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7a_tabela periodica.pdf Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso: Química Disciplina de Química Geral Prof. Dr. Rodrigo Luis Santos “Tabela Periódica e Propriedade Periódicas – Parte 1” Breve Histórico da Evolução da Tabela Periódica • 1808 Dalton (esfera maciça) 1829 Tríades de Döbereiner (1a tentativa) Breve Histórico da Evolução da Tabela Periódica 1859 novos elementos foram descobertos após a invenção do espectroscópio por R. W. Bunsen e G. R. Kirchhoff. 1860 S. Cannizzaro diferenciou átomos de moléculas Massas atômicas mais precisas 1862 Alexandre E. Beguyer Chancourtois – “Parafuso Telúrico” (2ª tentativa) Dispôs os elementos conhecidos ao redor de um cilindro e em ordem crescente de MA. Primeiro cientista a reconhecer que as propriedades químicas dos elementos se repetiam a cada sete elementos. Breve Histórico da Evolução da Tabela Periódica 1864 John A. R. Newlands – Lei das Oitavas (3ª tentativa) Lei das oitavas (analogia aos sete intervalos da escala musical) Baseado nas suas propriedades físicas, ele classificou os 56 elementos conhecidos e estabeleceu que um dado elemento apresentaria comportamento análogo ao oitavo elemento. Breve Histórico da Evolução da Tabela Periódica 1869 Dmitry Mendeleev (4ª tentativa) Para cada um dos 63 elementos conhecidos criou-se uma carta que continha os símbolos do elemento, a massa atômica e suas propriedades. 1869 Dmitry Mendeleev (4ª tentativa) • 1897: Thomson “Pudim de Passas” • 1911: Rutherford “Modelo Planetário” • 1914: Moseley propôs listagem em função de Z (5ª tentativa) • 1921: Modelo de Böhr • 1926: Modelo Quântico Fleróvio Livermório n s 1 n s 2 n s 2 n p 1 n s 2 n p 2 n s 2 n p 3 n s 2 n p 4 n s 2 n p 5 n s 2 n p 6 d 1 d 5 d 1 0 4f 5f Configuração Eletrônica dos Elementos no Estado Fundamental Classificação dos Elementos http://www.ptable.com/ Tabela Periódica Grupos 1: Metais Alcalinos 2: Metais Alcalinos Terrosos 15: Pnictogênios 16: Calcogênios 17: Halogênios 18: Gases Nobres Propriedades Periódicas: Raio Atômico • As nuvens de elétrons não tem fronteiras bem definidas; logo, não é possível medir o raio exato de um átomo. Entretanto, quando os átomos se organizam como sólidos e moléculas, seus centros encontram-se em distâncias definidas uns dos outros. • O raio atômico de um elemento é definido como sendo a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. • Se os dois átomos que formam a molécula são os mesmos, metade da distância de ligação é denominada raio covalente do átomo. • Se o elemento é um gás nobre, usa-se o raio de van der Waals, que é a metade da distância entre os centros de átomos vizinhos em uma amostra do gás sólido. Propriedades Periódicas: Raio Atômico Em metais como o berílio, o raio atômico é definido como metade da distância entre os núcleos de dois átomos adjacentes. Para os elementos que existem como moléculas diatômicas, como o iodo, o raio do átomo é definido como metade da distância entre os núcleos. Propriedades Periódicas: Raio Atômico O raio depende: a) número quântico principal (n) b) carga nuclear efetiva (Zef) Carga Nuclear Efetiva (Zef) é a “carga positiva” efetiva sentida por um elétron Variação do raio dos elementos em função do número atômico Z Propriedades Periódicas: Raio Atômico Existe vários métodos para determinar a carga efetiva nuclear (Zef) de um átomo. Propriedades Periódicas: Raio Atômico Zef ≈ Z – n° elétrons de seu núcleo • A carga nuclear (Z) de um átomo é dada pelo seu número de prótons. • A carga nuclear efetiva (Zef) é a carga real que atua sobre os elétrons do átomo. Na Mg Al 11 12 13 10 10 10 1 2 3 186 160 143 Zef N° e- núcleo Z Raio (pm) Config. [Ne] 3s1 [Ne] 3s2 [Ne] 3s23p1 Propriedades Periódicas: Raio Atômico Outro método para calcular a carga efetiva nuclear (Zef) de um átomo é a Regra de Slater Zef = Z – σ • Z = carga nuclear (n° atômico). • σ = fator de blindagem • O elétron é atraído pelo núcleo do átomo ao mesmo tempo que ele é repelido pelos demais elétrons. Como resultado ele está menos fortemente ligado do que estaria sem a influência dos outros elétrons. • A repulsão do elétron pelo elétron vizinho é chamado de blindagem. • A blindagem reduz efetivamente a atração entre o núcleo e o elétron. Cálculo do fator de blindagem (σ) – Regras de Slater 1.Escrever a configuração eletrônica do átomo: (1s) (2s, 2p) (3s, 3p) (3d) (4s,4p) (4d) (4f) (5s, 5p) 2. Verificar em que tipo de orbital (s, p ,d ou f) o elétron encontra-se, 3. Para elétrons em orbitais ns ou np, temos: a) os elétrons (n+1) não exercem blindagem, b) os elétrons n blindam de 0,35 cada, c) os elétrons (n-1) blindam de 0,85 cada, d) os elétrons ≤ (n-2) blindam de 1,00 cada, 4. Para elétrons nd ou nf, temos: a) os elétrons (n+1) não exercem blindagem, b) os elétrons nd ou nf blindam de 0,35 cada, c) os outros elétrons blindam de 1,00 cada. Exemplo: Fe (26): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Configuração eletrônica: (1s2) (2s2 2p6) (3s2 3p6) (3d6) (4s2) Zef {4s} = 26 – (1*0,35 + 14*0,85 + 10*1) = 3,75 Zef {3d} = 26 – (5*0,35 + 18*1) = 6,25 Zef {3p} = 26 – (7*0,35 + 8*0,85 + 2*1) = 14,75 Diagrama de Linus Pauling Os raios atômicos geralmente decrescem da esquerda para a direita em cada período devido ao aumento do número atômico efetivo, e crescem em cada grupo quando camadas sucessivas são ocupadas Propriedades Periódicas: Raio Iônico O raio iônico de um elemento é a sua parte da distância entre íons vizinhos em um sólido iônico. Em outras palavras, a distância entre os centros de um cátion e um ânion vizinhos é a soma dos dois raios iônicos. Propriedades Periódicas: Raio Iônico Resumindo: • Todos os cátions são muito menores do que os átomos originais, porque perderam um ou mais elétrons para formar o cátion. • Os ânions são maiores do que os átomos originais. Isso pode ser atribuído ao aumento do número de elétrons da camada de valência do ânion e aos efeitos de repulsão que os elétrons exercem uns sobre os outros. Propriedades Periódicas: Raio Iônico Os raios iônicos geralmente crescem com o valor de n em um grupo e decrescem da esquerda para direita em um período. Os cátions são menores e os ânions são maiores do que os átomos originais. 7b_tabela periodica_2.pdf Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso: Química Disciplina de Química Geral Prof. Dr. Rodrigo Luis Santos “Propriedade Periódicas – Parte 2” Propriedades Periódicas: Raio Atômico O raio depende: a) número quântico principal (n) b) carga nuclear efetiva (Zef) Propriedades Periódicas: Energia de Ionização A formação de uma ligação química depende da remoção ou transferência de um ou mais elétrons de um átomo para outro. A energia envolvida neste processo é de fundamental importância para a compreensão de suas propriedades químicas. Energia de Ionização é a energia necessária para remover o elétron mais fracamente ligado de um átomo no seu estado fundamental, gasoso e isolado Unidades de Energia de Ionização: elétrons volt (eV) ou joules por mol (J/mol) E1 + X (g) X + (g) + e - E3 + X 2+ (g) X 3+ (g) + e - E2 + X + (g) X 2+ (g) + e - E1: 1ª energia de ionização E2: 2ª energia de ionização E3: 3ª energia de ionização Propriedades Periódicas: Energia de Ionização E1 < E2 < E3 Propriedades Periódicas: Energia de Ionização Existe alguma relação da energia de ionização com o tamanho do átomo? Energia de Ionização Propriedades Periódicas: Energia de Ionização Variação da primeira energia de ionização em função do número atômico n=1 camada preenchida n=2 n=3 n=4 n=5 Primeiras energias de ionizacao (kJ/mol) dos elementos do grupo principal Propriedades Periódicas: Energia de Ionização Elementos com baixa energia de ionização devem formar cátions facilmente e conduzir eletricidade no estado sólido. Elementos com altas energia de ionização não devem forma cátions facilmente ou conduzir eletricidade. Propriedades Periódicas: Energia de Ionização Para predizer algumas propriedades químicas é necessário saber como a energia muda quando um elétron se liga a um átomo. A afinidade eletrônica (A.E.) de um elemento é a energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gás. Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica X (g) + e - X-(g) + AE As afinidades eletrônicas são maiores na parte direita superior da Tabela Periódica. Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica Afinidade Eletrônica Geralmente, a A.E. crescem de baixo para cima no grupo e da direita para a esquerda no período. Obs.: várias exceções são observadas. Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica Entendendo os sinais: Uma alta afinidade eletrônica significa que grande quantidade de energia é liberada quando um elétron se liga a um átomo. Uma afinidade eletrônica negativa significa que é necessário fornecer energia para fazer como que um elétron se ligue ao átomo. Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica Não confundir A.E. com a entalpia de ionização (H) que é a quantidade de energia envolvida no processo em que um átomo no seu estado fundamental gasoso e isolado recebe um elétron, e portanto tem sinal invertido. Propriedades Periódicas: Afinidade Eletrônica H = -328 kJ/mol AE = +328 kJ/mol H = -141 kJ/mol AE = +141 kJ/mol F (g) + e - F-(g) O (g) + e - O-(g) As relações diagonais são semelhanças de propriedades entre átomos vizinhos diagonais dos principais grupos. Saber da existência dessas relações facilita o entendimento das propriedades dos elementos e de seus compostos. Uma parte desta relação pode ser explicada pelas tendências gerais dos raios atômicos e das energias de ionização. Propriedades Periódicas: Relações Diagonais O boro (acima) e o silício (abaixo) têm um relação diagonal. Ambos são sólidos brilhantes, com alto ponto de fusão. Eles também têm várias semelhanças químicas Lítio e Magnésio: reagem diretamente com nitrogênio para formar nitretos. Berílio e Alumínio: reagem com ácidos e bases. Propriedades Periódicas: Relações Diagonais Propriedades Periódicas: Relações Diagonais Os metalóides é um bom exemplo de relação diagonal. Propriedades Periódicas: Eletronegatividade Eletronegatividade é a capacidade/tendência que um átomo tem de atrair os pares de elétrons para ele quando faz parte de um composto. A eletronegatividade também está relacionada com o tamanho do átomo e com as configurações eletrônicas e possui o mesmo comportamento da afinidade eletrônica. Eletronegatividade Ordem decrescente de eletronegatividade dos principais ametais: F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P > H Propriedades Periódicas: Eletronegatividade Se um átomo é pequeno e tem um camada eletrônica quase completa, então há uma grande probabilidade de que ele atraia um elétron pra si mais do que um átomo grande com poucos elétrons de valência. Se o átomo tem uma forte tendência de atrair elétrons diz-se que é altamente eletronegativo (δ-) (elementos próximos do flúor). Se o átomo tem uma tendência em perder elétrons (como metais), diz-se que é eletropositivo (δ+). Propriedades Periódicas: Eletronegatividade Os valores de eletronegatividade foram estabelecidos por Linus Pauling, atribuindo-se o valor 4,0 para o flúor (elemento de maior eletronegatividade) e comparando-o com os demais elementos. Propriedades Periódicas: Eletronegatividade Valores de eletronegatividade segundo Linus Pauling Propriedades Periódicas: Eletronegatividade A eletronegatividade segundo Robert Mulliken Se um átomo possui um alta energia de ionização (E.I.) e um alta afinidade eletrônica (A.E.) ele terá uma maior capacidade de adquirir elétrons do que perder quando estiver em um composto, ou seja, será eletronegativo. O inverso também é verdadeiro, ou seja, se a energia de ionização e a afinidade eletrônica forem baixas, o átomo tenderá a perder elétrons (eletropositivo). Cálculo: 544 )( AEEI A eletronegatividade segundo A. L. Allred e E. Rochow Esta escala se baseia na ideia de que a eletronegatividade é determinada pelo campo elétrico na superfície do átomo. O elétron de um átomo experimenta uma carga nuclear efetiva (Zef), sendo que o potencial coulombiano na superfície deste átomo é proporcional a Zef/r, e o campo elétrico é proporcional a Zef/r 2. De acordo com essa definição os elementos com alta eletronegatividade são aqueles com alta Zef e pequeno raio covalente. Cálculo: 0,744 ) /r(Z 0,359 2ef B Propriedades Periódicas: Eletronegatividade 0,744 ) /r(Z 0,359 2ef BA. L. Allred e E. Rochow Robert Mulliken 544 )( AEEI Cálculo do fator de blindagem (σ) – Regras de Slater 1.Escrever a configuração eletrônica do átomo: (1s) (2s, 2p) (3s, 3p) (3d) (4s,4p) (4d) (4f) (5s, 5p) 2. Verificar em que tipo de orbital (s, p ,d ou f) o elétron encontra-se, 3. Para elétrons em orbitais ns ou np, temos: a) os elétrons (n+1) não exercem blindagem, b) os elétrons n blindam de 0,35 cada, c) os elétrons (n-1) blindam de 0,85 cada, d) os elétrons ≤ (n-2) blindam de 1,00 cada, 4. Para elétrons nd ou nf, temos: a) os elétrons (n+1) não exercem blindagem, b) os elétrons nd ou nf blindam de 0,35 cada, c) os outros elétrons blindam de 1,00 cada. lista 7_tabela periodica.pdf Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Disciplina: Química Geral I – Prof. Rodrigo Luis Lista de Exercício 7: Tabela Periódica 1) Um átomo de certo elemento tem 15 elétrons. Sem consultar a tabela periódica, responda às questões seguintes: (a) Qual é a configuração eletrônica do estado fundamental desse elemento? (b) Como deve ser classificado esse elemento? (c) O elemento é diamagnético ou paramagnético 2) Agrupe as configurações eletrônicas seguintes em pares que representariam propriedades químicas semelhantes dos seus átomos: (a) 1s 2 2p 6 3s 2 (b) 1s 2 2s 2 2p 3 (c) 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 10 4p 6 (d) 1s 2 2s 2 (e) 1s 2 2s 2 2p 6 (f) 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 3 3) Calcule a carga nuclear efetiva para o elétron mais externo de cada um destes elementos: a) Be b) Si c) Mg d) Ge e) Sn 4) Analisando seus cálculos do item anterior e seus conhecimentos sobre propriedades periódicas, julgue como verdadeira ou falsa cada uma das seguintes sentenças. Justifique as falsas. a) ( ) É possível observar que as cargas nucleares efetivas de dois elementos de um mesmo grupo da Tabela Periódica tendem a um mesmo valor. b) ( ) A carga nuclear efetiva independe do subnível em que se encontra o elétron considerado, dependendo, portanto, apenas do nível eletrônico do mesmo. c) ( ) Quanto mais próximo um elétron está do núcleo, menor deve ser a blindagem sobre ele e, por isso, maior a carga nuclear efetiva. d) ( ) Uma vez que os elétrons externos ao elétron considerado não exercem blindagem sobre o mesmo, para quaisquer elementos químicos, um elétron de mesmo orbital tem sempre a mesma carga nuclear efetiva. 5) Use seu conhecimento da periodicidade e coloque cada um dos seguintes conjuntos de elementos em ordem decrescente de energia de ionização. Explique sua escolha. (a) selênio, oxigênio, telúrio. (b) ouro, tântalo, ósmio. (c) chumbo, bário, césio. 6) Organize os elementos dos seguintes conjuntos na ordem decrescente do raio atômico ou iônico: (a) enxofre, cloro, silício; (b) cobalto, titânio e crômio; (c) zinco, mercúrio, cádmio.; (d) S 2- , Cl - , P 3- . 7) Explique por que a energia de ionização do potássio é menor do que a do sódio, ainda que a carga nuclear efetiva do sódio seja menor. 8) Quantos elétrons desemparelhados são preditos para a configuração do estado fundamental de cada um das seguintes espécies: (a) Pb; (b) Ir; (c) Y 9) Qual é o átomo que possui 1ª energia de ionização maior em cada um dos itens abaixo? Explique (Cuidado com as exceções). a) Na ou Mg; b) C ou N; c) P ou S 10) Dados os seguintes elementos: Ge (Z=32) e As (Z=33), diga qual é o que tem maior afinidade eletrônica.