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Civil Aula 11 Na aula passada, falamos sobre algumas noções básicas de direito civil, falando sobre o dano. Falamos de dano moral e dano material. Fizemos uma evolução sobre o conceito de dano moral, falando como, de início, o dano moral era negado por uma ideia de imoralidade em medir a dor em critério material, que avançou no sentido de entender o dano moral como sofrimento, apresen tando o caso da maitê proença, onde não havia dano moral naquela situação por a atriz não ter sofrido. Chegamos a uma crítica da concepção de dano moral por ser extremamente subjetivo, pois não cabe ao magistrado julgar se a pes soa sofreu ou não. Logo, a teoria que procura justificar o dano moral em seguida procura objetivar essa discussão, fugindo da subjetividade de analisar caso a caso o sofrimento, a teoria do dano moral como lesão a direito da personalidade. Ela afirma que o dano moral não está na investigação do sofirmento, mas sim na afirmação na lesão do direito da personalidade de alguém. Existe um conceito no estudo do dano moral e responsabilidade civil que é a divisão entre o dever de indenizar e, caso exista, por quanto se deve indenizar, qual o valor da indenização, como se dá essa quantificação da indenização. Esta teoria vai diz er que não se deve levar em consideração a questão do sofrimento, pois ele é, para essa teoria, deslocado da pergunta 1 para a pergunta 2, da quantificação da indenização. Na primeira teoria de dano moral que diz que dano moral é sofrimento, isso participa da primeira pergunta, se existe o dever de indenizar. A segunda teoria apenas mede o sofrimento na quantificação indenizatória, deixando a primeira pergunta a cargo de que se existe lesão a direito da personalidade. Essa teoria da lesão a direito da personalidade se consagrou nos anos 90 nas decisões do STJ e ganhou espaço na doutrina como um todo. O dano ocorre in re ipsa, "na própria coisa". O direito a imagem serviu como fio condutor da afirmação dessa teoria de dano moral. Logo, com o estabelecimento do dano ao direito da personalidade, mesmo que para seu benefício, deve ser indeni zado, pois parâmetros subjetivos apenas entram em questão no questionamento de quantificação da indenização do dano moral. Recentemente, tem-se decidido o dano moral pela lesão a dignidade humana, pois a concepção antiga banalizava o uso do direito moral para casos em que não havia importância. O filtro para que essa banalização fosse cessada foi exatamente adotar o parâ metro da lesão a dignidade humana. Porém, existem dificuldades conceituais sobre o conceito de dignidade, resubjetivando o parâmetro do dever de indenizar, questionando então se essa nova teoria é um progresso ou um regresso na discussão de dano moral. Na aula 5, falaremos sobre o estatuto jurídico da pessoa física, discutindo dois conceitos fundamentais, que é a discussão so bre personalidade e capacidade. Pesquisar sobre nascituro e conceitos de personalidade e capacidade, somados a leitura dos artigos 1 e 2 do CC.