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Prof. Maurício Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO GESTÃO DA INFORMAÇÃO Diretrizes Conarq O que é o CONARQ? O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ é um órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, como órgão central do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. A Lei nº 8.159, aprovada em 1991 e conhecida como Lei Nacional de Arquivos, possui características marcadamente conceituais, fazendo referência a gestão e ao acesso aos documentos. Evidencia os princípios federalistas e de autonomia que definem os arquivos brasileiros, estabelecendo a rede de arquivos existentes nos níveis de governo. Contempla ainda a criação do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão coordenador do Sistema Nacional de Arquivo (SINAR). O CONARQ foi devidamente regulamentado pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 e tem como competências: ◦ estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; ◦ promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; ◦ propor ao Chefe da Casa Civil da Presidência da República normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; ◦ zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; ◦ estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e judiciária; ◦ subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; ◦ estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; ◦ estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados ; ◦ identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991; ◦ propor ao Presidente da República, por intermédio do Chefe da Casa Civil da Presidência da República, a declaração de interesse público e social de arquivos privados; ◦ estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; ◦ recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados; ◦ promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; ◦ manter intercâmbio com outros conselhos e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; ◦ articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e informática. RECOMENDAÇÕES PARA DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS PERMANENTES Junho 2013 RECOMENDAÇÕES ABORDADAS: Captura digital em imagem de documentos planos e encadernados: impressos, manuscritos, mapas, plantas, desenhos, gravuras, cartazes, microformas, diapositivos, negativos, cópias e ampliações fotográficas; Padrões e boas práticas mínimas para a captura digital de imagens; produção de matrizes e derivadas, identificação do representante digital e controle de qualidade; Formatos digitais para representantes digitais matrizes e derivados; Metadados técnicos; Boas práticas gerais para armazenamento, segurança e preservação dos representantes digitais; Utilização de serviços terceirizados. CAPTURA DIGITAL Representante digital que reproduza, no mínimo, a mesma dimensão física e cores do original em escala 1:1, sem qualquer tipo de processamento posterior através de softwares de tratamento de imagem. PARÂMETROS PARA A OBTENÇÃO DE QUALIDADE DA IMAGEM DIGITAL A resolução linear é determinada pelo número de pixels (pontos por polegada (dpi) ou pixels por polegada (ppi)). A profundidade de bit (Quanto maior o número de bits para compor cada pixel, maior será a escala de tonalidades) - cinza (greyscale); cores (modo de cores) e bitonal. compressão de formato de imagem digital TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA CAPTURA DIGITAL DE IMAGEM Escâneres planetários Câmeras digitais (As câmeras digitais geram um arquivo digital denominado de RAW, e que é um formato proprietário (cada fabricante tem o seu próprio formato que o faz dependente de hardware e software específicos). Equipamentos para digitalização de negativos e diapositivos fotográficos. Equipamentos para digitalização de microformes. Escâneres de produção e alimentação automática FORMATOS DOS ARQUIVOS DOS REPRESENTANTES DIGITAIS TIFF (Tagged Image File Format) Portable Network Graphics – PNG – substituir o GIF. 3 de março de 2004 - ISSO/IEC 15948:2004. JPEG 2000. MATRIZ DIGITAL – MD Os representantes digitais denominados como tal deverão ter alta qualidade de captura (resolução óptica em dpi e profundidade de bit) e ser armazenados e gerenciados por profissionais altamente qualificados em Tecnologia da Informação; o acesso deverá ser restrito e sob nenhuma hipótese autorizado a usuários não credenciados. O armazenamento desta matriz deverá ser feito em ambiente altamente protegido e fora dos sistemas e redes de dados para acesso remoto. MATRIZ DIGITAL COM PROCESSAMENTO DE IMAGEM – MDPI geração, com o auxílio de processamento de imagem, em formato TIFF, de uma matriz de alta resolução, com compressão sem perda de qualidade aparente, mas que permita uma melhor visualização e acesso, com a ausência de margens pretas e das sinaléticas presentes na MD. DERIVADAS DE ACESSO – DA A partir da Matriz Digital ou da Matriz Digital com Processamento de Imagem (caso seja utilizada), serão criados um ou mais representantes digitais, que denominamos nessa recomendação como Derivadas de Acesso, com compressão e menor resolução linear, facilitando o seu acesso, disseminação e uso. JPEG e PNG, PDF ou PDF/A. DERIVADA DE NAVEGAÇÃO (Thumbnail) – DN Para a visualização de imagem a título ilustrativo em sítios da internet, deve-se utilizar um representante digital com baixa resolução, do tipo thumbnail. Nessa modalidade os formatos de arquivo digitais mais comuns são o GIF, BMP, PNG e JPEG. METADADOS TÉCNICOS DADO QUE PERMITE IDENTIFICAR, DESCREVER E LOCALIZAR OS ATRIBUTOS DOS RECURSOS DIGITAIS NA REDE E EM OUTROS CONTEXTOS PARA FIM DE RECUPERAÇÃO, GESTÃO E USO. Seus formatos são: metadados descritivos descrevem e identificam os dados sobre os recursos digitais – formatos intelectuais de metadados metadados administrativos em grande parte contemplado pelo esquema de metadados técnicos aqui recomendado – descriminam as formas de armazenamento, processamento e uso dos dados contidos nos estoques de informação – “banco” metadados estruturais. indicam como objetos compostos são colocados juntos, por exemplo, como é que páginas são ordenadas para formar capítulos. Estabelecem as formas de recuperação dos dados descritos e registrados digitalmente – linguagens de marcação – ASPECTOS GERAIS PARA SEGURANÇA, ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO DAS IMAGENS DIGITAIS ARMAZENAMENTO CÓPIAS DE SEGURANÇA STORAGE RAID - Redundant Array of Independent Drives, também denominado Redundant Array of Inexpensive Drives, ou ainda em português: Conjunto Redundante de Discos Independentes ou também Conjunto Redundante de Discos Econômicos é um meio de se criar um sub-sistema de armazenamento composto por vários discos individuais, com a finalidade de ganhar segurança ou desempenho. REFERÊNCIA CONARQ. Recomendações para digitalização de documentos arquivísticos permanentes. Rio de Janeiro: Conarq, 2010. Disponível em: <http://www.conarq.arquivonacional.go v.br/media/publicacoes/recomenda/rec omendaes_para_digitalizao.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2013.