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Roteiro_de_aula._Ato_administrativo.2013.02

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ATO ADMINISTRATIVO 
 
- Conceito - ato administrativo é a “declaração do Estado ou quem lhe faça 
as vezes (pode ser praticado pelo Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder 
Judiciário), expedida em nível inferior à lei – a título de cumpri-la (distingue 
o ato administrativo da lei), sob regime de direito público (distingue do ato 
administrativo do ato de direito privado) e sujeita a controle de legitimidade 
por órgão jurisdicional (distingue o ato administrativo do ato jurisdicional)”. 
 
- Elementos (requisitos de validade) - 
 competência – depende de previsão na lei ou na CF, é de exercício 
obrigatório, irrenunciável, imodificável, não admite transação e é 
improrrogável. 
 forma - somente a prevista em lei, sendo em regra por escrito, 
admitindo-se de outra maneira quando a lei assim autorizar. O ato 
administrativo está sujeito ao princípio da solenidade, exigindo-se 
formalidades específicas, procedimento administrativo prévio e 
motivação (é diferente de motivo, é a correlação lógica entre os 
elementos do ato, em regra obrigatória e deve ser realizada antes 
ou durante a prática do ato). 
 motivo - razões de fato e de direito que justificam a edição do ato. 
Para que esse motiva seja legal e não comprometa a validade do 
ato ele deve ser verdadeiro, estar compatível com a previsão legal 
e compatível com o resultado do ato. 
 objeto ou conteúdo – o resultado prático do ato. Exige-se que esse 
seja lícito (previsto em lei), possível e determinado. 
 finalidade – só pode ser uma razão de interesse público que será 
definido por lei. O desrespeito ao interesse público compromete o 
 
 
 
ato com o vício de desvio de finalidade (é vício ideológico, vício 
subjetivo). 
 
- Quanto ao fato de seus elementos serem vinculados ou discricionários 
poderíamos definir: a competência, a forma e a finalidade como 
vinculados tanto nos atos vinculados quanto nos discricionários. O motivo 
e o objeto são vinculados, no ato vinculado. Sendo nos atos 
discricionários o motivo e objeto também discricionários. Poderíamos 
então concluir que a discricionariedade do ato discricionário está no seu 
motivo e no seu objeto. Esta discricionariedade que significa a liberdade, 
a conveniência e oportunidade é o que se denomina mérito do ato 
administrativo. 
A distribuição dos elementos ou requisitos do ato administrativo em: 
sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade, adotada pela 
maior parte da doutrina, é assunto divergente, encontrando-se em Celso 
Antônio Bandeira de Mello1 as visíveis discrepâncias. Com o objetivo de 
facilitar o estudo da matéria, segue o quadro comparativo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Curso de Direito Administrativo, ob. cit., p. 384-406. 
 
 
 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello para a 
maior parte 
da doutrina 
 
ELEMENTOS 
Exteriorização da vontade FORMA 
Conteúdo (é a decisão) OBJETO 
 
PRESSUPOSTOS 
DE EXISTÊNCIA 
Objeto (é o assunto sobre o que o 
ato dispõe) 
OBJETO 
Pertinência do ato ao exercício 
da função administrativa 
--------------- 
 
 
 
 
PRESSUPOSTOS 
DE VALIDADE 
Pressuposto subjetivo – sujeito 
(o produtor do ato) 
SUJEITO 
COMPETENTE 
Pressuposto objetivo – motivo 
(fato que autoriza ou exige a 
prática do ato) 
MOTIVO 
Pressuposto objetivo – requisitos 
procedimentais (procedimento 
administrativo que antecede o ato) 
FORMA 
Pressuposto teleológico – 
finalidade 
FINALIDADE 
Pressuposto lógico – causa (é o 
vínculo de pertinência entre o 
motivo e o conteúdo) 
MOTIVO 
Pressuposto formalístico – 
formalização (formalidade 
específica para a prática do ato) 
FORMA 
 
 
 
 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, esse título é mais bem definido da 
seguinte maneira: o termo elemento sugere a ideia de parte componente 
de um todo, “são realidades intrínsecas do ato”, entretanto, alguns dos 
elementos indicados pela maioria da doutrina (apontados no item 3.0.) 
não podem ser considerados partes do ato administrativo, porque são 
exteriores a ele. Visando a identificar esses aspectos exteriores ao ato, o 
autor preferiu a terminologia pressupostos, que foram divididos em 
pressupostos de existência e pressupostos de validade. 
Segundo esse autor, os elementos são requisitos para a existência de um 
ato jurídico: “sem elementos não há ato algum, administrativo ou não”. 
Enquanto os pressupostos de existência são indispensáveis para a 
existência de um ato administrativo, os pressupostos de validade 
condicionam a validade do ato. 
Apresentada a análise comparativa das duas orientações doutrinárias, é 
possível perceber que os elementos e pressupostos elencados pelo autor 
também foram analisados neste trabalho, todavia, organizados de uma 
forma diferente, exceto quanto à exigência de pertinência do ato com o 
exercício da função administrativa. Essa pertinência exige que o ato 
administrativo seja imputável ao Estado, no exercício de uma função 
administrativa; caso contrário, trata-se somente de um ato jurídico e não 
administrativo, em razão da ausência de um pressuposto de existência. 
Esse raciocínio é interessante quando se fala de atos que não provêm de 
entidades governamentais, como por exemplo, nas concessões de 
serviços públicos, na delegação de função pública, particulares 
requisitados, em que o ato deve ser imputado ao Estado por estar ligado 
à função administrativa; do contrário, decerto será somente um ato 
jurídico. 
 
 
 
 
- Teoria dos Motivos Determinantes - relaciona-se com o motivo do 
ato administrativo, é aquela que prende o administrador no momento da 
execução do ato aos motivos que ele alegou no momento de sua edição, 
sujeitando-se à demonstração de sua ocorrência, de tal modo que, se 
inexistentes ou falsos, implicam em sua nulidade. 
 
- Atributos do ato Administrativo - presunção de legitimidade ou de 
veracidade; auto-executoriedade (executoriedade e exigibilidade), 
imperatividade e, para alguns autores, a tipicidade. 
 
- Classificação: 
 quanto aos destinatários: gerais (caráter geral, abstratos, 
impessoais, com finalidade normativa, atingem a coletividade 
como um todo) e individuais (são os que dirigem a 
destinatários certos e determinados); 
 quanto ao alcance: internos (destinados a produzir efeitos 
dentro das repartições administrativas) e externos (alcance 
mais abrangente, dissemina seus efeitos sobre os 
administrados); 
 quanto ao grau de liberdade: vinculado (a lei estabelece 
todos os seus elementos, não resta liberdade para o 
administrador, não há conveniência e oportunidade, 
preenchidos os requisitos legais o administrador deve praticar 
o ato, gerando direito subjetivo para o administrado - ex. 
aposentadoria por tempo de contribuição) e discricionário (há 
liberdade, há juízo de valor, há conveniência e oportunidade, 
não podendo fugir dos limites da lei, há discricionariedade 
quando a lei estabelece opção, quando é omissa, quando 
 
 
 
estabelece a competência mas não define a conduta e quando 
utiliza conceito vago); 
 quanto ao objeto: ato de império (a Administração pratica 
usando da sua supremacia sobre o administrado), ato de 
gestão (sem valer-se da sua supremacia) e atos de 
expediente (destinam a impulsionar os processos 
administrativos) 
 quanto a formação: simples (depende de uma única 
manifestação de vontade), composto (mais de uma 
manifestação de vontade, sendo um principal e a outra 
secundária) e complexo (depende de mais de uma 
manifestação de vontade de
órgãos diferentes) 
 
- Modalidades: 
 atos normativos: são os que contêm comando geral visando a 
correta aplicação da lei. Detalhar melhor o que a lei previamente 
estabeleceu. Ex. decretos, regulamentos, regimentos, resoluções, 
deliberações; 
 atos ordinatórios – visam a disciplinar o funcionamento da 
Administração e a conduta funcional dos seus agentes (fundamento do 
poder hierárquico). Ex. instruções, circulares, ordens de serviço; 
 atos negociais – são aqueles que contém uma declaração de vontade 
da Administração, coincidente com a pretensão do particular, visando 
concretizar atos jurídicos, nas condições previamente impostas pela 
Administração Pública. 
 atos enunciativos – são todos aqueles em que a Administração se 
limita a certificar ou atestar um fato, ou então a emitir uma opinião 
 
 
 
acerca de um determinado tema. Ex. certidão, emissão de atestado, 
parecer. 
 atos punitivos – são aqueles que contém uma sanção imposta pela 
Administração àqueles que infringem disposições legais, 
regulamentares e ordinatórias de bens e serviços públicos, visam punir 
ou reprimir as infrações administrativas ou o comportamento irregular 
dos servidores ou dos particulares, perante a Administração, podendo 
a atuação ser interna ou externa - ex. multas, interdições, embargos 
de obras. 
 
- Modos de desfazimento 
Espécies Objeto Titular Efeitos 
Anulação 
(invalidação) 
Ilegalidade do 
ato 
- Administração 
(Sum 346 e 473 
– STF) 
- Judiciário (5º, 
XXXV) 
Ex tunc 
 
b) 
Revogação 
Razões de 
conveniência e 
oportunidade 
(o ato é válido, 
porém, não 
mais 
conveniente) 
- Administração 
( Sum. 473 – 
STF) 
Ex nunc 
 
 
 
 
 
 
 cassação: quando o destinatário descumpra condições que deveriam 
ser mantidas, para o fim de continuar desfrutando da situação jurídica 
- ex. transformação de um hotel formal em um motel; 
 
 caducidade: quando a superveniência de norma jurídica torna 
inadmissível a situação, antes permitida pelo direito e outorgada pelo 
ato precedente - ex. autorização de uso de área pública para o 
estabelecimento de um circo e seu cancelamento posterior, por força 
da implantação de novo Plano Diretor do Município, que ali consta uma 
nova rua; 
 contraposição: que significa a edição de um ato com fundamento em 
competência diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos 
são contrapostos aos daquele - ex. cancelamento da inscrição de 
candidato a cargo público, anteriormente demitido pela prática de 
crime contra a Administração. 
 Convalidação – transformação de ato anulável em válido. 
 Conversão e sanatória 
 
- ESTABILIZAÇÃO DOS EFEITOS 
 
- COISA JULGADA ADMINISTRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
DECISÕES/NOTICIAS INTERESSANTES SOBRE O ASSUNTO 
 
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS 
DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
ILEGITIMIDADE DO COORDENADOR-GERAL DE RECURSOS HUMANOS 
DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. NEGATIVA DE REGISTRO A 
PENSÃO. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. GARANTIAS 
CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O 
Coordenador-Geral de Recursos Humanos do Ministério dos Transportes é 
parte ilegítima para figurar no pólo passivo da ação mandamental, dado que 
é mero executor da decisão emanada do Tribunal de Contas da União. 2. A 
inércia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da pensão, 
consolidou afirmativamente a expectativa de pensionista quanto ao 
recebimento de verba de caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz 
intimamente com: a) o princípio da segurança jurídica, projeção objetiva do 
princípio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado 
de Direito; b) a lealdade, um dos conteúdos do princípio constitucional da 
moralidade administrativa (caput do art. 37). São de se reconhecer, 
portanto, certas situações jurídicas subjetivas ante o Poder Público, 
mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer das 
instâncias administrativas desse Poder, como se dá com o ato formal de 
aposentadoria. 3. A manifestação do órgão constitucional de controle 
externo há de se formalizar em tempo que não desborde das pautas 
elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo é permeado por essa 
preocupação com o tempo enquanto figura jurídica, para que sua prolongada 
passagem em aberto não opere como fator de séria instabilidade 
intersubjetiva ou mesmo intergrupal. A própria Constituição Federal de 1988 
dá conta de institutos que têm no perfazimento de um certo lapso temporal 
a sua própria razão de ser. Pelo que existe uma espécie de tempo 
constitucional médio que resume em si, objetivamente, o desejado critério 
da razoabilidade. Tempo que é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts. 
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 4. O prazo de cinco anos é de 
ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de 
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. 
Transcorrido in albis o interregno qüinqüenal, a contar da pensão, é de se 
convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a 
fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa (inciso LV do art. 5º). 5. Segurança concedida. (MS 25403, 
Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 
15/09/2010, DJe- 10-02-2011) 
 
 
 
 
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO TRIBUNAL DE CONTAS 
DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
NEGATIVA DE REGISTRO A APOSENTADORIA. PRINCÍPIO DA 
SEGURANÇA JURÍDICA. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO 
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. 1. O impetrante se volta contra 
o acórdão do TCU, publicado no Diário Oficial da União. Não exatamente 
contra o IBGE, para que este comprove o recolhimento das questionadas 
contribuições previdenciárias. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. 
2. Infundada alegação de carência de ação, por ausência de direito líquido e 
certo. Preliminar que se confunde com o mérito da impetração. 3. A inércia 
da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da aposentadoria, 
consolidou afirmativamente a expectativa do ex-servidor quanto ao 
recebimento de verba de caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz 
intimamente com: a) o princípio da segurança jurídica, projeção objetiva do 
princípio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado 
de Direito; b) a lealdade, um dos conteúdos do princípio constitucional da 
moralidade administrativa (caput do art. 37). São de se reconhecer, 
portanto, certas situações jurídicas subjetivas ante o Poder Público, 
mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer das 
instâncias administrativas desse Poder, como se dá com o ato formal de 
aposentadoria. 4. A manifestação do órgão constitucional de controle 
externo há de se formalizar em tempo que não desborde das pautas 
elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo é permeado por essa 
preocupação com o tempo enquanto figura jurídica, para que sua prolongada 
passagem em aberto não opere como fator de séria instabilidade inter-
subjetiva ou mesmo intergrupal. A própria Constituição Federal de 1988 dá 
conta de institutos que têm no perfazimento de um certo lapso temporal a 
sua própria razão de ser. Pelo que existe uma espécie de tempo 
constitucional médio que resume em si, objetivamente, o desejado critério 
da razoabilidade. Tempo que é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts. 
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 5. O prazo de cinco anos é de 
ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de 
legalidade dos atos concessivos
de aposentadorias, reformas e pensões. 
Transcorrido in albis o interregno qüinqüenal, a contar da aposentadoria, é 
de se convocar os particulares para participarem do processo de seu 
interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e 
da ampla defesa (inciso LV do art. 5º). 6. Segurança concedida. 
(MS 25116, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 
08/09/2010, DJe-027 DIVULG 09-02-2011 PUBLIC 10-02-2011 EMENT VOL-
02461-01 PP-00107) 
 
REPERCUSSÃO GERAL SOBRE O TEMA 
 
 
 
 
REPERCUSSÃO GERAL - RE 594296 (MÉRITO JULGADO) 
Tema - Nº 138 (Anulação de ato administrativo pela Administração, 
com reflexo em interesses individuais, sem a instauração de 
procedimento administrativo.) 
Assunto: Direito Administrativo. Anulação de ato administrativo cuja 
formalização tenha repercutido no campo de interesses individuais. Poder de 
autotutela da administração pública. Necessidade de instauração de 
procedimento administrativo sob o rito do devido processo legal e com 
obediência aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO 
CUJA FORMALIZAÇÃO TENHA REPERCUTIDO NO CAMPO DE INTERESSES 
INDIVIDUAIS. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
SOB O RITO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E COM OBEDIÊNCIA AOS 
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. EXISTÊNCIA DE 
REPERCUSSÃO GERAL. (RE 594296 RG / MG, STF, Relator(a) Min. Menezes 
Direito, Julgamento: 13.11.2008, DJ: 13.02.2009). 
 
EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. 
EXERCÍCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISÃO DE CONTAGEM 
DE TEMPO DE SERVIÇO E DE QUINQUÊNIOS DE SERVIDORA PÚBLICA. 
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado é facultada a revogação 
de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já 
decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de 
regular processo administrativo. 2. Ordem de revisão de contagem de tempo 
de serviço, de cancelamento de quinquênios e de devolução de valores tidos 
por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de 
submetida a questão ao devido processo administrativo, em que se mostra 
de obrigatória observância o respeito ao princípio do contraditório e da 
ampla defesa. 3. Recurso extraordinário a que se nega provimento. 
(RE 594296, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 
21/09/2011, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
030 DIVULG 10-02-2012 PUBLIC 13-02-2012) 
 
 
 
 
TCU: auditoria e decadência 
O disposto no art. 54 da Lei 9.784/99 (“Art. 54. O direito da Administração 
de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé”) aplica-se às hipóteses de auditorias 
realizadas pelo TCU em âmbito de controle de legalidade administrativa. 
Com base nesse entendimento, a 1ª Turma reconheceu a decadência e, por 
conseguinte, concedeu mandado de segurança para afastar a exigibilidade 
da devolução de certas parcelas. Tratava-se de writ impetrado contra ato do 
TCU que, em auditoria realizada no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, em 
2005, determinara o ressarcimento de valores pagos em duplicidade a 
servidores no ano de 1996. Salientou-se a natureza simplesmente 
administrativa do ato. Dessa forma, a atuação do TCU estaria submetida à 
Lei 9.784/99, sob o ângulo da decadência e presentes relações jurídicas 
específicas, a envolver a Corte tomadora dos serviços e os prestadores 
destes. Consignou-se que a autoridade impetrada glosara situação jurídica já 
constituída no tempo. Aduziu-se que conclusão em sentido diverso implicaria 
o estabelecimento de distinção onde a norma não o fizera, conforme o órgão 
a praticar o ato administrativo. Destacou-se, por fim, que o caso não se 
confundiria com aquele atinente a ato complexo, a exemplo da 
aposentadoria, no que inexistente situação aperfeiçoada. Leia o inteiro teor 
do voto condutor na seção “Transcrições” deste Informativo. MS 31344/DF, 
rel. Min. Marco Aurélio, 23.4.2013. (MS-31344) (Informativo 703, 1ª Turma) 
 
DECISÕES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MANDADO DE SEGURANÇA - AUTORIDADE COATORA - MINISTRO DE 
ESTADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - ASSOCIAÇÃO - CERTIFICADO DE 
ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS - RENOVAÇÃO INDEFERIDA - 
EFEITOS EX NUNC OU EX TUNC DA DECISÃO ADMINISTRATIVA QUE 
NEGA PROVIMENTO AO RECURSO DA IMPETRANTE - DECADÊNCIA 
PARCIAL PARA IMPETRAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA - 
LITISPENDÊNCIA NÃO VERIFICADA - DECADÊNCIA PARA A REVISÃO 
DO ATO ADMINISTRATIVO - ART. 54 DA LEI Nº 9.784/1999 - 
INTERRUPÇÃO DO PRAZO QUINQUENAL - 1- O presente mandado de 
segurança impugna duas decisões: (i) desprovimento de recurso 
administrativo interposto contra "decisão do Conselho Nacional de 
Assistência Social - CNAS, que indeferiu o pedido de recadastramento e 
 
 
 
renovação do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos" (DOU de 
31.12.1998); E (ii) declarou "sem efeito a expressão 'Fixo os efeitos desta 
decisão a contar da sua publicação' constante da decisão ministerial [...] 
publicada no DOU de 31 de dezembro de 1998". 2- No pertinente à primeira 
decisão, que manteve o cancelamento do "Certificado de Entidade de Fins 
Filantrópicos" e foi publicada em 31.12.1998, esbarra a impetração no prazo 
decadencial de 120 (cento e vinte) dias previsto no art. 18 da Lei nº 
1.533/1951 , em vigor à época (reiterado no art. 23 da Lei nº 12.016/2009), 
tendo em vista que o presente mandado de segurança foi protocolado nesta 
Corte, apenas, em 14.5.2007. Com isso, não se pode aqui, neste writ, 
examinar as questões trazidas pelo impetrante relativas ao direito adquirido 
e à natureza onerosa e contratual da isenção respectiva, estando ambas 
vinculadas ao restabelecimento do mencionado certificado. 3- Litispendência 
não verificada entre a anterior ação civil pública proposta pelo Ministério 
Público Federal e o presente mandado de segurança, tendo em vista que 
foram ajuizadas por autores distintos e com pedidos diversos. Por outro 
lado, em relação ao tema dos efeitos, retroativos ou não, da decisão que 
manteve o cancelamento do certificado, está em vigor a segunda decisão do 
Ministro de Estado, atacada neste mandamus, mas que não é objeto da ação 
civil pública e nem poderia, tendo em vista que atende a pretensão do 
Ministério Público Federal autor. 4- Antes da edição da Lei nº 
9.784/1999 , admitia-se que a administração procedesse, de ofício, 
à revisão dos atos administrativos considerados ilegais a qualquer 
tempo. Com o novo diploma, o prazo decadencial de cinco anos 
previsto no art. 54, em relação aos atos praticados anteriormente, 
teve início a partir da sua vigência, com a publicação no DOU de 
1º.2.1999. Dessarte, o prazo decadencial, para os antigos atos, como 
no presente caso, se encerraria em 29.1.2004. Entretanto, houve a 
interrupção do quinquênio legal quando, em 1º.9.2003, dando início 
ao processo de revisão, "o DIRETOR DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA do 
INSS solicitou ao Sr. Ministro da Previdência a revisão parcial daquela 
decisão, na parte em que ela fixou os seus efeitos a partir da sua 
publicação". Com isso, a decisão revisional proferida em 15.1.2007 e 
publicada em 18.1.2007 não foi atingida pelo prazo decadencial. 5- Sobre o 
pretendido efeito ex nunc da decisão que desproveu o recurso administrativo 
e manteve o cancelamento do certificado, os dispositivos do Decreto-Lei nº 
1.572/1977 , voltados a disciplinar situações transitórias, específicas para o 
momento
da modificação legislativa, não alcançam a impetrante, constando 
da própria inicial que, após a alteração do art. 55 da Lei nº 8.212 em 
24.7.1991 - Modificando as exigências para se determinar o que seria 
 
 
 
entendido como entidade beneficente de assistência social - , o INSS editou 
o Ato Cancelatório nº 7, de 30.4.96, suprimindo "a isenção concedida 
anteriormente à ABCP". Evidentemente, o período em discussão e do 
cancelamento do certificado é muito posterior ao referido decreto-lei, não se 
inserindo nas situações transitórias nele previstas. Ademais, nem mesmo há 
elementos suficientes nos autos capazes de demonstrar que a impetrante, 
eventualmente, encontra-se inserida nos requisitos fáticos estabelecidos no 
decreto-lei, ausente prova pré-constituída e direito líquido e certo a ser 
protegido em mandado de segurança. 6- Mandado de segurança denegado. 
(STJ - MS 12.839 - (2007/0113699-5) - 1ª S. - Rel. Min. Castro Meira - DJe 
01.02.2013 - p. 3764) 
 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CONSTITUCIONAL E 
ADMINISTRATIVO. MILITAR. REMOÇÃO. PRINCÍPIO DA 
RAZOABILIDADE.TRANSFERÊNCIA DE LOCAL DE SERVIÇO. DEFERIMENTO. 
MORA IMOTIVADA PARA EFETIVAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO. 
DISCRICIONARIEDADE. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. MATÉRIA 
CONSTITUCIONAL. STF.ACÓRDÃO CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. 
ENUNCIADO 83, DA SÚMULA DO STJ.1. A Administração, ao autorizar a 
transferência ou a remoção de agente público, vincula-se aos termos do 
próprio ato, portanto, submete-se ao controle judicial a morosidade 
imotivada para a concretização da movimentação (Teoria dos Motivos 
Determinantes).2. Pela Teoria dos Motivos Determinantes, a validade do ato 
administrativo está vinculada à existência e à veracidade dos motivos 
apontados como fundamentos para a sua adoção, a sujeitar o ente público 
aos seus termos.3. No caso, em harmonia com a jurisprudência do STJ, o 
acórdão recorrido entendeu indevida a desvinculação do procedimento 
administrativo ao Princípio da Razoabilidade, portanto considerou o ato 
passível ao crivo do Poder Judiciário, verbis: "a discricionariedade não pode 
ser confundida com arbitrariedade, devendo, assim, todo ato administrativo, 
mesmo que discricionário, ser devidamente motivado, conforme os preceitos 
da Teoria dos Motivos Determinantes, obedecendo ao Princípio da 
Razoabilidade." (fls. 153).4. Pretensão e acórdão a quo, na via especial, 
firmados em preceito constitucional elidem o exame do STJ.5. Acórdão a quo 
em consonância com a jurisprudência deste Tribunal (Enunciado 83 da 
Súmula do STJ).6. Agravo regimental a que se nega provimento.(AgRg no 
REsp 670.453/RJ, STJ – Sexta Turma, Relator(a) Min. Celso Limongi 
 
 
 
(Desembargador convocado do TJ/SP), julgamento: 18.02.2010, DJ: 
08.03.2010) 
 
RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR 
PÚBLICO.APOSENTADORIA. ATO COMPLEXO. CONFIRMAÇÃO PELO 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. NÃO 
OCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DO DISPOSTO NA LEI ESTADUAL Nº 10.177/98. 
LEGALIDADE DA REVISÃO DO ATO DE APOSENTADORIA. TRANSPOSIÇÃO 
DE CARGOS. INCONSTITUCIONALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA DE OFENSA 
AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS CITADOS. MATÉRIAS NÃO 
EXAMINADAS PELA CORTE DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO 
CABIMENTO.1. Na ausência de lei de município do Estado de São Paulo que 
disponha sobre procedimento administrativo, tem aplicação a Lei Estadual nº 
10.177/98, que dispõe sobre o procedimento administrativo na esfera 
estadual e fixa o prazo decadencial de dez anos para que a Administração 
reveja ou anule seus atos (art. 10, inciso I); e não a Lei Federal nº 9.784/99 
que, diversamente, prevê o prazo decadencial de cinco anos.2. No caso dos 
autos, considerado como termo inicial da decadência a data de publicação da 
Lei Estadual nº 10.177/98, ou mesmo a data da concessão da aposentadoria 
ao recorrente pela Corte de Contas Municipal, resta afastada a ocorrência da 
decadência, pois observado o prazo de dez anos quando da anulação da 
aposentadoria do recorrente.3. Tendo sido oferecida oportunidade, com base 
na Lei Estadual nº 10.177/1998, para que os servidores atingidos pela 
revisão dos atos de aposentadoria ou pensão pudessem apresentar defesa, 
bem como tendo sido devidamente fundamentado o ato impugnado, não há 
falar em ofensa aos princípios do contraditório, ampla defesa e motivação.4. 
"É legal o ato administrativo que, com base em determinação do e. Tribunal 
de Contas Municipal, suspende o pagamento de parcela dos proventos de 
aposentadoria, incorporada já na vigência da Constituição Federal, em 
desacordo com o texto constitucional. In casu, servidores ascenderam a 
carreira de nível mais elevado ao daquele cargo em que ingressaram, em 
ofensa clara ao princípio do concurso público (art. 37, II, CF; Súmula 
685/STF)" (RMS 21.414/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, 
julgado em 30/05/2008, DJe 04/08/2008).5. Consoante a jurisprudência 
deste Superior Tribunal de Justiça, é vedada, no julgamento de recurso 
ordinário em mandado de segurança, a apreciação de matéria não abordada 
pelo Tribunal de origem, sob pena de supressão de instância. 6. Recurso 
ordinário conhecido em parte e improvido.(RMS 21.784/SP, STJ – Sexta 
 
 
 
Turma, Relator(a) Min. Maria Thereza de Assis Moura, 
julgamento:22.06.2010, DJ: 02.08.2010) 
 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. APOSENTADORIA. ATO 
COMPLEXO. CONJUGAÇÃO DE VONTADES DE MAIS DE UM ÓRGÃO. 
ADMINISTRAÇÃO E TRIBUNAL DE CONTAS. REVISÃO DO ATO. PRAZO 
DECADENCIAL. CINCO ANOS. INÍCIO. MANIFESTAÇÃO DO TRIBUNAL DE 
CONTAS. CONTROLE DA LEGALIDADE DOS PROVENTOS. ART. 54 DA LEI 
9.784/99. NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTES.INEXISTÊNCIA DE DIREITO 
LÍQUIDO E CERTO. RECURSO DESPROVIDO.I. Consoante entendimento 
pacífico do Supremo Tribunal Federal, a aposentadoria, no tocante à 
formação da vontade, se constitui ato administrativo complexo, 
aperfeiçoando-se com o registro perante o Tribunal de Contas. 
Precedentes.II. Com a manifestação da Corte de Contas aferindo a 
legalidade, para fins de registro, tem início a fluência do prazo decadencial 
de 5 (cinco) anos previsto na Lei 9.784/99, para que a Administração Pública 
reveja o ato de concessão de aposentadoria.III - Entre 2005 e 2007 ocorreu 
a recusa do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro em efetuar os 
registros dos benefícios concedidos aos autores e em 2007 a Administração 
cientificou os servidores sobre as alterações nos respectivos proventos, 
visando sua adequação à lei de regência. Nestes termos, não tendo 
transcorrido cinco anos entre a recusa e a retificação da aposentadoria, não 
incide, na espécie, o art. 54 da Lei 9.784/99, que assim dispõe:"O direito da 
Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em 
que foram praticados, salvo comprovada má-fé." IV - Inexistência de direito 
líquido e certo à manutenção dos atos de aposentadoria nos termos como 
concedidos pela Administração do Município de Campos de Goytacazes/RJ, 
afastando-se, na hipótese dos autos, a decadência do direito de revisão.V - 
Recurso conhecido e desprovido.(RMS 32.115/RJ, Rel. Ministro GILSON 
DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 16/12/2010, DJe 01/02/2011) 
 
NOTICIAS INTERESSABTES SOBRE O TEMA 
Candidato não pode ser afastado de concurso por responder a ação 
penal 
O Conselho Especial do TJDFT garantiu a posse e nomeação de um candidato 
afastado de concurso público para o cargo de técnico em assistência social, 
 
 
 
por figurar como réu em ação penal na qual responde pelos crimes de 
favorecimento pessoal e porte
de arma de fogo. A decisão foi unânime. 
Inconformado com a não recomendação ao cargo durante a fase de 
investigação social e sindicância de vida pregressa, após alcançar êxito na 
prova objetiva, o candidato ingressou com ação contra o Secretário de 
Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF, sustentando a 
ilegalidade da medida. Argumenta que o mero registro em sua folha penal 
não pode macular sua vida pregressa, ante a presunção de inocência como 
primado constitucional, até porque foi impronunciado na prática dos aludidos 
crimes. Ademais, aguarda decisão em Recurso Especial impetrado no STJ, 
no qual requer a modificação do veredito, de impronúncia para absolvição. O 
Secretário de Estado, por sua vez, sustenta a perda do interesse processual 
diante da homologação do resultado do concurso, em 21 de julho de 2010, e 
rebate a alegação de ilegalidade, afirmando que o candidato aderiu às regras 
estabelecidas no edital do certame, ao oficializar sua participação. Em seu 
voto, o Desembargador-relator assevera que, em homenagem ao princípio 
da presunção de inocência, não se pode admitir, na fase de investigação 
social de concurso público, a exclusão de candidato que responde a inquérito 
ou ação penal SEM trânsito em julgado da sentença condenatória, conforme 
orientação do próprio STF. Ora, se a condenação sem trânsito em julgado 
não constitui motivação suficiente para exclusão de candidato que responde 
a qualquer ação penal, quem dirá decisão que o impronuncia. 
Ainda, segundo o acórdão, constitui ilegalidade passível de ser declarada 
pelo Poder Judiciário, sem intromissão no mérito do ato administrativo, a 
exclusão de candidato que respondeu a processo criminal, sendo 
impronunciado. Dessa forma, não obstante a homologação do resultado do 
concurso, o Colegiado concedeu a ordem ao Mandado de Segurança para 
anular o ato de exclusão do candidato, garantindo sua nomeação e posse, 
segundo a ordem de classificação, por entender preservados os princípios da 
legalidade, isonomia, segurança jurídica e razoabilidade. 
Nº do processo: 20100020115853MSGAutor: (AB) 
 
QUESTÕES SOBRE O ASSUNTO 
 
1 - ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário) 
O particular requereu a emissão de determinada licença. O pedido foi 
apreciado por autoridade incompetente. Esta, no entanto, verificou 
que estavam presentes os requisitos para edição do ato vinculado, 
emitindo assim a licença. A autoridade competente, instada a tanto, 
a) deve convalidar o ato, porque estava diante de ato vinculado e desde que 
não se trate de competência exclusiva. 
b) pode convalidar o ato, mediante análise de conveniência e oportunidade, 
porque se tratava de ato vinculado. 
 
 
 
c) deve convalidar o ato, mediante análise de conveniência e oportunidade, 
independentemente do vício de competência incorrido. 
d) não pode convalidar o ato, porque essa convalidação só é admissível 
quanto a vícios referentes a forma. 
e) não pode convalidar o ato, pois somente os atos discricionários admitem 
a convalidação. 
 
 
2 - ( Prova: CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário ) 
No que se refere à administração pública e ao ato administrativo, 
assinale a opção correta. 
a) Os atos administrativos gerais, a exemplo dos atos normativos, podem 
ser objeto de impugnação direta por meio de recurso administrativo. 
b) Ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de 
vontade da administração pública, mas não se origina de um agente público, 
mantendo-se, porém, aqueles efeitos já produzidos perante terceiros de 
boa-fé. 
c) A multa administrativa goza de executoriedade na medida em que a 
administração pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios indiretos, 
como o bloqueio de documento de veículo. 
d) O ato administrativo será discricionário quando a lei não estabelecer 
margem alguma de liberdade para atuação do administrador, fixando uma 
única maneira de agir nos termos da lei. 
e) Os atos normativos editados conjuntamente por diversos órgãos da 
administração federal, como as portarias conjuntas ou instruções normativas 
conjuntas da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria da 
Fazenda Nacional, são exemplos de ato administrativo complexo. 
 
3 - ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário) 
A respeito de atributo dos atos administrativos, é INCORRETO 
afirmar: 
a) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem 
a terceiros, independentemente de sua concordância. 
b) Presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei, 
presumindo-se, até prova em contrário, que o ato foi emitido com 
observância da lei. 
c) O atributo da executoriedade permite à Administração o emprego de 
meios de coerção para fazer cumprir o ato administrativo. 
d) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder 
a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados 
resultados. 
e) A presunção de veracidade é o atributo pelo qual o ato administrativo não 
pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário, salvo aqueles 
considerados discricionários. 
 
 
 
 
 
4 - ( Prova: CESPE - 2013 - TRE-MS - Técnico Judiciário) Com 
referência aos atos administrativos, assinale a opção correta. 
a) A União ao alugar um imóvel particular para instalar nova sede de um 
TRE, pratica ato administrativo. 
b) Ato administrativo é a declaração do Estado que produz efeitos jurídicos 
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público ou 
privado e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 
c) Competência é um dos elementos do ato administrativo que faculta ao 
agente a transferência de atribuições a outros agentes públicos, as quais, 
uma vez delegadas, não poderão ser avocadas pelo delegante. 
d) Os atos administrativos, quando editados, avocam para si a presunção 
absoluta de legitimidade. 
e) O motivo do ato não se confunde com a motivação da autoridade 
administrativa, pois a motivação diz respeito às formalidades do ato. 
 
 
 
GABARITOS: 
1 - A 2 - E 3 - E 4- E 
 
 
QUESTÕES MAGISTRATURA DO TRABALHO 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 15 ªR - 2013 – TRT 15 ªR - Assinale a 
proposição incorreta acerca do ato administrativo: 
 a) o ato administrativo vinculado impede que o administrador público 
exceda os parâmetros traçados em lei para sua atividade, diferentemente do 
ato discricionário, que tem como premissas a oportunidade, a coriveniência, 
a justiça e a equidade, todas de livre aferição pelo administrador público, 
que, todavia, não poderá rever atos administrativos já consumados; 
 b) a discricionariedade do ato pode ter origem tanto em autorização legal 
quanto em; hipóteses de silêncio legislativo, sendo que o ato administrativo 
discricionário não está totalmente desvinculado da lei e poderá ser anulado 
pela Administração Pública, ante seu poder de autotutela, ou pelo próprio 
Poder Judiciário; 
 c) o ato administrativo é sempre vinculado no que tange ao sujeito, na 
medida em que somente poderá ser praticado pelo agente a que lei atribuiu 
competência; de outra parte, nem sempre o ato administrativo será 
vinculado em sua finalidade, podendo haver discricionariedade quando 
ausentes critérios objetivos de escolha no ordenamento jurídico; 
 d) a anulação do ato administrativo gera efeitos ex tunc, ou seja, a partir 
da data de sua emissão, ao passo que a revogação do ato administrativo 
gera efeitos ex nunc, não retroagindo à data de sua emissão; 
 e) o entendimento sumulado pelo TST de que a representação processual 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de suas 
autarquias e das fundações públicas, por seus procuradores, não está
condicionada à juntada de instrumento de mandato e de comprovação do 
ato de nomeação, chancela a qualidade de presunção de veracidade de que 
estão investidos os atos da Administração Pública. 
 
Gabarito: A 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 3 ªR - 2013 – TRT 3 ªR – São atributos do 
ato administrativo: 
a) Autoexecutoriedade e autoridade 
b) Presunção de legitimidade e imperatividade 
c) Presunção de legitimidade e eficiência 
d) Publicidade e autenticidade 
e) Exigibilidade e publicidade 
 
Gabarito: B 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 5ªR - 2013 – CESPE - Em relação aos atos e 
princípios administrativos, assinale a opção correta à luz da CF, da 
jurisprudência dos tribunais superiores e da doutrina. 
a) Segundo o STF, é imprescindível a existência de norma legal específica 
com vistas a coibir a prática do nepotismo, haja vista que a vedação a essa 
prática decorre diretamente das normas constitucionais aplicáveis à 
administração pública, em especial do princípio da moralidade. 
b) É do princípio constitucional da eficiência que decorre o dever estatal de 
neutralidade, objetividade e imparcialidade do comportamento dos agentes 
públicos. 
c) O STF admite a aplicação do princípio da isonomia com vistas a elevar a 
remuneração de servidores públicos. 
d) O princípio da razoabilidade é expressamente previsto na CF. 
e) O ato administrativo complexo deve ser formado pela junção de 
manifestações de vontade de órgãos diferentes, sendo, portanto, derivado 
da conjugação de vontades de órgãos diversos. 
 
Gabarito: E 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 3 ªR - 2013 – TRT 3 ªR – Relativamente ao 
motivo do ato administrativo, é incorreto afirmar: 
a) É irrelevante para a eficácia do ato administrativo vinculado. 
b) É elemento, e não atributo, do ato administrativo. 
c) É também denominado motivação. 
d) Corresponde às razões de fato e de direito que servem de fundamento ao 
ato administrativo. 
e) Não se confunde com o mérito do ato administrativo. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 5ªR - 2013 – CESPE - Ainda no que diz 
respeito aos atos e princípios administrativos, assinale a opção correta com 
base na CF, na jurisprudência dos tribunais superiores e na doutrina. 
a) São atributos do ato administrativo a competência, a finalidade, a forma, 
o motivo e o objeto. 
b) De acordo com entendimento jurisprudencial, é permitido o corte salarial 
dos servidores públicos nos dias de paralisação do serviço em razão de 
greve da categoria. 
c) Configura nepotismo a nomeação, por governador de estado, do próprio 
irmão para ocupar o cargo de secretário estadual. 
d) A discricionariedade administrativa não é limitada pelo princípio da 
razoabilidade. 
e) A administração pública pode comprometer direitos fundamentais sob a 
justificativa de concretização do princípio constitucional da eficiência, em 
uma chamada ponderação de princípios. 
 
Gabarito: B 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 8ªR - 2013 – TRT 8ªR - Com relação aos atos 
administrativos, é CORRETO afirmar que: 
a) São nulos os atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios e das entidades autárquicas, nos casos de 
incompetência, vício de forma, ausência de vontade de produzir o ato 
administrativo; ilegalidade do objeto; inexistência dos motivos e desvio de 
finalidade. 
b) Ato administrativo é espécie de ato jurídico e distingue-se dos atos de 
direito privado pelos seguintes atributos ou características: 
autoexecutoriedade, atributo do ato administrativo pelo qual ele é executado 
pela própria Administração Pública, não carecendo de auxílio do Poder 
Judiciário; presunção de legitimidade e veracidade, que diz respeito a sua 
conformidade com a lei e a fé pública de que é dotado; imperatividade, por 
conta do que o ato administrativo se impõe a terceiros quando estabelece 
obrigações; e tipicidade que é o atributo segundo o qual o ato administrativo 
deve corresponder a figuras definidas nas políticas públicas estabelecidas 
pela Administração Pública, como aptas a produzir determinados resultados, 
sendo decorrência direta do princípio constitucional da eficiência. 
c) Revogação é a extinção explícita ou implícita de um ato administrativo ou 
de seus efeitos por outro ato administrativo, executada por motivos de 
conveniência e oportunidade, com efeito ex tunc, e tem lugar quando uma 
autoridade, no exercício de competência administrativa, conclui que um 
determinado ato ou relação jurídica não atende ao interesse público, 
resolvendo extingui-lo, a fim de prover de forma mais satisfatória às 
conveniências administrativas. 
d) Nos atos discricionários o agente tem o poder de valorar os fatores 
constitutivos do motivo e do objeto, apreciando a conveniência e a 
oportunidade da conduta. Essa valoração reflete o que modernamente 
 
 
 
denominase reserva do possível, ou seja, o conjunto de elementos que 
viabilizam ou não determinada ação governamental. 
e) A invalidação é a eliminação de um ato administrativo ou relação jurídica 
dele advinda, em face de haver sido produzido em desacordo com a ordem 
jurídica vigente. Tem como sujeitos ativos tanto a Administração de onde 
proveio o ato administrativo inválido, quanto o Poder Judiciário. No 1º caso, 
sua atuação é sempre espontânea, enquanto que no segundo, a invalidação 
do ato dá-se em face da apreciação de uma lide. Desse modo, a invalidação 
pode 
ser administrativa ou judicial. 
 
Gabarito: D 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 5ªR - 2013 – CESPE - No que se refere ao 
servidor público e ao ato administrativo, assinale a opção correta de acordo 
com a CF, a jurisprudência dos tribunais superiores e a doutrina. 
a) Segundo o STJ, ressalvadas as hipóteses constitucionais de acumulação 
de proventos de aposentadoria, não é mais possível, após o advento da 
Emenda Constitucional n.º 20/1998, a cumulação de mais de uma 
aposentadoria à conta do regime próprio de previdência, salvo se o ingresso 
do servidor no cargo em que obteve a segunda aposentação tenha ocorrido 
antes da referida emenda. 
b) Salvo nos casos previstos na CF, o salário mínimo não pode ser usado 
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de 
empregado nem ser substituído por decisão judicial. 
c) O ato administrativo simples deriva da manifestação de vontade ou 
declaração jurídica de apenas um órgão, sendo possível, portanto, apenas 
na forma singular. 
d) A expressa previsão editalícia de que serão providas, além das vagas 
previstas no edital, outras que vierem a existir durante o prazo de validade 
do certame não confere direito líquido e certo à nomeação ao candidato 
aprovado fora das vagas originalmente determinadas, mas dentro das 
surgidas no decurso do prazo de validade do concurso. 
e) Cabe mandado de segurança para a revisão de penalidade imposta em 
processo administrativo disciplinar sob o argumento de ofensa ao princípio 
da proporcionalidade. 
 
Gabarito: B 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 14 ªR - 2013 – TRT 14 ªR - No que tange à 
doutrina e jurisprudência acerca do controle dos atos administrativos é 
pertinente afirmar: 
I. Em caso de demissão de servidor público decorrente de processo 
administrativo disciplinar, o controle por parte do Poder Judiciário deve ficar 
restrito aos aspectos formais, dado não ser possível a análise da motivação 
do ato decisório. 
 
 
 
II. O TCU, quando julga as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos, atua no exercício de 
função jurisdicional atípica. 
III. Sob pena de incursão no denominado mérito administrativo, é vedado, 
via de regra, nas demandas que envolvam discussão acerca de concurso 
público, o controle pelo Poder Judiciário dos critérios utilizados pela banca 
examinadora
para a formulação de questões e atribuição de notas a 
candidatos. 
a) Apenas a proposição I é verdadeira. 
b) Apenas a proposição II é verdadeira. 
c) Apenas a proposição III é verdadeira. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
 
Gabarito: C 
 
JUIZ DO TRABALHO - TRT 14 ªR - 2013 – TRT 14 ªR - No que concerne 
ao ato administrativo, assinale a alternativa correta: 
I. Quanto à exequibilidade, o ato administrativo imperfeito e o ato pendente 
não estão aptos à produção de efeitos jurídicos, já que não completaram seu 
ciclo de formação. 
II. Quanto à formação de vontade, a deliberação de um conselho constitui 
exemplo de ato administrativo simples. 
III. Os atos administrativos, por razões de segurança e certeza jurídicas, 
devem seguir obrigatoriamente a forma escrita, garantia de verificação e 
controle desses atos. 
a) Apenas a proposição I é verdadeira. 
b) Apenas a proposição II é verdadeira. 
c) Apenas a proposição III é verdadeira. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
 
Gabarito: B 
 
 
QUESTÕES JUIZ DE DIREITO 
 
 ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-MA - Juiz / Direito Administrativo / Atos 
Administrativos; ) 
Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta. 
 a) A administração pública pode revogar os atos por ela praticados por 
motivo de conveniência e oportunidade. 
 b) Os atos praticados por concessionários de serviço público, no 
exercício da concessão, não podem ser considerados atos 
administrativos, dado que foram produzidos por entes que não 
integram a estrutura da administração pública. 
 
 
 
 c) O silêncio da administração pública importa consentimento tácito. 
 d) É vedado o controle da legalidade dos atos administrativos pelo 
Poder Judiciário. 
 
LETRA A 
 
 ( Prova: CESPE - 2013 - TJ-MA - Juiz / Direito Administrativo / Atos 
Administrativos; ) 
Ainda acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta. 
 a) A imperatividade implica na presunção que os atos administrativos 
são verdadeiros e estão conformes ao direito, até que se prove o 
contrário. 
 b) Ocorre desvio de poder, e, portanto, invalidade do ato 
administrativo, quando o agente público se vale de um ato para 
satisfazer finalidade alheia à natureza desse ato. 
 c) Presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade e 
autoexecutoriedade são pressupostos dos atos administrativos. 
 d) A exigibilidade, qualidade do ato administrativo, autoriza a 
administração pública a compelir materialmente o administrado, sem 
necessidade de intervenção do Poder Judiciário, ao cumprimento da 
obrigação a ele imposta. 
 
LETRA B 
 
 ( Prova: TJ-SC - 2013 - TJ-SC - Juiz / Direito Administrativo / Atos 
Administrativos; ) 
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta: 
 
I. Pode-se se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de 
quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância 
da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder 
Judiciário. 
 
II. São atributos de todo ato administrativo: a presunção de legitimidade, 
que diz respeito à conformidade do ato com a lei; a imperatividade, pelo 
qual os atos administrativos se impõem a terceiros; e a autoexecutoriedade, 
pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria 
Administração Pública. 
 
III. São elementos do ato administrativo: o sujeito, o objeto, a forma, o 
motivo e a finalidade. Relacionada com o motivo, há a teoria dos motivos 
determinantes, em consonância com a qual a validade do ato se vincula aos 
motivos indicados como seu fundamento, de tal modo que, se inexistentes 
ou falsos, implicam a sua nulidade. 
 
IV. Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a 
 
 
 
Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público ou 
a utilização privativa de bem público. 
 a) Somente as proposições I, III e IV estão corretas. 
 b) Todas as proposições estão corretas. 
 c) Somente as proposições I, II e III estão corretas. 
 d) Somente as proposições I e III estão corretas. 
 e) Somente as proposições II, III e IV estão corretas. 
 
LETRA D 
 
(CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal / Direito Administrativo / 
Atos Administrativos; ) 
À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta em 
relação ao controle dos atos da administração pública e a servidores 
públicos. 
 a) Segundo jurisprudência do STF, entidades da administração pública 
direta podem adotar, para contratação de pessoal, tanto o regime 
estatutário quanto o regime celetista, conforme a complexidade do 
cargo a ser ocupado. 
 b) Não é admitida a acumulação de proventos de duas aposentadorias 
decorrentes do exercício de um cargo de professor e do de um cargo 
técnico ou científico. 
 c) Segundo entendimento do STF, o candidato aprovado em concurso 
público tem direito líquido e certo de ser nomeado não apenas em 
relação às vagas especificadas no edital de abertura do concurso, mas 
também em relação às que surjam em decorrência da vacância de 
cargos no período de vigência do certame. 
 d) Segundo entendimento do STF, não podem os estados- membros 
elaborar lei que estabeleça normas permissivas de interferências nas 
relações jurídico-contratuais firmadas entre o poder público 
concedente, federal ou municipal, e as empresas concessionárias de 
serviços públicos, ainda que alegadamente no exercício de sua 
competência concorrente subsidiária para legislar sobre consumo e 
responsabilidade por dano causado ao consumidor do serviço prestado 
por essas empresas. 
 e) Segundo entendimento do STF, é constitucional o estabelecimento 
de limite de idade em concurso para ingresso nas Forças Armadas, 
desde que tal restrição esteja condicionada à edição de lei, conforme 
expressa disposição constitucional, admitindo-se, até a edição da 
referida lei, previsão de tal restrição no edital do concurso, de forma 
que seu estabelecimento por meio de ato administrativo não configura 
desrespeito ao princípio constitucional da ampla acessibilidade aos 
cargos públicos. 
LETRA D

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