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* * AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL AULA 2 – EXAME FÍSICO Profª Simone Salomão * * EXAME FÍSICO SINAIS E SINTOMAS: Sintoma É uma sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador. Ex.: dor, má digestão, náusea, dormência, etc. Sinal É um dado objetivo que pode ser notado pelo examinador pela inspeção, palpação, ausculta, etc. Ex.: tosse, edema, cianose, etc. * * DOR “Dor é uma desagradável experiência sensorial e emocional associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, ou relatada como se uma lesão existisse.” * * DOR Classificação: Aguda e Crônica Dor aguda: modalidade sensorial desempenhando o papel de alerta, comunicando ao cérebro que algo está errado. Desaparece com a remoção do fator causal e resolução do processo patológico. * * DOR Dor crônica: é a que persiste por um período superior àquele necessário para a cura de um processo ou aquela associada a afecções crônicas (câncer, artrite reumatóide, alterações degenerativas da coluna). Não tem função de alerta e determina perda de qualidade de vida e sofrimento. * * A dor é uma condição extremamente complexa. Não se trata apenas de uma forma de sensação, mas também das reações reflexas, aprendizado, memorização, respostas emocionais e comportamentais frente a uma situação dolorosa. * * Todo paciente deve ser sistematicamente avaliado, levando-se em consideração as características semiológicas da dor: Localização: região Irradiação: localizada ou irradiada (segue o trajeto de uma raiz nervosa ou nervo conhecido) ou referida. O reconhecimento da localização inicial da dor e de sua irradiação pode indicar a estrutura nervosa comprometida, exemplos: * * Radiculopatia de S1 (lombociatalgia): dor lombar com irradiação para a nádega e face posterior da coxa e perna, até a região do calcanhar; Radiculopatia de L5 (lombociatalgia): dor lombar com irradiação para a nádega e face posterolateral da coxa e perna, até a região maleolar lateral; Radiculopatia de C6 (cervicobraquialgia): dor cervical com irradiação para a face lateral do braço e antebraço. * * Dor referida: não é irradiada Ex.: coração - dor na face medial do braço. Qualidade ou caráter: - Constante ou contínua: ocorre continuamente, podendo sua intensidade variar, mas sem nunca desaparecer completamente. O indivíduo dorme e acorda com a dor. * * - Intermitente: ocorre episodicamente, sendo sua frequencia e duração bastante variáveis. É usualmente descrita como: dor em choque, aguda, pontada, facada, fisgada. * * Intensidade: Componente de maior importância para o paciente; Resulta da interpretação global dos seus aspectos sensitivos, emocionais e culturais; Sua magnitude é o principal determinante do esquema terapêutico a ser instituído ou modificado; * * Por se tratar a dor de uma experiência basicamente subjetiva, é fundamental que sua quantificação se baseie em critérios bastantes rígidos, para que possamos minimizar os erros em sua mensuração. * * Escala analógica visual para avaliar a intensidade da dor: Consiste em uma linha reta com um comprimento de 10 cm, tendo em seus extremos inferior e superior as designações sem dor e pior dor imaginável. Escala de 0 a 10. * * Para crianças, idosos e adultos de baixo nível cultural, a escala analógica pode ser difícil. Usa-se as escalas de representação gráfica não numérica. Expressões faciais Copos * * Duração: - Data de início da dor; Dependendo da duração, a dor pode ser classificada em aguda ou crônica; Aguda: duração inferior a três meses, desaparecendo dias ou semanas; Crônica: persiste por um período superior a 3 meses. * * Evolução: característica semiológica de extrema relevância. Nos revela a trajetória da dor, desde o seu início até a anamnese. Fatores desencadeantes ou agravantes: aqueles que desencadeiam a dor, em sua ausência, ou que a agravam se estiver presente. * * Fatores atenuantes: aqueles que aliviam a dor. Posturas ou atitudes que resguardam a estrutura ou orgão onde se origina a dor (atitudes antálgicas), medicamentos, fisioterapia. * * Dor e envelhecimento Limiar de dor aumenta; Podem apresentar problemas graves sem que a dor seja sinal de alarme; Exemplo clássico é o grande número de infarto e doenças abdominais agudas que ocorrem sem dor; * * Parodoxalmente, quando tem dor, o idoso pode apresentar um nível de tolerância menor e uma reação mais acentuada; Rotulados como poliqueixosos e hipocondríacos, porque o envelhecimento está relacionado com a presença de múltiplas afecções crônicas que se manifestam principalmente por dor; * * Muitos idosos deixam de relatar as dores por considerá-las como consequencia inevitável do envelhecimento; Por outro lado, portadores de demência podem não relatar suas dores devido a dificuldades de expressão. * * ESTADO MENTAL Orientação do paciente quanto a pessoas, local e tempo, assim como seu estado geral de alerta, cognição e habilidades de comunicação. * * TÉCNICAS BÁSICAS DO EXAME FÍSICO Inspeção É a exploração feita usando-se o sentido da visão A observação começa com o primeiro contato do examinador com o paciente, seja ao lado da cama, ou na sala de espera. * * Postura geral do paciente e sua habilidade para realizar tarefas funcionais : Mudança de posição na cama Transferência da posição sentada para a posição em pé Ir andando para a sala de avaliação * * Proporcionam informações sobre a gravidade dos sintomas do paciente, sua disposição para mover-se, a amplitude de movimento articular e a força muscular. Essa informação, embora superficial, ajuda a enfocar e individualizar o exame físico. Ex.: dificuldades funcionais e anormalidade * * Paciente precisa estar vestido adequadamente para que áreas do corpo específicas sejam inspecionadas. * * Palpação Imediatamente após a observação ou seja integrada a ela e que ocorra antes de outros procedimentos de testagem. A palpação recolhe dados através do tato e da pressão. Modificações de textura, espessura, consistência, volume, dureza, presença de edema, etc. * * SINAIS VITAIS Sinais cardinais; Proporcionam medidas quantitativas da função cardiovascular e respiratória; Indicadores do estado fisiológico do corpo; Refletem a função dos orgãos internos; Em repouso, durante e após o exercício; * * Valores normais são específicos em cada indivíduo; Estabelecidas médias ou variações normativas; Valores mais altos ou mais baixos Importância do monitoramento dos sinais vitais * * SINAIS VITAIS VARIÁVEIS SIGNIFICATIVAS Características do paciente: Estado hormonal Idade Sexo História familiar * * SINAIS VITAIS VARIÁVEIS SIGNIFICATIVAS Outras variáveis: Hora do dia Estado geral de saúde Dor * * SINAIS VITAIS VARIÁVEIS SIGNIFICATIVAS Padrões de estilo de vida: Ingestão de cafeína Tabagismo Consumo de álcool Resposta ao estresse Obesidade Nível de atividade física Medicamentos Uso de drogas ilegais * * FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) Pulso é a onda de sangue na artéria criada pela contração do VE durante o ciclo cardíaco; O sangue é bombeado para dentro da aorta já cheia; A elasticidade inerentes da parede da aorta permite a expansão e a aceitação do novo suprimento; O sangue é então forçado para fora e flui através das artérias sistêmicas. É sua onda ou varredura que é sentida como pulso * * FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) A frequência é o número de batimentos por minuto (bpm); Uma faixa de pulso de 60 a 90 bpm é considerada normal para um adulto; Ritmo: descreve os intervalos entre os batimentos. No indivíduo saudável, o ritmo é regular ou constante e indica que os intervalos de tempo entre os batimentos são essencialmente iguais * * FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) Avaliando o pulso O pulso periférico pode ser monitorado em vários locais do corpo. As artérias superficiais localizadas sobre uma superfície óssea são mais fáceis de palpar e denominam-se “pontos de pulso” * * PONTOS DE PULSO Carótida: de cada lado do pescoço anteriormente abaixo da linha do lóbulo auricular e entre o músculo esternocleidomastóideo e a traquéia, usado em paradas cardíacas; Braquial: face medial da cavidade antecubital Radial: face radial do punho na base do polegar, facilmente acessível, usado para a monitorização do pulso de rotina; * * Femoral: região inguinal, usado em parada cardíaca e para monitorar a circulação dos MMII Poplíteo: atrás do joelho (leve flexão do joelho) Podal: face dorsal, medial, do pé. Usado para monitorar a circulação do pé * * Além dos locais periféricos, o pulso pode ser monitorado por ausculta, usando um estetoscópio diretamente sobre o ápice do coração. *