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2� Bimestre/Cont. AULA 1 - A evolu�_o dos processos e equipamentos.ppt
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A evolução dos processos e equipamentos
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COLÓDIO, 1851 Em 1850 e em novembro de 1851, Frederick Scott Archer, escultor londrino, fez experiências com uma placa de vidro coberta com algodão-pólvora dissolvido em éter, uma solução chamada colódio (do grego: kollodes = grudento). O algodão-pólvora dissolvido em álcool e em éter forma uma substância líquida com consistência de verniz. Este processo pôde superar a todos os outros, pois tinha uma sensibilidade muito maior
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FREDERICK SCOTT ARCHER 
Em 1851, o escultor britânico FREDERICK SCOTT ARCHER (1813-1857), desenvolve o processo de negativo em vidro chamado: COLÓDIO ÚMIDO – negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. Tal processo, tinha mais sensibilidade à luz, era 20 vezes mais rápido que os anteriores, reduzindo o tempo de exposição para dois ou três segundos (melhorando a qualidade do negativo e abrindo novos horizontes para a fotografia). Os negativos apresentavam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. O fotógrafo tinha que sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem logo depois.
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Colódio Úmido, procedimento fotográfico criado no ano 1851 por Scott Archer. o método supoe a utilização do “Colodión”, uma especie de verniz que se aplica a placas de vidro e sobre éste se extende a emulsão química. A utilização de cristal, superficie transparente e polida, permite a obtenção de imágens nítidas em negativo ou, incluso, positivo. Se evitam assím as imperfeições do papel de calotipo.
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colodión “húmedo” porque a placa tem que permanecer úmida durante todo o processo toma y revelado de las imágenes. Esto suponía que los fotógrafos tenían que llevar consigo el laboratorio fotográfico a fin de preparar la placa antes de la toma y proceder a revelarla inmediatamente. Se generalizó así el uso de tiendas de campaña y carromatos reconvertidos en laboratorios a oscuras para los fotógrafos que trabajaban en el exterior.
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Army Post Office tent in Virginia during the Civil War. Collodian picture taken April 1863 by Timothy O'Sullivan. 
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AMBRÓTIPO, 1851 O ambrótipo era uma aplicação do processo do colódio líquido e foi inventado por Frederick Scott Archer em 1851. A palavra deriva de dois termos gregos: Ambros significa durável, eterno, e typos significa impressão, imagem. O ambrótipo era uma placa coberta com colódio líquido, exposta, revelada e então pintada, na parte de trás, com tinta preta, para fazer com que a imagem negativa parecesse positiva. A desvantagem do ambrótipo era que cada positivo em vidro era único, já que o negativo e o positivo eram o mesmo. Esse formato se adaptou particularmente bem aos retratos de família. 
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ambrótipo
Processo que empregava negativos de vidro de colódio úmido, subexpostos e montados sobre fundo negro para produzir o efeito visual de positivos. Concebido pelo inventor do processo de colódio úmido, o inglês Frederick Scott Archer (1813-1857) em 1851, em parceira por Peter W. Fry, sendo mais tarde aperfeiçoado por James Ambrose Cutting (1814-1867) como uma opção mais barata para o daguerreótipo, o ambrótipo era apresentado nos mesmos estojos luxuosos. Muito empregado para retratos entre 1850 e 1860, o ambrótipo tinha a mesma denominação - derivada do grego ambrotos (imortal) e typos (imagem) - na Inglaterra, nos Estados Unidos e aqui no Brasil, sendo ocasionalmente denominado de melanótipo no continente europeu 
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FERRÓTIPO, 1852 Este processo foi descrito pela primeira vez num relatório apresentado por Adolphe Alexandre Martin, em julho de 1952, à "Société d'Encouragement L'Art et A L'Industrie". Era uma variação do processo do colódio: ao invés de uma placa de vidro, era usada uma placa de latão com esmalte preto, mas o restante do processo era o mesmo: a placa era preparada com colódio, sensibilizada, exposta e revelada. Esse processo produzia uma única imagem positiva sobre uma base de metal. Era um processo barato, que se tornou muito popular entre fotógrafos de parques de diversão, que precisavam de resultados imediatos. 
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Os Tintypes, ou Ferrótipos, foram inventados em 1856, em Ohio, por um professor de química e física. Tal qual o daguerreótipo, o Ferrótipo era seguro sobre placa de metal exposta na câmera, sendo que o metal era ferro em vez de cobre, laqueado com um verniz japonês preto em vez de coberto com prata. Como as placas de vidro do Ambrótipo, a placa do Ferrótipo era sensibilizada com colódio antes da exposição da câmera.
 
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PLACAS GELATINOSAS 1871: primeiras fórmulas de trabalho pelo Dr. R. L. Maddox 1874: primeiras placas secas 1878: Charles E. Bennet consegue um método de maior sensibilidade. Sais de prata foto-sensíveis são suspensas em gelatina, um material que nunca seca completamente. 1880: estas placas são largamente usadas e substituem completamente o processo do colódio líquido 
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Maddox e sua emulsão de gelatina e brometo de prata
Em setembro de 1871, um médico e microscopista Inglês, Richard Lear Maddox, publicou no British Journal of Photography suas experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 180 vezes mais lenta que o processo úmido, mas com o novo processo aperfeiçoado e acelerado por John Burgess, Richard Kennett e Charles Benett, a placa seca de gelatina estabelecia a era moderna do material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais. 
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Fotógrafo ciclista itinerante - por volta de 1870 
 
  
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1871 - Richard Leach Maddox, médico inglês, inventa a placa seca usando emulsão de gelatina e brometo de prata. fixa o brometo de prata em uma suspensão gelatinosa, criando assim o processo de chapas secas. O processo que substitui o colódio úmido é publicado no British Journal of Photograph, em setembro. De início o processo tem a desvantagem de ser mais lento, mas logo é aperfeiçoado e cria-se a placa seca de gelatina e com produção industrial. A partir de então foi possível fotografar o movimento (tempo de exposição: 1/2 segundo) e o design das câmeras é aprimorado, ou seja, ficam menores, mais leves e mais próximas ainda das pessoas. 
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 Com a introdução da gelatina seca, as variedades de câmeras foram lentamente se reduzindo e se adaptando ao novo suporte. Entre 1880 e 90, três tipos de câmera eram majoritárias:
Câmera com chassis. Em geral vinham com 10 chapas, cada qual num chassis individual.
Câmera com compartimento interno que guardava 12 chapas ou 40 folhas de película.
3. Câmera reflex de uma ou duas objetivas. Todas incorporavam um espelho fixo colocado a um ângulo de 45 graus da objetiva, refletindo a imagem num vidro polido localizado na parte superior da câmera.
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Fotografia para todos Para chegar ao público, Eastman decidiu fabricar um novo tipo de câmara. Esta, introduzida em 1888, foi a primeira câmara Kodak. Era do tipo "caixão", leve e pequena, carregada com um rolo de papel para 100 exposições. O preço da câmara carregada, estojo e correia era de 25 dólares. Uma vez feita a exposição, se enviava a câmara a Rochester, onde o rolo exposto era retirado, processado, feitas as cópias e colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares. Isto foi uma mudança radical na política da empresa. O porta-rolo havia sido imposto no sistema fotográfico. A câmara Kodak havia criado um mercado completamente novo e transformado em fotógrafos aqueles que só
queriam tirar fotos e não tinham nenhum conhecimento da matéria. Qualquer um podia "apertar o botão" e a companhia do Sr. Eastman "fazia o resto". Eastman continuou experimentando para substituir a base de papel. Contratou um jovem químico que fez soluções de nitrocelulose em vários solventes e chegou a produzir uma base de película flexível e resistente. Em agosto de 1889 saíram para venda os primeiros rolos de película transparente. 
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Em 1888, George Eastman lançou a primeira Kodak com filme de rolo. Uma caixa de madeira com 16x9x9cm, com objetiva retilínea de foco fixo que dava definição nítida de qualquer objeto situado a mais de 3 metros, diafragma e velocidade fixos - e o maior atrativo, que impossibilitou a concorrência, a inovação expressa no slogan da Kodak: "Aperte o botão e nós faremos o resto".
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A POPULARIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA. Em 1888 foi inventada por George Eastman a primeira câmera fotográfica portátil, a KODAK. Essa câmera vinha com um rolo de filme que possibilitava fazer 100 fotos. Depois de terminado o filme as pessoas enviavam para a empresa Eastman KODAK em Nova York, a câmera completa. Lá o filme era revelado, ampliado e devolvido por correio para o cliente, junto com sua câmera com um novo rolo de filme dentro. O processo muito barato, e a simplicitadade de operar a câmera, popularizaram a fotografia amadora.  
2� Bimestre/MOVIMENTOS ARTISTICOS.pdf
Para Santoro, "as obras de arte podem e devem 
suscitar emoções e comoções pelas ações 
representadas, de modo que quem as contemple venha 
a experimentar sentimentos perturbadores como os de 
angústia e de horror. A beleza mais sublime pode 
produzir vertigem e mesmo ferir. Mas essa dor, 
profundamente sentida na beleza, paradoxalmente, não 
repugna, mas atrai, não destrói, mas purga e purifica". 
http://www.areliquia.com.br/especialpensamento.html 
Renascimento sec. XIV a XVI 
Idade média 
 Teocentrismo – “Deus é o centro de tudo” 
 
 A verdade deve ser encontrada nas 
 tradições da sociedade medieval, no 
que estava escrito na Bíblia, na 
autoridade da Igreja e dos autores 
antigos e consagrados (Aristóteles, São 
Tómas de Aquino) 
 
 O ser humano é visto com certo desprezo 
 porque é um pecador,merecemos sofrer 
 porque somos pecadores. 
 
 Apenas alguns padres e monges sabem ler e 
escrever livros que são feitos a mão A cultura 
 não é escrita 
 
 Idéias ligadas ao domínio cultural da Igreja Católica 
 
 A vida material é pouco importante O que é precioso 
é a salvação da alma. 
 
 Tudo o que acontece é pela vontade de “Deus”. 
 As pessoas devem se conformar com o mundo tal 
como “Deus” que o fez . 
 
 A razão deve estar subordinada a fé 
 Antropocentrismo – “ O ser humano no centro das 
atenções 
 
 A verdade sobre a natureza deve ser obtida por 
meio da experiência da observação,guiadas pelo 
uso da razão ( do raciocínio) 
 
 O homem é a mais perfeita das criaturas de 
 Deus (“feito à sua imagem e semelhança”), 
capaz de fazer coisas maravilhosas: 
máquinas, prédios, pinturas 
 
 A invenção da imprensa torna os livros mais 
baratos e populares. Cresce o número de pessoas 
alfabetizadas 
 
 Muitos intelectuais não fazem parte da igreja. Suas 
obras estão ligadas a vida ativa e variada das 
cidades 
 
 Os fenômenos da natureza devem ser explicados 
pela própria natureza. 
 
 O homem pode e deve ser o criador, o aventureiro 
e o dominador da natureza 
 
 O renascimento continua cristão mas a fé é 
subordinada a razão 
VAN EYKE 
 1434. A obra exibe o então rico comerciante 
Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna 
Cenami, que se estabeleceram e prosperaram 
na cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre 
1420 e 1472. Nos dias de hoje, os 
historiadores da arte discutem exatamente a 
imagem que o quadro representa; a tese 
dominante durante muito tempo, introduzida 
por Erwin Panofsky em um ensaio de 1934, 
assegura que a imagem corresponde ao 
matrimônio de ambos, celebrado em segredo 
e testificado pelo pintor. 
 
Birth of Venus (1485) and Primavera (1478). 
 
 
• Todas representam as Três Graças, servas da deusa do Amor. Na versão clássica 
(à esq.) são dançarinas robustas idealizando a beleza humana Na Idade média as 
Graças (no meio) tornam-se planas e sem corpo e os humanistas denunciaram a 
obra como "uma caricatura do corpo humano". No século XV, Sandro Botticelli, na 
sua arte que irradiava o espírito do Renascimento fez sua famosa versão das Três 
Graças (à dir.) restituindo seus movimentos joviais acrescentando a elegância, 
beleza, graça e sofisticação da época 
RUBENS 1635 
barroco 
Antonio Canaletto 
Em 1665, Antonio Canaletto (1697 - 1768) utiliza uma câmara escura dotada de 
um sistema de lentes intercambiáveis como meio auxiliar de desenhos de vistas 
panorâmicas. 
BARROCO séc. XVII a XVIII 
(1600-1750 ) 
• Com o intuito de despertar 
emoções no espectador, o 
barroco expressou-se pelo gosto 
das curvas e contra-curvas, das 
espirais e dos movimentos 
ascendentes com predomínio 
das linhas diagonais. Da mesma 
forma, a utilização de fortes 
contrastes de claro e escuro 
para enfatizar a luz e a cor 
vieram se somar à 
dramaticidade dos êxtases dos 
santos - todos como elementos 
geradores de emoções 
intensas. A arquitetura - 
totalmente integrada com a 
pintura e a escultura - recorre às 
colunas torsas acrescidas de 
elementos escultóricos e à 
pintura ilusionista dos tetos para 
melhor se exprimir.Eis aí os 
componentes da teatralidade 
barroca. 
 
• A Lição de Anatomia do Dr. Tulp 
Rembrandt Harmenszoon van 
Rijn, 1632 
O conceito de iluminação surgiu já no século XVII com o famoso 
pintor Rembrandt que pintava como se estivesse 
fotografando, pois de acordo com (Arnheim, 2000: 315) 
 
“Rembrandt realça a luminosidade, evitando detalhes nas áreas 
de mais alta claridade, num sentido mais didático, a iluminação 
tende a guiar a atenção seletivamente de acordo com o 
significado desejado. 
• Rembrandt A ronda noturna 
Explica de forma mais detalhada Dondis sobre a técnica utilizada por 
Rembrandt: 
A intensificação vai ainda mais longe que a mera justaposição de elementos 
díspares, consiste em uma supressão do superficial e desnecessário, que por 
sua vez leva ao enfoque natural do essencial, Rembrandt utilizou este método 
no desenvolvimento de sua técnica do claro-escuro, o nome dessa técnica, 
portanto vem da combinação de duas palavras italianas: chiaro e scuro, são 
esses os elementos que ele usa, a claridade e a obscuridade. Em suas telas 
Rembrandt destacava os tons intermediários para realçar seu tema com um 
aspecto majestoso e teatral, onde a incrível riqueza dos resultados é um 
argumento tão forte para o entendimento e a utilização do contraste quanto 
quaisquer outros que possam ser encontrados em qualquer nível, no corpo da 
obra visual. (1997: 119). 
 
• As obras barrocas romperam o 
equilíbrio entre o sentimento e a 
razão ou entre a arte e a ciência, 
que os artistas renascentistas 
procuram realizar de forma muito 
consciente; na arte barroca 
predominam as emoções e não o 
racionalismo
da arte 
renascentista. 
É uma época de conflitos 
espirituais e religiosos. O estilo 
barroco traduz a tentativa 
angustiante de conciliar forças 
antagônicas: bem e mal; Deus e 
Diabo; céu e terra; pureza e 
pecado; alegria e tristeza; 
paganismo e cristianismo; espírito 
e matéria. 
• Suas características gerais são: 
 * emocional sobre o racional; seu 
propósito é impressionar os 
sentidos do observador, baseando-
se no princípio segundo o qual a fé 
deveria ser atingida através dos 
sentidos e da emoção e não 
apenas pelo raciocínio. 
 * busca de efeitos decorativos e 
visuais, através de curvas, 
contracurvas, colunas retorcidas; 
 * violentos contrastes de luz e 
sombra; 
 * pintura com efeitos ilusionistas, 
dando-nos às vezes a impressão 
de ver o céu, tal a aparência de 
profundidade conseguida. 
 
• Johannes Vermeer 
1671 Lady Writing a Letter with Her Maid 
 
Elevação da Cruz, 1610 
 Peter Pauwel Rubens 
• composição em diagonal; 
• movimentação e síntese das 
formas; 
• contraste claro-escuro; 
• colorido intenso; 
• intensidade na expressão dos 
 sentimentos (de angústia e de 
dor); 
• realismo (inspiração popular); 
• tensão 
 Traços do estilo barroco: a iluminação 
teatral, o céu escuro e Cristo banhado 
em uma profusão de luz. A forma é 
curvilínea, conduzindo à figura central de 
Cristo. É um tema trágico que induz a 
reação emocional. A cabeça, pendida 
para um lado, o corpo caído, tudo evoca 
o peso da morte. 
Descida da Cruz, 
Peter Pauwel Rubens, 
1611 e 1614 
 
 
•Baseando-se na concepção sustentada pela Contra-Reforma, de que a fé era acessível a todos, Caravaggio tornou-se um 
grande inovador na época. 
O pintor usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação. O “chiaroscuro” captura as emoções e intensifica 
o impacto da cena por meio dos contrastes de luz e sombra. A Ceia em Emaús, de Caravaggio 
 
 
Erwin Olaff 
 
• O pintor forra o fundo de um negro obscuro, incidindo sobre os primeiros planos focos 
intensos de luz, especialmente nos detalhes e nos rostos. Esta corrente pictórica, 
caracterizada pelo vigor dos contrastes de sombra e luz, só foi possível alcançar na 
pós-produção, com a técnica de color grading. 
• Em suas últimas obras, observamos que as vestimentas pitorescas e a natureza morta estão 
quase ausentes; porém, não despreza o pormenor de um rendilhado de uma peça de vestuário o 
grão de uma peça de madeira ou o gume afiado de uma lâmina de espada. 
Esses detalhes correspondem às pequenas coisas que o olho registra em momentos de crise, 
refletindo dessa maneira o realismo psicológico do ser humano 
 
E o monumental afresco Vocação de São Mateus , que pinta na Igreja de São Luís dos Franceses, na barroca e imensa Praça do Povo, pode ser comparada aos de Piero della Francesca em 
Arezzo ou aos de Michelangelo no Vaticano. Como Deus animando Adão na obra de Michelangelo para a Capela Sistina, Jesus aponta para o velho e barbudo Mateus, ordenando que O siga. E 
tudo se passa num botequim, em meio a um prosaico jogo de cartas: estupefação geral perante essa heresia, como se os apóstolos não fossem buscados nos refúgios de sua humílima condição 
social. Há uma singular variedade de expressões: a dúvida de Mateus quanto ao endereço do chamado, a expectativa dos jovens à direita, a indiferença do outro à esquerda, absorto no jogo. Há 
uma serenidade levemente desfeita pelo apelo da mão. 
ROCOCO 
Rococo1730 / 1800 
• 
O homem do rococó é um cortesão, 
amante da boa vida e da natureza. 
Vive na pompa do palácio, passa o 
dia em seus jardins e se faz retratar 
tanto luxuosamente trajado nos 
salões de espelhos e mármores 
quanto em meio a primorosas 
paisagens bucólicas, vestido de 
pastorzinho. 
As cores preferidas são as claras. 
Desaparecem os intensos vermelhos e 
turquesa do barroco, e a tela se enche 
de azuis, amarelos pálidos, verdes e 
rosa. 
 
 As pinceladas são rápidas e suaves, 
movediças. 
 
A elegância se sobrepõe ao realismo. 
 
As texturas se aperfeiçoam, bem 
como os brilhos. 
 
Existe uma obsessão muito particular 
pelas sedas e rendas que envolvem 
as figuras. 
Os retratos de Nattier e as cenas 
galantes de Fragonard são as obras 
mais representativas desse estilo. 
 
1789 
 
• Período Neoclassico 
 NEO 
CLASSICISMO 
1800 a 1830 
• 
 
•1835 
ROMANTISMO 
ROMANTISMO 
ESTILO ROMANTICO1790 a 1850 
• O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente 
intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de 
governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir 
com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social 
imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. 
A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. 
 
• No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em 
1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a 
campanha abolicionista. 
 
• No estilo Romantico, as formas do Rococó retornam adaptadas, 
principalmente para o guarda-roupa feminino. Esse período, de 
aproximadamente 25 anos, é marcado pela utilização da crinolina, a 
enorme armação de arame das saias.A partir de 1850 A silhueta de 
uma mulher da nobreza adota quase uma forma de meia esfera. 
Mais uma vez, a maneira de se vestir identifica a condição social que 
se tem, a começar pela grande quantidade de matéria-prima 
utilizada para confeccionar este tipo de roupa. 
 
• A busca pelo exótico, pelo 
inóspito e pelo selvagem 
formaria outra característica 
fundamental do Romantismo. 
• Exaltavam-se as sensações 
extremas, os paraísos 
artificiais, a natureza em seu 
aspecto mais bruto. 
• Lançar-se em "aventuras" ao 
embarcar em navios com 
destino aos pólos, por 
exemplo, tornou-se uma forma 
de inspiração para alguns 
artistas. 
• O pintor inglês William 
Turner refletiu este espírito em 
obras como Naufrágio (ao lado) 
onde a ação da natureza é 
usado como forma de atingir 
os sentimentos supracitados. 
 
 
• Para saber 
mais:http://resistirelibertar.blogspot.com/2009/11/theodo
re-gericault-e-pintura-romantica.html 
Dentre as características deste 
momento da historia cultural e artística 
temos: 
• 
• O Romantismo, passa a designar toda uma visão de 
mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se 
cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores 
trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi 
marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do 
século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela 
emoção e pelo eu. E também celebrava o misticismo, a beleza 
convencional e a evocação dos feitos históricos, 
 
• Enquanto o Classicismo observava a realidade objetiva, exterior, e a 
reproduzia do mesmo modo, através de um processo mimético, sem 
deformar a realidade, o Romantismo deforma a realidade que, antes 
de ser exposta, passa pelo crivo da emoção. 
• Ingres soube registrar a 
fisionomia da classe burguesa 
do seu tempo, principalmente 
no gosto pelo poder e na sua 
confiança na individualidade. 
 
• Amante declarado da 
tradição.
Ingres passou a vida 
brigando contra a vanguarda 
artística francesa 
representada pelo pintor 
romântico Eugène Delacroix, 
contudo foi Ingres, e não o 
retórico e inflamado Delacroix, 
o mais revolucionário dos 
dois. 
 
• A modernidade de Ingres está 
justamente na visão 
distanciada que tinha de seus 
retratados, na recusa a 
produzir qualquer julgamento 
moral a respeito deles, numa 
época em que se consumava 
o processo de aliança entre a 
nobreza e a burguesia. 
 
• O detalhismo também é uma 
das suas marcas registradas. 
Seus retratos são 
invariavelmente enriquecidos 
com mantos aveludados, 
rendas, flores e jóias. 
Comtesse de 
Haussonville 
(1845) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Odalisca (1857) DELACROIX 
 Podemos analisar e comparar o estilo neoclássico com o Romantico 
através das pinturas das odaliscas de Ingres Gran odalisque( 
neoclássico) e Delacroix (romantismo) , onde a primeira reflete ao 
estilo de pintura a que o movimento se propõe, através da busca 
intensa da imagem real e a preocupação em reproduzir fielmente a 
cena da forma que ela está acontecendo naquele momento (diria até 
de forma fotográfica), é o que transmitem os detalhes do 
ambiente, com o realce dos objetos e acessórios que compõem o 
quarto lembram o estilo grego, utilizado no período clássico, e 
contrastam com a luminosidade da figura central, a odalisca, na 
qual revela o padrão de beleza considerado da época, a posição da 
odalisca apesar do nu, considerado um tanto ousado para a época, 
transmite uma atitude reservada, tem um olhar desconfiado, e se 
restringe a sua própria exposição. 
 
 Já na odalisca do período romântico, Delacroix, percebemos uma 
outra visão adotada no período, não há mais preocupação em 
relatar fielmente a realidade, os traços são levado para o lado da 
pintura, se utilizando de pinceladas borradas, o ambiente não é 
“enfeitado”, não há preocupação com comportamentos ou 
arrumações, o uso do vermelho e de sombras no ambiente passam 
uma sensação de clima quente, o que faz com que a odalisca, 
juntamente com o ambiente se torne um todo, ao em vez de se 
contrastar como figura central, sua posição nos transmite uma 
atitude espontânea, sem preocupação com sua própria exposição, 
diria que ela se sente a vontade por estar ali. 
 
 
Eugene Delacroix, 1830 
 
ERA 
 Vitoriana 
1837-1901 
ERA 
 Vitoriana 
• “Num recorte antropológico, a crinolina certamente possuía uma relação simbólica com a época em que 
floresceu. Simbolizava a fertilidade feminina, como um aumento do tamanho aparente dos quadris parece sugerir. 
Essa foi uma época de famílias grandes e, uma vez que a taxa de mortalidade infantil não era tão alta quanto em 
épocas anteriores, a população da Inglaterra cresceu rapidamente. Em outro sentido, a crinolina era um símbolo 
do suposto distanciamento das mulheres. A saia rodada parecia dizer que os homens não podiam se aproximar, 
nem para beijar a mão da mulher. Mas é claro que esse distanciamento era uma grande enganação. A saia 
rodada era um instrumento de sedução”.[1] 
• 1819-1901Educada em 
alemão e sem nunca 
conseguir falar inglês 
perfeitamente, a mulher 
de ar sisudo foi alvo de 
cinco atentados em seus 
primeiros anos de 
gestão. 
 
• Apesar da antipatia de 
seu povo, em seus 63 
anos de reinado (o mais 
longo do país) a 
Inglaterra tornou-se 
símbolo de prosperidade 
militar, industrial e 
política. 
Retrato da 
Princesa 
de Broglie 
(1853) 
 Pre- 
 rafaelitas 
1848 
 
• Os pré-rafaelitas, com sua filosofia, 
abalaram o cenário artístico de Londres. 
Mas a Irmandade 
rompeu-se no fim de 1854. A esta época 
todos os membros já desenvolviam uma 
obra individual, mas jamais deixaram de 
aplicar as características pré-rafaelitas 
em seus quadros. 
 
Leia 
mais: http://obviousmag.org/archives/20
10/09/a_irmandade_pre-rafaelita_-
_a_arte_pela_arte.html#ixzz1GW1JgGP
R 
 
Julia Margareth Cameron 
 
 REALISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O REALISMO surge em meados do sec XIX, (1848 a 1875) registra a realidade 
física do mundo por meio da objetividade científica e crua, inspirado pela vida 
cotidiana e pela paisagem. A pobreza, miséria e desespero estavam para ser o 
destino do novo PROLETARIADO criado pela "revolução". Em resposta a estas 
mudanças acontecendo na sociedade, o realismo procurou retratar acuradamente as 
condições e dificuldades das classes populares na esperança de alterar a sociedade. 
Para o movimento, o artista deve representar o seu tempo, sem no entanto tomar um 
partido definido: deve retratar os pontos que considerar adequados, denunciando-os 
à sociedade. Em contraste com os românticos, que eram essencialmente otimistas 
com o destino humano, o realismo retratou a vida nas profundidades de uma terra 
urbana sem ordem. O conteúdo de crítica social das obras e um erotismo mais 
explícito causam forte reação na crítica e no público. Entre as principais pinturas 
estão Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré 
Daumier; e Almoço na Relva, de Édouard Manet. 
 
. 
 
 
A representação realista, quando comparada a uma pintura romântica, 
não apresenta fortes expressões faciais; há preocupação com a 
exatidão do desenho e uma preocupação excessiva com o acabamento 
do quadro. 
O pai do movimento realista(1.850) foi Gustave Courbet ( 1819 
- 77 ). Ele insistiu que "a pintura é essencialmente uma 
arte concreta e tem de ser aplicada às coisas reais e 
existentes". Quando lhe pediram que pintasse anjos, 
respondeu: "Nunca vi anjos. Se me mostrarem um, eu pinto 
". 
No Brasil, os realistas surgiram apenas nas décadas finais do séc. XIX. O Realismo serviu como contraponto ao Classicismo e ao Romantismo, 
movimentos artísticos caracterizados por obras que idealizavam a vida. Os realistas buscavam a objetividade, procuravam não distorcer a realidade. 
• Contudo, até mesmo a obra realizada segundo o mais coerente Realismo era resultado da observação e do julgamento pessoais. 
Características da pintura realista: 
 
* Representação da realidade com a mesma 
objetividade com que um cientista estuda um 
fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava 
representar o mundo de maneira documental; 
 
• Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a 
natureza, pois a beleza está na realidade tal qual 
ela é; 
 
*Revelação dos aspectos mais característicos e 
expressivos da realidade. 
 
Apesar do preconceito de alguns 
pintores em relação à fotografia, vários 
se baseiam em fotos para pintar, como 
os franceses INGRES e DELACROIX 
e, posteriormente, muitos 
impressionistas. 
 
 
 
• Antes de começarmos a pensar e a falar sobre as Vanguardas Artísticas, é necessário 
elaborar um breve panorama histórico sobre os fatores que possibilitam seu surgimento na 
primeira metade do séc. XX. Para isso, retornaremos um pouco mais no tempo para 
compreender as origens e os anseios que surgirão posteriormente na história da arte. Em 
meio a um contexto de crise econômica, a França viveu em 1848 uma nova onda 
revolucionária, e logo percebeu a importância que as forças populares
teriam em seu 
movimento, como fator decisivo para a vitória. Nesse momento, o movimento ganha 
reivindicações de caráter social, além das político-econômicas, como a defesa de um regime 
democrático e constitucionalista, em conjunto com as demais propostas de nacionalismo e 
liberalismo. O caráter ideológico contrário ao Antigo Regime conseguiu, neste momento, unir 
grupos de origens sociais muito distantes. É a partir dessa união ideológica que surge o 
Realismo, uma arte de vanguarda que considera a realidade como problema central, uma 
vez que é ela quem determina a vida humana. Os quadros do realismo procuram expressar o 
ser humano como um ser histórico, produtor e produto do meio em que vive. Há uma rejeição 
do Romantismo, considerado descompromissado com a realidade humana na medida em 
que celebrava o misticismo, a beleza convencional e a evocação dos feitos históricos, em 
vez das pessoas comuns. O Socialismo Científico associa-se com o Realismo artístico (o 
ser humano é o centro de tudo). A crise deste movimento começa a ser observada após a 
derrota da experiência revolucionária da Comuna de Paris (1871), onde ocorre uma 
desagregação do realismo, uma vez que seus adeptos ativamente participavam da, ou 
simpatizavam com, a Comuna (principalmente os grandes mestres realistas). A burguesia, já 
então fortalecida, tende ao conservadorismo e acaba se afastando ideologicamente do 
restante dos movimentos sociais populares, rompendo a união realizada anteriormente O 
resultado disso é a desvalorização do Realismo e a valorização de uma arte não tão 
comprometida com as causas sociais: surge então o Impressionismo. O fortalecimento 
econômico, político e social da burguesia fez com que esta percebesse que, se o Realismo 
continuasse a ser valorizado, cedo ou tarde o restante da população se voltaria contra ela, 
atribuindo à burguesia a causa das mazelas vividas pelas classes mais baixas (a realidade 
precisava ser ocultada). A Realidade continua a ser retratada nas obras Impressionistas, só 
que de maneira superficial (a partir da impressão que o artista tem desta). 
Impressionistas 1880 a 1900 
 
 
 
pictorialismo 
 
“O Pictorialismo surgiu na segunda metade do século XIX com a 
tentativa de elevar a fotografia à categoria de arte. Os 
fotógrafos pictorialistas tentavam através das suas imagens fazer 
uma aproximação à pintura, manipulando muitas vezes as 
fotografias à mão, alterando a granulação, os tons, modificando 
ou suprimindo elementos de forma a assemelhar as fotografias a 
pinturas ou aquarelas. Se, por um lado, a fotografia perdia sua 
relação com o real, por outro, o fotógrafo começava a ser visto 
como criador de uma realidade. A fotografia era deste modo, a 
realidade segundo o ponto de vista do fotógrafo.” 
 
Ao analisarmos a fotografia de Felix Nadar, é impossível não 
perceber as características do pictorialismo e a semelhança com a 
pintura. As cenas montadas especialmente para aquele registro, o 
olhar meio distante, um pose sem muita significância. Vale 
lembrar que os primeiros retratos foram extensões de poses já 
transcritas pela pintura. O que diferenciava a fotografia da 
pintura era a exatidão que a fotografia proporcionava, pois o 
resultado era exatamente o que se via. 
Lichfield Cathedral, West Porch, c.1858 
Roger Fenton, 1819 - 1869 
Albumen print from wet collodion negative 
 
• O movimento pictorialista eclodiu na França, na 
Inglaterra e nos Estados Unidos a partir da década 
de 1850, congregando os fotógrafos que 
ambicionavam produzir aquilo que consideravam 
como fotografia artística, capaz de conferir aos seus 
praticantes o mesmo prestígio e respeito grangeado 
pelos praticantes dos processos artísticos 
convencionais. O problema é que essa ânsia de 
reconhecimento levou muito dos adeptos do 
pictorialismo a simplesmente tentar imitar a 
aparência e o acabamento de pinturas, gravuras e 
desenhos ao invés de tentarem explorar os novos 
campos estéticos oferecidos pela fotografia. Por esta 
razão, este movimento, que perdurou basicamente 
até a década de 1920, foi estigmatizado durante 
muito tempo 
 
• Nadar (Gaspard-Félix Tournachon) 
• Lewis Carroll 
• Roger Fenton 
• Mathew B Brady 
• Julia Margareth Cameron 
• Henry Peach Robinson 
• Peter Henry Emerson 
• Anthony Samuel Adam-Salomon ( iluminação 
rembrant) 
 
Two Ways of Life - O G Rejlander- December 1857 
• No centro do palco um sábio barbudo(1) guia 2 jovens através da soleira da maturidade. O jovem da esquerda 
(2) é tentado por uma vida de dissipação, simbolizada por sereias(3), cumplicidade (4), jogadores (5), uma 
velha prostituta (6), vadios (7), e uma bacante (8). à direita o jovem de altos princípios morais é atraido por 
penitentes (10), um grupo de trabalhadores (11), uma família mostrando as alegrias do casamento (12), o 
conhecimento (13) e as boas profissões (14). Entre os grupos está um nú, a figura velada do arrependimento 
(15), trocando a má pela boa conduta. 
 December 1858: 27 photographs for £7 15s 0d. 
- March 1859: 32 photographs for £6 14s 6d. 
1859 
 
HP Robinson 
Portrait of Oscar Wilde, New York (1882) . Napolean Sarony Julia Margaret Cameron Paul and Julia 1864 Albumen print from a collodion-on-glass negative 
Xie Kitchin, 1870 
Alice Liddell (right) and sisters 
TIMOTHY O'SULLIVAN (1840-1882) 
"Aboriginal Life among the Navajoe Indians, near Old Fort Defiance, N.M. [sic]," 1873. 
Albumen print. Princeton Collections of Western Americana. Purchase, J. Monroe Thorington Fund 
1874 
albumen print, 20.4 x 27.3 cm 
• Franz Liszt Blandine, fille de F. Liszt et Marie d'Agoult 
Anthony Samuel Adam-Salomon 
Peter Henry Emerson , decada de 1880 
Os fotógrafos de guerra 
• Roger Fenton (Guerra da Criméia 
– 1855) 
• Timothy O´Sullivan ( Guerra 
civil norte-americana, 1861). 
• Mathew B Brady 
• — Patrocinado pelo 
governo inglês, ROGER 
FENTON, atendeu 
encomendas oficiais 
para registrar a 
Guerra da Criméia 
contra a Rússia (de 
1853 a 1856, na 
Península do Mar 
Negro), onde fez 
muitas fotografias 
durante a primavera de 
1855 – fotografou 
durante quatro meses. 
Para fazer seu 
trabalho, transforma 
uma carruagem puxada 
por cavalos em quarto 
escuro, onde revela as 
chapas. Ao todo, 
produz 360 
fotografias. Realiza 
assim a primeira 
grande documentação de 
uma guerra e dá início 
ao FOTOJORNALISMO. 
Roger Fenton 
The Valley of the Shadow of Death 1855 
Roger Fenton, Guerra da Criméia 
 
Timothy O'Sullivan, Harvest of Death (4th July, 1863) 
 
21st Michigan Infantry: Sherman's Volunteers, 1860s 
Albumen Mathew B. Brady (American, 1823–1896) 
 
1862. 
Fotografia de movimento 
 
EDWARD MUYBRIDGE 
Etienne Jules Marey 
São com os fotógrafos científicos de estudo de movimento que a imagem começa a ser 
verdadeiramente captada em sequência: 
 
Vamos contextualizar.... 
• O advento do moderno- Na literatura, a data do advento do MODERNO coincide 
com a do surgimento da poesia em prosa de Charles Baudelaire e de Folhas 
da relva de Walt Whitman, de 1855, o primeiro livro de poemas em verso livre. 
• Nas artes plásticas, costuma-se situar o germinar da arte moderna do sec. XX 
com os experimentos estéticos
realizados por PAUL CEZANNE nas décadas de 
1870 e 80. A percepção do espaço pictórico estudado por Cézanne é considerado 
um ponto de partida para a obra de diversos artistas vindouros. 
• Cada uma das vanguardas que surgiriam nas décadas seguintes interpretariam de 
formas diferentes esses estudos e os seguiriam de formas diversas. 
• Movimentos vanguardistas eram aqueles que propunham uma nova 
visão estética da arte.que ocorreram do período pós- impressionista 
até antes da pós- modernidade 
• Vanguardas europeias-É o conjunto de tendências que, numa determinada 
época, se opõem às tendências CULTURAIS, principalmente no campo das artes, 
tais manifestações artísticas surgiram em torno da 1º Guerra Mundial, 
compreendendo o período que a antecedeu e o período que a sucedeu - quando 
então o mundo já se preparava para a 2º Guerra Mundial. 
 
 
• 1848: Movimentos de 1848 
• Meados do séc XIX: Realismo 
• 1871: Comuna de Paris 
• Final do séc XIX: Impressionismo 
• 1904: Fauvismo 
• 1905: Expressionismo 
• 1909: Cubismo 
 
 
1910: Futurismo 
1914 - 1918: I Grande Guerra 
1917: Dadaísmo 
1922:Semana de Arte moderna no Brasil 
1924: Surrealismo 
1929: Crise de 1929 
 1939 - 1945: Segunda Guerra Mundiall 
 
No Brasil 
Os movimentos de vanguarda foram o GRUPO PAU BRASIL e o 
MOVIMENTO ANTROPÓFAGO, que são reconhecidos 
internacionalmente. O primeiro próximo do cubismo e do dadaísmo, o 
segundo próximo do surrealismo, ambos com a mesma origem 
primitivista de vários dos mais importantes movimentos vanguardistas 
europeus. Várias tendências das vanguardas européias convergiram na 
Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, tornada 
como marco do MODERNISMO brasileiro. 
: Eugène Atget, André 
Kertész, Brassaï, Robert Doisneau, Cartier Bresson 
 
 
André Kertész 
Robert Doisneau - Les coiffeuses 
Vamos relembrar.......... 
 
• No inicio houve um preconceito de alguns pintores em relação à fotografia, mas alguns 
começaram a basear-se em fotos para realizar suas pinturas. Por outro lado entrando em 
contraposição a idéia do pictorialismo os naturalistas vem com a idéia de defender a 
fotografia direta sem manipulação ou artifícios mantendo uma imagem purista da fotografia. 
 
• O pictorialismo recebia pressão dos dois lados, por um lado os pintores que defendiam a 
pintura artística e por outro lado os naturalistas que defendiam a fotografia pura, a visão 
pictorialista era unir a fotografia com a pintura para que através da fotografia tratada e 
pintada pudesse criar um novo estilo, com uma qualidade fiel do cenário. 
 
 
 
 NO ENTANTO...... 
• O sec xx traz uma nova visão de mundo!!!!!!! 
 NAS ARTES, surgem os movimentos de 
vanguarda ....Também na fotografia 
ocorrem mudanças. 
 SURGE A FOTO-SECESSÃO 
FOTO-SECESSÃO 
Uma associação de fotográfos fundada nos 
EUA em 1902 que durou até 1916 por ALFRED 
STIEGLITZ com colaboração de STEICHEN. 
Eles lutaram para que a fotografia pudesse 
ser considerada uma das belas-artes. 
 
 
 
 Através de suas fotografias e suas apresentações em concursos e 
exibições, os Secessionistas demonstraram conclusivamente que era 
necessário 
 diferenciar a fotografia como informação 
visual da fotografia como expressão visual. 
 O tema, por si só, não faz da fotografia uma arte; usada como uma forma de 
expressão estética, ela poderia ser um meio expressivo. 
 
 
 
 
 
 
• Neste momento a foto passa a ser valorizada como expressão 
artística própria, diferente das demais artes. 
• Os fotossecessionistas defendem a fotografia sem retoques 
ou manipulação nos negativos e nas cópias, em reação ao 
pictorialismo. 
• A fotografia se aproxima do ABSTRACIONISMO, com ênfase na 
forma e não no objeto em si. 
• O trabalho dos fotossecessionistas é divulgado pela 
revista CAMERA WORK, fundada por Stieglitz e publicada 
entre 1903 e 1917. 
• Principais nomes do movimento: ALFRED STIEGLITZ 
 EDWARD STEICHEN, 
 ALVIN LANGDON COBURN e 
 PAUL STRAND 
NO COMEÇO DA CARREIRA : 
Alfred Stieglitz pertencia ao Camera Club de Nova Iorque,ele utilizava truques, 
espalhava óleo na lente das objetivas, utilizavam gaze para tornar a focagem mais 
difusa e assim dar o efeito para aproximarem a fotografia da pintura, mas de uma 
pintura passada, porque à época a pintura já emancipava-se do real pela abstração. 
Steichen gostava das paisagens românticas com lagos usando a técnica pictorialista 
 
 
 FOTOGRAVURA 
 
 Mesmo com a modernização dos processos fotomecânicos, a 
fotogravura artesanal continuou – econtinua – agradando a 
muitos artistas como um meio rico em alternativas para 
desenvolver a linguagem fotográfica. 
 Hoje em dia, devido à diversidade de métodos existentes para 
transportar uma imagem para uma matriz de impressão, 
convencionou-se chamar de fotogravura, todo o sistema de 
gravação artesanal que se utiliza da linguagem fotográfica como 
meio de expressão. 
 Podemos dividir o processo de transferência da imagem 
fotográfica para a matriz em 3 grupos: 
 
 Processo Fotográfico: Um fototipo é revelado diretamente na 
matriz revestida com material sensível a luz. 
 Processo Serigráfico: É feita uma tela serigráfica da imagem, 
imprimindo-a na matriz com tintas especiais 
 Processo de Transferência Direta : Este é o processo mais 
recente de todos, onde é feita uma impressão digital ou 
fotocópia a base de polímeros (toner) que é transferida para a 
matriz através de calor ou solventes. 
 
 A fotogravura é uma técnica usada há séculos como um método 
alternativo que está entre a gravura tradicional e a fotografia. 
Diversos artistas se utilizaram desta técnica em seus 
trabalhos,como: 
 Deli Sacilotto, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, Lesley 
Dill, Robert Mapplethorpe, Paul Wunderlich, Chris Webster, Dan 
Welden, Thereza Miranda, Beatrice Sasso, Alex Flemming, 
Maria do Carmo Freitas, dentre outros. 
 
 A fotogravura artística não é uma mera forma de reprodução 
fotomecânica. Não basta apenas transferir uma imagem para a 
chapa, há de se trabalhar esta fotografia como base para o 
trabalho artístico. Uma infinidade de interferências podem ser 
adicionadas a essa placa, como grafismos, manchas, tipologias, 
desenhos, etc. Não há limites também de técnicas, podendo se 
utilizar os processos tradicionais de litografia, como lápis 
litográfico, tinta litográfica, tusche e todo e qualquer meio para 
se conseguir, através de uma fotografia, uma imagem 
inovadora. 
• Straight 
Photography 
 
Definição- O conceito de straight photography 
(fotografia direta, pura) é utilizado para caracterizar 
UM ESTILO, uma vertente da fotografia moderna surgida 
nos Estados Unidos na década de 1910, cujos expoentes 
mais conhecidos são: 
 
• Alfred Stieglitz (1864 - 1946), 
• Paul Strand (1890 - 1976), 
• Edward Weston (1886 - 1958) e 
• Anselm Adams (1902 - 1984). 
 
 As imagens são feitas pelo contato direto da câmera 
com a realidade, sem intervenções no laboratório ou na 
cópia. Apesar de apresentar diversos pontos em comum
com as vanguardas européias, como a nova objetividade 
fotográfica e a nova visão, o movimento norte-americano 
distingue-se por enfatizar a noção de fotografia como 
expressão subjetiva. 
. 
• Por volta de 1907, Stieglitz, líder do Photo-Secession, 
direciona seu trabalho para os pressupostos da fotografia 
direta. Começa a trabalhar com negativos de grande formato 
copiados por contato em papel brilhante, na época 
considerado inapropriado para a realização de fotos 
artísticas, pois não permitia retoques posteriores. Ele se 
volta para retratos, cenas urbanas - quase sempre feitas da 
janela de seu apartamento em Nova York - e, sobretudo, para 
a natureza. Um de seus trabalhos mais conhecidos é 
Equivalentes, uma série de fotografias de nuvens que 
revelam o apreço de Stieglitz por temas prosaicos, além de 
exemplificar procedimentos comuns em sua obra, como o 
trabalho de imagens fragmentadas semelhantes a abstrações. 
 
 
 
• Provavelmente a ideia mais madura já apresentada na 
atividade fotográfica foi o conceito de EQUIVALÊNCIA, 
criado por Stieglitz em 1920 e por ele praticado em toda a 
sua vida. Consequentemente, a teoria agora é praticada por 
um número sempre crescente de fotógrafos sérios e 
dedicados, amadores e profissionais. O conceito e 
disciplina de Equivalência é, na prática, a coluna 
vertebral e o cerne da fotografia como um meio de expressão 
e criação. 
 
 
 
Em 1922, expôs ” Music – A 
Sequence of ten Cloud 
Photographs “ aproximando a 
fotografia das linguagens 
abstratas da Pintura e 
intitulando esta série, na qual 
trabalhou por 12 anos, de 
“Equivalents”. Sobre este 
trabalho disse: 
“ Eu queria fotografar as 
nuvens para descobrir o 
que eu tinha aprendido em 
quarenta anos sobre 
Fotografia’. 
Conceito de Equivalência 
 Para o conceito de Equivalência a emoção deve ser exercitada e estimulada 
em qualquer ato fotográfico, pois ela é a chave para a expressão do indivíduo. É 
neste sentido que procuramos estimular a força da linguagem fotográfica e de seu 
potencial como instrumento de comunicação na sociedade atual tomando como 
base para esse estudo o conceito de Equivalência, que associa a imagem 
fotográfica a uma metáfora. 
 A idéia de criação de imagens a partir do conceito de Equivalência nasceu de 
Alfred Stieglitz nos primeiros anos da década de 20, tendo sido também adotada 
por membros da Photo-Secession em Nova York. Posteriormente, mais difundido 
por Minor White, este conceito começou a ser entendido pelo processo de criação 
de imagens fotográficas a partir de sua equivalência com as emoções que estão 
armazenadas nas recordações afetivas, nos sentimentos e nas vivências de cada 
indivíduo. Portanto, a fotografia no conceito da Equivalência, é usada como fonte 
de estímulo e de expressão e não apenas como fato documental. Minor White 
procurou explicar a criação-expressão da imagem fotográfica a partir de níveis de 
Equivalência. 
 A fotografia expressa um certo grau de Equivalência quando o espectador vê 
na imagem algo correspondente a uma sensação de seu interior, ou seja, os 
sentimentos do fotógrafo são similares ao do seu espectador, criando assim, um 
sentimento conhecido, uma Equivalência de sensações e estímulos. 
 "O poder do equivalente, no que concerne ao fotógrafo criativo-expressivo, pode 
transmitir e evocar sentimentos acerca das coisas, situações e eventos que por uma 
razão ou outra não podem ser fotografados. O segredo está na possibilidade de 
utilizar as formas e superfícies dos objetos frente a câmera em suas qualidades 
expressivo-evocativas (WHITE, 1984b:212)." 
•Em 1924 o Boston Museum of Fine Arts adquiriu uma série de 
suas fotos, sendo a primeira vez que um Museu incluia Fotografias 
em seu acervo permanente. De 1924 a 1937, expôs regularmente e 
ampliou sua Biblioteca e Coleção de Arte Moderna, incentivando e 
apresentando novos artístas. Nos últimos anos de sua vida viu seu o 
seu trabalho ser reconhecido e exposto nos maiores museus do 
mundo. 
PAUL STRAND — (Estados Unidos, 1890-1976). Sua obra 
corresponde à época do modernismo na América do Norte e na 
Europa. É importante dentro deste marco histórico por 
revolucionar uma estética baseada na natureza objetiva da 
realidade e as possibilidades visuais que permitem as 
câmeras de grande formato uma imagem de alta resolução. (pg. 
686) 
 As duas últimas edições da revista Camera Work, 
editadas em 1916 e 1917 por Stieglitz, publicam fotos de 
Paul Strand: retratos de pessoas nas ruas, cenas urbanas 
registradas de pontos de vista inusitados ("de cima" ou "de 
baixo") e imagens de detalhes de objetos que lembram 
pinturas abstrato geometricas 
 
 As fotos de Strand, bem como sua argumentação em favor 
da autonomia da fotografia perante a pintura,o tornam um 
importante representante da straight photography. Para ele, 
o fotógrafo artista deveria aliar uma profunda necessidade 
de expressão individual a um rigoroso conhecimento técnico. 
 
 Em artigo publicado em 1923, critica os pictorialistas 
sobretudo pelo fato de produzirem imagens híbridas, pois 
toda arte deveria ser "pura": 
 
 
 
 
"Atualmente se está demonstrando que uma fotografia construída 
sobre as qualidades fotográficas básicas não pode ser imitada de 
modo algum por um pintor ou um gravador. É algo com um caráter 
inalienável, com sua própria especial qualidade de expressão como 
qualquer produto de outro meio artístico totalmente acabado". 
 
PAUL STRAND 
PAUL STRAND 
GRUPO F.64 
 
 
 Em 1932, Edward Weston, Anselm Adams e Imogen 
Cunningham, entre outros seguidores das concepções de 
Stieglitz e Strand, formam o Grupo F.64. 
 
 
 O nome da associação se refere ao número que identifica a 
menor abertura usada em lentes de câmeras para obter 
imagens com o máximo de clareza e definição, qualidades 
consideradas como essenciais para os integrantes do 
movimento. Para repudiar o pictorialismo, eles preconizam a 
perfeição da tiragem e o respeito absoluto pelas 
características dos materiais. 
 
 
"Só uma prova tecnicamente perfeita, 
realizada a partir de um negativo 
tecnicamente perfeito, pode, a meus 
olhos, ter valor intelectual ou 
capacidade emocional.” (Edward Weston) 
 
http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=6178 
 
 
 Weston trabalha com câmeras de grande formato 
e, como Stieglitz, copia seus negativos por 
contato, evitando assim a perda de definição. O 
artista defende a pré-visualização da cena a ser 
fotografada como uma maneira de obter controle 
absoluto sobre os resultados. Ele acredita na 
"honestidade" da câmera fotográfica que, em sua 
concepção, utiliza para registrar a "essência" e a 
"verdade" das coisas. 
 
 
 Seus temas preferidos eram nus, paisagens e 
naturezas-mortas.O trabalho de Weston apresenta 
diversos pontos em comum com a obra de Adams, que 
se volta principalmente para a paisagem do oeste 
dos Estados Unidos. Adams é autor da trilogia A 
Câmera, O Filme e A Cópia, livros que ensinam como 
ter controle total da imagem, condição primordial 
para o fotógrafo se expressar artisticamente, 
segundo os paradigmas da straight photography. 
Ansel Adams 
Edward Weston 
Weston realiza pesquisa sobre forma, luz, volume, gradação tonal em preto e branco. 
Nova objetividade
• Em 1924, Gustav Hartlaub, diretor do museu de Manheim cunhou a 
denominação "Nova Objetividade" (Neu Sachlichkeit) para designar a nova 
e vigorosa tendência do cinema alemão, de corte realista. 
 
• O principal representante na fotografia foi Albert Renger Patzsch. 
Cujas propostas foram:fazer um emprego funcional da luz, 
 utilizar enquadramentos diferentes e 
 usar objetivas de diferentes comprimentos focais. 
 
• Werner Graff escreveu um livro em 1929 chamado Es kommt der neu Fotograf 
(Aqui chega o novo fotógrafo) no qual tratava sobre as fotografias da 
nova objetividade. O movimento chamado "Nova Fotografia" foi criado, 
trazendo consigo fotografias nítidas, com caráter documental frente à 
arte fotográfica anterior baseada na poética autoconsciente. 
 
• Na Alemanha os principais representantes foram Jonh Heartfield, Karl 
Blossfeldt, Walter Peterhans, Helmar Lerski e August Sander. Na 
Republica Tcheca encontrava-se Josef Sudek. Na Russia ligado ao 
CONSTRUTIVISMO encontrava-se Aleksandr Rodchenko. 
 
• Nos Estados Unidos encontram-se próximos a esta corrente, fotógrafos 
como Paul Strand, Edward Weston, Imogen Cunningham, Ansel Adams e 
Walker Evans. Este grupo representava uma nova direção que defendia a 
fotografia não manipulada. 
Albert Renger-Patzsch, Mountain Forest in Winter, 1926 
1927 
Veja tambem como curiosidade:Bernd & Hilla Becher: 
Karl Blossfeldt 
August Sander 
1928 
1928 
A primeira LEICA surgiu em 1914, desenhada pelo construtor de microscópios o engenheiro OSKAR BARNACK para a casa LEITZ, de Wetzlar. Mas a Leica 
demoraria dez anos para se aperfeiçoar devido ao início da I Guerra Mundial e a inflação que se seguiu na Alemanha, prejudicando a indústria de modo geral. 
A primeira câmera fotográfica de dimensões reduzidas: 35mm, a LEICA , afirma-se em 1924. Em 1925 a empresa começa a comercializá-la. Ela dá um 
grande impulso ao fotojornalismo por ser silenciosa, rápida, portátil e por ter disponíveis diversos tipos de lentes e acessórios. Quando iniciou sua trajetória, 
era a primeira câmera miniatura a vir com telêmetro acoplado à sua objetiva ELMAR, de excelente definição, com abertura máxima de f3,5. O poder de 
resolução era incomparável: como ressaltam HELMUT e ALISON GERNSHEIM, elevou as câmeras miniaturas a “verdadeiros instrumentos de precisão”. Isso 
foi percebido a partir de 1931, quando os reveladores de grão fino reduziram a granulosidade dos filmes rápidos, assegurando boas ampliações. 
1915 — Com o aperfeiçoamento dos processos de impressão, os jornais diários começam a utilizar a fotografia com mais frequência para ilustrar as 
reportagens, em substituição ao desenho. A presença de fotos na imprensa firma-se com os jornais Daily Mirror, de Londres (Reino Unido), e Ilustrated Daily 
News, de Nova York (EUA). 
Ur-Leica 1914 
O construtivismo como movimento ativo durou 
até 1934, as suas proposições inovadoras influenciam fortemente 
toda a arte moderna.( A partir do Congresso dos Escritores de 1934 
a única forma de arte admitida na URSS seria o Realismo 
Socialista). 
Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização 
constante de elementos geométricos, cores primárias, 
fotomontagem e a tipografia sem serifa. O Construtivismo teve 
influência profunda na arte moderna e está inserido no contexto das 
vanguardas estéticas europeias do início do Sec. XX. A Bauhaus , 
assim como grande parte da vanguarda russa são manifestações 
influenciadas pelo Construtivismo. 
Do ponto de vista das artes plásticas, usando uma acepção mais 
ampla da palavra, toda a arte abstrata geométrica do período 
(décadas de 1920, 30 e 40) pode ser grosseiramente chamada de 
construtivista 
Alexander Rodchenko, e 
László Moholy-Nagy, 
ampliaram as possibilidades 
da fotografia, incutindo no 
fotógrafo o desafio de 
mostrar o mundo de uma 
forma diferente e inusitada. 
Enriquecendo o imaginário 
fotográfico, Rodchenko e 
Moholy-Nagy, iniciaram, a 
história da fotografia 
abstrata, propondo novos 
ângulos em imagens que 
contribuíram para o 
abstracionismo na fotografia. 
. 
 
Girl with Leica 1934 
dadaísmo 
 É no clima da desilusão e do ceticismo 
proporcionado pela 1ª Guerra Mundial, que 
as várias manifestações que tinham como 
base um anarquismo niilista (negação de 
qualquer crença) e o slogan "a destruição 
também é criação", tomaram conta dos 
sentidos dos artistas. Um movimento de 
atitudes fortes, o Dadaísmo é a negação 
intelectual, a contestação de valores – 
usados amplamente nessa crítica cultural 
que fazem a fim de conseguirem com os 
seus variados canais de expressão 
(revistas, manifestos, exposições) o 
choque e o escândalo da sociedade 
tradicional. 
 Revolucionário, anárquico e 
anticapitalista, o dadaísmo, prega o 
absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o 
uso de diversas linguagens, como pintura, 
poesia, escultura, fotografia e teatro. 
Destacam-se os artísticas: Hugo Ball, Hans 
Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, 
Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz 
e Man Ray. 
 Mesmo que o ano de 1922 apareça 
como o do fim do dadaísmo as 
ressonâncias do movimento que serviram 
de inspiração para movimentos artísticos 
posteriores foram bem fortes. EX: o 
Surrealismo, a Arte Conceitual, o 
Expressionismo Abstrato e a Pop Art 
americana 
 
The First International Dada Fair at Dr. Otto Burchard’s Berlin art gallery in 1920 
Vanguardas - Dadaísmo 
*Raoul Hausmann (1886-1971) 
 
 
Hausmann foi um mestre na 
sistema de união de 
fragmentos, a fotomontagem. 
“Técnica e arte servem para compreender com claridade, uma mais a nível 
prático e outra mais a nível sentimental, todas as possibilidades que existem 
na natureza e que ampliam a receptividade de nossos sentidos e de nossas 
faculdades físicas” 
Raoul Hausmann's Postcard to I.K. Bonset, 1921 
 Raoul Hausmann, Dada wins!, 1920 
Two Nudes on a Beach [Hedwig Mankiewitz and Vera Broido], 1930 
"Art Critic" 
1919-1938 — Ao final da I Guerra Mundial, a fotografia liga-se a movimentos artísticos de 
vanguarda, como o CUBISMO e o SURREALISMO. 
Fotógrafos como o norte-americano MAN RAY e o húngaro LÁSZLÓ MOHOLY-NAGY trabalham em estreita 
ligação com pintores e outros artistas. As técnicas de FOTOMONTAGEM (manipulação de negativos) e 
FOTOGRAMA (imagem direta sobre o papel fotográfico, sem o uso do negativo e da câmera são 
amplamente usadas. 
 
• Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque buscava uma 
realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para comprovar a existência dessa realidade 
no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente do positivismo indicial que guiou o início da linguagem 
fotográfica. Além dessa visão da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser 
entendida como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações de 
significado. 
Photogram, 1926. 
Foto de Laszlò Moholy-Nagy. 
•Le violon d’Ingres, 1924. 
 de Man Ray. 
Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque 
buscava uma realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para 
comprovar
a existência dessa realidade no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente 
do positivismo indicial que guiou o início da linguagem fotográfica. Além dessa visão 
da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser entendida 
como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações 
de significado. 
 
Rayogramas (fotografia sem câmera), 
fotogramas e solarizações marcam a 
fotografia de Man Ray. 
 
 
Um artista múltiplo - fotógrafo, pintor, cineasta, 
desenhista e ilustrador -, Man Ray foi, também, um 
dos maiores expoentes do Dadaísmo. 
*Man Ray 
(1890 -1976) Filadelfia , EUA 
Vanguardas – Surrealismo – 
Sua obra fotográfica e seus 
fotogramas passam a ser 
descontextualizados, criando 
uma nova realidade. 
Rayograma 
Auto-retrato - Solarização 
Com a utilização perfeita das sombras 
nos fotogramas, consegue criar a 
impressão de tridimensionalidade num 
processo de resultados quase sempre 
planos. 
Vanguardas – Surrealismo 
*Bill Brandt (1904-1983) Hamburgo, Alemanha 
Em 1928, Brandt começa a realizar fotografias 
em Paris. No ano seguinte, passa a ser ajudante 
de Man Ray, introduzindo-se no mundo 
artístico surrealista. 
Ao final da II Guerra Mundial, 
desenvolve o seu interesse pelo 
nu. Procura fazer interpretações 
pessoais do corpo humano, com 
primeiro plano e inspiração 
claramente surrealista. 
Adota a técnica do 
distanciamento na realização 
das fotografias, um método 
de trabalho próprio da 
estética surrealista, eu ficou 
marcado de forma muito 
notável.. 
Dali atómico é talvez a foto mais famosa do controverso pintor espanhol, tirada por Phillipe Halsman. Não se tratou de um ato isolado mas sim 
fruto de uma colaboração continuada entre os dois artistas iniciada em meados da década de 40' do século XX, quando o Surrealismo se 
encontrava no seu ponto mais alto. Este tipo de trabalhos não era inédito nem invulgar como pode à primeira vista parecer entre fotógrafos 
conceituados; Man Ray ou Dora Maar, por exemplo fizeram-no amiúde. Neste caso particular, conseguir este instantâneo não foi tarefa fácil. 
. 
• Halsman não usou montagens nem qualquer tipo de truque; apenas encenação 
meticulosa, muita preparação, bastante paciência e numerosas tentativas 
falhadas. Após cada ensaio era necessário limpar a água derramada no 
chão, ir atrás dos gatos e acalmá-los; às vezes aconteciam acidentes e 
Dali tomava um bom banho... Por fim, na 28ª sessão foi conseguido o 
efeito pretendido. 
 A arte não é um acaso 
Há ainda In Voluptas Mors, uma composição artístico-macabra onde um grupo 
de mulheres nuas sobre um fundo negro dá forma a uma caveira perante o 
típico olhar alucinado de Dali, e Midsummer Night's Mare, um bailado 
espacial de figuras vestidas a rigor por entre pães, fruta e outros 
elementos comestíveis. 
Max Ernst 
Walker Evans 
Walker Evans: Negro Barbershop Interior, Atlanta, 1936 
 
Dorothea Lange 
Outros movimentos artísticos também se utilizaram da fotografia com perspectivas diversas, abalando o status realista da fotografia. No Brasil, podemos citar o fotógrafo José Oiticica Filho. 
Oiticica participou do Photo Club Brasileiro e mais tarde do Foto Cine Clube Bandeirante. Ele seguiu a vertente abstracionista, sob forte influência geométrica, utilizando-se de intervenções no 
processo de revelação e ampliação e de técnicas como a fotomontagem “para fugir à característica documental que considerava inerente à fotografia. ” (COSTA, 2004, p. 74). O artista ainda 
ganhou projeção no campo do Construtivismo, fotografando, em preto e branco e em alto contraste, quadros anteriormente pintados por ele mesmo, fotografias que “representam seus 
melhores momentos artísticos”, segundo Helouise Costa (2004, p.75). Outro fotógrafo brasileiro que foi influenciado pelo concretismo e o neoconcretismo dos anos 40 – e que, por sua vez 
influenciaram também as artes plásticas e a literatura – foi Geraldo de Barros. O fotógrafo também freqüentou o Foto Cine Clube Bandeirante e se caracterizava pelo nível de 
experimentalismo de suas fotografia 
 
 
1940. 
 Foto de José Oiticica Filho Triângulos semelhantes, 1949. 
Para Geraldo de Barros a fotografia 
 
“é um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como 
categoria artística, na 2ª Bienal de São Paulo. Acredito também que é no erro, na 
exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em 
conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por 
excessivos virtuosismos. Sempre trabalhei com uma câmera Rolleiflex, de 1939, que me 
possibilita duplas ou mais exposições do filme, o que me permite compor quando 
fotográfo. Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, 
leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é 
negativo para a arte fotográfica. 
 
 
1958 - Nascimento da Pop-Arte (Richard Hamilton, Robert Rauschenberg, 
Jasper Johns, Roy Licthenstein, Andy Wharol). 
 
 
 
 
Experimentações contemporâneas 
Os movimentos de vanguarda deram início a muitas outras 
transformações na fotografia. Além disso, o grande 
desenvolvimento tecnológico, social e econômico vivido 
durante o século XX certamente influenciou muitos campos 
da arte e da cultura. Esses dois fenômenos juntos servem 
de base para o entendimento de uma fotografia que, no 
século XX, se volta à esfera intimista, de caráter 
subjetivo e experimental. Os fotógrafos desenvolvem 
técnicas e formas que subvertem a idéia da fotografia 
como representante fiel da realidade. 
Ainda é importante nos lembrarmos do impacto da 
eletrônica sobre a fotografia. Hoje a fotografia pode se 
transformar em um código digital binário que possibilita 
sua manipulação por softwares gráficos, tornando-a fluida 
e liberta de seu referente. Arlindo Machado já nos alerta 
que: “A conseqüência mais óbvia e mais alardeada da 
hegemonia da eletrônica é a perda do valor da fotografia 
como documento, como evidência, como atestado de uma 
preexistência da coisa fotografada, ou como árbitro da 
verdade.” (MACHADO in SAMAIN, 2005, p.312). 
Não queremos dizer que as imagens contemporâneas ignorem 
por completo a realidade, mas que o diálogo entre imagem 
e realidade é agora mais mediado. O fotógrafo está mais 
livre para suas experimentações, e a imagem assume uma 
estética 
que pode estar em constante mudança. 
Arlindo Machado nos diz que as novas poéticas 
fotográficas ainda estão aquém das possibilidades 
oferecidas pela eletrônica. Muitos trabalhos representam 
somente um deslumbramento com as possibilidades 
tecnológicas e não um verdadeiro trabalho conceitual. 
Esse cenário nos relembra a busca por uma filosofia da 
fotografia defendida por Flusser, que afirma que o 
verdadeiro fotógrafo é aquele que consegue ir 
além da programação do aparelho - da câmera. Pois bem, 
estamos, agora, diante de um novo aparelho: o computador 
e os softwares gráficos que, por sua vez, também estão 
imbuídos de um programa. Cabe ao fotógrafo, enquanto 
artista, desprogramar esses aparelhos e subverter a sua 
própria função. 
Arlindo Machado cita o exemplo do fotógrafo Carlos Fadon 
Vicente. Segundo Machado, em seu trabalho é possível ver: 
um diálogo entre o artista e a máquina [...] resultando 
desse procedimento respostas não previsíveis da máquina.
Na obra de Fadon, produz-se um esforço metodológico no 
sentido de dar expressão dialógica ao trabalho criativo, 
transformando o computador em co-autor das imagens e o 
ato criativo num processo de interação entre as intenções 
do artista e as respostas inesperadas da máquina. 
(MACHADO, 2001, pp. 98,99) 
 
 
Medium, 1991. 
Carlos Fadon Vicente 
• Podemos citar, também, outros fotógrafos brasileiros que são representantes da fotografia 
experimental e que não fazem uso das ferramentas disponibilizadas pela eletrônica. O exemplo 
mais proeminente é o de Rosângela Rennó, fotógrafa que não fotografa, não usa a câmera, mas 
resgata fotos já existentes e, de alguma maneira esquecidas. Em uma época marcada pela 
iconofagia1, em que somos constantemente bombardeados por imagens que devoramos sem ao menos 
“degustá-las”, Rosângela Rennó propõe uma mudança de postura frente à própria fotografia, 
recuperando e transformando fotografias populares já descartadas e esquecidas pela sociedade. 
Em seus trabalhos e instalações o anonimato fotográfico é preservado. 
• Ao invés de identificarem, as obras de Rosângela apagam a diferença entre as pessoas, justamente por elaborarem 
técnicas de massificação. [...] A dimensão social do anonimato fotográfico é uma preocupação constante da artista, 
que mostra os mecanismos institucionais de dissociação entre memória e imagem. Em vez de pessoas, Rosângela 
apresenta nosso hábito adquirido de lidar com tipos. - Felipe Chaimovich na apresentação do livro Artistas da USP: 
Rosângela Rennó. (RENNÓ, 1996, p.08) 
• O que a artista defende é que a fotografia representa mais do que a criação de uma identidade 
pessoal e social pela imagem. Segundo ela, a fotografia pode ser entendida, antes de tudo, como 
uma forma de conhecimento. 
• 
Ainda outro exemplo de 
fotografia experimental 
brasileira não ligada à 
manipulação eletrônica pode 
ser encontrado no trabalho 
de Kenji Ota. O fotógrafo 
subverte o resultado de suas 
fotografias ao jogar com o 
controle químico e 
matemático do processamento 
da foto. Sobre o artista, 
Arlindo Machado diz que: 
Quanto mais introduz a 
precisão, a descontinuidade, 
o processamento sem 
cronômetro e medição 
técnica, mais as imagens se 
decompõem em anamorfoses, 
manchas e alteridades 
gráficas, fazendo a 
fotografia se distanciar da 
homologia icônica e do traço 
documental, para se 
aproximar da pintura 
abstrata. (MACHADO, 2001, p. 
138) 
 
 
2� Bimestre/AMPLIADOR.pdf

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