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2� Bimestre/Cont. AULA 1 - A evolu�_o dos processos e equipamentos.ppt * A evolução dos processos e equipamentos * ... * COLÓDIO, 1851 Em 1850 e em novembro de 1851, Frederick Scott Archer, escultor londrino, fez experiências com uma placa de vidro coberta com algodão-pólvora dissolvido em éter, uma solução chamada colódio (do grego: kollodes = grudento). O algodão-pólvora dissolvido em álcool e em éter forma uma substância líquida com consistência de verniz. Este processo pôde superar a todos os outros, pois tinha uma sensibilidade muito maior * FREDERICK SCOTT ARCHER Em 1851, o escultor britânico FREDERICK SCOTT ARCHER (1813-1857), desenvolve o processo de negativo em vidro chamado: COLÓDIO ÚMIDO – negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. Tal processo, tinha mais sensibilidade à luz, era 20 vezes mais rápido que os anteriores, reduzindo o tempo de exposição para dois ou três segundos (melhorando a qualidade do negativo e abrindo novos horizontes para a fotografia). Os negativos apresentavam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. O fotógrafo tinha que sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem logo depois. * Colódio Úmido, procedimento fotográfico criado no ano 1851 por Scott Archer. o método supoe a utilização do “Colodión”, uma especie de verniz que se aplica a placas de vidro e sobre éste se extende a emulsão química. A utilização de cristal, superficie transparente e polida, permite a obtenção de imágens nítidas em negativo ou, incluso, positivo. Se evitam assím as imperfeições do papel de calotipo. * colodión “húmedo” porque a placa tem que permanecer úmida durante todo o processo toma y revelado de las imágenes. Esto suponía que los fotógrafos tenían que llevar consigo el laboratorio fotográfico a fin de preparar la placa antes de la toma y proceder a revelarla inmediatamente. Se generalizó así el uso de tiendas de campaña y carromatos reconvertidos en laboratorios a oscuras para los fotógrafos que trabajaban en el exterior. * Army Post Office tent in Virginia during the Civil War. Collodian picture taken April 1863 by Timothy O'Sullivan. * AMBRÓTIPO, 1851 O ambrótipo era uma aplicação do processo do colódio líquido e foi inventado por Frederick Scott Archer em 1851. A palavra deriva de dois termos gregos: Ambros significa durável, eterno, e typos significa impressão, imagem. O ambrótipo era uma placa coberta com colódio líquido, exposta, revelada e então pintada, na parte de trás, com tinta preta, para fazer com que a imagem negativa parecesse positiva. A desvantagem do ambrótipo era que cada positivo em vidro era único, já que o negativo e o positivo eram o mesmo. Esse formato se adaptou particularmente bem aos retratos de família. * ambrótipo Processo que empregava negativos de vidro de colódio úmido, subexpostos e montados sobre fundo negro para produzir o efeito visual de positivos. Concebido pelo inventor do processo de colódio úmido, o inglês Frederick Scott Archer (1813-1857) em 1851, em parceira por Peter W. Fry, sendo mais tarde aperfeiçoado por James Ambrose Cutting (1814-1867) como uma opção mais barata para o daguerreótipo, o ambrótipo era apresentado nos mesmos estojos luxuosos. Muito empregado para retratos entre 1850 e 1860, o ambrótipo tinha a mesma denominação - derivada do grego ambrotos (imortal) e typos (imagem) - na Inglaterra, nos Estados Unidos e aqui no Brasil, sendo ocasionalmente denominado de melanótipo no continente europeu * * FERRÓTIPO, 1852 Este processo foi descrito pela primeira vez num relatório apresentado por Adolphe Alexandre Martin, em julho de 1952, à "Société d'Encouragement L'Art et A L'Industrie". Era uma variação do processo do colódio: ao invés de uma placa de vidro, era usada uma placa de latão com esmalte preto, mas o restante do processo era o mesmo: a placa era preparada com colódio, sensibilizada, exposta e revelada. Esse processo produzia uma única imagem positiva sobre uma base de metal. Era um processo barato, que se tornou muito popular entre fotógrafos de parques de diversão, que precisavam de resultados imediatos. * Os Tintypes, ou Ferrótipos, foram inventados em 1856, em Ohio, por um professor de química e física. Tal qual o daguerreótipo, o Ferrótipo era seguro sobre placa de metal exposta na câmera, sendo que o metal era ferro em vez de cobre, laqueado com um verniz japonês preto em vez de coberto com prata. Como as placas de vidro do Ambrótipo, a placa do Ferrótipo era sensibilizada com colódio antes da exposição da câmera. * PLACAS GELATINOSAS 1871: primeiras fórmulas de trabalho pelo Dr. R. L. Maddox 1874: primeiras placas secas 1878: Charles E. Bennet consegue um método de maior sensibilidade. Sais de prata foto-sensíveis são suspensas em gelatina, um material que nunca seca completamente. 1880: estas placas são largamente usadas e substituem completamente o processo do colódio líquido * Maddox e sua emulsão de gelatina e brometo de prata Em setembro de 1871, um médico e microscopista Inglês, Richard Lear Maddox, publicou no British Journal of Photography suas experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 180 vezes mais lenta que o processo úmido, mas com o novo processo aperfeiçoado e acelerado por John Burgess, Richard Kennett e Charles Benett, a placa seca de gelatina estabelecia a era moderna do material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais. * Fotógrafo ciclista itinerante - por volta de 1870 * 1871 - Richard Leach Maddox, médico inglês, inventa a placa seca usando emulsão de gelatina e brometo de prata. fixa o brometo de prata em uma suspensão gelatinosa, criando assim o processo de chapas secas. O processo que substitui o colódio úmido é publicado no British Journal of Photograph, em setembro. De início o processo tem a desvantagem de ser mais lento, mas logo é aperfeiçoado e cria-se a placa seca de gelatina e com produção industrial. A partir de então foi possível fotografar o movimento (tempo de exposição: 1/2 segundo) e o design das câmeras é aprimorado, ou seja, ficam menores, mais leves e mais próximas ainda das pessoas. * * Com a introdução da gelatina seca, as variedades de câmeras foram lentamente se reduzindo e se adaptando ao novo suporte. Entre 1880 e 90, três tipos de câmera eram majoritárias: Câmera com chassis. Em geral vinham com 10 chapas, cada qual num chassis individual. Câmera com compartimento interno que guardava 12 chapas ou 40 folhas de película. 3. Câmera reflex de uma ou duas objetivas. Todas incorporavam um espelho fixo colocado a um ângulo de 45 graus da objetiva, refletindo a imagem num vidro polido localizado na parte superior da câmera. * Fotografia para todos Para chegar ao público, Eastman decidiu fabricar um novo tipo de câmara. Esta, introduzida em 1888, foi a primeira câmara Kodak. Era do tipo "caixão", leve e pequena, carregada com um rolo de papel para 100 exposições. O preço da câmara carregada, estojo e correia era de 25 dólares. Uma vez feita a exposição, se enviava a câmara a Rochester, onde o rolo exposto era retirado, processado, feitas as cópias e colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares. Isto foi uma mudança radical na política da empresa. O porta-rolo havia sido imposto no sistema fotográfico. A câmara Kodak havia criado um mercado completamente novo e transformado em fotógrafos aqueles que só queriam tirar fotos e não tinham nenhum conhecimento da matéria. Qualquer um podia "apertar o botão" e a companhia do Sr. Eastman "fazia o resto". Eastman continuou experimentando para substituir a base de papel. Contratou um jovem químico que fez soluções de nitrocelulose em vários solventes e chegou a produzir uma base de película flexível e resistente. Em agosto de 1889 saíram para venda os primeiros rolos de película transparente. * Em 1888, George Eastman lançou a primeira Kodak com filme de rolo. Uma caixa de madeira com 16x9x9cm, com objetiva retilínea de foco fixo que dava definição nítida de qualquer objeto situado a mais de 3 metros, diafragma e velocidade fixos - e o maior atrativo, que impossibilitou a concorrência, a inovação expressa no slogan da Kodak: "Aperte o botão e nós faremos o resto". * * A POPULARIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA. Em 1888 foi inventada por George Eastman a primeira câmera fotográfica portátil, a KODAK. Essa câmera vinha com um rolo de filme que possibilitava fazer 100 fotos. Depois de terminado o filme as pessoas enviavam para a empresa Eastman KODAK em Nova York, a câmera completa. Lá o filme era revelado, ampliado e devolvido por correio para o cliente, junto com sua câmera com um novo rolo de filme dentro. O processo muito barato, e a simplicitadade de operar a câmera, popularizaram a fotografia amadora. 2� Bimestre/MOVIMENTOS ARTISTICOS.pdf Para Santoro, "as obras de arte podem e devem suscitar emoções e comoções pelas ações representadas, de modo que quem as contemple venha a experimentar sentimentos perturbadores como os de angústia e de horror. A beleza mais sublime pode produzir vertigem e mesmo ferir. Mas essa dor, profundamente sentida na beleza, paradoxalmente, não repugna, mas atrai, não destrói, mas purga e purifica". http://www.areliquia.com.br/especialpensamento.html Renascimento sec. XIV a XVI Idade média Teocentrismo – “Deus é o centro de tudo” A verdade deve ser encontrada nas tradições da sociedade medieval, no que estava escrito na Bíblia, na autoridade da Igreja e dos autores antigos e consagrados (Aristóteles, São Tómas de Aquino) O ser humano é visto com certo desprezo porque é um pecador,merecemos sofrer porque somos pecadores. Apenas alguns padres e monges sabem ler e escrever livros que são feitos a mão A cultura não é escrita Idéias ligadas ao domínio cultural da Igreja Católica A vida material é pouco importante O que é precioso é a salvação da alma. Tudo o que acontece é pela vontade de “Deus”. As pessoas devem se conformar com o mundo tal como “Deus” que o fez . A razão deve estar subordinada a fé Antropocentrismo – “ O ser humano no centro das atenções A verdade sobre a natureza deve ser obtida por meio da experiência da observação,guiadas pelo uso da razão ( do raciocínio) O homem é a mais perfeita das criaturas de Deus (“feito à sua imagem e semelhança”), capaz de fazer coisas maravilhosas: máquinas, prédios, pinturas A invenção da imprensa torna os livros mais baratos e populares. Cresce o número de pessoas alfabetizadas Muitos intelectuais não fazem parte da igreja. Suas obras estão ligadas a vida ativa e variada das cidades Os fenômenos da natureza devem ser explicados pela própria natureza. O homem pode e deve ser o criador, o aventureiro e o dominador da natureza O renascimento continua cristão mas a fé é subordinada a razão VAN EYKE 1434. A obra exibe o então rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna Cenami, que se estabeleceram e prosperaram na cidade de Bruges (hoje Bélgica), entre 1420 e 1472. Nos dias de hoje, os historiadores da arte discutem exatamente a imagem que o quadro representa; a tese dominante durante muito tempo, introduzida por Erwin Panofsky em um ensaio de 1934, assegura que a imagem corresponde ao matrimônio de ambos, celebrado em segredo e testificado pelo pintor. Birth of Venus (1485) and Primavera (1478). • Todas representam as Três Graças, servas da deusa do Amor. Na versão clássica (à esq.) são dançarinas robustas idealizando a beleza humana Na Idade média as Graças (no meio) tornam-se planas e sem corpo e os humanistas denunciaram a obra como "uma caricatura do corpo humano". No século XV, Sandro Botticelli, na sua arte que irradiava o espírito do Renascimento fez sua famosa versão das Três Graças (à dir.) restituindo seus movimentos joviais acrescentando a elegância, beleza, graça e sofisticação da época RUBENS 1635 barroco Antonio Canaletto Em 1665, Antonio Canaletto (1697 - 1768) utiliza uma câmara escura dotada de um sistema de lentes intercambiáveis como meio auxiliar de desenhos de vistas panorâmicas. BARROCO séc. XVII a XVIII (1600-1750 ) • Com o intuito de despertar emoções no espectador, o barroco expressou-se pelo gosto das curvas e contra-curvas, das espirais e dos movimentos ascendentes com predomínio das linhas diagonais. Da mesma forma, a utilização de fortes contrastes de claro e escuro para enfatizar a luz e a cor vieram se somar à dramaticidade dos êxtases dos santos - todos como elementos geradores de emoções intensas. A arquitetura - totalmente integrada com a pintura e a escultura - recorre às colunas torsas acrescidas de elementos escultóricos e à pintura ilusionista dos tetos para melhor se exprimir.Eis aí os componentes da teatralidade barroca. • A Lição de Anatomia do Dr. Tulp Rembrandt Harmenszoon van Rijn, 1632 O conceito de iluminação surgiu já no século XVII com o famoso pintor Rembrandt que pintava como se estivesse fotografando, pois de acordo com (Arnheim, 2000: 315) “Rembrandt realça a luminosidade, evitando detalhes nas áreas de mais alta claridade, num sentido mais didático, a iluminação tende a guiar a atenção seletivamente de acordo com o significado desejado. • Rembrandt A ronda noturna Explica de forma mais detalhada Dondis sobre a técnica utilizada por Rembrandt: A intensificação vai ainda mais longe que a mera justaposição de elementos díspares, consiste em uma supressão do superficial e desnecessário, que por sua vez leva ao enfoque natural do essencial, Rembrandt utilizou este método no desenvolvimento de sua técnica do claro-escuro, o nome dessa técnica, portanto vem da combinação de duas palavras italianas: chiaro e scuro, são esses os elementos que ele usa, a claridade e a obscuridade. Em suas telas Rembrandt destacava os tons intermediários para realçar seu tema com um aspecto majestoso e teatral, onde a incrível riqueza dos resultados é um argumento tão forte para o entendimento e a utilização do contraste quanto quaisquer outros que possam ser encontrados em qualquer nível, no corpo da obra visual. (1997: 119). • As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista. É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria. • Suas características gerais são: * emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando- se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio. * busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; * violentos contrastes de luz e sombra; * pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida. • Johannes Vermeer 1671 Lady Writing a Letter with Her Maid Elevação da Cruz, 1610 Peter Pauwel Rubens • composição em diagonal; • movimentação e síntese das formas; • contraste claro-escuro; • colorido intenso; • intensidade na expressão dos sentimentos (de angústia e de dor); • realismo (inspiração popular); • tensão Traços do estilo barroco: a iluminação teatral, o céu escuro e Cristo banhado em uma profusão de luz. A forma é curvilínea, conduzindo à figura central de Cristo. É um tema trágico que induz a reação emocional. A cabeça, pendida para um lado, o corpo caído, tudo evoca o peso da morte. Descida da Cruz, Peter Pauwel Rubens, 1611 e 1614 •Baseando-se na concepção sustentada pela Contra-Reforma, de que a fé era acessível a todos, Caravaggio tornou-se um grande inovador na época. O pintor usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação. O “chiaroscuro” captura as emoções e intensifica o impacto da cena por meio dos contrastes de luz e sombra. A Ceia em Emaús, de Caravaggio Erwin Olaff • O pintor forra o fundo de um negro obscuro, incidindo sobre os primeiros planos focos intensos de luz, especialmente nos detalhes e nos rostos. Esta corrente pictórica, caracterizada pelo vigor dos contrastes de sombra e luz, só foi possível alcançar na pós-produção, com a técnica de color grading. • Em suas últimas obras, observamos que as vestimentas pitorescas e a natureza morta estão quase ausentes; porém, não despreza o pormenor de um rendilhado de uma peça de vestuário o grão de uma peça de madeira ou o gume afiado de uma lâmina de espada. Esses detalhes correspondem às pequenas coisas que o olho registra em momentos de crise, refletindo dessa maneira o realismo psicológico do ser humano E o monumental afresco Vocação de São Mateus , que pinta na Igreja de São Luís dos Franceses, na barroca e imensa Praça do Povo, pode ser comparada aos de Piero della Francesca em Arezzo ou aos de Michelangelo no Vaticano. Como Deus animando Adão na obra de Michelangelo para a Capela Sistina, Jesus aponta para o velho e barbudo Mateus, ordenando que O siga. E tudo se passa num botequim, em meio a um prosaico jogo de cartas: estupefação geral perante essa heresia, como se os apóstolos não fossem buscados nos refúgios de sua humílima condição social. Há uma singular variedade de expressões: a dúvida de Mateus quanto ao endereço do chamado, a expectativa dos jovens à direita, a indiferença do outro à esquerda, absorto no jogo. Há uma serenidade levemente desfeita pelo apelo da mão. ROCOCO Rococo1730 / 1800 • O homem do rococó é um cortesão, amante da boa vida e da natureza. Vive na pompa do palácio, passa o dia em seus jardins e se faz retratar tanto luxuosamente trajado nos salões de espelhos e mármores quanto em meio a primorosas paisagens bucólicas, vestido de pastorzinho. As cores preferidas são as claras. Desaparecem os intensos vermelhos e turquesa do barroco, e a tela se enche de azuis, amarelos pálidos, verdes e rosa. As pinceladas são rápidas e suaves, movediças. A elegância se sobrepõe ao realismo. As texturas se aperfeiçoam, bem como os brilhos. Existe uma obsessão muito particular pelas sedas e rendas que envolvem as figuras. Os retratos de Nattier e as cenas galantes de Fragonard são as obras mais representativas desse estilo. 1789 • Período Neoclassico NEO CLASSICISMO 1800 a 1830 • •1835 ROMANTISMO ROMANTISMO ESTILO ROMANTICO1790 a 1850 • O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição. • No Brasil, o romantismo coincidiu com a independência política em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista. • No estilo Romantico, as formas do Rococó retornam adaptadas, principalmente para o guarda-roupa feminino. Esse período, de aproximadamente 25 anos, é marcado pela utilização da crinolina, a enorme armação de arame das saias.A partir de 1850 A silhueta de uma mulher da nobreza adota quase uma forma de meia esfera. Mais uma vez, a maneira de se vestir identifica a condição social que se tem, a começar pela grande quantidade de matéria-prima utilizada para confeccionar este tipo de roupa. • A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do Romantismo. • Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. • Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos pólos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. • O pintor inglês William Turner refletiu este espírito em obras como Naufrágio (ao lado) onde a ação da natureza é usado como forma de atingir os sentimentos supracitados. • Para saber mais:http://resistirelibertar.blogspot.com/2009/11/theodo re-gericault-e-pintura-romantica.html Dentre as características deste momento da historia cultural e artística temos: • • O Romantismo, passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. E também celebrava o misticismo, a beleza convencional e a evocação dos feitos históricos, • Enquanto o Classicismo observava a realidade objetiva, exterior, e a reproduzia do mesmo modo, através de um processo mimético, sem deformar a realidade, o Romantismo deforma a realidade que, antes de ser exposta, passa pelo crivo da emoção. • Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. • Amante declarado da tradição. Ingres passou a vida brigando contra a vanguarda artística francesa representada pelo pintor romântico Eugène Delacroix, contudo foi Ingres, e não o retórico e inflamado Delacroix, o mais revolucionário dos dois. • A modernidade de Ingres está justamente na visão distanciada que tinha de seus retratados, na recusa a produzir qualquer julgamento moral a respeito deles, numa época em que se consumava o processo de aliança entre a nobreza e a burguesia. • O detalhismo também é uma das suas marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e jóias. Comtesse de Haussonville (1845) • Odalisca (1857) DELACROIX Podemos analisar e comparar o estilo neoclássico com o Romantico através das pinturas das odaliscas de Ingres Gran odalisque( neoclássico) e Delacroix (romantismo) , onde a primeira reflete ao estilo de pintura a que o movimento se propõe, através da busca intensa da imagem real e a preocupação em reproduzir fielmente a cena da forma que ela está acontecendo naquele momento (diria até de forma fotográfica), é o que transmitem os detalhes do ambiente, com o realce dos objetos e acessórios que compõem o quarto lembram o estilo grego, utilizado no período clássico, e contrastam com a luminosidade da figura central, a odalisca, na qual revela o padrão de beleza considerado da época, a posição da odalisca apesar do nu, considerado um tanto ousado para a época, transmite uma atitude reservada, tem um olhar desconfiado, e se restringe a sua própria exposição. Já na odalisca do período romântico, Delacroix, percebemos uma outra visão adotada no período, não há mais preocupação em relatar fielmente a realidade, os traços são levado para o lado da pintura, se utilizando de pinceladas borradas, o ambiente não é “enfeitado”, não há preocupação com comportamentos ou arrumações, o uso do vermelho e de sombras no ambiente passam uma sensação de clima quente, o que faz com que a odalisca, juntamente com o ambiente se torne um todo, ao em vez de se contrastar como figura central, sua posição nos transmite uma atitude espontânea, sem preocupação com sua própria exposição, diria que ela se sente a vontade por estar ali. Eugene Delacroix, 1830 ERA Vitoriana 1837-1901 ERA Vitoriana • “Num recorte antropológico, a crinolina certamente possuía uma relação simbólica com a época em que floresceu. Simbolizava a fertilidade feminina, como um aumento do tamanho aparente dos quadris parece sugerir. Essa foi uma época de famílias grandes e, uma vez que a taxa de mortalidade infantil não era tão alta quanto em épocas anteriores, a população da Inglaterra cresceu rapidamente. Em outro sentido, a crinolina era um símbolo do suposto distanciamento das mulheres. A saia rodada parecia dizer que os homens não podiam se aproximar, nem para beijar a mão da mulher. Mas é claro que esse distanciamento era uma grande enganação. A saia rodada era um instrumento de sedução”.[1] • 1819-1901Educada em alemão e sem nunca conseguir falar inglês perfeitamente, a mulher de ar sisudo foi alvo de cinco atentados em seus primeiros anos de gestão. • Apesar da antipatia de seu povo, em seus 63 anos de reinado (o mais longo do país) a Inglaterra tornou-se símbolo de prosperidade militar, industrial e política. Retrato da Princesa de Broglie (1853) Pre- rafaelitas 1848 • Os pré-rafaelitas, com sua filosofia, abalaram o cenário artístico de Londres. Mas a Irmandade rompeu-se no fim de 1854. A esta época todos os membros já desenvolviam uma obra individual, mas jamais deixaram de aplicar as características pré-rafaelitas em seus quadros. Leia mais: http://obviousmag.org/archives/20 10/09/a_irmandade_pre-rafaelita_- _a_arte_pela_arte.html#ixzz1GW1JgGP R Julia Margareth Cameron REALISMO • O REALISMO surge em meados do sec XIX, (1848 a 1875) registra a realidade física do mundo por meio da objetividade científica e crua, inspirado pela vida cotidiana e pela paisagem. A pobreza, miséria e desespero estavam para ser o destino do novo PROLETARIADO criado pela "revolução". Em resposta a estas mudanças acontecendo na sociedade, o realismo procurou retratar acuradamente as condições e dificuldades das classes populares na esperança de alterar a sociedade. Para o movimento, o artista deve representar o seu tempo, sem no entanto tomar um partido definido: deve retratar os pontos que considerar adequados, denunciando-os à sociedade. Em contraste com os românticos, que eram essencialmente otimistas com o destino humano, o realismo retratou a vida nas profundidades de uma terra urbana sem ordem. O conteúdo de crítica social das obras e um erotismo mais explícito causam forte reação na crítica e no público. Entre as principais pinturas estão Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de Honoré Daumier; e Almoço na Relva, de Édouard Manet. . A representação realista, quando comparada a uma pintura romântica, não apresenta fortes expressões faciais; há preocupação com a exatidão do desenho e uma preocupação excessiva com o acabamento do quadro. O pai do movimento realista(1.850) foi Gustave Courbet ( 1819 - 77 ). Ele insistiu que "a pintura é essencialmente uma arte concreta e tem de ser aplicada às coisas reais e existentes". Quando lhe pediram que pintasse anjos, respondeu: "Nunca vi anjos. Se me mostrarem um, eu pinto ". No Brasil, os realistas surgiram apenas nas décadas finais do séc. XIX. O Realismo serviu como contraponto ao Classicismo e ao Romantismo, movimentos artísticos caracterizados por obras que idealizavam a vida. Os realistas buscavam a objetividade, procuravam não distorcer a realidade. • Contudo, até mesmo a obra realizada segundo o mais coerente Realismo era resultado da observação e do julgamento pessoais. Características da pintura realista: * Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja o pintor buscava representar o mundo de maneira documental; • Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é; *Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade. Apesar do preconceito de alguns pintores em relação à fotografia, vários se baseiam em fotos para pintar, como os franceses INGRES e DELACROIX e, posteriormente, muitos impressionistas. • Antes de começarmos a pensar e a falar sobre as Vanguardas Artísticas, é necessário elaborar um breve panorama histórico sobre os fatores que possibilitam seu surgimento na primeira metade do séc. XX. Para isso, retornaremos um pouco mais no tempo para compreender as origens e os anseios que surgirão posteriormente na história da arte. Em meio a um contexto de crise econômica, a França viveu em 1848 uma nova onda revolucionária, e logo percebeu a importância que as forças populares teriam em seu movimento, como fator decisivo para a vitória. Nesse momento, o movimento ganha reivindicações de caráter social, além das político-econômicas, como a defesa de um regime democrático e constitucionalista, em conjunto com as demais propostas de nacionalismo e liberalismo. O caráter ideológico contrário ao Antigo Regime conseguiu, neste momento, unir grupos de origens sociais muito distantes. É a partir dessa união ideológica que surge o Realismo, uma arte de vanguarda que considera a realidade como problema central, uma vez que é ela quem determina a vida humana. Os quadros do realismo procuram expressar o ser humano como um ser histórico, produtor e produto do meio em que vive. Há uma rejeição do Romantismo, considerado descompromissado com a realidade humana na medida em que celebrava o misticismo, a beleza convencional e a evocação dos feitos históricos, em vez das pessoas comuns. O Socialismo Científico associa-se com o Realismo artístico (o ser humano é o centro de tudo). A crise deste movimento começa a ser observada após a derrota da experiência revolucionária da Comuna de Paris (1871), onde ocorre uma desagregação do realismo, uma vez que seus adeptos ativamente participavam da, ou simpatizavam com, a Comuna (principalmente os grandes mestres realistas). A burguesia, já então fortalecida, tende ao conservadorismo e acaba se afastando ideologicamente do restante dos movimentos sociais populares, rompendo a união realizada anteriormente O resultado disso é a desvalorização do Realismo e a valorização de uma arte não tão comprometida com as causas sociais: surge então o Impressionismo. O fortalecimento econômico, político e social da burguesia fez com que esta percebesse que, se o Realismo continuasse a ser valorizado, cedo ou tarde o restante da população se voltaria contra ela, atribuindo à burguesia a causa das mazelas vividas pelas classes mais baixas (a realidade precisava ser ocultada). A Realidade continua a ser retratada nas obras Impressionistas, só que de maneira superficial (a partir da impressão que o artista tem desta). Impressionistas 1880 a 1900 pictorialismo “O Pictorialismo surgiu na segunda metade do século XIX com a tentativa de elevar a fotografia à categoria de arte. Os fotógrafos pictorialistas tentavam através das suas imagens fazer uma aproximação à pintura, manipulando muitas vezes as fotografias à mão, alterando a granulação, os tons, modificando ou suprimindo elementos de forma a assemelhar as fotografias a pinturas ou aquarelas. Se, por um lado, a fotografia perdia sua relação com o real, por outro, o fotógrafo começava a ser visto como criador de uma realidade. A fotografia era deste modo, a realidade segundo o ponto de vista do fotógrafo.” Ao analisarmos a fotografia de Felix Nadar, é impossível não perceber as características do pictorialismo e a semelhança com a pintura. As cenas montadas especialmente para aquele registro, o olhar meio distante, um pose sem muita significância. Vale lembrar que os primeiros retratos foram extensões de poses já transcritas pela pintura. O que diferenciava a fotografia da pintura era a exatidão que a fotografia proporcionava, pois o resultado era exatamente o que se via. Lichfield Cathedral, West Porch, c.1858 Roger Fenton, 1819 - 1869 Albumen print from wet collodion negative • O movimento pictorialista eclodiu na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos a partir da década de 1850, congregando os fotógrafos que ambicionavam produzir aquilo que consideravam como fotografia artística, capaz de conferir aos seus praticantes o mesmo prestígio e respeito grangeado pelos praticantes dos processos artísticos convencionais. O problema é que essa ânsia de reconhecimento levou muito dos adeptos do pictorialismo a simplesmente tentar imitar a aparência e o acabamento de pinturas, gravuras e desenhos ao invés de tentarem explorar os novos campos estéticos oferecidos pela fotografia. Por esta razão, este movimento, que perdurou basicamente até a década de 1920, foi estigmatizado durante muito tempo • Nadar (Gaspard-Félix Tournachon) • Lewis Carroll • Roger Fenton • Mathew B Brady • Julia Margareth Cameron • Henry Peach Robinson • Peter Henry Emerson • Anthony Samuel Adam-Salomon ( iluminação rembrant) Two Ways of Life - O G Rejlander- December 1857 • No centro do palco um sábio barbudo(1) guia 2 jovens através da soleira da maturidade. O jovem da esquerda (2) é tentado por uma vida de dissipação, simbolizada por sereias(3), cumplicidade (4), jogadores (5), uma velha prostituta (6), vadios (7), e uma bacante (8). à direita o jovem de altos princípios morais é atraido por penitentes (10), um grupo de trabalhadores (11), uma família mostrando as alegrias do casamento (12), o conhecimento (13) e as boas profissões (14). Entre os grupos está um nú, a figura velada do arrependimento (15), trocando a má pela boa conduta. December 1858: 27 photographs for £7 15s 0d. - March 1859: 32 photographs for £6 14s 6d. 1859 HP Robinson Portrait of Oscar Wilde, New York (1882) . Napolean Sarony Julia Margaret Cameron Paul and Julia 1864 Albumen print from a collodion-on-glass negative Xie Kitchin, 1870 Alice Liddell (right) and sisters TIMOTHY O'SULLIVAN (1840-1882) "Aboriginal Life among the Navajoe Indians, near Old Fort Defiance, N.M. [sic]," 1873. Albumen print. Princeton Collections of Western Americana. Purchase, J. Monroe Thorington Fund 1874 albumen print, 20.4 x 27.3 cm • Franz Liszt Blandine, fille de F. Liszt et Marie d'Agoult Anthony Samuel Adam-Salomon Peter Henry Emerson , decada de 1880 Os fotógrafos de guerra • Roger Fenton (Guerra da Criméia – 1855) • Timothy O´Sullivan ( Guerra civil norte-americana, 1861). • Mathew B Brady • — Patrocinado pelo governo inglês, ROGER FENTON, atendeu encomendas oficiais para registrar a Guerra da Criméia contra a Rússia (de 1853 a 1856, na Península do Mar Negro), onde fez muitas fotografias durante a primavera de 1855 – fotografou durante quatro meses. Para fazer seu trabalho, transforma uma carruagem puxada por cavalos em quarto escuro, onde revela as chapas. Ao todo, produz 360 fotografias. Realiza assim a primeira grande documentação de uma guerra e dá início ao FOTOJORNALISMO. Roger Fenton The Valley of the Shadow of Death 1855 Roger Fenton, Guerra da Criméia Timothy O'Sullivan, Harvest of Death (4th July, 1863) 21st Michigan Infantry: Sherman's Volunteers, 1860s Albumen Mathew B. Brady (American, 1823–1896) 1862. Fotografia de movimento EDWARD MUYBRIDGE Etienne Jules Marey São com os fotógrafos científicos de estudo de movimento que a imagem começa a ser verdadeiramente captada em sequência: Vamos contextualizar.... • O advento do moderno- Na literatura, a data do advento do MODERNO coincide com a do surgimento da poesia em prosa de Charles Baudelaire e de Folhas da relva de Walt Whitman, de 1855, o primeiro livro de poemas em verso livre. • Nas artes plásticas, costuma-se situar o germinar da arte moderna do sec. XX com os experimentos estéticos realizados por PAUL CEZANNE nas décadas de 1870 e 80. A percepção do espaço pictórico estudado por Cézanne é considerado um ponto de partida para a obra de diversos artistas vindouros. • Cada uma das vanguardas que surgiriam nas décadas seguintes interpretariam de formas diferentes esses estudos e os seguiriam de formas diversas. • Movimentos vanguardistas eram aqueles que propunham uma nova visão estética da arte.que ocorreram do período pós- impressionista até antes da pós- modernidade • Vanguardas europeias-É o conjunto de tendências que, numa determinada época, se opõem às tendências CULTURAIS, principalmente no campo das artes, tais manifestações artísticas surgiram em torno da 1º Guerra Mundial, compreendendo o período que a antecedeu e o período que a sucedeu - quando então o mundo já se preparava para a 2º Guerra Mundial. • 1848: Movimentos de 1848 • Meados do séc XIX: Realismo • 1871: Comuna de Paris • Final do séc XIX: Impressionismo • 1904: Fauvismo • 1905: Expressionismo • 1909: Cubismo 1910: Futurismo 1914 - 1918: I Grande Guerra 1917: Dadaísmo 1922:Semana de Arte moderna no Brasil 1924: Surrealismo 1929: Crise de 1929 1939 - 1945: Segunda Guerra Mundiall No Brasil Os movimentos de vanguarda foram o GRUPO PAU BRASIL e o MOVIMENTO ANTROPÓFAGO, que são reconhecidos internacionalmente. O primeiro próximo do cubismo e do dadaísmo, o segundo próximo do surrealismo, ambos com a mesma origem primitivista de vários dos mais importantes movimentos vanguardistas europeus. Várias tendências das vanguardas européias convergiram na Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, tornada como marco do MODERNISMO brasileiro. : Eugène Atget, André Kertész, Brassaï, Robert Doisneau, Cartier Bresson André Kertész Robert Doisneau - Les coiffeuses Vamos relembrar.......... • No inicio houve um preconceito de alguns pintores em relação à fotografia, mas alguns começaram a basear-se em fotos para realizar suas pinturas. Por outro lado entrando em contraposição a idéia do pictorialismo os naturalistas vem com a idéia de defender a fotografia direta sem manipulação ou artifícios mantendo uma imagem purista da fotografia. • O pictorialismo recebia pressão dos dois lados, por um lado os pintores que defendiam a pintura artística e por outro lado os naturalistas que defendiam a fotografia pura, a visão pictorialista era unir a fotografia com a pintura para que através da fotografia tratada e pintada pudesse criar um novo estilo, com uma qualidade fiel do cenário. NO ENTANTO...... • O sec xx traz uma nova visão de mundo!!!!!!! NAS ARTES, surgem os movimentos de vanguarda ....Também na fotografia ocorrem mudanças. SURGE A FOTO-SECESSÃO FOTO-SECESSÃO Uma associação de fotográfos fundada nos EUA em 1902 que durou até 1916 por ALFRED STIEGLITZ com colaboração de STEICHEN. Eles lutaram para que a fotografia pudesse ser considerada uma das belas-artes. Através de suas fotografias e suas apresentações em concursos e exibições, os Secessionistas demonstraram conclusivamente que era necessário diferenciar a fotografia como informação visual da fotografia como expressão visual. O tema, por si só, não faz da fotografia uma arte; usada como uma forma de expressão estética, ela poderia ser um meio expressivo. • Neste momento a foto passa a ser valorizada como expressão artística própria, diferente das demais artes. • Os fotossecessionistas defendem a fotografia sem retoques ou manipulação nos negativos e nas cópias, em reação ao pictorialismo. • A fotografia se aproxima do ABSTRACIONISMO, com ênfase na forma e não no objeto em si. • O trabalho dos fotossecessionistas é divulgado pela revista CAMERA WORK, fundada por Stieglitz e publicada entre 1903 e 1917. • Principais nomes do movimento: ALFRED STIEGLITZ EDWARD STEICHEN, ALVIN LANGDON COBURN e PAUL STRAND NO COMEÇO DA CARREIRA : Alfred Stieglitz pertencia ao Camera Club de Nova Iorque,ele utilizava truques, espalhava óleo na lente das objetivas, utilizavam gaze para tornar a focagem mais difusa e assim dar o efeito para aproximarem a fotografia da pintura, mas de uma pintura passada, porque à época a pintura já emancipava-se do real pela abstração. Steichen gostava das paisagens românticas com lagos usando a técnica pictorialista FOTOGRAVURA Mesmo com a modernização dos processos fotomecânicos, a fotogravura artesanal continuou – econtinua – agradando a muitos artistas como um meio rico em alternativas para desenvolver a linguagem fotográfica. Hoje em dia, devido à diversidade de métodos existentes para transportar uma imagem para uma matriz de impressão, convencionou-se chamar de fotogravura, todo o sistema de gravação artesanal que se utiliza da linguagem fotográfica como meio de expressão. Podemos dividir o processo de transferência da imagem fotográfica para a matriz em 3 grupos: Processo Fotográfico: Um fototipo é revelado diretamente na matriz revestida com material sensível a luz. Processo Serigráfico: É feita uma tela serigráfica da imagem, imprimindo-a na matriz com tintas especiais Processo de Transferência Direta : Este é o processo mais recente de todos, onde é feita uma impressão digital ou fotocópia a base de polímeros (toner) que é transferida para a matriz através de calor ou solventes. A fotogravura é uma técnica usada há séculos como um método alternativo que está entre a gravura tradicional e a fotografia. Diversos artistas se utilizaram desta técnica em seus trabalhos,como: Deli Sacilotto, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, Lesley Dill, Robert Mapplethorpe, Paul Wunderlich, Chris Webster, Dan Welden, Thereza Miranda, Beatrice Sasso, Alex Flemming, Maria do Carmo Freitas, dentre outros. A fotogravura artística não é uma mera forma de reprodução fotomecânica. Não basta apenas transferir uma imagem para a chapa, há de se trabalhar esta fotografia como base para o trabalho artístico. Uma infinidade de interferências podem ser adicionadas a essa placa, como grafismos, manchas, tipologias, desenhos, etc. Não há limites também de técnicas, podendo se utilizar os processos tradicionais de litografia, como lápis litográfico, tinta litográfica, tusche e todo e qualquer meio para se conseguir, através de uma fotografia, uma imagem inovadora. • Straight Photography Definição- O conceito de straight photography (fotografia direta, pura) é utilizado para caracterizar UM ESTILO, uma vertente da fotografia moderna surgida nos Estados Unidos na década de 1910, cujos expoentes mais conhecidos são: • Alfred Stieglitz (1864 - 1946), • Paul Strand (1890 - 1976), • Edward Weston (1886 - 1958) e • Anselm Adams (1902 - 1984). As imagens são feitas pelo contato direto da câmera com a realidade, sem intervenções no laboratório ou na cópia. Apesar de apresentar diversos pontos em comum com as vanguardas européias, como a nova objetividade fotográfica e a nova visão, o movimento norte-americano distingue-se por enfatizar a noção de fotografia como expressão subjetiva. . • Por volta de 1907, Stieglitz, líder do Photo-Secession, direciona seu trabalho para os pressupostos da fotografia direta. Começa a trabalhar com negativos de grande formato copiados por contato em papel brilhante, na época considerado inapropriado para a realização de fotos artísticas, pois não permitia retoques posteriores. Ele se volta para retratos, cenas urbanas - quase sempre feitas da janela de seu apartamento em Nova York - e, sobretudo, para a natureza. Um de seus trabalhos mais conhecidos é Equivalentes, uma série de fotografias de nuvens que revelam o apreço de Stieglitz por temas prosaicos, além de exemplificar procedimentos comuns em sua obra, como o trabalho de imagens fragmentadas semelhantes a abstrações. • Provavelmente a ideia mais madura já apresentada na atividade fotográfica foi o conceito de EQUIVALÊNCIA, criado por Stieglitz em 1920 e por ele praticado em toda a sua vida. Consequentemente, a teoria agora é praticada por um número sempre crescente de fotógrafos sérios e dedicados, amadores e profissionais. O conceito e disciplina de Equivalência é, na prática, a coluna vertebral e o cerne da fotografia como um meio de expressão e criação. Em 1922, expôs ” Music – A Sequence of ten Cloud Photographs “ aproximando a fotografia das linguagens abstratas da Pintura e intitulando esta série, na qual trabalhou por 12 anos, de “Equivalents”. Sobre este trabalho disse: “ Eu queria fotografar as nuvens para descobrir o que eu tinha aprendido em quarenta anos sobre Fotografia’. Conceito de Equivalência Para o conceito de Equivalência a emoção deve ser exercitada e estimulada em qualquer ato fotográfico, pois ela é a chave para a expressão do indivíduo. É neste sentido que procuramos estimular a força da linguagem fotográfica e de seu potencial como instrumento de comunicação na sociedade atual tomando como base para esse estudo o conceito de Equivalência, que associa a imagem fotográfica a uma metáfora. A idéia de criação de imagens a partir do conceito de Equivalência nasceu de Alfred Stieglitz nos primeiros anos da década de 20, tendo sido também adotada por membros da Photo-Secession em Nova York. Posteriormente, mais difundido por Minor White, este conceito começou a ser entendido pelo processo de criação de imagens fotográficas a partir de sua equivalência com as emoções que estão armazenadas nas recordações afetivas, nos sentimentos e nas vivências de cada indivíduo. Portanto, a fotografia no conceito da Equivalência, é usada como fonte de estímulo e de expressão e não apenas como fato documental. Minor White procurou explicar a criação-expressão da imagem fotográfica a partir de níveis de Equivalência. A fotografia expressa um certo grau de Equivalência quando o espectador vê na imagem algo correspondente a uma sensação de seu interior, ou seja, os sentimentos do fotógrafo são similares ao do seu espectador, criando assim, um sentimento conhecido, uma Equivalência de sensações e estímulos. "O poder do equivalente, no que concerne ao fotógrafo criativo-expressivo, pode transmitir e evocar sentimentos acerca das coisas, situações e eventos que por uma razão ou outra não podem ser fotografados. O segredo está na possibilidade de utilizar as formas e superfícies dos objetos frente a câmera em suas qualidades expressivo-evocativas (WHITE, 1984b:212)." •Em 1924 o Boston Museum of Fine Arts adquiriu uma série de suas fotos, sendo a primeira vez que um Museu incluia Fotografias em seu acervo permanente. De 1924 a 1937, expôs regularmente e ampliou sua Biblioteca e Coleção de Arte Moderna, incentivando e apresentando novos artístas. Nos últimos anos de sua vida viu seu o seu trabalho ser reconhecido e exposto nos maiores museus do mundo. PAUL STRAND — (Estados Unidos, 1890-1976). Sua obra corresponde à época do modernismo na América do Norte e na Europa. É importante dentro deste marco histórico por revolucionar uma estética baseada na natureza objetiva da realidade e as possibilidades visuais que permitem as câmeras de grande formato uma imagem de alta resolução. (pg. 686) As duas últimas edições da revista Camera Work, editadas em 1916 e 1917 por Stieglitz, publicam fotos de Paul Strand: retratos de pessoas nas ruas, cenas urbanas registradas de pontos de vista inusitados ("de cima" ou "de baixo") e imagens de detalhes de objetos que lembram pinturas abstrato geometricas As fotos de Strand, bem como sua argumentação em favor da autonomia da fotografia perante a pintura,o tornam um importante representante da straight photography. Para ele, o fotógrafo artista deveria aliar uma profunda necessidade de expressão individual a um rigoroso conhecimento técnico. Em artigo publicado em 1923, critica os pictorialistas sobretudo pelo fato de produzirem imagens híbridas, pois toda arte deveria ser "pura": "Atualmente se está demonstrando que uma fotografia construída sobre as qualidades fotográficas básicas não pode ser imitada de modo algum por um pintor ou um gravador. É algo com um caráter inalienável, com sua própria especial qualidade de expressão como qualquer produto de outro meio artístico totalmente acabado". PAUL STRAND PAUL STRAND GRUPO F.64 Em 1932, Edward Weston, Anselm Adams e Imogen Cunningham, entre outros seguidores das concepções de Stieglitz e Strand, formam o Grupo F.64. O nome da associação se refere ao número que identifica a menor abertura usada em lentes de câmeras para obter imagens com o máximo de clareza e definição, qualidades consideradas como essenciais para os integrantes do movimento. Para repudiar o pictorialismo, eles preconizam a perfeição da tiragem e o respeito absoluto pelas características dos materiais. "Só uma prova tecnicamente perfeita, realizada a partir de um negativo tecnicamente perfeito, pode, a meus olhos, ter valor intelectual ou capacidade emocional.” (Edward Weston) http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=6178 Weston trabalha com câmeras de grande formato e, como Stieglitz, copia seus negativos por contato, evitando assim a perda de definição. O artista defende a pré-visualização da cena a ser fotografada como uma maneira de obter controle absoluto sobre os resultados. Ele acredita na "honestidade" da câmera fotográfica que, em sua concepção, utiliza para registrar a "essência" e a "verdade" das coisas. Seus temas preferidos eram nus, paisagens e naturezas-mortas.O trabalho de Weston apresenta diversos pontos em comum com a obra de Adams, que se volta principalmente para a paisagem do oeste dos Estados Unidos. Adams é autor da trilogia A Câmera, O Filme e A Cópia, livros que ensinam como ter controle total da imagem, condição primordial para o fotógrafo se expressar artisticamente, segundo os paradigmas da straight photography. Ansel Adams Edward Weston Weston realiza pesquisa sobre forma, luz, volume, gradação tonal em preto e branco. Nova objetividade • Em 1924, Gustav Hartlaub, diretor do museu de Manheim cunhou a denominação "Nova Objetividade" (Neu Sachlichkeit) para designar a nova e vigorosa tendência do cinema alemão, de corte realista. • O principal representante na fotografia foi Albert Renger Patzsch. Cujas propostas foram:fazer um emprego funcional da luz, utilizar enquadramentos diferentes e usar objetivas de diferentes comprimentos focais. • Werner Graff escreveu um livro em 1929 chamado Es kommt der neu Fotograf (Aqui chega o novo fotógrafo) no qual tratava sobre as fotografias da nova objetividade. O movimento chamado "Nova Fotografia" foi criado, trazendo consigo fotografias nítidas, com caráter documental frente à arte fotográfica anterior baseada na poética autoconsciente. • Na Alemanha os principais representantes foram Jonh Heartfield, Karl Blossfeldt, Walter Peterhans, Helmar Lerski e August Sander. Na Republica Tcheca encontrava-se Josef Sudek. Na Russia ligado ao CONSTRUTIVISMO encontrava-se Aleksandr Rodchenko. • Nos Estados Unidos encontram-se próximos a esta corrente, fotógrafos como Paul Strand, Edward Weston, Imogen Cunningham, Ansel Adams e Walker Evans. Este grupo representava uma nova direção que defendia a fotografia não manipulada. Albert Renger-Patzsch, Mountain Forest in Winter, 1926 1927 Veja tambem como curiosidade:Bernd & Hilla Becher: Karl Blossfeldt August Sander 1928 1928 A primeira LEICA surgiu em 1914, desenhada pelo construtor de microscópios o engenheiro OSKAR BARNACK para a casa LEITZ, de Wetzlar. Mas a Leica demoraria dez anos para se aperfeiçoar devido ao início da I Guerra Mundial e a inflação que se seguiu na Alemanha, prejudicando a indústria de modo geral. A primeira câmera fotográfica de dimensões reduzidas: 35mm, a LEICA , afirma-se em 1924. Em 1925 a empresa começa a comercializá-la. Ela dá um grande impulso ao fotojornalismo por ser silenciosa, rápida, portátil e por ter disponíveis diversos tipos de lentes e acessórios. Quando iniciou sua trajetória, era a primeira câmera miniatura a vir com telêmetro acoplado à sua objetiva ELMAR, de excelente definição, com abertura máxima de f3,5. O poder de resolução era incomparável: como ressaltam HELMUT e ALISON GERNSHEIM, elevou as câmeras miniaturas a “verdadeiros instrumentos de precisão”. Isso foi percebido a partir de 1931, quando os reveladores de grão fino reduziram a granulosidade dos filmes rápidos, assegurando boas ampliações. 1915 — Com o aperfeiçoamento dos processos de impressão, os jornais diários começam a utilizar a fotografia com mais frequência para ilustrar as reportagens, em substituição ao desenho. A presença de fotos na imprensa firma-se com os jornais Daily Mirror, de Londres (Reino Unido), e Ilustrated Daily News, de Nova York (EUA). Ur-Leica 1914 O construtivismo como movimento ativo durou até 1934, as suas proposições inovadoras influenciam fortemente toda a arte moderna.( A partir do Congresso dos Escritores de 1934 a única forma de arte admitida na URSS seria o Realismo Socialista). Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização constante de elementos geométricos, cores primárias, fotomontagem e a tipografia sem serifa. O Construtivismo teve influência profunda na arte moderna e está inserido no contexto das vanguardas estéticas europeias do início do Sec. XX. A Bauhaus , assim como grande parte da vanguarda russa são manifestações influenciadas pelo Construtivismo. Do ponto de vista das artes plásticas, usando uma acepção mais ampla da palavra, toda a arte abstrata geométrica do período (décadas de 1920, 30 e 40) pode ser grosseiramente chamada de construtivista Alexander Rodchenko, e László Moholy-Nagy, ampliaram as possibilidades da fotografia, incutindo no fotógrafo o desafio de mostrar o mundo de uma forma diferente e inusitada. Enriquecendo o imaginário fotográfico, Rodchenko e Moholy-Nagy, iniciaram, a história da fotografia abstrata, propondo novos ângulos em imagens que contribuíram para o abstracionismo na fotografia. . Girl with Leica 1934 dadaísmo É no clima da desilusão e do ceticismo proporcionado pela 1ª Guerra Mundial, que as várias manifestações que tinham como base um anarquismo niilista (negação de qualquer crença) e o slogan "a destruição também é criação", tomaram conta dos sentidos dos artistas. Um movimento de atitudes fortes, o Dadaísmo é a negação intelectual, a contestação de valores – usados amplamente nessa crítica cultural que fazem a fim de conseguirem com os seus variados canais de expressão (revistas, manifestos, exposições) o choque e o escândalo da sociedade tradicional. Revolucionário, anárquico e anticapitalista, o dadaísmo, prega o absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas linguagens, como pintura, poesia, escultura, fotografia e teatro. Destacam-se os artísticas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray. Mesmo que o ano de 1922 apareça como o do fim do dadaísmo as ressonâncias do movimento que serviram de inspiração para movimentos artísticos posteriores foram bem fortes. EX: o Surrealismo, a Arte Conceitual, o Expressionismo Abstrato e a Pop Art americana The First International Dada Fair at Dr. Otto Burchard’s Berlin art gallery in 1920 Vanguardas - Dadaísmo *Raoul Hausmann (1886-1971) Hausmann foi um mestre na sistema de união de fragmentos, a fotomontagem. “Técnica e arte servem para compreender com claridade, uma mais a nível prático e outra mais a nível sentimental, todas as possibilidades que existem na natureza e que ampliam a receptividade de nossos sentidos e de nossas faculdades físicas” Raoul Hausmann's Postcard to I.K. Bonset, 1921 Raoul Hausmann, Dada wins!, 1920 Two Nudes on a Beach [Hedwig Mankiewitz and Vera Broido], 1930 "Art Critic" 1919-1938 — Ao final da I Guerra Mundial, a fotografia liga-se a movimentos artísticos de vanguarda, como o CUBISMO e o SURREALISMO. Fotógrafos como o norte-americano MAN RAY e o húngaro LÁSZLÓ MOHOLY-NAGY trabalham em estreita ligação com pintores e outros artistas. As técnicas de FOTOMONTAGEM (manipulação de negativos) e FOTOGRAMA (imagem direta sobre o papel fotográfico, sem o uso do negativo e da câmera são amplamente usadas. • Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque buscava uma realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para comprovar a existência dessa realidade no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente do positivismo indicial que guiou o início da linguagem fotográfica. Além dessa visão da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser entendida como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações de significado. Photogram, 1926. Foto de Laszlò Moholy-Nagy. •Le violon d’Ingres, 1924. de Man Ray. Dentre os movimentos de vanguarda, o Surrealismo é especialmente representativo porque buscava uma realidade associada ao inconsciente e se utilizava da fotografia para comprovar a existência dessa realidade no real, ou seja, uma perspectiva bem diferente do positivismo indicial que guiou o início da linguagem fotográfica. Além dessa visão da realidade ligada ao inconsciente, o Surrealismo levou a fotografia a ser entendida como uma linguagem propriamente dita, com sua própria sintaxe, associações e variações de significado. Rayogramas (fotografia sem câmera), fotogramas e solarizações marcam a fotografia de Man Ray. Um artista múltiplo - fotógrafo, pintor, cineasta, desenhista e ilustrador -, Man Ray foi, também, um dos maiores expoentes do Dadaísmo. *Man Ray (1890 -1976) Filadelfia , EUA Vanguardas – Surrealismo – Sua obra fotográfica e seus fotogramas passam a ser descontextualizados, criando uma nova realidade. Rayograma Auto-retrato - Solarização Com a utilização perfeita das sombras nos fotogramas, consegue criar a impressão de tridimensionalidade num processo de resultados quase sempre planos. Vanguardas – Surrealismo *Bill Brandt (1904-1983) Hamburgo, Alemanha Em 1928, Brandt começa a realizar fotografias em Paris. No ano seguinte, passa a ser ajudante de Man Ray, introduzindo-se no mundo artístico surrealista. Ao final da II Guerra Mundial, desenvolve o seu interesse pelo nu. Procura fazer interpretações pessoais do corpo humano, com primeiro plano e inspiração claramente surrealista. Adota a técnica do distanciamento na realização das fotografias, um método de trabalho próprio da estética surrealista, eu ficou marcado de forma muito notável.. Dali atómico é talvez a foto mais famosa do controverso pintor espanhol, tirada por Phillipe Halsman. Não se tratou de um ato isolado mas sim fruto de uma colaboração continuada entre os dois artistas iniciada em meados da década de 40' do século XX, quando o Surrealismo se encontrava no seu ponto mais alto. Este tipo de trabalhos não era inédito nem invulgar como pode à primeira vista parecer entre fotógrafos conceituados; Man Ray ou Dora Maar, por exemplo fizeram-no amiúde. Neste caso particular, conseguir este instantâneo não foi tarefa fácil. . • Halsman não usou montagens nem qualquer tipo de truque; apenas encenação meticulosa, muita preparação, bastante paciência e numerosas tentativas falhadas. Após cada ensaio era necessário limpar a água derramada no chão, ir atrás dos gatos e acalmá-los; às vezes aconteciam acidentes e Dali tomava um bom banho... Por fim, na 28ª sessão foi conseguido o efeito pretendido. A arte não é um acaso Há ainda In Voluptas Mors, uma composição artístico-macabra onde um grupo de mulheres nuas sobre um fundo negro dá forma a uma caveira perante o típico olhar alucinado de Dali, e Midsummer Night's Mare, um bailado espacial de figuras vestidas a rigor por entre pães, fruta e outros elementos comestíveis. Max Ernst Walker Evans Walker Evans: Negro Barbershop Interior, Atlanta, 1936 Dorothea Lange Outros movimentos artísticos também se utilizaram da fotografia com perspectivas diversas, abalando o status realista da fotografia. No Brasil, podemos citar o fotógrafo José Oiticica Filho. Oiticica participou do Photo Club Brasileiro e mais tarde do Foto Cine Clube Bandeirante. Ele seguiu a vertente abstracionista, sob forte influência geométrica, utilizando-se de intervenções no processo de revelação e ampliação e de técnicas como a fotomontagem “para fugir à característica documental que considerava inerente à fotografia. ” (COSTA, 2004, p. 74). O artista ainda ganhou projeção no campo do Construtivismo, fotografando, em preto e branco e em alto contraste, quadros anteriormente pintados por ele mesmo, fotografias que “representam seus melhores momentos artísticos”, segundo Helouise Costa (2004, p.75). Outro fotógrafo brasileiro que foi influenciado pelo concretismo e o neoconcretismo dos anos 40 – e que, por sua vez influenciaram também as artes plásticas e a literatura – foi Geraldo de Barros. O fotógrafo também freqüentou o Foto Cine Clube Bandeirante e se caracterizava pelo nível de experimentalismo de suas fotografia 1940. Foto de José Oiticica Filho Triângulos semelhantes, 1949. Para Geraldo de Barros a fotografia “é um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como categoria artística, na 2ª Bienal de São Paulo. Acredito também que é no erro, na exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por excessivos virtuosismos. Sempre trabalhei com uma câmera Rolleiflex, de 1939, que me possibilita duplas ou mais exposições do filme, o que me permite compor quando fotográfo. Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é negativo para a arte fotográfica. 1958 - Nascimento da Pop-Arte (Richard Hamilton, Robert Rauschenberg, Jasper Johns, Roy Licthenstein, Andy Wharol). Experimentações contemporâneas Os movimentos de vanguarda deram início a muitas outras transformações na fotografia. Além disso, o grande desenvolvimento tecnológico, social e econômico vivido durante o século XX certamente influenciou muitos campos da arte e da cultura. Esses dois fenômenos juntos servem de base para o entendimento de uma fotografia que, no século XX, se volta à esfera intimista, de caráter subjetivo e experimental. Os fotógrafos desenvolvem técnicas e formas que subvertem a idéia da fotografia como representante fiel da realidade. Ainda é importante nos lembrarmos do impacto da eletrônica sobre a fotografia. Hoje a fotografia pode se transformar em um código digital binário que possibilita sua manipulação por softwares gráficos, tornando-a fluida e liberta de seu referente. Arlindo Machado já nos alerta que: “A conseqüência mais óbvia e mais alardeada da hegemonia da eletrônica é a perda do valor da fotografia como documento, como evidência, como atestado de uma preexistência da coisa fotografada, ou como árbitro da verdade.” (MACHADO in SAMAIN, 2005, p.312). Não queremos dizer que as imagens contemporâneas ignorem por completo a realidade, mas que o diálogo entre imagem e realidade é agora mais mediado. O fotógrafo está mais livre para suas experimentações, e a imagem assume uma estética que pode estar em constante mudança. Arlindo Machado nos diz que as novas poéticas fotográficas ainda estão aquém das possibilidades oferecidas pela eletrônica. Muitos trabalhos representam somente um deslumbramento com as possibilidades tecnológicas e não um verdadeiro trabalho conceitual. Esse cenário nos relembra a busca por uma filosofia da fotografia defendida por Flusser, que afirma que o verdadeiro fotógrafo é aquele que consegue ir além da programação do aparelho - da câmera. Pois bem, estamos, agora, diante de um novo aparelho: o computador e os softwares gráficos que, por sua vez, também estão imbuídos de um programa. Cabe ao fotógrafo, enquanto artista, desprogramar esses aparelhos e subverter a sua própria função. Arlindo Machado cita o exemplo do fotógrafo Carlos Fadon Vicente. Segundo Machado, em seu trabalho é possível ver: um diálogo entre o artista e a máquina [...] resultando desse procedimento respostas não previsíveis da máquina. Na obra de Fadon, produz-se um esforço metodológico no sentido de dar expressão dialógica ao trabalho criativo, transformando o computador em co-autor das imagens e o ato criativo num processo de interação entre as intenções do artista e as respostas inesperadas da máquina. (MACHADO, 2001, pp. 98,99) Medium, 1991. Carlos Fadon Vicente • Podemos citar, também, outros fotógrafos brasileiros que são representantes da fotografia experimental e que não fazem uso das ferramentas disponibilizadas pela eletrônica. O exemplo mais proeminente é o de Rosângela Rennó, fotógrafa que não fotografa, não usa a câmera, mas resgata fotos já existentes e, de alguma maneira esquecidas. Em uma época marcada pela iconofagia1, em que somos constantemente bombardeados por imagens que devoramos sem ao menos “degustá-las”, Rosângela Rennó propõe uma mudança de postura frente à própria fotografia, recuperando e transformando fotografias populares já descartadas e esquecidas pela sociedade. Em seus trabalhos e instalações o anonimato fotográfico é preservado. • Ao invés de identificarem, as obras de Rosângela apagam a diferença entre as pessoas, justamente por elaborarem técnicas de massificação. [...] A dimensão social do anonimato fotográfico é uma preocupação constante da artista, que mostra os mecanismos institucionais de dissociação entre memória e imagem. Em vez de pessoas, Rosângela apresenta nosso hábito adquirido de lidar com tipos. - Felipe Chaimovich na apresentação do livro Artistas da USP: Rosângela Rennó. (RENNÓ, 1996, p.08) • O que a artista defende é que a fotografia representa mais do que a criação de uma identidade pessoal e social pela imagem. Segundo ela, a fotografia pode ser entendida, antes de tudo, como uma forma de conhecimento. • Ainda outro exemplo de fotografia experimental brasileira não ligada à manipulação eletrônica pode ser encontrado no trabalho de Kenji Ota. O fotógrafo subverte o resultado de suas fotografias ao jogar com o controle químico e matemático do processamento da foto. Sobre o artista, Arlindo Machado diz que: Quanto mais introduz a precisão, a descontinuidade, o processamento sem cronômetro e medição técnica, mais as imagens se decompõem em anamorfoses, manchas e alteridades gráficas, fazendo a fotografia se distanciar da homologia icônica e do traço documental, para se aproximar da pintura abstrata. (MACHADO, 2001, p. 138) 2� Bimestre/AMPLIADOR.pdf