotos e não tinham nenhum conhecimento da matéria. Qualquer um podia "apertar o botão" e a companhia do Sr. Eastman "fazia o resto". Eastman continuou experimentando para substituir a base de papel. Contratou um jovem químico que fez soluções de nitrocelulose em vários solventes e chegou a produzir uma base de película flexível e resistente. Em agosto de 1889 saíram para venda os primeiros rolos de película transparente.
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Em 1888, George Eastman lançou a primeira Kodak com filme de rolo. Uma caixa de madeira com 16x9x9cm, com objetiva retilínea de foco fixo que dava definição nítida de qualquer objeto situado a mais de 3 metros, diafragma e velocidade fixos - e o maior atrativo, que impossibilitou a concorrência, a inovação expressa no slogan da Kodak: "Aperte o botão e nós faremos o resto".
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A POPULARIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA. Em 1888 foi inventada por George Eastman a primeira câmera fotográfica portátil, a KODAK. Essa câmera vinha com um rolo de filme que possibilitava fazer 100 fotos. Depois de terminado o filme as pessoas enviavam para a empresa Eastman KODAK em Nova York, a câmera completa. Lá o filme era revelado, ampliado e devolvido por correio para o cliente, junto com sua câmera com um novo rolo de filme dentro. O processo muito barato, e a simplicitadade de operar a câmera, popularizaram a fotografia amadora.
2� Bimestre/MOVIMENTOS ARTISTICOS.pdf
Para Santoro, "as obras de arte podem e devem
suscitar emoções e comoções pelas ações
representadas, de modo que quem as contemple venha
a experimentar sentimentos perturbadores como os de
angústia e de horror. A beleza mais sublime pode
produzir vertigem e mesmo ferir. Mas essa dor,
profundamente sentida na beleza, paradoxalmente, não
repugna, mas atrai, não destrói, mas purga e purifica".
http://www.areliquia.com.br/especialpensamento.html
Renascimento sec. XIV a XVI
Idade média
Teocentrismo – “Deus é o centro de tudo”
A verdade deve ser encontrada nas
tradições da sociedade medieval, no
que estava escrito na Bíblia, na
autoridade da Igreja e dos autores
antigos e consagrados (Aristóteles, São
Tómas de Aquino)
O ser humano é visto com certo desprezo
porque é um pecador,merecemos sofrer
porque somos pecadores.
Apenas alguns padres e monges sabem ler e
escrever livros que são feitos a mão A cultura
não é escrita
Idéias ligadas ao domínio cultural da Igreja Católica
A vida material é pouco importante O que é precioso
é a salvação da alma.
Tudo o que acontece é pela vontade de “Deus”.
As pessoas devem se conformar com o mundo tal
como “Deus” que o fez .
A razão deve estar subordinada a fé
Antropocentrismo – “ O ser humano no centro das
atenções
A verdade sobre a natureza deve ser obtida por
meio da experiência da observação,guiadas pelo
uso da razão ( do raciocínio)
O homem é a mais perfeita das criaturas de
Deus (“feito à sua imagem e semelhança”),
capaz de fazer coisas maravilhosas:
máquinas, prédios, pinturas
A invenção da imprensa torna os livros mais
baratos e populares. Cresce o número de pessoas
alfabetizadas
Muitos intelectuais não fazem parte da igreja. Suas
obras estão ligadas a vida ativa e variada das
cidades
Os fenômenos da natureza devem ser explicados
pela própria natureza.
O homem pode e deve ser o criador, o aventureiro
e o dominador da natureza
O renascimento continua cristão mas a fé é
subordinada a razão
VAN EYKE
1434. A obra exibe o então rico comerciante
Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna
Cenami, que se estabeleceram e prosperaram
na cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre
1420 e 1472. Nos dias de hoje, os
historiadores da arte discutem exatamente a
imagem que o quadro representa; a tese
dominante durante muito tempo, introduzida
por Erwin Panofsky em um ensaio de 1934,
assegura que a imagem corresponde ao
matrimônio de ambos, celebrado em segredo
e testificado pelo pintor.
Birth of Venus (1485) and Primavera (1478).
• Todas representam as Três Graças, servas da deusa do Amor. Na versão clássica
(à esq.) são dançarinas robustas idealizando a beleza humana Na Idade média as
Graças (no meio) tornam-se planas e sem corpo e os humanistas denunciaram a
obra como "uma caricatura do corpo humano". No século XV, Sandro Botticelli, na
sua arte que irradiava o espírito do Renascimento fez sua famosa versão das Três
Graças (à dir.) restituindo seus movimentos joviais acrescentando a elegância,
beleza, graça e sofisticação da época
RUBENS 1635
barroco
Antonio Canaletto
Em 1665, Antonio Canaletto (1697 - 1768) utiliza uma câmara escura dotada de
um sistema de lentes intercambiáveis como meio auxiliar de desenhos de vistas
panorâmicas.
BARROCO séc. XVII a XVIII
(1600-1750 )
• Com o intuito de despertar
emoções no espectador, o
barroco expressou-se pelo gosto
das curvas e contra-curvas, das
espirais e dos movimentos
ascendentes com predomínio
das linhas diagonais. Da mesma
forma, a utilização de fortes
contrastes de claro e escuro
para enfatizar a luz e a cor
vieram se somar à
dramaticidade dos êxtases dos
santos - todos como elementos
geradores de emoções
intensas. A arquitetura -
totalmente integrada com a
pintura e a escultura - recorre às
colunas torsas acrescidas de
elementos escultóricos e à
pintura ilusionista dos tetos para
melhor se exprimir.Eis aí os
componentes da teatralidade
barroca.
• A Lição de Anatomia do Dr. Tulp
Rembrandt Harmenszoon van
Rijn, 1632
O conceito de iluminação surgiu já no século XVII com o famoso
pintor Rembrandt que pintava como se estivesse
fotografando, pois de acordo com (Arnheim, 2000: 315)
“Rembrandt realça a luminosidade, evitando detalhes nas áreas
de mais alta claridade, num sentido mais didático, a iluminação
tende a guiar a atenção seletivamente de acordo com o
significado desejado.
• Rembrandt A ronda noturna
Explica de forma mais detalhada Dondis sobre a técnica utilizada por
Rembrandt:
A intensificação vai ainda mais longe que a mera justaposição de elementos
díspares, consiste em uma supressão do superficial e desnecessário, que por
sua vez leva ao enfoque natural do essencial, Rembrandt utilizou este método
no desenvolvimento de sua técnica do claro-escuro, o nome dessa técnica,
portanto vem da combinação de duas palavras italianas: chiaro e scuro, são
esses os elementos que ele usa, a claridade e a obscuridade. Em suas telas
Rembrandt destacava os tons intermediários para realçar seu tema com um
aspecto majestoso e teatral, onde a incrível riqueza dos resultados é um
argumento tão forte para o entendimento e a utilização do contraste quanto
quaisquer outros que possam ser encontrados em qualquer nível, no corpo da
obra visual. (1997: 119).
• As obras barrocas romperam o
equilíbrio entre o sentimento e a
razão ou entre a arte e a ciência,
que os artistas renascentistas
procuram realizar de forma muito
consciente; na arte barroca
predominam as emoções e não o
racionalismo
da arte
renascentista.
É uma época de conflitos
espirituais e religiosos. O estilo
barroco traduz a tentativa
angustiante de conciliar forças
antagônicas: bem e mal; Deus e
Diabo; céu e terra; pureza e
pecado; alegria e tristeza;
paganismo e cristianismo; espírito
e matéria.
• Suas características gerais são:
* emocional sobre o racional; seu
propósito é impressionar os
sentidos do observador, baseando-
se no princípio segundo o qual a fé
deveria ser atingida através dos
sentidos e da emoção e não
apenas pelo raciocínio.
* busca de efeitos decorativos e
visuais, através de curvas,
contracurvas, colunas retorcidas;
* violentos contrastes de luz e
sombra;
* pintura com efeitos ilusionistas,
dando-nos às vezes a impressão
de ver o céu, tal a aparência de
profundidade conseguida.
• Johannes Vermeer
1671 Lady Writing a Letter with Her Maid
Elevação da Cruz, 1610
Peter Pauwel Rubens
• composição em diagonal;
• movimentação e síntese das
formas;
• contraste claro-escuro;
• colorido intenso;
• intensidade na expressão dos
sentimentos (de angústia e de
dor);
• realismo (inspiração popular);
• tensão
Traços do estilo barroco: a iluminação
teatral, o céu escuro e Cristo banhado
em uma profusão de luz. A forma é
curvilínea, conduzindo à figura central de
Cristo. É um tema trágico que induz a
reação emocional. A cabeça, pendida
para um lado, o corpo caído, tudo evoca
o peso da morte.
Descida da Cruz,
Peter Pauwel Rubens,
1611 e 1614
•Baseando-se na concepção sustentada pela Contra-Reforma, de que a fé era acessível a todos, Caravaggio tornou-se um
grande inovador na época.
O pintor usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação. O “chiaroscuro” captura as emoções e intensifica
o impacto da cena por meio dos contrastes de luz e sombra. A Ceia em Emaús, de Caravaggio
Erwin Olaff
• O pintor forra o fundo de um negro obscuro, incidindo sobre os primeiros planos focos
intensos de luz, especialmente nos detalhes e nos rostos. Esta corrente pictórica,
caracterizada pelo vigor dos contrastes de sombra e luz, só foi possível alcançar na
pós-produção, com a técnica de color grading.
• Em suas últimas obras, observamos que as vestimentas pitorescas e a natureza morta estão
quase ausentes; porém, não despreza o pormenor de um rendilhado de uma peça de vestuário o
grão de uma peça de madeira ou o gume afiado de uma lâmina de espada.
Esses detalhes correspondem às pequenas coisas que o olho registra em momentos de crise,
refletindo dessa maneira o realismo psicológico do ser humano
E o monumental afresco Vocação de São Mateus , que pinta na Igreja de São Luís dos Franceses, na barroca e imensa Praça do Povo, pode ser comparada aos de Piero della Francesca em
Arezzo ou aos de Michelangelo no Vaticano. Como Deus animando Adão na obra de Michelangelo para a Capela Sistina, Jesus aponta para o velho e barbudo Mateus, ordenando que O siga. E
tudo se passa num botequim, em meio a um prosaico jogo de cartas: estupefação geral perante essa heresia, como se os apóstolos não fossem buscados nos refúgios de sua humílima condição
social. Há uma singular variedade de expressões: a dúvida de Mateus quanto ao endereço do chamado, a expectativa dos jovens à direita, a indiferença do outro à esquerda, absorto no jogo. Há
uma serenidade levemente desfeita pelo apelo da mão.
ROCOCO
Rococo1730 / 1800
•
O homem do rococó é um cortesão,
amante da boa vida e da natureza.
Vive na pompa do palácio, passa o
dia em seus jardins e se faz retratar
tanto luxuosamente trajado nos
salões de espelhos e mármores
quanto em meio a primorosas
paisagens bucólicas, vestido de
pastorzinho.
As cores preferidas são as claras.
Desaparecem os intensos vermelhos e
turquesa do barroco, e a tela se enche
de azuis, amarelos pálidos, verdes e
rosa.
As pinceladas são rápidas e suaves,
movediças.
A elegância se sobrepõe ao realismo.
As texturas se aperfeiçoam, bem
como os brilhos.
Existe uma obsessão muito particular
pelas sedas e rendas que envolvem
as figuras.
Os retratos de Nattier e as cenas
galantes de Fragonard são as obras
mais representativas desse estilo.
1789
• Período Neoclassico
NEO
CLASSICISMO
1800 a 1830
•
•1835
ROMANTISMO
ROMANTISMO
ESTILO ROMANTICO1790 a 1850
• O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente
intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de
governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir
com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social
imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras.
A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.
• No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em
1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a
campanha abolicionista.
• No estilo Romantico, as formas do Rococó retornam adaptadas,
principalmente para o guarda-roupa feminino. Esse período, de
aproximadamente 25 anos, é marcado pela utilização da crinolina, a
enorme armação de arame das saias.A partir de 1850 A silhueta de
uma mulher da nobreza adota quase uma forma de meia esfera.
Mais uma vez, a maneira de se vestir identifica a condição social que
se tem, a começar pela grande quantidade de matéria-prima
utilizada para confeccionar este tipo de roupa.
• A busca pelo exótico, pelo
inóspito e pelo selvagem
formaria outra característica
fundamental do Romantismo.
• Exaltavam-se as sensações
extremas, os paraísos
artificiais, a natureza em seu
aspecto mais bruto.
• Lançar-se em "aventuras" ao
embarcar em navios com
destino aos pólos, por
exemplo, tornou-se uma forma
de inspiração para alguns
artistas.
• O pintor inglês William
Turner refletiu este espírito em
obras como Naufrágio (ao lado)
onde a ação da natureza é
usado como forma de atingir
os sentimentos supracitados.
• Para saber
mais:http://resistirelibertar.blogspot.com/2009/11/theodo
re-gericault-e-pintura-romantica.html
Dentre as características deste
momento da historia cultural e artística
temos:
•
• O Romantismo, passa a designar toda uma visão de
mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se
cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores
trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi
marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do
século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela
emoção e pelo eu. E também celebrava o misticismo, a beleza
convencional e a evocação dos feitos históricos,
• Enquanto o Classicismo observava a realidade objetiva, exterior, e a
reproduzia do mesmo modo, através de um processo mimético, sem
deformar a realidade, o Romantismo deforma a realidade que, antes
de ser exposta, passa pelo crivo da emoção.
• Ingres soube registrar a
fisionomia da classe burguesa
do seu tempo, principalmente
no gosto pelo poder e na sua
confiança na individualidade.
• Amante declarado da
tradição.
Ingres passou a vida
brigando contra a vanguarda
artística francesa
representada pelo pintor
romântico Eugène Delacroix,
contudo foi Ingres, e não o
retórico e inflamado Delacroix,
o mais revolucionário dos
dois.
• A modernidade de Ingres está
justamente na visão
distanciada que tinha de seus
retratados, na recusa a
produzir qualquer julgamento
moral a respeito deles, numa
época em que se consumava
o processo de aliança entre a
nobreza e a burguesia.
• O detalhismo também é uma
das suas marcas registradas.
Seus retratos são
invariavelmente enriquecidos
com mantos aveludados,
rendas, flores e jóias.
Comtesse de
Haussonville
(1845)
• Odalisca (1857) DELACROIX
Podemos analisar e comparar o estilo neoclássico com o Romantico
através das pinturas das odaliscas de Ingres Gran odalisque(
neoclássico) e Delacroix (romantismo) , onde a primeira reflete ao
estilo de pintura a que o movimento se propõe, através da busca
intensa da imagem real e a preocupação em reproduzir fielmente a
cena da forma que ela está acontecendo naquele momento (diria até
de forma fotográfica), é o que transmitem os detalhes do
ambiente, com o realce dos objetos e acessórios que compõem o
quarto lembram o estilo grego, utilizado no período clássico, e
contrastam com a luminosidade da figura central, a odalisca, na
qual revela o padrão de beleza considerado da época, a posição da
odalisca apesar do nu, considerado um tanto ousado para a época,
transmite uma atitude reservada, tem um olhar desconfiado, e se
restringe a sua própria exposição.
Já na odalisca do período romântico, Delacroix, percebemos uma
outra visão adotada no período, não há mais preocupação em
relatar fielmente a realidade, os traços são levado para o lado da
pintura, se utilizando de pinceladas borradas, o ambiente não é
“enfeitado”, não há preocupação com comportamentos ou
arrumações, o uso do vermelho e de sombras no ambiente passam
uma sensação de clima quente, o que faz com que a odalisca,
juntamente com o ambiente se torne um todo, ao em vez de se
contrastar como figura central, sua posição nos transmite uma
atitude espontânea, sem preocupação com sua própria exposição,
diria que ela se sente a vontade por estar ali.
Eugene Delacroix, 1830
ERA
Vitoriana
1837-1901
ERA
Vitoriana
• “Num recorte antropológico, a crinolina certamente possuía uma relação simbólica com a época em que
floresceu. Simbolizava a fertilidade feminina, como um aumento do tamanho aparente dos quadris parece sugerir.
Essa foi uma época de famílias grandes e, uma vez que a taxa de mortalidade infantil não era tão alta quanto em
épocas anteriores, a população da Inglaterra cresceu rapidamente. Em outro sentido, a crinolina era um símbolo
do suposto distanciamento das mulheres. A saia rodada parecia dizer que os homens não podiam se aproximar,
nem para beijar a mão da mulher. Mas é claro que esse distanciamento era uma grande enganação. A saia
rodada era um instrumento de sedução”.[1]
• 1819-1901Educada em
alemão e sem nunca
conseguir falar inglês
perfeitamente, a mulher
de ar sisudo foi alvo de
cinco atentados em seus
primeiros anos de
gestão.
• Apesar da antipatia de
seu povo, em seus 63
anos de reinado (o mais
longo do país) a
Inglaterra tornou-se
símbolo de prosperidade
militar, industrial e
política.
Retrato da
Princesa
de Broglie
(1853)
Pre-
rafaelitas
1848
• Os pré-rafaelitas, com sua filosofia,
abalaram o cenário artístico de Londres.
Mas a Irmandade
rompeu-se no fim de 1854. A esta época
todos os membros já desenvolviam uma
obra individual, mas jamais deixaram de
aplicar as características pré-rafaelitas
em seus quadros.
Leia
mais: http://obviousmag.org/archives/20
10/09/a_irmandade_pre-rafaelita_-
_a_arte_pela_arte.html#ixzz1GW1JgGP
R
Julia Margareth Cameron
REALISMO
• O REALISMO surge em meados do sec XIX, (1848 a 1875) registra a realidade
física do mundo por meio da objetividade científica e crua, inspirado pela vida
cotidiana e pela paisagem. A pobreza, miséria e desespero estavam para ser o
destino do novo PROLETARIADO criado pela "revolução". Em resposta a estas
mudanças acontecendo na sociedade, o realismo procurou retratar acuradamente as
condições e dificuldades das classes populares na esperança de alterar a sociedade.
Para o movimento, o artista deve representar o seu tempo, sem no entanto tomar um
partido definido: deve retratar os pontos que considerar adequados, denunciando-os
à sociedade. Em contraste com os românticos, que eram essencialmente otimistas
com o destino humano, o realismo retratou a vida nas profundidades de uma terra
urbana sem ordem. O conteúdo de crítica social das obras e um erotismo mais
explícito causam forte reação na crítica e no público. Entre as principais pinturas
estão Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré
Daumier; e Almoço na Relva, de Édouard Manet.
.
A representação realista, quando comparada a uma pintura romântica,
não apresenta fortes expressões faciais; há preocupação com a
exatidão do desenho e uma preocupação excessiva com o acabamento
do quadro.
O pai do movimento realista(1.850) foi Gustave Courbet ( 1819
- 77 ). Ele insistiu que "a pintura é essencialmente uma
arte concreta e tem de ser aplicada às coisas reais e
existentes". Quando lhe pediram que pintasse anjos,
respondeu: "Nunca vi anjos. Se me mostrarem um, eu pinto
".
No Brasil, os realistas surgiram apenas nas décadas finais do séc. XIX. O Realismo serviu como contraponto ao Classicismo e ao Romantismo,
movimentos artísticos caracterizados por obras que idealizavam a vida. Os realistas buscavam a objetividade, procuravam não distorcer a realidade.
• Contudo, até mesmo a obra realizada segundo o mais coerente Realismo era resultado da observação e do julgamento pessoais.
Características da pintura realista:
* Representação da realidade com a mesma
objetividade com que um cientista estuda um
fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava
representar o mundo de maneira documental;
• Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a
natureza, pois a beleza está na realidade tal qual
ela é;
*Revelação dos aspectos mais característicos e
expressivos da realidade.
Apesar do preconceito de alguns
pintores em relação à fotografia, vários
se baseiam em fotos para pintar, como
os franceses INGRES e DELACROIX
e, posteriormente, muitos
impressionistas.
• Antes de começarmos a pensar e a falar sobre as Vanguardas Artísticas, é necessário
elaborar um breve panorama histórico sobre os fatores que possibilitam seu surgimento na
primeira metade do séc. XX. Para isso, retornaremos um pouco mais no tempo para
compreender as origens e os anseios que surgirão posteriormente na história da arte. Em
meio a um contexto de crise econômica, a França viveu em 1848 uma nova onda
revolucionária, e logo percebeu a importância que as forças populares
teriam em seu
movimento, como fator decisivo para a vitória. Nesse momento, o movimento ganha
reivindicações de caráter social, além das político-econômicas, como a defesa de um regime
democrático e constitucionalista, em conjunto com as demais propostas de nacionalismo e
liberalismo. O caráter ideológico contrário ao Antigo Regime conseguiu, neste momento, unir
grupos de origens sociais muito distantes. É a partir dessa união ideológica que surge o
Realismo, uma arte de vanguarda que considera a realidade como problema central, uma
vez que é ela quem determina a vida humana. Os quadros do realismo procuram expressar o
ser humano como um ser histórico, produtor e produto do meio em que vive. Há uma rejeição
do Romantismo, considerado descompromissado com a realidade humana na medida em
que celebrava o misticismo, a beleza convencional e a evocação dos feitos históricos, em
vez das pessoas comuns. O Socialismo Científico associa-se com o Realismo artístico (o
ser humano é o centro de tudo). A crise deste movimento começa a ser observada após a
derrota da experiência revolucionária da Comuna de Paris (1871), onde ocorre uma
desagregação do realismo, uma vez que seus adeptos ativamente participavam da, ou
simpatizavam com, a Comuna (principalmente os grandes mestres realistas). A burguesia, já
então fortalecida, tende ao conservadorismo e acaba se afastando ideologicamente do
restante dos movimentos sociais populares, rompendo a união realizada anteriormente O
resultado disso é a desvalorização do Realismo e a valorização de uma arte não tão
comprometida com as causas sociais: surge então o Impressionismo. O fortalecimento
econômico, político e social da burguesia fez com que esta percebesse que, se o Realismo
continuasse a ser valorizado, cedo ou tarde o restante da população se voltaria contra ela,
atribuindo à burguesia a causa das mazelas vividas pelas classes mais baixas (a realidade
precisava ser ocultada). A Realidade continua a ser retratada nas obras Impressionistas, só
que de maneira superficial (a partir da impressão que o artista tem desta).
Impressionistas 1880 a 1900
pictorialismo
“O Pictorialismo surgiu na segunda metade do século XIX com a
tentativa de elevar a fotografia à categoria de arte. Os
fotógrafos pictorialistas tentavam através das suas imagens fazer
uma aproximação à pintura, manipulando muitas vezes as
fotografias à mão, alterando a granulação, os tons, modificando
ou suprimindo elementos de forma a assemelhar as fotografias a
pinturas ou aquarelas. Se, por um lado, a fotografia perdia sua
relação com o real, por outro, o fotógrafo começava a ser visto
como criador de uma realidade. A fotografia era deste modo, a
realidade segundo o ponto de vista do fotógrafo.”
Ao analisarmos a fotografia de Felix Nadar, é impossível não
perceber as características do pictorialismo e a semelhança com a
pintura. As cenas montadas especialmente para aquele registro, o
olhar meio distante, um pose sem muita significância. Vale
lembrar que os primeiros retratos foram extensões de poses já
transcritas pela pintura. O que diferenciava a fotografia da
pintura era a exatidão que a fotografia proporcionava, pois o
resultado era exatamente o que se via.
Lichfield Cathedral, West Porch, c.1858
Roger Fenton, 1819 - 1869
Albumen print from wet collodion negative
• O movimento pictorialista eclodiu na França, na
Inglaterra e nos Estados Unidos a partir da década
de 1850, congregando os fotógrafos que
ambicionavam produzir aquilo que consideravam
como fotografia artística, capaz de conferir aos seus
praticantes o mesmo prestígio e respeito grangeado
pelos praticantes dos processos artísticos
convencionais. O problema é que essa ânsia de
reconhecimento levou muito dos adeptos do
pictorialismo a simplesmente tentar imitar a
aparência e o acabamento de pinturas, gravuras e
desenhos ao invés de tentarem explorar os novos
campos estéticos oferecidos pela fotografia. Por esta
razão, este movimento, que perdurou basicamente
até a década de 1920, foi estigmatizado durante
muito tempo
• Nadar (Gaspard-Félix Tournachon)
• Lewis Carroll
• Roger Fenton
• Mathew B Brady
• Julia Margareth Cameron
• Henry Peach Robinson
• Peter Henry Emerson
• Anthony Samuel Adam-Salomon ( iluminação
rembrant)
Two Ways of Life - O G Rejlander- December 1857
• No centro do palco um sábio barbudo(1) guia 2 jovens através da soleira da maturidade. O jovem da esquerda
(2) é tentado por uma vida de dissipação, simbolizada por sereias(3), cumplicidade (4), jogadores (5), uma
velha prostituta (6), vadios (7), e uma bacante (8). à direita o jovem de altos princípios morais é atraido por
penitentes (10), um grupo de trabalhadores (11), uma família mostrando as alegrias do casamento (12), o
conhecimento (13) e as boas profissões (14). Entre os grupos está um nú, a figura velada do arrependimento
(15), trocando a má pela boa conduta.
December 1858: 27 photographs for £7 15s 0d.
- March 1859: 32 photographs for £6 14s 6d.
1859
HP Robinson
Portrait of Oscar Wilde, New York (1882) . Napolean Sarony Julia Margaret Cameron Paul and Julia 1864 Albumen print from a collodion-on-glass negative
Xie Kitchin, 1870
Alice Liddell (right) and sisters
TIMOTHY O'SULLIVAN (1840-1882)
"Aboriginal Life among the Navajoe Indians, near Old Fort Defiance, N.M. [sic]," 1873.
Albumen print. Princeton Collections of Western Americana. Purchase, J. Monroe Thorington Fund
1874
albumen print, 20.4 x 27.3 cm
• Franz Liszt Blandine, fille de F. Liszt et Marie d'Agoult
Anthony Samuel Adam-Salomon
Peter Henry Emerson , decada de 1880
Os fotógrafos de guerra
• Roger Fenton (Guerra da Criméia
– 1855)
• Timothy O´Sullivan ( Guerra
civil norte-americana, 1861).
• Mathew B Brady
• — Patrocinado pelo
governo inglês, ROGER
FENTON, atendeu
encomendas oficiais
para registrar a
Guerra da Criméia
contra a Rússia (de
1853 a 1856, na
Península do Mar
Negro), onde fez
muitas fotografias
durante a primavera de
1855 – fotografou
durante quatro meses.
Para fazer seu
trabalho, transforma
uma carruagem puxada
por cavalos em quarto
escuro, onde revela as
chapas. Ao todo,
produz 360
fotografias. Realiza
assim a primeira
grande documentação de
uma guerra e dá início
ao FOTOJORNALISMO.
Roger Fenton
The Valley of the Shadow of Death 1855
Roger Fenton, Guerra da Criméia
Timothy O'Sullivan, Harvest of Death (4th July, 1863)
21st Michigan Infantry: Sherman's Volunteers, 1860s
Albumen Mathew B. Brady (American, 1823–1896)
1862.
Fotografia de movimento
EDWARD MUYBRIDGE
Etienne Jules Marey
São com os fotógrafos científicos de estudo de movimento que a imagem começa a ser
verdadeiramente captada em sequência:
Vamos contextualizar....
• O advento do moderno- Na literatura, a data do advento do MODERNO coincide
com a do surgimento da poesia em prosa de Charles Baudelaire e de Folhas
da relva de Walt Whitman, de 1855, o primeiro livro de poemas em verso livre.
• Nas artes plásticas, costuma-se situar o germinar da arte moderna do sec. XX
com os experimentos estéticos
realizados por PAUL CEZANNE nas décadas de
1870 e 80. A percepção do espaço pictórico estudado por Cézanne é considerado
um ponto de partida para a obra de diversos artistas vindouros.
• Cada uma das vanguardas que surgiriam nas décadas seguintes interpretariam de
formas diferentes esses estudos e os seguiriam de formas diversas.
• Movimentos vanguardistas eram aqueles que propunham uma nova
visão estética da arte.que ocorreram do período pós- impressionista
até antes da pós- modernidade
• Vanguardas europeias-É o conjunto de tendências que, numa determinada
época, se opõem às tendências CULTURAIS, principalmente no campo das artes,
tais manifestações artísticas surgiram em torno da 1º Guerra Mundial,
compreendendo o período que a antecedeu e o período que a sucedeu - quando
então o mundo já se preparava para a 2º Guerra Mundial.
• 1848: Movimentos de 1848
• Meados do séc XIX: Realismo
• 1871: Comuna de Paris
• Final do séc XIX: Impressionismo
• 1904: Fauvismo
• 1905: Expressionismo
• 1909: Cubismo
1910: Futurismo
1914 - 1918: I Grande Guerra
1917: Dadaísmo
1922:Semana de Arte moderna no Brasil
1924: Surrealismo
1929: Crise de 1929
1939 - 1945: Segunda Guerra Mundiall
No Brasil
Os movimentos de vanguarda foram o GRUPO PAU BRASIL e o
MOVIMENTO ANTROPÓFAGO, que são reconhecidos
internacionalmente. O primeiro próximo do cubismo e do dadaísmo, o
segundo próximo do surrealismo, ambos com a mesma origem
primitivista de vários dos mais importantes movimentos vanguardistas
europeus. Várias tendências das vanguardas européias convergiram na
Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, tornada
como marco do MODERNISMO brasileiro.
: Eugène Atget, André
Kertész, Brassaï, Robert Doisneau, Cartier Bresson
André Kertész
Robert Doisneau - Les coiffeuses
Vamos relembrar..........
• No inicio houve um preconceito de alguns pintores em relação à fotografia, mas alguns
começaram a basear-se em fotos para realizar suas pinturas. Por outro lado entrando em
contraposição a idéia do pictorialismo os naturalistas vem com a idéia de defender a
fotografia direta sem manipulação ou artifícios mantendo uma imagem purista da fotografia.
• O pictorialismo recebia pressão dos dois lados, por um lado os pintores que defendiam a
pintura artística e por outro lado os naturalistas que defendiam a fotografia pura, a visão
pictorialista era unir a fotografia com a pintura para que através da fotografia tratada e
pintada pudesse criar um novo estilo, com uma qualidade fiel do cenário.
NO ENTANTO......
• O sec xx traz uma nova visão de mundo!!!!!!!
NAS ARTES, surgem os movimentos de
vanguarda ....Também na fotografia
ocorrem mudanças.
SURGE A FOTO-SECESSÃO
FOTO-SECESSÃO
Uma associação de fotográfos fundada nos
EUA em 1902 que durou até 1916 por ALFRED
STIEGLITZ com colaboração de STEICHEN.
Eles lutaram para que a fotografia pudesse
ser considerada uma das belas-artes.
Através de suas fotografias e suas apresentações em concursos e
exibições, os Secessionistas demonstraram conclusivamente que era
necessário
diferenciar a fotografia como informação
visual da fotografia como expressão visual.
O tema, por si só, não faz da fotografia uma arte; usada como uma forma de
expressão estética, ela poderia ser um meio expressivo.
• Neste momento a foto passa a ser valorizada como expressão
artística própria, diferente das demais artes.
• Os fotossecessionistas defendem a fotografia sem retoques
ou manipulação nos negativos e nas cópias, em reação ao
pictorialismo.
• A fotografia se aproxima do ABSTRACIONISMO, com ênfase na
forma e não no objeto em si.
• O trabalho dos fotossecessionistas é divulgado pela
revista CAMERA WORK, fundada por Stieglitz e publicada
entre 1903 e 1917.
• Principais nomes do movimento: ALFRED STIEGLITZ
EDWARD STEICHEN,
ALVIN LANGDON COBURN e
PAUL STRAND
NO COMEÇO DA CARREIRA :
Alfred Stieglitz pertencia ao Camera Club de Nova Iorque,ele utilizava truques,
espalhava óleo na lente das objetivas, utilizavam gaze para tornar a focagem mais
difusa e assim dar o efeito para aproximarem a fotografia da pintura, mas de uma
pintura passada, porque à época a pintura já emancipava-se do real pela abstração.
Steichen gostava das paisagens românticas com lagos usando a técnica pictorialista
FOTOGRAVURA
Mesmo com a modernização dos processos fotomecânicos, a
fotogravura artesanal continuou – econtinua – agradando a
muitos artistas como um meio rico em alternativas para
desenvolver a linguagem fotográfica.
Hoje em dia, devido à diversidade de métodos existentes para
transportar uma imagem para uma matriz de impressão,
convencionou-se chamar de fotogravura, todo o sistema de
gravação artesanal que se utiliza da linguagem fotográfica como
meio de expressão.
Podemos dividir o processo de transferência da imagem
fotográfica para a matriz em 3 grupos:
Processo Fotográfico: Um fototipo é revelado diretamente na
matriz revestida com material sensível a luz.
Processo Serigráfico: É feita uma tela serigráfica da imagem,
imprimindo-a na matriz com tintas especiais
Processo de Transferência Direta : Este é o processo mais
recente de todos, onde é feita uma impressão digital ou
fotocópia a base de polímeros (toner) que é transferida para a
matriz através de calor ou solventes.
A fotogravura é uma técnica usada há séculos como um método
alternativo que está entre a gravura tradicional e a fotografia.
Diversos artistas se utilizaram desta técnica em seus
trabalhos,como:
Deli Sacilotto, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, Lesley
Dill, Robert Mapplethorpe, Paul Wunderlich, Chris Webster, Dan
Welden, Thereza Miranda, Beatrice Sasso, Alex Flemming,
Maria do Carmo Freitas, dentre outros.
A fotogravura artística não é uma mera forma de reprodução
fotomecânica. Não basta apenas transferir uma imagem para a
chapa, há de se trabalhar esta fotografia como base para o
trabalho artístico. Uma infinidade de interferências podem ser
adicionadas a essa placa, como grafismos, manchas, tipologias,
desenhos, etc. Não há limites também de técnicas, podendo se
utilizar os processos tradicionais de litografia, como lápis
litográfico, tinta litográfica, tusche e todo e qualquer meio para
se conseguir, através de uma fotografia, uma imagem
inovadora.
• Straight
Photography
Definição- O conceito de straight photography
(fotografia direta, pura) é utilizado para caracterizar
UM ESTILO, uma vertente da fotografia moderna surgida
nos Estados Unidos na década de 1910, cujos expoentes
mais conhecidos são:
• Alfred Stieglitz (1864 - 1946),
• Paul Strand (1890 - 1976),
• Edward Weston (1886 - 1958) e
• Anselm Adams (1902 - 1984).
As imagens são feitas pelo contato direto da câmera
com a realidade, sem intervenções no laboratório ou na
cópia. Apesar de apresentar diversos pontos em comum
com as vanguardas européias, como a nova objetividade
fotográfica e a nova visão, o movimento norte-americano
distingue-se por enfatizar a noção de fotografia como
expressão subjetiva.
.
• Por volta de 1907, Stieglitz, líder do Photo-Secession,
direciona seu trabalho para os pressupostos da fotografia
direta. Começa a trabalhar com negativos de grande formato
copiados por contato em papel brilhante, na época
considerado inapropriado para a realização de fotos
artísticas, pois não permitia retoques posteriores. Ele se
volta para retratos, cenas urbanas - quase sempre feitas da
janela de seu apartamento em Nova York - e, sobretudo, para
a natureza. Um de seus trabalhos mais conhecidos é
Equivalentes, uma série de fotografias de nuvens que
revelam o apreço de Stieglitz por temas prosaicos, além de
exemplificar procedimentos comuns em sua obra, como o
trabalho de imagens fragmentadas semelhantes a abstrações.
• Provavelmente a ideia mais madura já apresentada na
atividade fotográfica foi o conceito de EQUIVALÊNCIA,
criado por Stieglitz em 1920 e por ele praticado em toda a
sua vida. Consequentemente, a teoria agora é praticada por
um número sempre crescente de fotógrafos sérios e
dedicados, amadores e profissionais. O conceito e
disciplina de Equivalência é, na prática, a coluna
vertebral e o cerne da fotografia como um meio de expressão
e criação.
Em 1922, expôs ” Music – A
Sequence of ten Cloud
Photographs “ aproximando a
fotografia das linguagens
abstratas da Pintura e
intitulando esta série, na qual
trabalhou por 12 anos, de
“Equivalents”. Sobre este
trabalho disse:
“ Eu queria fotografar as
nuvens para descobrir o
que eu tinha aprendido em
quarenta anos sobre
Fotografia’.
Conceito de Equivalência
Para o conceito de Equivalência a emoção deve ser exercitada e estimulada
em qualquer ato fotográfico, pois ela é a chave para a expressão do indivíduo. É
neste sentido que procuramos estimular a força da linguagem fotográfica e de seu
potencial como instrumento de comunicação na sociedade atual tomando como
base para esse estudo o conceito de Equivalência, que associa a imagem
fotográfica a uma metáfora.
A idéia de criação de imagens a partir do conceito de Equivalência nasceu de
Alfred Stieglitz nos primeiros anos da década de 20, tendo sido também adotada
por membros da Photo-Secession em Nova York. Posteriormente, mais difundido
por Minor White, este conceito começou a ser entendido pelo processo de criação
de imagens fotográficas a partir de sua equivalência com as emoções que estão
armazenadas nas recordações afetivas, nos sentimentos e nas vivências de cada
indivíduo. Portanto, a fotografia no conceito da Equivalência, é usada como fonte
de estímulo e de expressão e não apenas como fato documental. Minor White
procurou explicar a criação-expressão da imagem fotográfica a partir de níveis de
Equivalência.
A fotografia expressa um certo grau de Equivalência quando o espectador vê
na imagem algo correspondente a uma sensação de seu interior, ou seja, os
sentimentos do fotógrafo são similares ao do seu espectador, criando assim, um
sentimento conhecido, uma Equivalência de sensações e estímulos.
"O poder do equivalente, no que concerne ao fotógrafo criativo-expressivo, pode
transmitir e evocar sentimentos acerca das coisas, situações e eventos que por uma
razão ou outra não podem ser fotografados. O segredo está na possibilidade de
utilizar as formas e superfícies dos objetos frente a câmera em suas qualidades
expressivo-evocativas (WHITE, 1984b:212)."
•Em 1924 o Boston Museum of Fine Arts adquiriu uma série de
suas fotos, sendo a primeira vez que um Museu incluia Fotografias
em seu acervo permanente. De 1924 a 1937, expôs regularmente e
ampliou sua Biblioteca e Coleção de Arte Moderna, incentivando e
apresentando novos artístas. Nos últimos anos de sua vida viu seu o
seu trabalho ser reconhecido e exposto nos maiores museus do
mundo.
PAUL STRAND — (Estados Unidos, 1890-1976). Sua obra
corresponde à época do modernismo na América do Norte e na
Europa. É importante dentro deste marco histórico por
revolucionar uma estética baseada na natureza objetiva da
realidade e as possibilidades visuais que permitem as
câmeras de grande formato uma imagem de alta resolução. (pg.
686)
As duas últimas edições da revista Camera Work,
editadas em 1916 e 1917 por Stieglitz, publicam fotos de
Paul Strand: retratos de pessoas nas ruas, cenas urbanas
registradas de pontos de vista inusitados ("de cima" ou "de
baixo") e imagens de detalhes de objetos que lembram
pinturas abstrato geometricas
As fotos de Strand, bem como sua argumentação em favor
da autonomia da fotografia perante a pintura,o tornam um
importante representante da straight photography. Para ele,
o fotógrafo artista deveria aliar uma profunda necessidade
de expressão individual a um rigoroso conhecimento técnico.
Em artigo publicado em 1923, critica os pictorialistas
sobretudo pelo fato de produzirem imagens híbridas, pois
toda arte deveria ser "pura":
"Atualmente se está demonstrando que uma fotografia construída
sobre as qualidades fotográficas básicas não pode ser imitada de
modo algum por um pintor ou um gravador. É algo com um caráter
inalienável, com sua própria especial qualidade de expressão como
qualquer produto de outro meio artístico totalmente acabado".
PAUL STRAND
PAUL STRAND
GRUPO F.64
Em 1932, Edward Weston, Anselm Adams e Imogen
Cunningham, entre outros seguidores das concepções de
Stieglitz e Strand, formam o Grupo F.64.
O nome da associação se refere ao número que identifica a
menor abertura usada em lentes de câmeras para obter
imagens com o máximo de clareza e definição, qualidades
consideradas como essenciais para os integrantes do
movimento. Para repudiar o pictorialismo, eles preconizam a
perfeição da tiragem e o respeito absoluto pelas
características dos materiais.
"Só uma prova tecnicamente perfeita,
realizada a partir de um negativo
tecnicamente perfeito, pode, a meus
olhos, ter valor intelectual ou
capacidade emocional.” (Edward Weston)
http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=6178
Weston trabalha com câmeras de grande formato
e, como Stieglitz, copia seus negativos por
contato, evitando assim a perda de definição. O
artista defende a pré-visualização da cena a ser
fotografada como uma maneira de obter controle
absoluto sobre os resultados. Ele acredita na
"honestidade" da câmera fotográfica que, em sua
concepção, utiliza para registrar a "essência" e a
"verdade" das coisas.
Seus temas preferidos eram nus, paisagens e
naturezas-mortas.O trabalho de Weston apresenta
diversos pontos em comum com a obra de Adams, que
se volta principalmente para a paisagem do oeste
dos Estados Unidos. Adams é autor da trilogia A
Câmera, O Filme e A Cópia, livros que ensinam como
ter controle total da imagem, condição primordial
para o fotógrafo se expressar artisticamente,
segundo os paradigmas da straight photography.
Ansel Adams
Edward Weston
Weston realiza pesquisa sobre forma, luz, volume, gradação tonal em preto e branco.
Nova objetividade
• Em 1924, Gustav Hartlaub, diretor do museu de Manheim cunhou a
denominação "Nova Objetividade" (Neu Sachlichkeit) para designar a nova
e vigorosa tendência do cinema alemão, de corte realista.
• O principal representante na fotografia foi Albert Renger Patzsch.
Cujas propostas foram:fazer um emprego funcional da luz,
utilizar enquadramentos diferentes e
usar objetivas de diferentes comprimentos focais.
• Werner Graff escreveu um livro em 1929 chamado Es kommt der neu Fotograf
(Aqui chega o novo fotógrafo) no qual tratava sobre as fotografias da
nova objetividade. O movimento chamado "Nova Fotografia" foi criado,
trazendo consigo fotografias nítidas, com caráter documental frente à
arte fotográfica anterior baseada na poética autoconsciente.
• Na Alemanha os principais representantes foram Jonh Heartfield, Karl
Blossfeldt, Walter Peterhans, Helmar Lerski e August Sander. Na
Republica Tcheca encontrava-se Josef Sudek. Na Russia ligado ao
CONSTRUTIVISMO encontrava-se Aleksandr Rodchenko.
• Nos Estados Unidos encontram-se próximos a esta corrente, fotógrafos
como Paul Strand, Edward Weston, Imogen Cunningham, Ansel Adams e
Walker Evans. Este grupo representava uma nova direção que defendia a
fotografia não manipulada.
Albert Renger-Patzsch, Mountain Forest in Winter, 1926
1927
Veja tambem como curiosidade:Bernd & Hilla Becher:
Karl Blossfeldt
August Sander
1928
1928
A primeira LEICA surgiu em 1914, desenhada pelo construtor de microscópios o engenheiro OSKAR BARNACK para a casa LEITZ, de Wetzlar. Mas a Leica
demoraria dez anos para se aperfeiçoar devido ao início da I Guerra Mundial e a inflação que se seguiu na Alemanha, prejudicando a indústria de modo geral.
A primeira câmera fotográfica de dimensões reduzidas: 35mm, a LEICA , afirma-se em 1924. Em 1925 a empresa começa a comercializá-la. Ela dá um
grande impulso ao fotojornalismo por ser silenciosa, rápida, portátil e por ter disponíveis diversos tipos de lentes e acessórios. Quando iniciou sua trajetória,
era a primeira câmera miniatura a vir com telêmetro acoplado à sua objetiva ELMAR, de excelente definição, com abertura máxima de f3,5. O poder de
resolução era incomparável: como ressaltam HELMUT e ALISON GERNSHEIM, elevou as câmeras miniaturas a “verdadeiros instrumentos de precisão”. Isso
foi percebido a partir de 1931, quando os reveladores de grão fino reduziram a granulosidade dos filmes rápidos, assegurando boas ampliações.
1915 — Com o aperfeiçoamento dos processos de impressão, os jornais diários começam a utilizar a fotografia com mais frequência para ilustrar as
reportagens, em substituição ao desenho. A presença de fotos na imprensa firma-se com os jornais Daily Mirror, de Londres (Reino Unido), e Ilustrated Daily
News, de Nova York (EUA).
Ur-Leica 1914
O construtivismo como movimento ativo durou
até 1934, as suas proposições inovadoras influenciam fortemente
toda a arte moderna.( A partir do Congresso dos Escritores de 1934
a única forma de arte admitida na URSS seria o Realismo
Socialista).
Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização
constante de elementos geométricos, cores primárias,
fotomontagem e a tipografia sem serifa. O Construtivismo teve
influência profunda na arte moderna e está inserido no contexto das
vanguardas estéticas europeias do início do Sec. XX. A Bauhaus ,
assim como grande parte da vanguarda russa são manifestações
influenciadas pelo Construtivismo.
Do ponto de vista das artes plásticas, usando uma acepção mais
ampla da palavra, toda a arte abstrata geométrica do período
(décadas de 1920, 30 e 40) pode ser grosseiramente chamada de
construtivista
Alexander Rodchenko, e
László Moholy-Nagy,
ampliaram as possibilidades
da fotografia, incutindo no
fotógrafo o desafio de
mostrar o mundo de uma
forma diferente e inusitada.
Enriquecendo o imaginário
fotográfico, Rodchenko e
Moholy-Nagy, iniciaram, a
história da fotografia
abstrata, propondo novos
ângulos em imagens que
contribuíram para o
abstracionismo na fotografia.
.
Girl with Leica 1934
dadaísmo
É no clima da desilusão e do ceticismo
proporcionado pela 1ª Guerra Mundial, que
as várias manifestações que tinham como
base um anarquismo niilista (negação de
qualquer crença) e o slogan "a destruição
também é criação", tomaram conta dos
sentidos dos artistas. Um movimento de
atitudes fortes, o Dadaísmo é a negação
intelectual, a contestação de valores –
usados amplamente nessa crítica cultural
que fazem a fim de conseguirem com os
seus variados canais de expressão
(revistas, manifestos, exposições) o
choque e o escândalo da sociedade
tradicional.
Revolucionário, anárquico e
anticapitalista, o dadaísmo, prega o
absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o
uso de diversas linguagens, como pintura,
poesia, escultura, fotografia e teatro.
Destacam-se os artísticas: Hugo Ball, Hans
Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp,
Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz
e Man Ray.
Mesmo que o ano de 1922 apareça
como o do fim do dadaísmo as
ressonâncias do movimento que serviram
de inspiração para movimentos artísticos
posteriores foram bem fortes. EX: o
Surrealismo, a Arte Conceitual, o
Expressionismo Abstrato e a Pop Art
americana
The First International Dada Fair at Dr. Otto Burchard’s Berlin art gallery in 1920
Vanguardas - Dadaísmo
*Raoul Hausmann (1886-1971)
Hausmann foi um mestre na
sistema de união de
fragmentos, a fotomontagem.
“Técnica e arte servem para compreender com claridade, uma mais a nível
prático e outra mais a nível sentimental, todas as possibilidades que existem
na natureza e que ampliam a receptividade de nossos sentidos e de nossas
faculdades físicas”
Raoul Hausmann's Postcard to I.K. Bonset, 1921
Raoul Hausmann, Dada wins!, 1920
Two Nudes on a Beach [Hedwig Mankiewitz and Vera Broido], 1930
"Art Critic"
1919-1938 — Ao final da I Guerra Mundial, a fotografia liga-se a movimentos artísticos de
vanguarda, como o CUBISMO e o SURREALISMO.
Fotógrafos como o norte-americano MAN RAY e o húngaro LÁSZLÓ MOHOLY-NAGY trabalham em estreita
ligação com pintores e outros artistas. As técnicas de FOTOMONTAGEM (manipulação de negativos) e
FOTOGRAMA (imagem direta sobre o papel fotográfico, sem o uso do negativo e da câmera são
amplamente usadas.
• Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque buscava uma
realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para comprovar a existência dessa realidade
no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente do positivismo indicial que guiou o início da linguagem
fotográfica. Além dessa visão da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser
entendida como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações de
significado.
Photogram, 1926.
Foto de Laszlò Moholy-Nagy.
•Le violon d’Ingres, 1924.
de Man Ray.
Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque
buscava uma realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para
comprovar
a existência dessa realidade no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente
do positivismo indicial que guiou o início da linguagem fotográfica. Além dessa visão
da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser entendida
como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações
de significado.
Rayogramas (fotografia sem câmera),
fotogramas e solarizações marcam a
fotografia de Man Ray.
Um artista múltiplo - fotógrafo, pintor, cineasta,
desenhista e ilustrador -, Man Ray foi, também, um
dos maiores expoentes do Dadaísmo.
*Man Ray
(1890 -1976) Filadelfia , EUA
Vanguardas – Surrealismo –
Sua obra fotográfica e seus
fotogramas passam a ser
descontextualizados, criando
uma nova realidade.
Rayograma
Auto-retrato - Solarização
Com a utilização perfeita das sombras
nos fotogramas, consegue criar a
impressão de tridimensionalidade num
processo de resultados quase sempre
planos.
Vanguardas – Surrealismo
*Bill Brandt (1904-1983) Hamburgo, Alemanha
Em 1928, Brandt começa a realizar fotografias
em Paris. No ano seguinte, passa a ser ajudante
de Man Ray, introduzindo-se no mundo
artístico surrealista.
Ao final da II Guerra Mundial,
desenvolve o seu interesse pelo
nu. Procura fazer interpretações
pessoais do corpo humano, com
primeiro plano e inspiração
claramente surrealista.
Adota a técnica do
distanciamento na realização
das fotografias, um método
de trabalho próprio da
estética surrealista, eu ficou
marcado de forma muito
notável..
Dali atómico é talvez a foto mais famosa do controverso pintor espanhol, tirada por Phillipe Halsman. Não se tratou de um ato isolado mas sim
fruto de uma colaboração continuada entre os dois artistas iniciada em meados da década de 40' do século XX, quando o Surrealismo se
encontrava no seu ponto mais alto. Este tipo de trabalhos não era inédito nem invulgar como pode à primeira vista parecer entre fotógrafos
conceituados; Man Ray ou Dora Maar, por exemplo fizeram-no amiúde. Neste caso particular, conseguir este instantâneo não foi tarefa fácil.
.
• Halsman não usou montagens nem qualquer tipo de truque; apenas encenação
meticulosa, muita preparação, bastante paciência e numerosas tentativas
falhadas. Após cada ensaio era necessário limpar a água derramada no
chão, ir atrás dos gatos e acalmá-los; às vezes aconteciam acidentes e
Dali tomava um bom banho... Por fim, na 28ª sessão foi conseguido o
efeito pretendido.
A arte não é um acaso
Há ainda In Voluptas Mors, uma composição artístico-macabra onde um grupo
de mulheres nuas sobre um fundo negro dá forma a uma caveira perante o
típico olhar alucinado de Dali, e Midsummer Night's Mare, um bailado
espacial de figuras vestidas a rigor por entre pães, fruta e outros
elementos comestíveis.
Max Ernst
Walker Evans
Walker Evans: Negro Barbershop Interior, Atlanta, 1936
Dorothea Lange
Outros movimentos artísticos também se utilizaram da fotografia com perspectivas diversas, abalando o status realista da fotografia. No Brasil, podemos citar o fotógrafo José Oiticica Filho.
Oiticica participou do Photo Club Brasileiro e mais tarde do Foto Cine Clube Bandeirante. Ele seguiu a vertente abstracionista, sob forte influência geométrica, utilizando-se de intervenções no
processo de revelação e ampliação e de técnicas como a fotomontagem “para fugir à característica documental que considerava inerente à fotografia. ” (COSTA, 2004, p. 74). O artista ainda
ganhou projeção no campo do Construtivismo, fotografando, em preto e branco e em alto contraste, quadros anteriormente pintados por ele mesmo, fotografias que “representam seus
melhores momentos artísticos”, segundo Helouise Costa (2004, p.75). Outro fotógrafo brasileiro que foi influenciado pelo concretismo e o neoconcretismo dos anos 40 – e que, por sua vez
influenciaram também as artes plásticas e a literatura – foi Geraldo de Barros. O fotógrafo também freqüentou o Foto Cine Clube Bandeirante e se caracterizava pelo nível de
experimentalismo de suas fotografia
1940.
Foto de José Oiticica Filho Triângulos semelhantes, 1949.
Para Geraldo de Barros a fotografia
“é um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como
categoria artística, na 2ª Bienal de São Paulo. Acredito também que é no erro, na
exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em
conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por
excessivos virtuosismos. Sempre trabalhei com uma câmera Rolleiflex, de 1939, que me
possibilita duplas ou mais exposições do filme, o que me permite compor quando
fotográfo. Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica,
leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é
negativo para a arte fotográfica.
1958 - Nascimento da Pop-Arte (Richard Hamilton, Robert Rauschenberg,
Jasper Johns, Roy Licthenstein, Andy Wharol).
Experimentações contemporâneas
Os movimentos de vanguarda deram início a muitas outras
transformações na fotografia. Além disso, o grande
desenvolvimento tecnológico, social e econômico vivido
durante o século XX certamente influenciou muitos campos
da arte e da cultura. Esses dois fenômenos juntos servem
de base para o entendimento de uma fotografia que, no
século XX, se volta à esfera intimista, de caráter
subjetivo e experimental. Os fotógrafos desenvolvem
técnicas e formas que subvertem a idéia da fotografia
como representante fiel da realidade.
Ainda é importante nos lembrarmos do impacto da
eletrônica sobre a fotografia. Hoje a fotografia pode se
transformar em um código digital binário que possibilita
sua manipulação por softwares gráficos, tornando-a fluida
e liberta de seu referente. Arlindo Machado já nos alerta
que: “A conseqüência mais óbvia e mais alardeada da
hegemonia da eletrônica é a perda do valor da fotografia
como documento, como evidência, como atestado de uma
preexistência da coisa fotografada, ou como árbitro da
verdade.” (MACHADO in SAMAIN, 2005, p.312).
Não queremos dizer que as imagens contemporâneas ignorem
por completo a realidade, mas que o diálogo entre imagem
e realidade é agora mais mediado. O fotógrafo está mais
livre para suas experimentações, e a imagem assume uma
estética
que pode estar em constante mudança.
Arlindo Machado nos diz que as novas poéticas
fotográficas ainda estão aquém das possibilidades
oferecidas pela eletrônica. Muitos trabalhos representam
somente um deslumbramento com as possibilidades
tecnológicas e não um verdadeiro trabalho conceitual.
Esse cenário nos relembra a busca por uma filosofia da
fotografia defendida por Flusser, que afirma que o
verdadeiro fotógrafo é aquele que consegue ir
além da programação do aparelho - da câmera. Pois bem,
estamos, agora, diante de um novo aparelho: o computador
e os softwares gráficos que, por sua vez, também estão
imbuídos de um programa. Cabe ao fotógrafo, enquanto
artista, desprogramar esses aparelhos e subverter a sua
própria função.
Arlindo Machado cita o exemplo do fotógrafo Carlos Fadon
Vicente. Segundo Machado, em seu trabalho é possível ver:
um diálogo entre o artista e a máquina [...] resultando
desse procedimento respostas não previsíveis da máquina.
Na obra de Fadon, produz-se um esforço metodológico no
sentido de dar expressão dialógica ao trabalho criativo,
transformando o computador em co-autor das imagens e o
ato criativo num processo de interação entre as intenções
do artista e as respostas inesperadas da máquina.
(MACHADO, 2001, pp. 98,99)
Medium, 1991.
Carlos Fadon Vicente
• Podemos citar, também, outros fotógrafos brasileiros que são representantes da fotografia
experimental e que não fazem uso das ferramentas disponibilizadas pela eletrônica. O exemplo
mais proeminente é o de Rosângela Rennó, fotógrafa que não fotografa, não usa a câmera, mas
resgata fotos já existentes e, de alguma maneira esquecidas. Em uma época marcada pela
iconofagia1, em que somos constantemente bombardeados por imagens que devoramos sem ao menos
“degustá-las”, Rosângela Rennó propõe uma mudança de postura frente à própria fotografia,
recuperando e transformando fotografias populares já descartadas e esquecidas pela sociedade.
Em seus trabalhos e instalações o anonimato fotográfico é preservado.
• Ao invés de identificarem, as obras de Rosângela apagam a diferença entre as pessoas, justamente por elaborarem
técnicas de massificação. [...] A dimensão social do anonimato fotográfico é uma preocupação constante da artista,
que mostra os mecanismos institucionais de dissociação entre memória e imagem. Em vez de pessoas, Rosângela
apresenta nosso hábito adquirido de lidar com tipos. - Felipe Chaimovich na apresentação do livro Artistas da USP:
Rosângela Rennó. (RENNÓ, 1996, p.08)
• O que a artista defende é que a fotografia representa mais do que a criação de uma identidade
pessoal e social pela imagem. Segundo ela, a fotografia pode ser entendida, antes de tudo, como
uma forma de conhecimento.
•
Ainda outro exemplo de
fotografia experimental
brasileira não ligada à
manipulação eletrônica pode
ser encontrado no trabalho
de Kenji Ota. O fotógrafo
subverte o resultado de suas
fotografias ao jogar com o
controle químico e
matemático do processamento
da foto. Sobre o artista,
Arlindo Machado diz que:
Quanto mais introduz a
precisão, a descontinuidade,
o processamento sem
cronômetro e medição
técnica, mais as imagens se
decompõem em anamorfoses,
manchas e alteridades
gráficas, fazendo a
fotografia se distanciar da
homologia icônica e do traço
documental, para se
aproximar da pintura
abstrata. (MACHADO, 2001, p.
138)
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