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Física I - Teoria FACENS – Prof. Me. André Vitor Bonora Página 1 Capítulo 4 Movimento unidimensional, retilíneo e uniformemente variado 1. Aceleração Define-se aceleração média como a relação entre a variação da velocidade instantânea entre dois pontos pelo intervalo de tempo correspondente a esta variação, dada por: [ ] 22 //: smsegundometroaSI tt vv t v a o o média ==→ − − = ∆ ∆ = Por sua vez, define-se aceleração instantânea como sendo a taxa temporal de variação da velocidade instantânea, isto é, é a derivada da velocidade instantânea com relação ao tempo, dada por: dt dv t v a t = ∆ ∆ = →∆ 0 lim Mas, como a velocidade instantânea é a derivada da posição com relação ao tempo, a aceleração instantânea é a segunda derivada da posição com relação ao tempo, dada por: 2 2 dt xd dt dx dt d dt dv a = == 2. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado – MRUV O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) possui as seguintes características: 1ª.) A trajetória do móvel ao longo do tempo segue uma linha reta; 2ª.) Para variações de velocidade iguais há intervalos de tempo iguais; 3ª.) A aceleração média é invariável no tempo, isto é, ela é constante no tempo; assim sendo, pode-se escrever que: Física I - Teoria FACENS – Prof. Me. André Vitor Bonora Página 2 tavv t vv t v a o o .+=→ − = ∆ ∆ = Esta equação é denominada equação da velocidade do MRUV. Como consequência disto, o gráfico V = f(t) é uma reta crescente, se a aceleração for positiva, caracterizando um movimento acelerado; o gráfico V = f(t) é uma reta decrescente, se a aceleração for negativa, caracterizando um movimento retardado; finalmente, o coeficiente angular da reta do gráfico V = f(t) é a aceleração média do MRUV; 4ª.) O gráfico x = f(t) é uma parábola com concavidade voltada para cima se a aceleração média for positiva; o gráfico x = f(t) é uma parábola com concavidade voltada para baixo se a aceleração média for negativa; 5ª.) A aceleração instantânea coincide com a aceleração média; 6ª.) Como a aceleração é constante, a velocidade média é igual à média aritmética entre as velocidades final e inicial entre dois pontos; 7ª.) Por consequência da característica anterior, o deslocamento pode ser dado por: ( ) ( ) 22 .. 2 1 ... 2 1 . ... 2 1 .. 2 1 . tatvxxtatvxx ttavvtvvtvxxx oooo ooomédiao ++=→+=−∴ ++=+==−=∆ A equação que ilustra a variação da posição em função do tempo (x = f(t)) é denominada de equação horária do MRUV que, como já citado anteriormente, é uma função do 2º grau. Outra forma de deduzir a equação horária do MRUV é pelo gráfico V = f(t), ilustrado na figura 1. Física I - Teoria FACENS – Prof. Me. André Vitor Bonora Página 3 Fig. 1: gráfico V = f(t) – MRUV A área sob a reta do gráfico V = f(t) é proporcional ao deslocamento do móvel entre os pontos to e t. Assim sendo, como a figura geométrica sob a reta é um trapézio, a área pode ser dada por: ( ) ( ) ( ) 2.. 2 1 .... 2 1 .. 2 1 .menor Basemaior Base. 2 1 tatvxxtvtavxx tvvalturaxxxÁrea ooooo oo ++=→++=−∴ +=+=−=∆= 3. Equação de Torricelli Da mesma equação da área do trapézio da figura 1 pode-se escrever que: ( ) ( ) ( ) xavv a vv a vv vvx tvvalturaxxxÁrea o oo o oo ∆+=→−= − +=∆∴ +=+=−=∆= ..2 .2 .. 2 1 .. 2 1 .menor Basemaior Base. 2 1 22 22 Esta última equação, que relaciona diretamente a velocidade com o deslocamento num MRUV, é denominada Equação de Torricelli, em homenagem a Evangelista Torricelli, cientista italiano. Física I - Teoria FACENS – Prof. Me. André Vitor Bonora Página 4 Evangelista Torricelli (1608 – 1647) Ex. 1: Um automóvel está a uma velocidade constante de 80 km/h quando o motorista pisa nos freios, provocando uma desaceleração de 2 m/s2. Determine quanto tempo o automóvel demora a parar e qual a distância percorrida até a parada. Solução: na parada a velocidade final é nula ���� V = 0. Os freios provocam uma desaceleração, isto é, a aceleração tem sinal negativo nas equações ���� a = -2 m/s2. Portanto, aplicando a equação da velocidade tem-se que: s 111, 2.6,3 80 .2 6,3 800. ==→−=→+= tttavv o Aplicando a equação de Torricelli tem-se que: m 123,457 6,3 80 . 4 1 .2.2 6,3 800..2 22 22 =∆→ =∆→∆− =→∆+= xxxxavv o Ex. 2: Um corpo cai em queda livre (desprezando a resistência do ar) do repouso do topo de um prédio de 20 andares (60 m). Considerando que aceleração seja constante durante todo o trajeto e igual a 10 m/s2 para baixo, determine a velocidade final do corpo ao atingir o solo e o tempo de queda. Solução: se o corpo cai do repouso sua velocidade inicial é nula (vo = 0). O deslocamento total do corpo é a altura do prédio (∆∆∆∆x = 60 m). Se a aceleração está no sentido do movimento ela é positiva nas equações (a = 10 m/s2). Aplicando a equação de Torricelli tem-se que: km/h 124,70766 m/s 34,6410120060.10.20..2 222 ==→=→+=→∆+= vvvxavv o Física I - Teoria FACENS – Prof. Me. André Vitor Bonora Página 5 Aplicando a equação da velocidade tem-se que: sttavv o 46410,310 34,6410 t10.t034,6410. =→=→+=→+=